Andaimes

Andaimes Mario Benedetti




Resenhas -


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Fabi 11/08/2023

Um bom Benedetti
Gosto muito do Mario Benedetti. Adoro os diálogos dos seus personagens. Andaimes manteve o meu entusiasmo por esse autor. Gosto de ler sobre a América Latina e neste livro, novamente ele aborda a questão do exílio e do regresso. Com Javier retornando ao seu Uruguai após um longo período na Espanha, acompanhamos esse redescobrimento da pátria e da pessoa como uruguaio, filho, pai, ex-marido, irmão, amigo, companheiro, jornalista. Tentando recuperar algumas pontas soltas, fechar umas feridas, reencontrar alguns ideais, Javier vai conduzindo sua vida através de vários andaimes (logo no início ele define esse elemento restaurador). Um bom livro, uma ótima companhia.
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@buenos_livros 10/08/2022

Andaimes - Mario Benedetti ??
?Um país pode mudar de amo e até temer por sua vida, mas nunca morre. Quem morre são as pessoas. É claro que às vezes as pessoas se cansam de morrer e fazem revoluções. Ou se cansam de morrer e as suspendem. O cansaço da morte é, apesar de tudo, um sinal de vida.?
-
. 58/2022
. Andaimes (1996)
. Mario Benedetti ??
. Tradução: Mario Damato
. Romance | 246p. | Livro
. @editoramundareu
-
. Para mim, Mario Benedetti é diferente. Suas palavras sempre ecoam de uma maneira diferente da maioria dos autores. Nesse romance, ele trata de um assunto recorrente em sua obra, os resquícios da ditadura Uruguaia, seu impacto nas pessoas e na sociedade. Ao narrar o retorno de um exilado, seu reencontro com amigos, familiares e amores do passado, Benedetti faz a ponte com o presente e abre espaço para o futuro com diálogos inteligentes e tocantes. Mais um livro onde Montevidéu é quase um personagem e os nomes e figuras uruguaia desfilam e às vezes confundem em digressões que somente um verdadeiro oriental pode compreender completamente. Mais uma ótima leitura desse gênio uruguaio.
. ????????
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Toni 03/03/2022

Leitura 064 de 2021
*Cortesia da editora*

Andaimes [1996]
Mario Benedetti (Uruguai, 1920-2009)
Mundaréu, 2017, 248 p.
Trad. Mario Damato

A cada nova leitura do Benedetti mais me encanta a literatura feita de cortes leves mas profundos deste autor (amigo muito admirado pelo Saramago, que é citado no romance). Eu, que já guardava A trégua em um lugar do ❤️, abro agora mais espaço para Andaimes. Ao resolver folhear os trechos grifados antes de escrever os parágrafos que seguem me descobri relendo páginas inteiras—passagens com um fôlego tão único, com construções tão hipnóticas, frases com exatidão tão delicada que imediatamente nos levam de volta ao presente do livro. E lá nos abandonam.

Benedetti constrói um romance complexo e cheio de camadas sobre esse lugar indefinível do “desexílio”, espécie de encontro entre o país da memória que se leva dentro de si e o que foi feito da memória que ficou no país ao qual se retorna—nas palavras do autor: uma “restauração imaginária de um regresso individual”. Ainda que colado ao protagonista Javier, jornalista divorciado que passa mais de dez anos exilado na Espanha e finalmente retorna a Montevidéu, o romance apresenta diferentes perspectivas dos lugares de interpelação das memórias da ditadura: ex-presos, exilados, isentões, oportunistas, delatores, emigrados, desaparecidos, alijados, familiares, vítimas e torturadores.

Para Adorno, “os antagonismos não resolvidos da realidade retornam às obras de arte como os problemas imanentes da sua forma. É isto [...] que define a relação da arte com a sociedade”. Por meio de capítulos que se articulam como andaimes (imagem-síntese do romance), cada momento do livro testemunha a impossibilidade de se relacionar com o presente sem acertar as contas com o passado ou, ainda, de se elaborar o passado sem atenção às perguntas do presente. O desexílio é a expressão máxima desse impasse. Frente a um trauma coletivo ainda carente de elaboração, cada encontro de Javier revela, na verdade, as rachaduras de um edifício democrático alicerçado sobre violências, esquecimentos e exploração imperialista. Não muito diferente, é verdade, desta nossa distopia brasileira.
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Patrícia.Bilibio 13/11/2021

Benedetti amado
Por mais que já o tenha lido e continuarei a lê-lo, assim desejo profundamente, jamais me acostumarei com Mario Benedetti. Saio de cada livro dele sensibilizada, reflexiva e profundamente encantada com sua forma de dizer a verdade, denunciar as injustiças e clamar pela liberdade.
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