Água de barrela

Água de barrela Eliana Alves Cruz
Eliana Alves Cruz




Resenhas - Agua de Barrela


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Bookster Pedro Pacifico 23/05/2023

Água de barrela, de Eliana Alves Cruz
Escolhido para o mês de março do Desafio Bookster 2023, o livro traz um relato intenso sobre o brutal e centenário período de escravização que marcou o país. A narrativa é contada, sobretudo, a partir de personagens femininos, percorrendo várias gerações de uma família, desde a captura forçada de pessoas no continente africano, passando pela abolição da escravização, até os dias atuais.

E para escrever “Água de barrela”, a habilidosa escritora carioca foi atrás da história de sua própria família, utilizando da ficção para tapar os diversos buracos que o apagamento histórico da população escravizada sofreu. É uma impressionante mistura de aspectos históricos com a história de personagens que tiveram que enfrentar todos os tipos de violência para tentar sobreviver. São muitas mulheres fortes que sonham em ser tratadas da forma que merecem.

Há cenas bem explícitas que, apesar de terem respaldo em práticas recorrentes, são difíceis de ser lidas. É um retrato muito rico sobre um longo período da nossa história, que vai além da proibição legal da escravização. A autora consegue nos mostrar como tantos anos de sofrimento, que estão arraigados na estrutura social, não podem ser apagados de um dia para o outro.

A escrita é simples e fica difícil de largar a leitura. Um daqueles livros que merecem ser lidos. Recomendo muito! Para quem se interessar, ainda tem um bate-papo muito legal no canal do YouTube, que contou com a participação da autora e da historiadora Luciana Brito.

Nota 9,5/10

Para mais resenhas, siga o @book.ster no instagram.

site: https://www.instagram.com/p/CsUlxz5skrB/
Fernanda 23/05/2023minha estante
Por enquanto o melhor do ano, nao canso de indicar ??


ondejacyviu 01/06/2023minha estante
Nossa, quero muito ler esse.


Gabriela Vianna 24/07/2023minha estante
Gostei da sua resenha, colocarei em minha lista!




Cleber 25/11/2022

Gerações
Na LC do Clube de Leitura Café e Boas Leituras. Que ótima escolha!
Uma história que atravessa gerações e gostei ainda mais quando a autora nos conta como foi que ela escreveu. Confesso que as vezes me perdi em meio a tantos nomes, mas a árvore genealógica ajudou muito, assim como as fotos.
Gostei de como a história foi se entrelaçando com as várias gerações, juntamente com os momentos históricos que o Brasil ia passando.
Por enquanto não vou falar mais para não dar spoiler e agora é só aguardar o encontro na LC.
Viva literatura brasileira!
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Karoline67 10/01/2021

Um mergulho na história
Apesar de ter 322 páginas, eu já considero esse livro um calhamaço. São tantas informações, tantos dados históricos que você precisa de calma e tempo para absorver a leitura. Meu livro está todo marcado e com stick notes, mas o que posso dizer dele é: fantástico. Simplesmente lindo e sensível.

O livro conta a história da família da escritora desde sua vinda da África para cá. A edição possui uma árvore genealógica nas primeiras páginas que acaba sendo MUITO necessária, já que são muitas gerações e muitos personagens. Por não ter uma árvore para a família dos senhores de engenho, o outro lado da história, e os nomes se repetirem demais, você precisa de atenção para não se perder - eu mesma me perdi várias vezes.

Porém, em nada isso tira o brilho da história. É sensível, puro, real e intenso. Conta como é e foi a sobrevivência de uma linhagem de mulheres negras desde a escravidão até aqui... Sinceramente incrível.
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Melissa 12/12/2023

Mais um dos meus preferidos do ano. Comecei já tendo certeza que seria um dos meus preciosos. Indico para qualquer pessoa que queria ler alguma coisa.
Já corri atrás de outros livros da autora.
Muito forte. Acho que faz a gente olhar a própria família de outro jeito
Eduarda2327 12/12/2023minha estante
eu li esse livro pra poder escrever um artigo mas ele é incrível




Nadia 04/02/2024

Que livro grandioso!
Emocionante acompanhar as muitas gerações de mulheres guerreiras que sofreram as dores da escravidão e da violência, ainda assim acreditaram e lutaram por uma nova vida.
Que livro maravilhoso, foi para mim uma grande aula de história.
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Elineuza.Crescenci 07/02/2023

Atravessando Séculos
Leituras de Fevereiro - 6 - 2023 -.15
Título: Água de Barrela
Autor: Eliana Alves Cruz
País: Brasil - RJ
Páginas: 322
Editora Malê – RJ - 2018
Avaliação: 4/5
Término da leitura: 07//02/2023


Autora
Nascida em 1960 na cidade do Rio de Janeiro é jornalista e escritora.

