A casa da alegria

A casa da alegria Edith Wharton




Resenhas - A Casa da Felicidade


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Rafaelle 23/03/2021

A casa da alegria
Ouvi uma vez que boa literatura é aquela que nos incomoda. Acredito que eu nunca tinha entendido completamente o que essa frase queria dizer até ler A casa da alegria. Esse livro me virou do avesso e mexeu naquelas partes que eu normalmente prefiro deixar quietinhas.

A história gira em torno de Lily Bart. Criada para ter um gosto refinado, ficou órfã logo após a falência da família e precisou ir morar de favor com uma tia. Mesmo sem fortuna, Lily conseguiu se manter entre a mais alta sociedade. Sua beleza e carisma garantem um lugar em meio às mais refinadas pessoas, porém a jovem já conta com 29 anos e possui complicações financeiras que tornam cada vez mais urgente a necessidade de se casar. 

Dividida entre a necessidade de dinheiro para manter os padrões de vida que ela conhece e a repugnância por um casamento apenas por dinheiro, Lily Bart ainda precisa lidar com os seus sentimentos por Selden, um simples advogado. 

Os sentimentos de Lily por Selden muitas vezes mudam o rumo da trama de forma sutil. Os diálogos dos dois exercem um grande poder na mente de Lily sem que ela perceba. Os dois são forças opostas que se repelem e se atraem. Selden vê as maquinações de Lily para se manter na alta sociedade e faz troça disso. Lily percebe que ele enxerga a alma dela nua e sente seus valores questionados. 

"? Por que faz isso comigo? ? soltou. 
? Por que faz as coisas que escolhi parecerem tão odiosas para mim, se não tem nada para me oferecer em troca?" 

Apesar do romance existente na trama, ele não é o plot principal. Esse livro é sobre o conflito de Lily: uma mulher ensinada a viver apenas de aparências mas que começa a perceber o quanto sua vida é vazia. Vemos Lily crescer e vemos Lily lutar com todas a suas forças para não se quebrar. Vemos uma mulher perdida, fruto de uma sociedade fútil, mas que ainda luta para manter valores morais. E acabamos mergulhando nos questionamentos dessa personagem tão humana e nos perguntando junto com ela: o que é realmente valioso na vida? O que faz tudo valer a pena? Vale a pena abrir mão de seus valores pessoais para manter sua imagem perante à sociedade? Estamos realmente trilhando o caminho certo ou apenas o mais fácil? 
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Mariana Dal Chico 15/12/2021

“A casa da alegria” de Edith Wharton - primeira mulher a receber o Pulitzer de ficção -, ganhou nova edição da editora José Olympio, com tradução da maravilhosa Julia Romeu. Eu recebi um exemplar de cortesia.

O livro apresenta a alta sociedade nova-iorquina no início do séc. XX sob a perspectiva de uma jovem que precisa desempenhar o papel para o qual foi criada: encontrar um marido rico.

“(…) Lily era tão evidentemente uma vítima da civilização que a produzira que os elos do seu bracelete pareciam algemas prendendo-a a seu destino.” p.16

Lily é uma personagem memorável e fortemente contraditória pois ao mesmo tempo que é bela e poderosa, também se mostra impotente perante à destruição causada por sua sociedade frívola. Seu equilíbrio em uma fachada social não corresponde à sua vulnerabilidade sentimental, o leitor acompanha passo a passo dos embates entre razão, emoção e desejo.

Desde que debutou, a protagonista recebeu várias propostas de casamento, mas não aceitou nenhuma e mesmo agora, com 29 anos - o que para a época era considerado tarde para um casamento vantajoso -, ela ainda consegue conquistar bons partidos, mas quando está prestes a entrar definitivamente em um compromisso, faz algo que afasta seus pretendentes, ou ela mesma não é capaz de seguir em frente. No fundo, ela não é a interesseira que aparenta.

“(…) Lily estava se dando conta, pela primeira vez, de que a dignidade de uma mulher pode ser mais cara que sua aparência; e o fato de que a manutenção de um atributo moral dependia de dólares e centavos fez o mundo parecer um lugar mais sórdido do que ela jamais havia concebido.” p.214

O livro é um retrato da cruel e cega ordem social das pessoas ricas. É um romance sobre as restrições rígidas, econômicas e morais, impostas às mulheres. Local onde a própria autora viveu e deve ser por isso que as cenas narradas são vívidas e a angústia de Lily tão palpável.

