Letticia.Goncalves 22/03/2021
Livro essencial para todo aquele interessado em saber mais sobre filosofias do direito e governo.
Eu amei! A cada refutação eu prendia a respiração, sensacional!
A apresentação do livro me lembrou muito a de fahrenheit 451, porque já nos entrega o livro, o caso e a decisão final. Mas, particularmente, isso não me afeta, porém caso não curta, esteja avisado(a) e pule o epilogo.
O foco do livro é a divergência de opiniões dos juízes, no caso dos exploradores de cavernas - cinco homens ficam presos em uma caverna, e após dias presos resolvem matar um deles, e assim se alimentarem, mas ao saírem, os quatro sobreviventes são acusados de praticarem assassinato.
Lemos os argumentos de quatro juízes, o primeiro é Foster - naturalista, o segundo é o juiz Tatting que se abstém do voto, mas refuta todos os argumentos de Foster, logo, lemos a decisão de Keen este que é positivista, e argumenta que a lei é sobre tudo e todos, e deve ser seguida ? apresenta argumentos cirúrgicos. E por fim, o juiz Handy (pqp), esse argumenta que a opinião pública deve ser levada totalmente em consideração para a decisão do caso, e ainda, o juiz tem a capacidade de utilizar fofocas como instrumento de convencimento.
Um debate caloroso, e interessante. Te faz refletir sobre seus princípios, e sobre o que acredita sobre a lei em contraste com a sua aplicação. Qual seria sua decisão como juiz, qual seria seu posicionamento como família da vítima, e qual seria seu posicionamento como amigo do réu? É possível haver consenso?