line.xavier 12/09/2023
Esse livro é muito bom e me trouxe um misto muito grande entre amor e ódio, principalmente com a parte toda que envolve a Promessa.
Cameron Post é excepcional e como todo ser humano possui vários defeitos e no começo se culpa pela morte dos pais. Eu tenho admiração por Cameron, mas também sinto muito pela vida ter sido dura com ela e por ela não ter tido apoio nenhum da família.
Ruth, eu tento entender o lado dela, em alguns momentos senti empatia, porém não é uma personagem que eu acho possível gostar. A avó de Cameron já consegue ter um pouco mais do meu coração, mesmo isso não apagando o fato de que ela consentiu com a decisão de Ruth em relação a Cameron.
Já Lydia, meu mais honesto vai pra p*** que pariu ?? Detesto muito, odeio, o que ela faz naquele lugar é perturbador, é triste, é angustiante. Ler sobre esse lugar, sobre o que fazem, sobre o que Mark tentou fazer enquanto estava lá, me deixou com um ódio do tamanho desse universo.
Não existe cura alguma quando não se está doente.
O que faziam ali era um jogo psicólogo f*dido que prejudica demais a mente das pessoas, ao invés de apoio e de entender a verdade sobre eles, o lugar está ali para reprimi-los e acabar de vez com a mentalidade dos adolescentes que estão na fase de tentar compreender quem são. E o mundo acaba sendo cruel com eles.
É uma dose dura de realidade, eu diria. Ainda mais quando você pensa sobre o passado e há pouco tempo pessoas LGBTQIAPN+ passavam por isso. Existiam manicômio, tratamento com cadeira elétrica, lobotomia, coisas absurdas, com a justificativa de tentar curá-los para o ?normal?.
Ser LGBTQIAPN+ é ser normal. Odeio essa palavra, apesar de saber que a sociedade exclui sim quem é diferente.
A realidade é que ser LGBT é uma luta. Era nos tempos antigos e é até hoje. Ainda há muito para ser conquistado, muitos direitos para conseguir e muita força para lutar com o preconceito.
Minha mensagem seria: leiam esse livro e conscientizem-se. Não é escolha, não é anormal, é apenas amor. E devemos poder expressá-lo sem medo.
E não comentei sobre a Coley, deixei por último para dizer que, mesmo tendo raiva da sua atitude, eu tenho mesmo é pena dela e a entendo. Porque sei que a família não é fácil de lidar e todo mundo passa por isso numa fase da vida, ela só teve a infelicidade de ter uma família retrograda que faria igual Ruth fez com Cameron ou talvez pior.