O livro
É o primeiro livro da autora e pelo qual recebeu o prêmio Oliveira Silveira em 2015 oferecido pela Fundação Palmares.
Conta a trajetória de uma família sequestrada na África, Daomé, colocada num navio tumbeiro com destino ao Recôncavo Baiano.
É a narrativa de uma das integrantes da família a partir de suas memórias.
Toda a história se dá a partir do início do Século XIX até a nossa história recente no Século XXI.
Há fotografias e registros escritos que fazem as vezes de documentos.
É uma narrativa instigante. Mais uma vez a autora nos mostra o sofrimento do povo negro, suas batalhas e suas conquistas.
Recomendo.


site: https://entremeadaselivros.blogspot.com/2023/02/2023-fevereiro-6-leitura-anual-16-agua.html
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Cris 07/06/2022

História linda e sofrida que acompanha a história do Brasil
É tanto sofrimento? desde o sequestro em África pra serem escravizados, passando por torturas, doenças, maus-tratos, guerras? não tiveram um tempo que durasse de paz e sossego.
Xangô fez sua justiça enfim, mas foi preciso esperar 6 gerações. 6 gerações sofridas. A escravidão foi abolida na lei, mas custou a acabar. E seus resquícios é consequências ainda estão por aí, não só nas histórias extremamente necessárias.
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Janaí­na 29/06/2021

Família e história
O livro vale muito a pena. Custei a fazer essa resenha porque o livro conversou muito com a história da minha família. Eu não sou da mesma região, mas acredito que esse apagamento dos nossos mais velhos seja uma coisa que acontece por todos Brasil. E essa autora foi feliz ao registrar a história da família dela e transformar em livro um conhecimento que muitos de nós, grupo no qual me incluo, não tem. No mais, se trata de uma história interessante e entrelaçada com acontecimentos históricos. Gostei bastante.
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Maria17758 15/04/2022

QUE LIVRO!
Nesse livro incrível e emocionante, Eliana Alves Cruz nos conta a história de sua família, desde os primeiros antepassados vindos da África.
Percorrendo esse caminho sofrido, não temos apenas uma aula de história do Brasil e toda a sua cultura (por um lado, vemos os elementos africanos sendo incorporados à realidade brasileira e, por outro, vemos a trajetória do racismo no país, primeiramente escancarado e depois mais velado, mas nunca omisso) mas também uma aula de resiliência e coragem com todas as mulheres fortes e apaixonantes dessa família.
Saber que tudo que é retratado nesse livro é real dói mas saber que o legado dessa família está sendo honrado de forma tão magnífica pela Eliana, trazendo tanto orgulho a Damiana, Martha, Dasdô, Umbelina, Celina e tantos além delas, é muito lindo e poderoso.
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Ri :) 10/05/2021

Queria que todo mundo lesse este livro. Finalmente, uma leitura sobre vitórias. O percurso sombrio, dolorido e cheio de cicatrizes, que a gente está habituado, mas com histórias de lutas e conquistas de pequenos grãos. Um avançar de gerações que deu orgulho de ler.
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Caroline.Batista 30/05/2021

Necessário
Li esse livro para uma atividade da faculdade, mesmo estando estudando um pouco mais sobre a escravidão, nunca tinha lido um livro que abordasse o tema de maneira realista.
E é o que a Eliana faz nesse livro, mesmo que seja um romance, conseguimos entender e ter uma visão do que foi a escravidão no Brasil, que seja diferente do que aprendemos na escola.
Indico demais essa leitura, por mais que seja um livro extremamente difícil, é um livro que vai te dar uma perspectiva totalmente diferente sobre o Brasil nos anos 1800 até 1940.
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Thalia58 23/03/2023

Todos os brasileiros deveriam ler esse livro pelo menos uma vez na vida. Impactante e muito bem escrito
Todos os brasileiros deveriam ler esse livro pelo menos uma vez na vida, porque conta a nossa história enquanto nação, mas na voz de das pessoas que foram escravizadas, quem de fato construiu esse país, com suor, lágrimas e sangue e que infelizmente são apagadas da história. A leitura é importante para que nunca esqueçamos dessa história e possamos refletir e entender para lutar contra o racismo estrutural que acompanha o Brasil por mais de 500 anos.

Este é um romance histórico com a história da família da própria autora juntamente com o que estava acontecendo politicamente no país, desde que seus antepassados foram sequestrados da África para serem escravizados aqui no Brasil, e o mais interessante é que a autora fez muitas pesquisas, então além dos depoimentos de seus parentes, ela teve o respaldo de documentos, fotos e cartas que fazem esse livro ser ainda mais impactante porque é uma história real. É a história de uma esmagadora maioria brasileira, mas que foi sendo apagada ao longo do tempo e apesar de ter temas e situações muito pesadas, como as torturas, abusos físicos e psicológicos, imposição de uma religião que não eram a deles, a escrita é leve e fluida, o que contrapõe com temas tão difíceis de digerir.

