A Forma da Água

A Forma da Água Guillermo del Toro
Daniel Kraus




Resenhas -


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Evy 18/04/2020

"Ele não é humano - ele diz...
... Estas são as palavras de um velho cansado, implorando para viver seus últimos dias em paz. Antes que possa escapar pela saída de incêndio, no momento em que está se virando, ele vê as mãos de Elisa sinalizarem em resposta e fica com a sensação de que elas fazem um marca em suas costas, através do paletó, do suéter, da camisa, do músculo, do osso, fundo o bastante para que machuquem como um ferimento recente por todo o caminho até a Klein & Saunders, onde ela começa a coçar e se transformar na cicatriz que ele será forçado a encarar pelo resto da vida: 'Nem nós'".

A Forma da Água é um ficção maravilhosa criada por Guilhermo Del Toro e transformada em livro pelo autor Daniel Kraus. Desde que li/assisti "O Labirinto do Fauno" estou apaixonada por Del Toro e sua capacidade de reunir fatos históricos com fantasia, mesclando o improvável ao possível, o místico ao cotidiano e fazendo isso com cenas tão belas e cheias de sensibilidade que é impossível não se encantar.

Nesta trama, Del Toro trata de diversos temas importantes, sendo o mais relevante e o foco central dessa história, as dificuldades do ser humano em aceitar as diferenças. Elisa, é muda, órfã e servente, o que a faz ser praticamente invisível a todos a sua volta, trazendo uma solidão que está além da companhia, mas da compreensão e sensação de pertencimento. Giles, vizinho de Elisa e um de seus únicos amigos, é gay e um artista decadente que passa por situações de preconceito e desconforto. Zelda, colega de trabalho de Elisa, é negra e sofre muitas humilhações. Para culminar essa equipe, está o ser sobrenatural, o "recurso" da Occan, empresa onde Elisa e Zelda trabalham, que foi capturado na Amazônia onde era chamado de Deus Brânquia e tratado como tal, para virar projeto de pesquisa e ser torturado em busca de inovações.

Ao fazer contato com o homem-peixe, Elisa se sente pela primeira vez em toda sua vida, vista de verdade, compreendida e de forma nenhuma julgada por sua mudez ou condição. Assim como o ser sobrenatural se sente pela primeira vez respeitado e não temido por sua aparência. Ambos sentem que apesar de serem de espécies diferentes, de mundos diferentes, são iguais em essência, mais parecidos do que os que deveriam ser seus semelhantes. A amizade que desenvolvem se transforma em um amor, que vai muito além do amor romântico. É poético, intenso, e extremamente tocante como criaturas tão diferentes se enxergam como são e amam pelo simples fato de respeitar ao invés de temer, conhecer ao invés de subjugar.

Afora isso, o livro tem como pano de fundo a Guerra Fria e traz muitos outros temas como disse, tratando os dilemas pessoais dos personagens e inserindo críticas sociais e políticas de forma muito clara e objetiva. Não há pontas soltas, tudo que é descrito, os diálogos e cenas são usados para fechar este ou aquele quebra cabeça e no fim tudo se completa de forma fascinante.

Uma lição de respeito e amor, que nos é transmitida através de uma incrível narrativa, cheia de cenas fortes e impactantes, mas também de extrema beleza e sensibilidade. “Assim é a vida, Elisa. Coisas remendadas juntas, sem sentido, a partir das quais nós, em nossas mentes necessitadas, criamos mitos que nos agradam. Você compreende?”

Recomendo fortemente a leitura!!!
Yeda Souza 18/04/2020minha estante
Adorei sua resenha, mais esse foi um livro que abandonei... quem sabe num outro momento eu retome.. não consegui ler!!!


Felipe.Siqueira 16/07/2020minha estante
Você usou exatamente a frase do livro que mais mexeu comigo até o momento na leitura.


Evy 17/07/2020minha estante
Felipe e Yeda, fico muito feliz com esses retornos!! Muito obrigada!! Felipe, essa citação me atormenta até hoje, me marcou muito...


Kat 27/01/2022minha estante
Eu estou amando o livro. Meu primeiro contato com essa ficção foi o filme, meu namorado me indicou e essa história nunca mais saiu da minha cabeça, ent tive que ler. No início do livro é meio entediante acompanhar a rotina dos personagens mas como vc disse "não há pontas soltas, tudo que é descrito, os diálogos e cenas são usados para fechar este ou aquele quebra cabeça e no fim tudo se completa de forma fascinante".




Cleber 20/11/2022

Spoiler: o ser humano é o pior dos monstros
Gostei muito da leitura, em alguns momentos a leitura é um pouco lenta, mas isso serviu para conhecer mais sobre as personagens. Adoro o filme e o livro deixa a gente se aprofundar ainda mais na vida e nas motivações das personagens, em partes até de uma forma poética. Para quem for se aventurar na leitura, não desanime logo no começo, pois a história vai num crescendo até terminar de uma forma linda e incrível.
Thami Zambrano 20/11/2022minha estante
Adorei esse livro.


