As Oito Montanhas

As Oito Montanhas Paolo Cognetti




Resenhas - As Oito Montanhas


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Christianne.Cintra 06/06/2021

A história de uma família que mora em Milão e passa todos os verões nas montanhas, suas relações, amizades, idas e vindas. Eu amo a Itália então qualquer livro que traga qualquer informação, seja sobre culinária, cultural, geografia, me encantam. Achei os capítulos muito longos.
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jota 24/07/2023

MUITO BOM: livro de Paolo Cognetti é basicamente sobre uma amizade nas alturas dos Alpes italianos, mas o título se refere mesmo ao Nepal
Lido entre 07 e 23 de julho de 2023. Avaliação da leitura: 4,5/5,0

No final do livro nos é informado que o autor nasceu em Milão, como o personagem principal, e há anos se divide entre a cidade e um chalé a dois mil metros de altura: tem um tanto disso também nessa história. Começando pelo título, que tem a ver com um velho nepalês, uma pergunta que ele faz a Pietro, o protagonista, se ele faria a volta das oito montanhas da cordilheira do Himalaia. Mas Pietro não é alpinista, está no país para fazer um documentário. Passado em Milão, Turim, nos Alpes italianos (Valle D’Aosta) e no Nepal, As Oito Montanhas é fundamentalmente sobre amizade, mas também sobre pais e filhos, incompreensão, perdas e, claro, montanhismo.

A amizade de Pietro, menino da cidade, com Bruno, criatura das montanhas, ambos com onze anos quando se conhecem, nos é contada desde a infância deles até quando atingem cerca de quarenta anos. Mas durante esse tempo ocorre uma interrupção nela, que durou quinze anos, e ficamos sabendo depois que foi nesse período que se intensificou a amizade de Bruno com Gianni Guasti, o pai de Pietro. Filho e pai se desentenderam e isso levou ao rompimento dos laços familiares: Pietro não queria mais acompanhar o pai nas suas subidas às montanhas do D’Aosta, as alturas lhe faziam mal. Também não pensava em estudar mais depois do colégio, queria ser documentarista.

Durante o tempo em que ficaram separados Bruno e Pietro não se esqueciam um do outro. E adultos voltam a se encontrar depois da morte de Gianni, que determinou a Bruno uma missão que tinha a ver com o próprio Pietro: reconstruir um abrigo nas montanhas que Pietro pudesse aproveitar, justo ele que a princípio não se sentia bem naquele lugar. Por sua vez, Bruno não se dava bem com seu pai, um bêbado insolente, mas sentia grande afeto por Gianni, o pai do amigo e nisso era correspondido, então aceitou essa tarefa e a levou a cabo. Ao saber de tudo, Pietro o ajuda e passa a intensificar suas caminhadas pelas montanhas, descobre o outro lado de seu pai, que desconhecia.

Bruno é um homem das montanhas, permanece fiel a elas; Pietro é muito mais um homem das cidades, é ele quem vai e vem pelo mundo. Mas isso não os impede de desenvolver uma amizade fraterna, que permanece mesmo à distância, no distante Nepal. Na maior parte do tempo em que passam juntos reconstruindo a cabana nas montanhas eles se dão muito bem, isso rende algumas das melhores páginas do livro. Basicamente a história é essa, sobre uma grande amizade, mas claro, resumida desse jeito fez com que eu deixasse de fora muita coisa interessante como os pensamentos de Pietro na sua solidão, sua paixão pelos livros, desenvolvida pela própria mãe, que também tentava dar alguma instrução a Bruno, para que progredisse na vida etc.

Então, se isso lhe interessou, leia o livro. E depois veja o filme homônimo. Eu o vi em seguida, depois da leitura; é realmente muito bom, tão bom quanto o livro. E com uma vantagem: temos as paisagens dos Alpes italianos, que são deslumbrantes, muito bem fotografadas pelos realizadores da versão cinematográfica. É de encher os olhos, numa história que em certos trechos mexe com nosso coração profundamente...
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Livros da Julie 03/11/2019