“Estar na casa-grande era um privilégio na visão da maioria, mas Helena não demonstrava gratidão por essa ‘sorte’. Percebeu que todo e qualquer serviço, por mais ínfimo que fosse, era deles. Os brancos não se mexiam para nada. [...] Um trabalho sem fim e sem descanso, temperado com caprichos os mais bizarros e, por vários momentos cruéis. [...]”

Algo que a autora falou em uma entrevista me fez ter uma perspectiva diferente da história que além de ter esse tom de denúncia sobre as atrocidades que foram cometidas, é também uma forma de mostrar que essas pessoas escolheram sobreviver e criaram mecanismos para isso. E nesse caso particular, a educação teve um papel fundamental na vida das gerações futuras como os pais da autora e da própria autora. Se eu tivesse que definir uma palavra para esse livro seria RESILIÊNCIA.

Este livro é permeado de mulheres fortes e que fizeram de tudo para mudar o rumo de suas vidas e das próximas gerações, tendo ainda mais dificuldades por serem mulheres. Além disso, é um livro diferente porque humaniza essas pessoas e mostra como todas elas que foram escravizadas assim como qualquer outra pessoa tinham sim sentimentos, ambições e refletiam sobre o que estava acontecendo ao seu redor, inclusive participando ativamente dos movimentos abolicionistas e tudo mais. Não eram alheios e tinham capacidade de compreensão, ao contrário do que se pensava na época e até mesmo hoje em dia.

A luta que começou contra a escravidão e o racismo desde os primórdios ainda acontece, infelizmente ainda temos notícias de pessoas que foram libertadas de situações análogas à escravidão, princiapalmente empregadas domésticas e inclusive o caso das vinícolas no sul do país. O mais surpreendente, triste e revoltante é que depois de tanto tempo as coisas não mudaram tanto, tem várias situações no livro que ainda acontecem atualmente. Um trecho que vale a pena destacar aqui pra mostrar isso é quando um dos personagens se alista para a guerra do Paraguai em troca de sua ‘liberdade’ se sobreviver:

“Os sulistas não recebiam bem os negros baianos destacados para a luta, e os conflitos eram sem fim [...]”.

A leitura deste livro é necessária (e deveria ser obrigatória) para reflexão da nossa história, como o Brasil foi construído e entender que temos sim uma dívida histórica com a população negra do nosso país.
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preta velha 30/06/2023

Memórias da família alves cruz
Este é o livro de estreia da eliana alves cruz, escritora e jornalista negra carioca.

é um romance histórico que compreende a época do brasil colônia ao início deste século.

a terceira pessoa narrativa transita para a primeira no último capítulo.

o livro conta a história de seis gerações da família da autora, desde que seus primeiros integrantes foram arrancados de oió, na nigéria, para o trabalho forçado. embora exista a presença masculina, essas famílias são essencialmente matrilineares e as outras mulheres que compõem a história são imprescindíveis para a articulação das ações. o título é uma alusão ao trabalho da maioria dessas mulheres. elas lavavam, enxaguavam, quaravam e passavam roupas para as famílias brancas. a barrela era uma água com cinzas de madeira que se colocava na rouparia para branqueá-la.

os cenários principais são cachoeira e são félix, cidades do recôncavo baiano.

o pretuguês (termo cunhado pela lélia gonzalez, antropóloga negra mineira), o yorubá e o candomblé estão presentes na narrativa.

todos os grandes acontecimentos mundiais do período impactam de algum modo as vidas dos personagens e a pesquisa histórica é primorosa. há muitas figuras históricas baianas dentre os personagens e uma delas é o juliano moreira, psiquiatra e professor universitário negro, o primeiro a citar e incorporar a teoria psicanalítica no ensino da medicina no brasil.

os nomes dos capítulos são bastante poéticos e criativos e as descrições dos ambientes e a narrativa são minuciosos.

a loucura é abordada de maneira muito respeitosa. a personagem nunu, a despeito de ser esquizofrênica, é a que tem a visão mais crítica em relação aos brancos e em um determinado momento, ela diz o seguinte à família da patroa da sua tia: "vocês são uma gente muito ruim metida a gente boa". esta é só uma das vezes em que ela revidaria as opressões sofridas pela sua família.

o livro tem fotos de alguns dos integrantes da família e seus objetos pessoais.

indico-o a quem se interessa em conhecer e/ou se aprofundar na história do brasil e suas raízes escravocratas através da ficção.
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Dri 29/03/2021

A narrativa não é fácil de digerir, apesar de não ter muitas páginas. Somos inundados por um turbilhão de informações. Sem romantização, sem pormenores, a autora trata com a familiaridade de quem sabe do que fala, como se não fossem necessários maiores esclarecimentos, sendo também o leitor conhecedor da sua realidade. Parece simplesmente descrever o ocorrido, sem nenhum espanto, lida com o sofrimento constante, a dor e a tortura desumana de forma naturalizada.

