Alannys 04/02/2020
Danielle errou na mão
A obra foi escrita por Danielle Steel, uma autora americana conhecida por ser mestra em escrever dramas românticos, publicando mais de 165 livros.
O enredo conta a vida de Stephanie, uma mulher de 41 anos, mãe de dois filhos, cujo marido decide se separar repentinamente. Após um ano de separação, Stephanie conhece - durante uma viagem - um novaiorquino encantador chamado Peter Baker, com quem acaba se envolvendo num intenso romance.
Peter conta a Stephanie que é dono de uma empresa de pesquisas tecnológicas ultra-secretas e, ao fazer uma viagem de negócios, manda uma das invenções dele de surpresa à namorada, para que ela não se sinta só.
A protagonista se assusta ao atender na porta um Peter totalmente diferente, que depois descobre ser um clone do namorado - chamado Paul Klone. Após conhecê-lo, Stephanie se vê num dilema impossível, pois acaba se apaixonando pela cópia. Nesse gancho, a autora desenvolve a angústia da personagem, dentro do inusitado triângulo amoroso.
A leitura foi adiada por conta da sinopse, porém não queria julgá-la superficialmente, então tentei me aprofundar na obra, sem julgamentos, mas não consegui manter essa linha.
No início, o relacionamento de Stephanie e Peter é muito belo e encantador, porém, no desenrolar, a história se torna tosca.
Apesar de não esperar nada profundo de um romance com uma máquina, imaginei que a relação da protagonista com Paul seria mais cômica, inocente e consciente da realidade, entretanto, a personagem faz questão de ressaltar que os aspectos que a faz amá-lo são: as proezas sexuais, a "tolice" e as roupas inusitadas.
O resultado foi a construção de um enredo mal aproveitado. Aparentemente, Danielle Steel gosta tanto de amores impossíveis que acabou exagerando e criando uma história extremamente forçada.
Só finalizei o livro pela escrita, que não descredito, pois a mesma é impecável e prende do início ao fim.
O desfecho não foi tão ruim quanto imaginei, todavia não compensou o aspecto geral da obra.