As grandes jornadas da vida e as intermináveis buscas do coração.
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"O destino, seja o que for, habita as montanhas lá em cima."
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"Mas, a essa altura, eu definitivamente já havia aprendido a fazer as perguntas dos adultos, aquelas que indagamos uma coisa para saber outra."
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"Em minha mãe, no entanto, eu via os frutos de uma longa vida dedicada às relações, cuidando delas como se fossem as flores de sua sacada. Eu me perguntava se era possível aprender um talento como aquele ou se alguém nascia assim e pronto. Se eu ainda tinha tempo de aprender."
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"Começava a entender o que acontece quando alguém vai embora: os outros continuam a viver sem ele."
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"(...) sentia remorso por não ter estado ali. Parecia que eu havia perdido as coisas mais importantes enquanto me mantinha ocupado com outras tão fúteis que nem lembrava o que eram."
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"Não lembrava bem por que tinha me afastado da montanha, nem o que amara nela quando já não a amava mais; mas ao subi-la todas as manhãs sozinho era como se lentamente fizéssemos as pazes."
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"E como resolveríamos o problema da família, sabotadora de qualquer comunidade, inimiga pior que a propriedade e o poder?"
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"(...) pensei que todas as montanhas, de algum modo, se parecem, embora não houvesse nada ali que me trouxesse alguma lembrança minha ou de alguém que eu gostasse, e aí estava a diferença. O modo como um lugar guardava sua história. Como você conseguia revê-la toda vez que voltava. Só podia existir uma montanha assim na vida, e, comparadas àquela, todas as outras não passavam de cumes menores, até quando se tratava do Himalaia."
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"A gente deve fazer o que a vida nos ensinou a fazer. Quando se é muito jovem, talvez seja possível decidir mudar de caminho. Mas, a certa altura, a gente tem que parar e dizer: bem, sou capaz de fazer isso, isto não."
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Acostumados com a vida nas montanhas, os pais de Pietro saem de Milão sempre que podem e escapam para algum vilarejo próximo, determinados a sentirem novamente o ar puro do campo e terem o prazer de desbravar novas encostas e alcançar picos cada vez maiores.

Assim, ainda criança, Pietro é apresentado ao vasto e solitário mundo montanhês, quando seus pais se decidem por ter um refúgio fixo e alugam uma casa em Grana, norte da Itália, para passar as férias de verão. Lá, ele conhece Bruno, com quem logo trava uma amizade marcada pela exploração dos arredores e por aventuras nas ruínas que permeiam toda a região do Monte Rosa.

A vida na montanha, o convívio com Bruno e a complexa personalidade do seu pai deixam fortes impressões em Pietro durante sua infância. Sua vida adulta se torna uma jornada de compreensão das atitudes e sentimentos do pai e de retomada da antiga amizade, além de uma eterna busca pela possibilidade de reviver a felicidade simples daqueles verões no Monte Rosa.

A história acontece nas montanhas e na mente do protagonista. Há pouquíssimos diálogos, o que só reforça a importância do silêncio em sua vida. O essencial ficava nas entrelinhas, no que não era dito, seja por falta de coragem ou de timing.

As Oito Montanhas fala de possibilidades que não se concretizam, de remorsos infundados e da visão da infância, incompleta, parcial e enviesada permeando todas as decisões, os relacionamentos e as vivências no futuro.

O livro é sobre a passagem inexorável do tempo, sobre o amor familiar e o desgaste desse amor. Quando finalmente nos damos conta do que de fato importa, do que sempre foi a verdade, não há mais tempo para reparar os danos ou corrigir os erros.

A descrição das montanhas carrega uma perfeição que nos faz querer ter de imediato a sensação de estar lá, de experimentar os mesmos passos dados por Pietro, seu pai, sua mãe e Bruno. Mas também carrega a melancolia e o júbilo, a aridez e o entusiasmo, a culpa e o afago que as personagens carregam ao longo dos dias e dos anos, como uma mochila pesada às costas, da qual, por simples costume ou sem saber que era possível viver sem o fardo, não souberam se livrar.

É um livro extremamente belo e triste, mas acalenta o coração saber que a tristeza pode ser encontrada em qualquer lugar, seja aqui ou em montanhas de mais de 2 mil metros, sob um céu estrelado.

site: https://www.instagram.com/p/B4XdB5UDZ78/
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Ellie 16/04/2023

Amizade
Simples e de bom entendimento. Retrata uma amizade pura entre dois garotos e a amizade perdura, sem cobranças e que apesar da distância que vivem em determinados momentos, sempre estão presentes nos momentos mais importantes.
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Joo 29/04/2021

Reflita
Gostei bastante da leitura.
Incentiva a dar mais valor a pequenas coisas que temos na vida...
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Suzi 01/04/2021

Precisei me esforçar para continuar a leitura, porque estranhava a narrativa muitas vezes, mas fiquei muito impactada com o final. Me deixou angustiada e incrédula.
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Maria 21/01/2021

Linda demais
Gosto de histórias que retratam cidades pequenas (inclusive se alguém puder recomendar, por favor o faça). Talvez seja esse o motivo em que me conectei tanto a história. É realmente linda.
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Fabricio.Fracaro 26/07/2023

As oito montanhas
Escolhi esse livro pelo simples motivo de ser um trilheiro, e quando vi esse título pensei, por que não?

