As Oito Montanhas

As Oito Montanhas Paolo Cognetti




Resenhas - As Oito Montanhas


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Annie - @queriaseralice 06/05/2019

Difícil de concluir
“Se o ponto em que você mergulha num rio é o presente, pensei, então o passado é a água que passou por você, aquela que vai para baixo, onde não há mais nada a ser visto, enquanto o futuro é a água que desce do alto, trazendo todos os perigos e surpresas. O passado fica a jusante, o futuro a montante. Era assim que eu deveria ter respondido ao meu pai. O destino, seja o que for, habita as montanhas lá em cima.”⠀

Pietro era apenas uma criança quando a narrativa se inicia. Tímido, de poucos amigos e tendo seus pais como companhia em grande parte do tempo.⠀

Ele morava em Milão, mas era em Grana que passava as férias: um pequeno vilarejo aos pés do Monte Rosa. Seu pai sempre foi apaixonado pelas montanhas, portanto, a escolha do destino partiu dele, principalmente.⠀

É em Grana que Pietro conhece Bruno, que possui mais ou menos a sua idade. Bruno, que sempre viveu ali e que conhece o lugar como ninguém, logo se torna seu amigo e companheiro de aventuras.⠀

A amizade entre Bruno e Pietro daria para definir como rara. Daquelas que dificilmente você verá por aí. Uma amizade que começa antes da adolescência e não acaba nunca, mesmo com vários obstáculos entre ela.⠀

Grande parte da narrativa foca nos dois, no período em que eles passam longe um do outro – afinal, Grana é mais um local para descansar do que um lar, a princípio – e nos reencontros.⠀

O tempo vai passando e, ao decorrer dos capítulos, a presença do pai de Pietro acaba ganhando um certo destaque, pois é ele que, em muitos momentos, mesmo longe, dá um rumo para a vida do protagonista.⠀

As oito montanhas é acima de tudo um livro sobre relacionamentos. Seja de pai e filho, melhores amigos ou qualquer outro que seja importante e essencial.⠀

Apesar de ter gostado do livro, de maneira geral, foi extremamente difícil concluir a leitura. Ele é narrado em primeira pessoa por Pietro, algo que deveria ter sido melhor explorado, mas que acabou tornando o ritmo bastante lento.⠀

Se você tem interesse em uma leitura mais tranquila e sem grandes emoções, As oito montanhas (que sim, possui também conteúdo relacionado a ⛰️) pode ser uma boa opção! 😘⠀

site: https://www.instagram.com/p/Bkqtd2LF-eq/
Leticia1184 11/06/2019minha estante
A leitura é fluida?




Joanderson 12/02/2022

Achei que era um romance entre dois homens kkkkk
Comecei a ler o livro pensando que iria abordar um romance entre dois homens, foi o que entendi pela sinopse e durante alguns trechos do livro. Não foi isso. Espero que eu não tenha sido o único a pensar isso kkkkk. O livro possui muitas descrições (e eu entendo que tinha que ser assim) mas isso me afastou da leitura. Gostei das relações familiares ou não familiares do livro achei muito realistas. O final é muito triste??
Jaqueline 30/11/2022minha estante
Valeu por comentar que não é romance este livro. Tenho ele é só não li ainda por que não gosto de romances. Agora que li teu comentário vou ler.




suele 22/11/2021

Há algo além das montanhas
Esse é um livro para o qual o leitor precisa estar em sintonia! Confesso que eu não estava muito, por isso acredito que não tenha compreendido de forma plena o impacto de tal história.
Mas, tenho que reconhecer que a escrita é impecável, a história muito bem direcionada e a narrativa em primeira pessoa é muito bem construída neste livro, pois podemos ver o mundo, as pessoas, a vida, pelos olhos de Pietro. E, não só isso, como podemos acompanhar seu crescimento, amadurecimento e principalmente seus relacionamentos familiares e amigáveis durante a vida.
Eu, pessoalmente, entendi muitas coisas e atitudes dos personagens no fim do livro, e isso não deixou de ser algo bom, pois pude me pegar pensando, surpresa, em como realmente a forma como somos criados, as pessoas ao nosso redor, entre outras circunstâncias podem facilmente moldar nossas escolhas e maneiras de pensar.
A amizade entre Pietro e Bruno fora construída e desenvolvida nesse livro de uma forma esplêndida, foi algo que consegui sentir além das folhas do papel, pois até sem precisar de descrição o leitor consegue sentir o quanto é forte tal laço, e isso foi, sem dúvidas, a coisa mais especial neste livro para mim.
Porém, particularmente percebi que o livro contém muitas descrições de cenário e ações, e isso pode ser um pouco maçante e tornar a leitura não tão fluída como alguns gostam, e confesso que me atrapalhou um pouco a me conectar com a história... Mas, mesmo assim, eu achei as descrições belíssimas, pois retrata de forma nítida e, de certa forma poética, os alpes, o alpinismo, a vida na montanha e a neve, geleiras e coisas relacionadas, coisas que eu não havia muito conhecimento, então foi, embora difícil de me conectar, uma experiência interessante.
É uma boa leitura, recomendo a pessoas que têm a mente aberta a novas experiências e coração aberto a conexões familiares.
Aquela que tá olhando pro céu 23/11/2021minha estante
Fiquei intrigada a ler!!!