Leonhard 21/11/2022minha estante
Gostei muito da sua resenha. Me inspirou a ler o livro. O filme, achei ótimo.


Regis 21/11/2022minha estante
Agora que li sua resenha vou colocar o livro na lista. ?
Ótima resenha, Cleber! ? ???


Cleber 21/11/2022minha estante
Obrigado ??




Karen 19/08/2022

Nossos sóis
Romance: 80%
Ação: 15%
Drama: 25%
Sendo bastante sincera não me acho apta a resenhar este livro o que é altamente engraçado já que critiquei tantos. Então porque quando me deparo com uma obra fora do meu “costume” e bem redigida fico amedrontada?
Não é um romance água com açúcar ou picante em que o único objetivo é o casal, na verdade todo mundo aqui tem seu momento de protagonismo e empatia por minha parte.

Logo conhecemos Strickland, autoritário, quebrado, ignorante e de dar dó. Eu o entendi, mas exatamente na pagina 100 percebi que não.
Não deveria entender ele.
Logo, Elisa nos apresenta seu mundo, calado, quieto, constante, a própria definição de se contentar com o que podemos ter.
E Por fim, um achado da Amazonia (ainda estou chateada com esse roubo): O deus Brânquia Animal, sem a grosseria do mundo, e gentil.
Temos Giles, Hoffstetler, Zelda e Elaine coadjuvantes com seus momentos, histórias e objetivos

Foi uma leitura rápida, básica e absorta.
Ao percorrer de cada página, cada capitulo eu sentia que estávamos chegando a um final trágico imagine minha surpresa em dizer que não. De 7 histórias 5 foram felizes.
A sensação era que recebia milhares de informações para então realizar que tudo foi o mais simples possível.
O sentimento mais forte e arrebatador deste livro foi a empatia.

E por fim posso dizer que foi um filme, com os sentimentos inseridos.
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Chico34 28/03/2024

O fato dele ser meio "peixe" me incomoda bastante e saber que ele não é 100% racional me preocupa um tiquinho
Mary Ann 28/03/2024minha estante
kkkk eu assisti o filme qnd era bem pequena e nunca esqueci da cena final (achei mt romantico) e dps de anos descobri o livro


Chico34 28/03/2024minha estante
Eu nem sabia da existência de um filme


Mary Ann 28/03/2024minha estante
Cmg o contrário kkk


Mary Ann 28/03/2024minha estante
Enfim, eu amei o filme, achei mt emocionante (qnd eu assisti eu tinha uns 5 anos)




Nati Amend @livrosdanati 26/09/2020

Uma experiência complementar e encantadora
Este foi um livro que me cativou aos poucos, confesso. A escrita não é algo que nos fisga desde o início, mas é realmente impossível não enxergar a beleza por trás dessa história. É uma verdadeira mistura de fantasia, romance e horror, que abusa da simplicidade narrativa para abordar temas intensos e sensíveis.

A minha experiência com a obra escrita veio depois de assistir sua adaptação e já adianto para vocês: tanto faz a ordem, porque as duas produções funcionam de maneira independente. Tanto livro quanto filme foram criados juntos, para serem complementares um ao outro.

A leitura começa um ano antes que o filme, quando o protagonista Strickland está caçando um ser mitológico no meio da Amazônia. Essa mudança na linha temporal é muito importante para contextualizar de onde veio essa criatura e o porquê ela é a última de sua espécie. Além disso, traz a abordagem das lendas brasileiras que inspiraram a história de Guillermo del Toro e Daniel Kraus.

O livro também intercala a narrativa entre vários personagens, o que ajuda a aprofundar melhor seus sentimentos, anseios e pensamentos. Como a protagonista Elisa é muda, no filme ficamos restritos às suas expressões faciais e gestos (o que não é limitador, porque a atriz é extremamente talentosa), mas na obra escrita temos a oportunidade de ler o que se passa dentro da cabeça dessa personagem tão icônica. E não somente na cabeça dela. Há capítulos que são narrados inclusive pela criatura, o deus Brânquia, e estes são tão fascinantes que o livro me conquistou muito neste ponto.

Por fim, é preciso enaltecer a beleza dessa fábula como um todo. Não é uma história com grandes plots, mas que carrega uma mensagem poderosa sobre diferenças e valorização do eu independente da aparência física. O tempo todo somos confrontados com os contrapontos entre ser humano ou criatura, homem ou mulher, hétero ou homossexual, negro ou branco, e na real? Nenhuma dessas características é mais importante do que quem somos por dentro.

site: https://www.instagram.com/p/CFUfyTJjE8H/
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Evandro Luiz 09/05/2021

Apaixonante
O livro é demais, intenso nos detalhes, personagens bem definidos e boa narrativa. O que não gostei é a grande aproximação ao filme, para quem já viu o filme ao ler o livro irá se decepcionar pois são poucos os detalhes adicionais, caso não tenha visto o filme vá logo ler o livro.
É uma boa leitura para descontração. Recomendo.
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mari 17/05/2022

A forma da água. ?
Eu não gostei, simplesmente o começo dessa resenha. Achei a escrita dele muito chata até onde li, por simplesmente não fazer meu estilo de fantasia.