Sem saber nada do que se tratava do livro, mas já imaginando como seria, encontrei nele um linda história, um livro que não há nada tão grandioso, é simples, e essa simplicidade faz com que ele tenha ganhada as 5 estrelas que dei, uma história de amizade, de vida, uma vida que é escolhida, outra que é muda pelo destino, como que cada vida foi vivida.

Não tenho muito a dizer, mas digo que valeu muito a leitura.
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Gerdson 17/01/2021

Leitura cativante, reflexiva, que nos pões em contato constante com os personagens. De certa forma um livro que fala sobre decisões e escolhas que podem mudar uma vida.
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Eruditando trechos de livros 06/10/2020

Resenha As oito montanhas
Pietro, uma criança que não entende o por que de tanta mudança. Os pais, montanhistas, vivem mudando de um canto para o outro por conta das montanhas e suas aventuras. Um dia passam uma temporada em Grana, morando aos pés de várias montanhas. Seu pai logo sai para explorar e o leva junto. Mas Pietro não gosta de ir para as montanhas, ele vai meio que obrigado, fazendo com que ele não sinta nenhuma paixão por isso e também não entende o que o pai acha de tão bom assim. Além disso, sempre se sente indisposto. Filho único, muitas vezes se sente sozinho. Gosta de ler seus livros enquanto a mãe cozinha e o pai faz planos para as próximas trilhas.
Mas um dia ele conhece Bruno, filho de um montanhês e começa uma amizade. Começa a acompanhar o amigo para cima e para baixo, brincam no riacho e conhece lugares escondidos naquele pequeno vilarejo. Um dia, o pai convida Bruno para ir às montanhas com eles e ele aceita, então pedem autorização para o pai de Bruno. No dia seguinte, rumam à subir no pico da montanha. Pietro, que fica sempre indisposto, passa muito mal por conta da altitude se sente um fardo para o pai, pensando que atrapalha a aventura. Bruno, mais acostumado com essas condições, passa a ser atenção para o pai de Pietro, esse ficando com ciúme. Passam os anos, e um dia, Pietro decide não ir com seu pai... seu pai fica tão chateado que decide não ir mais, então começa aquele clima chato, entre eles e a mãe tenta mediar!! Mas acabam ficando sem se falar por muito tempo... cada um no seu caminho, vivendo sua vida. Ele decide tirar um tempo e voltar à pequena cidade de Grana e vê Bruno, totalmente diferente, mais duro. Bruno trabalha com construção agora, por conta desse trabalho seu corpo se modelou e se tornou mais forte. Eles se cumprimentam de longe, cada um no seu grupo de novos amigos. Pietro se envolve com uma galera da cidade e aprende coisas novas. Um dia, recebe uma triste notícia... então, sua vida muda novamente. Depois de anos, eles se reencontram, cada um vivendo sua própria vida, mas aquela amizade ainda pairava. Então, ele revela que ganhou um terreno na cidade, então decidiram construir uma casa... trabalharam arduamente. Pietro acaba descobrindo muitos segredos do pai e fica chocado por nunca perceber isso.
Enfim, para não alongar muito, achei um pouco difícil me entrosar com o livro no começo, tive que me forçar a lê-lo. Mas valeu a pena, apesar de alguns acontecimentos na história que não posso falar aqui se não é spoiler. Mas conta muito sobre relações familiares e amizade, montanhas e suas surpresas, muita transformação dos personagens, mas também muita coisa estagnada que nos faz refletir sobre a nossa própria vida. Uma história que vale a pena! Até a próxima!!


site: https://www.facebook.com/eruditando https://www.instagram.com/eruditando_trechosdeliv/ https://www.youtube.com/channel/UCzpRq2kjS0c88gJwXvMCEeg?view_as=subscriber
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Monica Sobrinho 30/09/2021

