A Espetacular Clínica da Monga Apresenta Caso Original

A Espetacular Clínica da Monga Apresenta Caso Original Tai Cossich




Resenhas - A Espetacular Clínica de Monga


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Maitê 14/04/2020

Tai Cossich nesse pequeno livro desenhado, nos conta a história de uma análise. Um divã, um analista, um analisando. Uma fala que persiste, desenrola, em uma cadeia de significantes que transita pelo percurso Lacaniano de uma forma singela, colocando em ícones aquilo tão difícil de ser compreendido na letra. .
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Biblioteca Álvaro Guerra 14/04/2022

Tai Cossich nos mostra uma sessão longa de terapia, praticamente sem nenhuma palavra.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788566740295
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Delirium Nerd 30/08/2018

A complexidade das relações humanas
Em A Espetacular Clínica da Monga Apresenta: Caso Original, a autora brasiliense, Tai Cossich, mergulha no subconsciente do ser humano, de forma a contar suas angústias e anseios através de quadros focados parcialmente em linguagem não-verbal, em um ensaio originalíssimo sobre a psiquê e a complexidade das pessoas que, de tão diferentes, acabam tornando-se iguais perante Monga, a ilustríssima psicanalista do quadrinho.


A ideia para o quadrinho surgiu após uma performance de Tai Cossich na feira Miolo(s) em 2016, na cidade de São Paulo. A autora, vestindo uma máscara de monga, a mulher-gorila – personagem de circos mambembes – sentava-se ao lado de um divã e escutava a história de diversas pessoas. Ao analisar os relatos, percebeu que muitos deles eram parecidos e apenas destoavam na forma como eram expostos, o que a fez entender que o ser humano é igual em essência e possui mais em comum do que o contrário.

Na obra, a leitora começa por observar uma psicanalista, a própria Monga, e um paciente em seu divã. Ainda que um pouco exitante e apropriando-se de longos intervalos de silêncio, a pessoa começa aos poucos a contar sobre sua vida na sessão de análise e cada vez mais se despe do que sente e deseja para si.

A forma como o traço da autora alcança o âmago da consulta é lírica e, assim como propôs o psicanalista Lacan, é feita sem palavras, apenas no silêncio de se ser. Os balões de fala são os canais pelos quais a leitora consegue compreender as temáticas das conversas, e estes, de tão vívidos, podem ser encarados como uma personagem viva na trama de Cossich.

Em diversas cenas é possível visualizar os pensamentos e vivências da Monga – e dos pacientes – fundindo-se em um balé de reciprocidade e autoconhecimento: entre crises existenciais, corações partidos, sonhos de infância não concretizados e dúvidas quanto a própria sexualidade, a Monga e seus pacientes conversam das formas lúdicas e tentam de vez encontrar uma saída para os pensamentos – que podem assolar as pessoas por anos de análise. O simples ato de ouvir alguém, arraigado ao dever da profissão ou não, é algo sublime e digno de trocas importantíssimas.

É em uma destas sessões que ela conhece Kevin, o mergulhador, com o qual vive um breve romance. Nesta metade da obra, possuímos vislumbres de textos escritos sobre uma coloração azulada das páginas, utilizados para caracterizarem as diferenças entre os dois. Por mais opostos que sejam, Kevin e Monga transbordam-se e, apesar da efemeridade da relação, a leitora percebe quão intenso o relacionamento foi. Tem-se, portanto, uma descentralização da “Monga-profissional”, demonstrando, sobretudo, o quão humana e igual aos seus pares ela é (até mesmo para conseguir compreender as situações de seus pacientes e oferecer a eles saídas para caminhos que se mostram, através das consultas, um tanto irreversíveis e prejudiciais).

Outra leitura possível para a figura da Monga-psicanalista é a da mulher ancestral, vista como selvagem, denotada pela figura da gorila que, em apresentações circenses, só emerge quando muito irritada pelo público e que transita entre a “mulher domada” e a “mulher livre” das amarras da sociedade. Têm-se, portanto, uma personagem multifacetada que desdobra o próprio corpo e personalidade para viver em um mundo cheio de mazelas e conflitos interiores.

O que Tai consegue transmitir através de seus desenhos vai ao encontro da alma da leitora e promove diversos momentos de reflexão. O ato da leitura em si é um convite para que, mesmo que indiretamente, sejamos ouvidas em nossos divãs particulares. Leia A Espetacular Clínica da Monga Apresenta: Caso Original (ou consulte-se) você também!

Tai Cossich é desenhista e autora da performance/quadrinho A Espetacular Clínica da Monga. Nasceu em Brasília, em 1982, e já participou de diversas feiras independentes levando sua obra.

site: http://deliriumnerd.com/2018/06/08/clinica-da-monga-resenha/
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Amanda 29/05/2019

Transbordei
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Kirla 14/04/2022

Achei bem divertido dar essa espiada numa sessão de psicanálise! O traço é simples, não tem nenhum diálogo, a não ser numa passagem em que conhecemos O Escafandrista e Monga, a mulher gorila.
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Layzxx 17/04/2023

Um livro com muitas camadas, traz reflexões incríveis sobre nossas relações com o outro e com nós mesmos. Acho que na vida sou o Kevin...
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