Tico Menezes 18/10/2022
Um abraço nos sensíveis, um tapa nos orgulhosos!
Perseverança e respeito à própria sensibilidade. Essa é a lição que fica para mim de Aya Kito. Em sua bela história de vida, essa adolescente não busca provar que é mais inteligente, capaz ou madura que outras pessoas da sua idade, ela apenas fala sobre si com honestidade. E é isso que a diferencia de outros protagonistas juvenis.
Aya não esconde sua frustração, sua raiva e seus medos, pelo contrário, constantemente os cita. E vê-la sofrendo os avanços de sua doença é doloroso, pois nos colocamos em seu lugar, nos confrontamos com nossas inseguranças e sentimentos.
Mas a alma humana é resiliente e ter vergonha de ser sensível é contraditório. Somos o que somos, do jeito que somos, e há significado nisso.
Esse clássico da literatura japonesa merece ser lido por todos.