spoiler visualizar
Ezeq 22/11/2021minha estante
eu estou até agora pensando que isso é algum romance velado entre os dois, pra mim tinha uns trechos que eu achava muito "íntimos", sei lá, a própria releitura de Brokeback Mountain kkkkkkkkkk brincadeiras à parte, também amei a leitura




Camila Faria 12/09/2018

Pietro é um jovem pouco sociável de Milão, que costuma passar os verões com os pais em Grana, um vilarejo isolado nos Alpes italianos. É lá que ele conhece Bruno, um menino da sua idade que parece personificar tudo o que o seu pai mais ama a respeito da vida campestre. Anos depois de abandonar suas temporadas de aventuras e explorações, já adulto, Pietro volta à montanha para resgatar uma herança deixada pelo pai e retoma o contato e a amizade de Bruno. O livro, ganhador de um dos prêmios mais importantes da Itália, o Prêmio Strega, parece não ter uma história muito robusta, mas é justamente na simplicidade da narrativa que ele ganha o leitor. Os temas abordados são muito delicados e, de certa forma, comoventes: a busca pelo autoconhecimento, o contraste entre a vida na cidade e a singeleza rural, o amadurecimento (e, com ele, a compreensão tardia de quem realmente foram os seus pais). Um livro surpreendentemente bonito, com o frescor e a leveza das paisagens alpinas.

site: http://naomemandeflores.com/os-quatro-ultimos-livros-23/
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Ramirez 22/08/2019

Horrível
Sinceramente não sei nem como consigui terminar de ler
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Livros da Julie 03/11/2019

As grandes jornadas da vida e as intermináveis buscas do coração.
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"O destino, seja o que for, habita as montanhas lá em cima."
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"Mas, a essa altura, eu definitivamente já havia aprendido a fazer as perguntas dos adultos, aquelas que indagamos uma coisa para saber outra."
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"Em minha mãe, no entanto, eu via os frutos de uma longa vida dedicada às relações, cuidando delas como se fossem as flores de sua sacada. Eu me perguntava se era possível aprender um talento como aquele ou se alguém nascia assim e pronto. Se eu ainda tinha tempo de aprender."
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"Começava a entender o que acontece quando alguém vai embora: os outros continuam a viver sem ele."
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"(...) sentia remorso por não ter estado ali. Parecia que eu havia perdido as coisas mais importantes enquanto me mantinha ocupado com outras tão fúteis que nem lembrava o que eram."
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"Não lembrava bem por que tinha me afastado da montanha, nem o que amara nela quando já não a amava mais; mas ao subi-la todas as manhãs sozinho era como se lentamente fizéssemos as pazes."
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"E como resolveríamos o problema da família, sabotadora de qualquer comunidade, inimiga pior que a propriedade e o poder?"
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"(...) pensei que todas as montanhas, de algum modo, se parecem, embora não houvesse nada ali que me trouxesse alguma lembrança minha ou de alguém que eu gostasse, e aí estava a diferença. O modo como um lugar guardava sua história. Como você conseguia revê-la toda vez que voltava. Só podia existir uma montanha assim na vida, e, comparadas àquela, todas as outras não passavam de cumes menores, até quando se tratava do Himalaia."
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"A gente deve fazer o que a vida nos ensinou a fazer. Quando se é muito jovem, talvez seja possível decidir mudar de caminho. Mas, a certa altura, a gente tem que parar e dizer: bem, sou capaz de fazer isso, isto não."
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Acostumados com a vida nas montanhas, os pais de Pietro saem de Milão sempre que podem e escapam para algum vilarejo próximo, determinados a sentirem novamente o ar puro do campo e terem o prazer de desbravar novas encostas e alcançar picos cada vez maiores.