Leitura mais que recomendada, fico com aquele sentimento agridoce de tristeza por não ser um livro tão popular quanto “O Grande Gatsby”; e de felicidade por agora termos essa tradução impecável à disposição no mercado nacional.


site: https://www.instagram.com/p/CXgcVYvL_zT/
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Bruna Gomes 11/03/2022

"Esses prazeres violentos têm finais violentos"
Durante a leitura de A Casa da Alegria essa frase de shakespeare veio em minha mente.

O livro nos transporta pra rica Nova York do início do séc. XX, onde uma Jovem não tão rica, Lily Bart, vive o privilégio de estar inserida na "high society". Um mundo onde uma mulher como ela só tem uma coisa a fazer: procurar um marido rico.

Lily não é uma personagem fácil de gostar e se identificar. O que ela quer, objetivamente, é apenas luxo, festas e diversões, mas não está disposta a pagar o preço que a sociedade exige por isso, essa luta entre seus valores éticos e o desejo de status leva a personagem principal ao declínio social.

Sabiamente a autora demonstra que a decadência de Lily resulta do fato de ela ser uma mulher. Em contraponto com a protagonista, há o personagem Lawrence Selden, que possui muitas características semelhantes com Lily, mas, ao contrário dela, ele pode viver seus casos amorosos, trabalhar sem ter sua reputação destruída por simples rumores.

Foi meu primeiro livro da Edith Wharton e me deixou ansiosa pra ler mais histórias dela.
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Vivi.Montarde 03/04/2022

Que livro maravilhoso! Amei essa história!

No livro, a sociedade de aparências da Nova York do início do século XX é muito bem retratada com toda sua frivolidade. Assim como o papel da mulher naquela época, que era educada para fazer um bom casamento e ser meramente um adorno.

A protagonista Lily vive nesse dilema, uma vez que quer estar em meio a esse luxo e conviver com a alta sociedade, mas ao mesmo tempo repudia essa frivolidade e se preocupa com o lado moral, quer fazer a coisa certa. A escrita é bem envolvente, é difícil parar de ler. E o final? Simplesmente impactante!
Vivi.Montarde 03/04/2022minha estante
Observação: o e-book dessa edição da Pedra azul que comprei no site da Amazon é horroroso. Repleto de erros. Parece um livro pirata de tantos erros. Uma pena porque já li vários livros dessa editora e nunca havia visto esse tipo de problema.




Carol 03/09/2020

Impressões da Carol
Livro: A Casa da Alegria {1905}
Autora: Edith Wharton {EUA, 1862-1937}
Tradução: Silvia M. C. Rezende
Editora: Pedrazul
300p.

#1001livrosparalerantesdemorrer

"O coração do sábio está na casa onde há luto, mas o dos tolos, na casa da alegria." Eclesiastes 7:4

Em "A Casa da Alegria", Edith Wharton nos apresenta uma das protagonistas mais pungentes da literatura: a bela e refinada Lily Bart.

Lily cresce em meio a uma sociedade em que as diferenças de gênero e de classe são muito bem demarcadas. É a Nova Iorque da 'Era Dourada' (1870-1900), onde o capital e a hipocrisia abrem caminhos e as relações de afeto são tênues e viciadas.

O que esperar de uma moça educada para conquistar um marido rico - papel único e adequado para uma mulher da alta sociedade - ensinada, desde cedo, a viver acima de suas posses, a valorizar o TER em detrimento do SER e a ser um objeto de desejo? O que aconteceria a ela se, apesar de tudo, buscasse algo mais real do que as veleidades sociais?

Edith Wharton é uma autora esplêndida, com o poder de desenvolver a trama e os personagens de uma forma que, sem perceber, o leitor se vê enredado na leitura. A força de sua escrita reside na fidelidade com que ela retrata esta sociedade e as relações de poder que a movem. Indico!

"Essa é a Lily, sabe: ela trabalha como uma escrava preparando o terreno para plantar a sua semente, mas no dia da colheita ela perde a hora ou vai a um piquenique.?
(...)?
- Às vezes- adicionou - penso que é apenas descuido; mas às vezes penso que é porque, no fundo, ela despreza as coisas pelas quais tanto luta para conseguir. E é a dificuldade de decidir que faz dela um objeto de estudo tão interessante." p. 170
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Tamires 06/12/2018

A Casa da Alegria, de Edith Wharton
“Para que vivemos, senão para fazer graça para os nossos vizinhos, e para rirmos deles quando for a nossa vez?” (Jane Austen, Orgulho e Preconceito)

A Casa da Alegria, romance de Edith Wharton publicado originalmente em 1905, conta história de Lily Bart em sua tentativa de se manter entre a alta sociedade nova-iorquina do início do século XX, embora já não tenha recursos financeiros para isso. Ela é uma jovem linda e muito bem educada, mas sua renda é composta apenas por uma modesta pensão deixada por seus pais e a caridade de uma tia levemente avarenta que a acolhe em seu lar.