Para quem viu o filme, ler o livro é importante, mas para mim que não consumiu nenhum dos dois direito, não me pegou.

Não recomendaria, mas para quem gosta sim.
eurus 17/05/2022minha estante
ainda acho q esse "romance" é zoofilia




Abelita.Azevedo 13/11/2021

Devoniano
Pra mim que sou relutante a romances, por esse me entreguei inteiramente
Ahhh Deus Brânquia e Eliza aquele amor que vc suspira e suspira muito
Os personagens são incríveis Giles e Zelda são maravilhosos!
Richard é detestável! Mas não deixa de ser um puta de um personagem
(Queria esganar ele a cada página)
Meu primeiro livro de Guillermo e amei a escrita e a construção dos personagens é incrível
O Devoniano é brasileiro gente, Brasileiro! ?
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Victor Silva 04/05/2020

Apesar de ser um livro que depende  da imaginação do leitor para ser produtivo,característica que gosto,a história não me agradou. Porém recomendo para aqueles que gostam de um romance dramático.
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belleinthebooks 11/04/2020

Enfim... Terminei
Eu literalmente estou sem palavras para descrever o quanto que eu amei esse livro. Foi a minha primeira vez lendo ele, e eu tenho toda a certeza que irei reler muito mais do que umas mil vezes. Recomendo demais esse livro. Ele lhe prende do começo ao fim. Se não fosse pelos afazeres que eu tenho, com toda a certeza, eu iria ficar trancafiada no meu quarto e não iria sair por nada desse mundo até eu terminar de ler o livro.
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SARA 20/06/2020

Vidas ligadas
Coloquei esse título da resenha, porque foi exatamente isso que achei, quando li o livro, mesmo já tendo assistido ao filme, fiquei encantada com alguns detalhes que os roteiristas não tiraram, mais tenho que confessar que a leitura de início foi bem difícil.
Mais a história é linda.
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Arthur 15/10/2021

As alegorias de Del Toro
Desde que assisti Labirinto do Fauno, fiquei impressionado com a capacidade de Guillermo Del Toro contar histórias através de alegorias. Ok, ele não é o primeiro e provavelmente não será o último autor com essa característica/habilidade, mas é inevitável notar como a mescla de fantasia com temas pesados transmitem mensagens de forma direta.
Enquanto em Labirinto do Fauno a fantasia impactava com sua analogia ao fascismo, em A Forma da Água temas como racismo, xenofobia, homofobia e sexismo convergem para a relação da criatura e o que ela representa: os problemas históricos da humanidade em aceitar e conviver com as diferenças.
Ainda não assisti ao filme, mas a leitura me motivou a fazê-lo em breve. Quanto ao livro, recomendo a leitura.
Abelita.Azevedo 14/11/2021minha estante
O filme não fica atrás! Assista


Erudito Principiante 17/12/2021minha estante
Bela resenha. E o filme é ótimo!




Alyne 05/02/2022

VOZ

Há pessoas, principalmente aquelas que assistiram o filme antes de ler o livro, que acreditam que o tema do livro é o Amor, um Conto de Fadas. Engano. A Forma da Água vai muito além.
O livro aborda como pode ocorrer o processo de desumanização em uma pessoa e a necessidade extrema de controle de alguém que busca sempre reconhecimento por seus feitos violentos e horrendos. Tarjas pretas representam ordens, a voz soberana do poder, as vozes dos macacos.
Temos as vozes silenciadas daqueles que são considerados os que devem ser varridos para debaixo do tapete da sociedade hipócrita, falso moralista e preconceituosa. Elisa, muda, sobrevivente de um orfanato. Zelda, negra, obesa, servente de uma empresa. Giles, homossexual, artista não reconhecido, humilhado. Lainie, aquela que deveria ser a dona de casa perfeita, é casada com um psicopata misógino e vê os mesmos sinais de comportamento surgindo no filho.
Um livro extremamente sensorial. As cores, às vezes, dizem mais nas entrelinhas do que as próprias palavras.
O que é um Deus? Uma criatura? Um recurso? Um ser? Ou somos mais parecidos do que imaginamos?
Finalmente, qual a forma da água? Um líquido que se adapta a qualquer forma? Que ocupa todo o recipiente onde é colocado? Que muda de estados? Que é forte como a chuva? É essencial para a sobrevivência? Ou estamos falando do amor incondicional?
Minha única crítica ao livro e, por isso, não dei nota 5, refere-se aos primeiros capítulos quando informações absurdas e errôneas são fornecidas sobre nossa Amazônia. Me senti assistindo o episódio dos Simpsons. Falha imperdoável de um mestre como Del Toro.
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antribeiro 19/08/2022

Sinceramente não curti muito , achei a história muito morna e devagar o livro não conseguiu me pegar e fazer querer lê-lo, eu quase desisti , porém queria terminar não gosto de abandonar leituras , mais sinceramente não curti , achei bagunçado, chato e entediante , não seria um livro que eu recomendaria para alguém.
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