Este livro fala sobre amizade, relação de pais e filhos, de vida, de morte. Para mim faltou aprofundar mais na vida dos personagens, mas isso não tirou o brilho da história.
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Cilleni 25/02/2020

Livro bom recomendo
O livro fala sobre as relações humanas como amor amizade família.
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Annie - @queriaseralice 06/05/2019

Difícil de concluir
“Se o ponto em que você mergulha num rio é o presente, pensei, então o passado é a água que passou por você, aquela que vai para baixo, onde não há mais nada a ser visto, enquanto o futuro é a água que desce do alto, trazendo todos os perigos e surpresas. O passado fica a jusante, o futuro a montante. Era assim que eu deveria ter respondido ao meu pai. O destino, seja o que for, habita as montanhas lá em cima.”⠀

Pietro era apenas uma criança quando a narrativa se inicia. Tímido, de poucos amigos e tendo seus pais como companhia em grande parte do tempo.⠀

Ele morava em Milão, mas era em Grana que passava as férias: um pequeno vilarejo aos pés do Monte Rosa. Seu pai sempre foi apaixonado pelas montanhas, portanto, a escolha do destino partiu dele, principalmente.⠀

É em Grana que Pietro conhece Bruno, que possui mais ou menos a sua idade. Bruno, que sempre viveu ali e que conhece o lugar como ninguém, logo se torna seu amigo e companheiro de aventuras.⠀

A amizade entre Bruno e Pietro daria para definir como rara. Daquelas que dificilmente você verá por aí. Uma amizade que começa antes da adolescência e não acaba nunca, mesmo com vários obstáculos entre ela.⠀

Grande parte da narrativa foca nos dois, no período em que eles passam longe um do outro – afinal, Grana é mais um local para descansar do que um lar, a princípio – e nos reencontros.⠀

O tempo vai passando e, ao decorrer dos capítulos, a presença do pai de Pietro acaba ganhando um certo destaque, pois é ele que, em muitos momentos, mesmo longe, dá um rumo para a vida do protagonista.⠀

As oito montanhas é acima de tudo um livro sobre relacionamentos. Seja de pai e filho, melhores amigos ou qualquer outro que seja importante e essencial.⠀

Apesar de ter gostado do livro, de maneira geral, foi extremamente difícil concluir a leitura. Ele é narrado em primeira pessoa por Pietro, algo que deveria ter sido melhor explorado, mas que acabou tornando o ritmo bastante lento.⠀

Se você tem interesse em uma leitura mais tranquila e sem grandes emoções, As oito montanhas (que sim, possui também conteúdo relacionado a ⛰️) pode ser uma boa opção! 😘⠀

site: https://www.instagram.com/p/Bkqtd2LF-eq/
Leticia1184 11/06/2019minha estante
A leitura é fluida?




JL Marcal 20/11/2021

Uma bela história
Uma linda história sobre família, amizade, escolhas e reconciliação. O final foi bem inesperado, mas, ironicamente, também não foi. Recomendo demais!!
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Ezeq 22/11/2021

Reflexões sobre a solitude
Recentemente, tenho pensado muito sobre o que é se sentir, de verdade, pertencente a algum lugar. Lendo esse livro, me senti como se eu também pudesse me sentir muito mais vivo e pleno vivendo na calmaria (às vezes não tão calma assim rsrs) das montanhas. Durante várias partes da leitura, dei uma pausa e refleti sobre a vida, sobre os rumos que tomamos, sobre histórias que deixamos para trás ao iniciar outras, etc. Pra ser sincero, fiquei um pouquinho melancólico.
Sobre a história em si, eu acho que queria algo a mais, não sei bem... Fiquei com uma sensação de incompletude por alguns pontos que foram deixados de lado, já que ambos os protagonistas não dominavam muito bem o dom do diálogo, o que fez com que acontecimentos do passado raramente fossem trazidos à tona, e isso me incomodou um pouco, porque fiquei querendo saber a todo o tempo sobre uma lacuna enorme que existe na história. No mais, eu gostei muito do livro, mas, por esse quesito mencionado, perdeu a chance de se tornar um dos meus favoritos.
Para terminar, deixo uma rápida citação de Byron, que, para mim, dialoga muito bem com a obra:
"Existe prazer nas matas densas.
Existe êxtase na costa deserta.
Existe convivência sem que haja intromissão no mar profundo, e música em seu ruído.
Ao homem não amo pouco, porém muito a natureza."
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