O Livro da Literatura, almanaque fundamental para quem quer se inteirar sobre as principais obras do cânone da literatura mundial, coloca A Casa da Alegria como um sucessor temático de Orgulho e Preconceito, de Jane Austen; Jane Eyre, de Charlotte Brontë; e de A Feira das Vaidades, de William Makepeace Thackeray; tendo como foco o romance de costumes, todos eles precedidos por Pamela, de Samuel Richardson (este último com publicação em português pela Pedrazul Editora). Em A Casa da Alegria, diferente de Austen ou Charlotte Brontë, por exemplo, em que o nosso foco acaba sendo desviado para os mocinhos e a história de amor entre os protagonistas, desde o começo temos plena consciência que o tema principal é o malabarismo de Lily Bart para continuar usufruindo dos prazeres do luxo e do divertimento que a alta sociedade usufrui e das consequências que cada um de seus atos pode acarretar em sua vida, ou melhor, em sua honra.

Lily Bart é um bibelô entre os ricos, por essa razão é sempre convidada para festas, retiros no campo, viagens internacionais etc. Apesar de oficialmente viver com a tia, a viúva sovina Mrs. Peniston, a “agenda” de Lily é tão cheia de eventos sociais que ela vive passando temporadas nas casas de um ou outro casal de amigos, como uma folha desgarrada da árvore que vai para aonde o vento soprar. Obviamente, isso tudo tem um preço para Miss Bart: apesar de não pagar pela hospitalidade ou pelas viagens, ela precisa estar sempre muito bem apresentável. E esse custo de beleza já não cabe em seu módico orçamento.

Lily sabe que precisa se casar o quanto antes, mas ela precisa analisar as opções, pois não poderia se casar com qualquer um. O desejável seria casar-se com um homem rico, mas Miss Bart não conseguiria confiar a sua felicidade facilmente a alguém por quem não estivesse, no mínimo, apaixonada (ou o inverso, por uma questão também de poder). Fica muito claro desde o começo da história que ela quer ter dinheiro, mas também quer ser feliz, quer sentir o coração palpitar, quer admirar o parceiro com o qual ela dividirá sua vida…

“Ah, tem uma diferença… uma garota é obrigada a se casar, já um homem pode escolher – e o encarou com um olhar crítico. – Se o seu paletó estiver um pouco velhinho, quem se importará? Isto não impedirá as pessoas de convidá-lo para jantar. Já se eu andasse malvestida ninguém iria me convidar para nada: uma mulher é convidada mais pelas suas roupas do que por ela mesma. As roupas são o cenário, a moldura, se assim preferir. Elas não garantem o sucesso, mas fazem parte. Quem quer ver uma mulher maltrapilha? É esperado que sejamos bonitas e bem-vestidas até o fim, e se não conseguimos manter tudo isso sozinha, precisamos sair em busca de um parceiro.”

“Na verdade não queria se casar com um homem que fosse rico apenas; no fundo ela tinha vergonha da paixão da sua mãe pelo dinheiro. Lily gostaria de se casar com um nobre inglês com ambições políticas e vastas propriedades; ou, como segunda opção, um príncipe italiano com um castelo nos montes Apeninos e um posto hereditário no Vaticano. Causas perdidas tinham um charme romântico e ela gostava de se imaginar alheia à imprensa vulgar do Quirinal, sacrificando seus prazeres em nome de uma tradição de longa data…”

“Dúzias de meninas bonitas e jovens tinham se casado e ela com vinte e nove anos ainda era Miss Bart. Ela estava começando a se revoltar com o destino, quando pensou em abandonar a corrida e conquistar uma vida independente. Mas que tipo de vida seria? Ela mal tinha dinheiro para pagar a conta da modista e suas dívidas de jogo e nenhum dos interesses aleatórios que ela classificava como “preferências” parecia promissor o bastante para ela viver bem na obscuridade. Ela sabia que odiava a pobreza tanto quanto sua mãe, e por conta disso pretendia lutar até o seu último suspiro contra isso, emergindo repetidas vezes acima desta maré até alcançar o ápice do sucesso que se apresentava na forma de uma superfície difícil de ser alcançada.”