Em alguns momentos parece o resumo de um livro de história. Já em outros envolve, arrebata e nos faz sofrer com os personagens. Estranho seria não se perder em tantos nomes, famílias, datas, períodos, eventos, mais ainda se a educação que tive quando criança tivesse sido suficiente para entender tudo isso. Esse incômodo consiste na minha própria ignorância, e não pelo livro.

Aqui nós conhecemos uma parte da história tão pouco falada, distorcida, mal contada, de negros trazidos da África para o Brasil. Essa é a história de uma família - a da autora e do nosso país -, como tantas outras que vieram da mesma forma, forçada, subjugada, à cretinice e à soberba do rico homem branco. Fala da escravidão, das crises políticas, dos furos da Lei Áurea e suas antecessoras, da luta por igualdade racial até os dias atuais. Muita coisa não foi pensada pelos poderosos, apenas feita como idealizada, por quem nada sabe da realidade que importa e se não fosse a pressão inglesa, quanto tempo mais será que a escravidão ainda persistiria? Passa de relance pelo movimento sufragista, da luta das mulheres por seus direitos, mesmo que em contextos diferentes, denota o contraste entre a mulher negra e a mulher branca.

O que nós sabemos dessas histórias? O que nossa educação eurocêntrica trouxe? Além da cultura estereotipada, também foi minimizada, como se quase nada de ruim tivesse acontecido e ainda como se tudo tivesse sido há tanto tempo, mas não faz tanto tempo assim. O livro me foi um tapa da cara pra mostrar o quão recente é a luta e que ainda está acontecendo. Não bastava ser negro, pior ainda era ser mulher. Maus tratos, estupro, descaso, o tratamento pior que à um animal, sem direito nem mesmo ao próprio corpo.

Mesmo com tudo isso friso, esse livro fala de muita dor, de muito sofrimento, mas sem nunca perder a vontade de sonhar. A força pra tanta luta e sobrevivência, com tanta esperança de dias melhores, parece até sobrenatural, nos faz repensar a forma como vivemos.

P. S. :Também estou deslumbrada pela quantidade de informações que Eliana conseguiu colher e transformar em livro, não é trabalho que qualquer um teria feito

@cartasdoabismo
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Laiza 06/10/2021

Água de Barrela - Eliana Alves Cruz
Água de Barrela conta a história da geração de uma família através do protagonismo de mulheres negras. Desde a saída forçada do continente africano, aos horrores da escravidão, e as dificuldades e obstáculos que seguem após isso.

Conforme vamos acompanhando as gerações da família, temos o andamento e fatos ligados à história do Brasil. Eu gosto muito de histórias que vão ligando os personagens às questões históricas e acontecimentos, por que acho interessante observar essas conexões e a forma como a história se liga e molda o indivíduo. E como aqui temos muito presente a questão racial e o racismo no Brasil, vemos como os personagens são forçados a passar por constrangimentos políticos, sociais e econômicos ao longo da vida.

"Água de Barrela" demonstra as raízes históricas do racismo no Brasil. Da violência brutal e da exploração da escravidão impostas aos negros, e as formas como a cultura e a religião eram suprimidas. E a maneira como a liberdade foi construída de forma ilusória e rasa, destinando aos negros sempre novas formas de servidão, exploração e desigualdade. Acentuado e destacado no livro através do protagonismo das mulheres da família, então há também em pauta discussões sobre raça, gênero e classe.

A partir dos relatos da própria família da autora, Eliana Alves Cruz, e o o contexto histórico brasileiro, temos uma história que mistura o real e o ficcional. E saber disso apenas acrescenta ainda mais beleza e sensibilidade à essa história. Uma escrita atenta aos detalhes, mas que mesmo sendo bem descritiva, fascina desde o primeiro momento, por ser rica, impactante e real. Histórias geracionais são sempre carregadas de emoções para mim, por que conforme as gerações vão passando, vamos nos despedindo dos personagens conhecidos e vamos seguindo em frente, percorrendo novas jornadas e destinos. Então você mergulha fundo dentro de uma família, os acompanha e se apega a eles em seus momentos de tristeza, dor, das dificuldades, mas também nos momentos de luta, esperança, e de determinação.

Uma leitura vívida, tocante, e necessária.

Conheça meu blog e meu insta literário: @possosurtaragora :)

site: http://laizafsiqueira.blogspot.com/2021/10/livro-agua-de-barrela-eliana-alves-cruz.html
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