Assim, ainda criança, Pietro é apresentado ao vasto e solitário mundo montanhês, quando seus pais se decidem por ter um refúgio fixo e alugam uma casa em Grana, norte da Itália, para passar as férias de verão. Lá, ele conhece Bruno, com quem logo trava uma amizade marcada pela exploração dos arredores e por aventuras nas ruínas que permeiam toda a região do Monte Rosa.

A vida na montanha, o convívio com Bruno e a complexa personalidade do seu pai deixam fortes impressões em Pietro durante sua infância. Sua vida adulta se torna uma jornada de compreensão das atitudes e sentimentos do pai e de retomada da antiga amizade, além de uma eterna busca pela possibilidade de reviver a felicidade simples daqueles verões no Monte Rosa.

A história acontece nas montanhas e na mente do protagonista. Há pouquíssimos diálogos, o que só reforça a importância do silêncio em sua vida. O essencial ficava nas entrelinhas, no que não era dito, seja por falta de coragem ou de timing.

As Oito Montanhas fala de possibilidades que não se concretizam, de remorsos infundados e da visão da infância, incompleta, parcial e enviesada permeando todas as decisões, os relacionamentos e as vivências no futuro.

O livro é sobre a passagem inexorável do tempo, sobre o amor familiar e o desgaste desse amor. Quando finalmente nos damos conta do que de fato importa, do que sempre foi a verdade, não há mais tempo para reparar os danos ou corrigir os erros.

A descrição das montanhas carrega uma perfeição que nos faz querer ter de imediato a sensação de estar lá, de experimentar os mesmos passos dados por Pietro, seu pai, sua mãe e Bruno. Mas também carrega a melancolia e o júbilo, a aridez e o entusiasmo, a culpa e o afago que as personagens carregam ao longo dos dias e dos anos, como uma mochila pesada às costas, da qual, por simples costume ou sem saber que era possível viver sem o fardo, não souberam se livrar.

É um livro extremamente belo e triste, mas acalenta o coração saber que a tristeza pode ser encontrada em qualquer lugar, seja aqui ou em montanhas de mais de 2 mil metros, sob um céu estrelado.

site: https://www.instagram.com/p/B4XdB5UDZ78/
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Cilleni 25/02/2020

Livro bom recomendo
O livro fala sobre as relações humanas como amor amizade família.
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Izabela.Leitte 11/10/2023

Encontra se no mundo nunca é um caminho simples. Significa que teremos altos e baixos assim como subir montanhas?
Somos natureza.
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Ferflus 20/08/2020

Diferente de tudo o que pensei
Sem dizer muito para não dar spoiler para futuros leitores... Esse livro me surpreendeu demais.
Mostrou como as relações podem ser fáceis e difíceis ao mesmo tempo. Como durante nossa vida estamos sempre indo embora, mas eventualmente voltando para o ponto de início.
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Arthur Figueiredo 13/01/2021

Boa leitura.
Boa leitura, linguagem tranquila.
Faz pensar em caminhos e escolhas que tomamos.
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Gerdson 17/01/2021

Leitura cativante, reflexiva, que nos pões em contato constante com os personagens. De certa forma um livro que fala sobre decisões e escolhas que podem mudar uma vida.
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Matheus.Soares 20/01/2021

Profundo e envolvente
No livro As Oito Montanhas, o autor Paolo Cognetti nos leva a uma viagem não só às montanhas e ao vilarejo gelado de Grana, na Itália, mas, principalmente, a uma viagem ao interior do ser humano. Como somos moldados a ser quem somos desde crianças, como as condições de vida, as decisões que tomamos e até mesmo o medo da mudança, do novo, podem nos "prender" a uma vida à qual enxergamos como única opção viável. Isso acontece com os dois protagonistas, Pietro e Bruno, melhores amigos de infância, e que, pelas circunstâncias e pelas próprias decisões viam, cada um, as vidas que levavam, como a única maneira possível de continuar vivendo, não se rendendo em momento algum à mudança, por menor que ela pudesse parecer.
Esse se trata de um livro com reflexões profundas sobre a importância que coisas como a amizade, família, amor, responsabilidade e escolhas; e como lidamos com isso.
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