Um tema bastante delicado tratado no romance é o de que uma mulher não pode tudo. A Casa da Alegria, segundo O Livro da Literatura, é um romance sobre as restrições econômicas e morais impostas às mulheres. Miss Bart erra (e paga caro por isso) muitas vezes ao pensar que certas atitudes bobas, como viajar sozinha em companhia de um homem, ou ser vista na companhia de um deles em horário impróprio, ou ainda pedir dicas de aplicações financeiras, podem não ser algo tão grave a ponto de por a sua reputação em risco. Ela tem a ilusão de que pode tratar de negócios com um homem sem oferecer nada em troca, como uma igual. A literatura e, principalmente, a história, mostram como sempre foi difícil para uma mulher ser tratada como igual pelo sexo oposto. Em A Casa da Alegria, além das armadilhas do sexo masculino, temos também amizades femininas bastante traiçoeiras, que não hesitam em puxar o tapete de uma querida amiga para se manterem afastadas de escândalos ou não serem protagonistas de um. Lily Bart percebe o quanto é cansativo o malabarismo para viver essa vida de luxo, mas ao mesmo tempo ela é sugada para isso, pois foi moldada desde a infância para valorizar o prazer sem esforço, o prazer pelo simples fato de ser Lily Bart, uma pessoa que deixa por onde passa um rastro de encantamento e inveja.

Lily teve seus pretendentes, mas nenhum deles fez seu coração pulsar como Lawrence Selden, um advogado que flutua bem na alta roda, mas não tem uma fortuna suficiente para encher os olhos da jovem. Neste ponto, ela lembra bastante Lady Mary Crawley, de Downton Abbey, quando havia uma possibilidade remota de Matthew não ser o herdeiro do condado (a Condessa estava grávida) e ela tinha dúvidas em se comprometer definitivamente casando-se com um simples advogado, embora estivesse perdidamente apaixonada por ele.

“Ela era como uma roseira rara cultivada para ser exposta, uma planta da qual cada botão tinha sido extirpado, exceto a flor principal da sua beleza.”

Lily Bart é uma personagem para amar e odiar, não necessariamente nessa ordem, mas talvez com a mesma intensidade. Sabe aquelas personagens que você tem vontade de chamar para uma conversa e dizer: “Meu Deus, fulana, não faz isso! Não tá vendo que você vai quebrar a cara?”. A jovem Lily é uma dessas! A Casa da Alegria é um romance para devorar e se surpreender, uma crítica social ácida com um texto de uma crueza impensável na época de Jane Austen, mas carregado com a ironia característica dela que é uma das mais adoradas dentre os ilustres predecessores de Edith Wharton.

site: http://www.tamiresdecarvalho.com/resenha-a-casa-da-alegria-de-edith-wharton/
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Ina 09/03/2023

Por ser um livro mais antigo a escrita é um pouco mais demorada para ler, só que não tira o valor dessa história maravilhosa, é mto boa mesmo saber da vida da lily e como ela sobreviveu naquele tempo e naquela sociedade.
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edzlke 14/03/2022

Perturbador e apaixonante
Não tem muitas formas de definir essa leitura, a não ser dizer que ela te incomoda profundamente.
A protagonista calculista te aborrece, o mocinho que vê calculismo em tudo nela ? mesmo quando ela está evidentemente desarmada ? te irrita, e você não vê absolutamente nenhum personagem pra quem dar razão. Demasiadamente humanos!
Por fim, Lily nos mostra que é muito mais piedosa do que nós, e contraria nossas piores expectativas ? e que bom.
O final é perturbador. Triste até o caroço. Nos sentimos culpados e finalmente defendemos a situação da nossa protagonista e reconhecemos a sua força na impossível batalha que trava com a aceitação de uma sociedade machista ? que pontua o casamento como único destino feminino ? e a pobreza que fatalmente aguarda as moças solteiros no início do século XX, cuja educação que recebem visa unicamente aprisioná-las aos homens.
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Cintia295 06/04/2022

Gostei do livro, a leitura foi de boa, escrita impecável, mas não gostei do final (mas não vou comentar seria lógico spoiler).
A personagem principal tinha muitos altos e baixos, porém era muito a frente do seu tempo. Questionava muito a sociedade, o casamento, as mulheres, essa era a parte boa mas ao mesmo tempo ela queria viver tudo aquilo, o luxo, a riqueza, a beleza, a alto sociedade, mas como bancar isso tudo se não tinha meios para isso a não ser um casamento vantajoso.
E como tinha amizade falsas, como o povo era falso (será que era ou ainda é).
Só lendo para saber kkkkk

No geral recomendo o livro.
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Giovanni 13/03/2022

?Ah, tem uma diferença? uma garota é obrigada a se casar, já um homem pode escolher ? e o encarou com um olhar crítico. ? Se o seu paletó estiver um pouco velhinho, quem se importará? Isto não impedirá as pessoas de convidá-lo para jantar. Já se eu andasse malvestida ninguém iria me convidar para nada: uma mulher é convidada mais pelas suas roupas do que por ela mesma. As roupas são o cenário, a moldura, se assim preferir. Elas não garantem o sucesso, mas fazem parte. Quem quer ver uma mulher maltrapilha? É esperado que sejamos bonitas e bem-vestidas até o fim, e se não conseguimos manter tudo isso sozinha, precisamos sair em busca de um parceiro.?

?Dúzias de meninas bonitas e jovens tinham se casado e ela com vinte e nove anos ainda era Miss Bart. Ela estava começando a se revoltar com o destino, quando pensou em abandonar a corrida e conquistar uma vida independente. Mas que tipo de vida seria? Ela mal tinha dinheiro para pagar a conta da modista e suas dívidas de jogo e nenhum dos interesses aleatórios que ela classificava como ?preferências? parecia promissor o bastante para ela viver bem na obscuridade. Ela sabia que odiava a pobreza tanto quanto sua mãe, e por conta disso pretendia lutar até o seu último suspiro contra isso, emergindo repetidas vezes acima desta maré até alcançar o ápice do sucesso que se apresentava na forma de uma superfície difícil de ser alcançada.?

Romance para devorar e se surpreender, uma crítica social ácida.
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Adriana1161 25/03/2022

Elite
O livro mostra a alta sociedade nova-iorquina no início do século XX e suas convenções sociais.
Aborda o papel da mulher jovem, que basicamente se resumia a encontrar um marido rico e fazer um bom casamento, que garantisse sua permanência nas altas rodas dessa sociedade.
O jogo social complexo!
Ao estilo de O grande Gatsby, livro que adoro!
A autora faz uma ótima crítica dessa sociedade, com uma personagem deslocada financeiramente.
Escrito em primeira e terceira pessoa, tem uma ótima ambientação e descrição (indireta) dos personagens.
Edith Wharton foi a primeira mulher a receber o Pulitzer de ficção.
Personagens: Srta. Lily Bart, Lawrence Selden, Percy Gryce, Rosedale, Judy Trenor, Bertha Dorset, Carry Fisher, Gertrude Farrish
Local: NY - início século XX
@driperini
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JanaAna90 10/03/2024

"A Casa da Alegria" é uma obra cativante que nos transporta para um universo repleto de emoções e descobertas, por meio de uma jornada emocionante através das vidas entrelaçadas dos personagens e das reviravoltas da trama e, confesso, que o enredo me deixou ansiosa e curiosa com o seu desfecho. É um livro que tranquilamente, se tivesse tempo, leria em uma sentada. Rss
Um dos aspectos mais marcantes do livro é a profundidade dos personagens que são ricamente desenvolvidos, com suas próprias nuances e complexidades, tornando-os facilmente identificáveis e cativantes. Além disso, o cenário é descrito de forma magistral, que nos faz transporta para o local da história e nos permite sentirmos como parte do mundo criado pelo autor.
A temática central de "A Casa da Alegria" gira em torno de questões como o papel da mulher na sociedade no início do século XX, a crueldade com que as mulheres eram tratadas( percebo que, ainda bem, muita coisa mudou de lá pra cá), sua exclusão nas decisões da sua própria vida, as questões morais e financeiras que as obrigam a "depender dos homens. Toda a temática sobre a essa mulher, construída a partir da personagem Lilly, me levou a refletir sobre a sociedade atual, como as conquistas femininas foram importantes na nossa vida e o quanto ainda temos a conquistar.
Ao longo do livro, fui levada a uma montanha-russa de emoções, passando por momentos de alegria, tristeza, amor e redenção de alguns personagens.
A autora é habilidosa em criar tensão e suspense, nos mantendo completamente envolvidos até a última página.
Enfim, "A Casa da Alegria" é uma leitura emocionante e envolvente, repleta de personagens bem desenvolvidos, uma trama envolvente e uma mensagem inspiradora. É um livro que certamente deixou sua marca na minha mente e no meu coração.
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Cristiane 07/03/2024

Um livro potente e cheio de significado para uma sociedade em que a mulher não podia querer ser independente.

Profundo e com um final surpreendente.
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Ana 05/10/2022

Na época que assisti o filme eu fiquei bem triste com o final, achei até que já tinha superado, mas, ao terminar a leitura do livro percebi que não superei absolutamente nada. Foi justamente o contrário, a história se torna ainda mais triste devido a autora detalhar todos os sentimentos e angústias da Lily, algo que não conseguimos sentir no filme.

Como eu gostaria que a Lily tivesse o final que ela realmente merecia.
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