Um Coração Frio

Um Coração Frio Jonathan Kellerman




Resenhas - Um Coração Frio


4 encontrados | exibindo 1 a 4


Jansen 04/02/2015

Muito bom. Os policiais Petra Connor, Milo e um psicólogo, Alex, vêem-se às voltas com uma série de crimes cujas vitimas são artistas em ascensão. Vão surgindo suspeitos que deixam rastros que acabam se desfazendo. Quando chegamos a 75% do livro é que aparece alguém, que já havia sido descartado, que parece ser o assassino. Então caminha-se para o desfecho. Gostei e dou 4 estrelas.
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CrisVieira~ 11/02/2018

A história conta o dia a dia de três investigadores da polícia – sob o olhar do narrador que é um psiquiatra-colaborador em casos policiais – às voltas com o intricado caso de assassinatos de artistas. Primeiro, um cantor e guitarrista de blues em ascensão na carreira é assassinado a sangue-frio em um beco escuro, próximo onde estivera apresentando o seu melhor show. Intrigados, os investigadores logo são informados do assassinato de uma artista, promessa da pintura impressionista, que é encontrada estrangulada no banheiro do local onde expunha sua mais nova leva de obras – quadros belíssimos, mostrando que a moça estava a caminho de se tornar uma pintora de sucesso. A estes casos outros surgem levando Milo Sturgis, Petra Connor e Eric Stahl a acreditarem estar diante de um serial killer com tendências a destruir pessoas "em nome da arte".
Numa corrida contra o tempo – e com a ajuda do Dr. Alex Delaware (o narrador da história) –, os policiais tentam desvendar a mente e a identidade do psicopata obsessivo por arte antes que ele faça sua próxima vítima. O que parece tornar-se impossível, já que, cada vez mais vítimas vão surgindo em todos os cantos da ensolarada Los Angeles. Além disso, o psiquiatra Alex "descobre que algumas das vítimas foram clientes de Robin Castagna, sua ex-namorada. O que leva Milo, Petra, Eric e Alex a conhecerem alguém capaz de fazer da morte sua grande obra-prima".

Esta seria uma chamada e tanto para que o livro trouxesse aos amantes de histórias policiais o gostinho de um bom thriller. A idéia da história é muito boa. Um "coração frio" o suficiente para querer riscar do mapa aspirantes talentosos ao posto de gênios da arte. Existe, na verdade, trabalhos no mundo real que falam que ao serem comercializadas as obras de um artista perdem seu valor real, de obra-prima, tornam-se pervertidas; pois o artista passa a produzir não pelo apelo da inspiração, de criar, mas pela necessidade de se manter na mídia, de ganhar dinheiro com isso, de sua imagem ser "maior" que sua obra.
E, no caso do assassino(a) de "Um Coração Frio", a criação sempre deveria ser maior do que seu criador.
Bem, não entrando no teor psicológico da questão – pois disso eu nada entendo –, acredito, como eu disse acima, que a história era do tipo que vemos em romances como "O Silêncio dos Inocentes" de Thomas Harris, ou "O Colecionador de Ossos" de Jeffery Deaver. Não dá para não ficar quase que hipnotizado(a) com a genialidade/perversidade dos vilões destas histórias. E antes da metade do livro, você já quer saber quem é que matou todo mundo e qual será seu castigo por seus crimes hediondos.
Isso... não aconteceu em "Um Coração Frio". Primeiro, a história tem uma enxurrada de conversas no sense sobre a vida sexual do Dr. Alex Delaware, dividido entre: a mulher que o deixou, mas que não "larga de todo o osso"; e uma outra, que também é psiquiatra, mas que parece ser mais "normal" do que o tal Delaware. (Se alguém é fã dos romances de Kellerman ou do personagem Delaware, lembre-se: isto é apenas uma resenha e expressa apenas uma opinião pessoal, ok?)
Bem, o livro se compõe de várias cenas similares: os três policiais e o psiquiatra num restaurante de Los Angeles, comendo e tentando descobrir quem é o assassino; o psiquiatra com uma das mulheres citadas acima e pensando na outra; o psiquiatra em ação investigando quase que sozinho – e descobrindo SOZINHO, praticamente, o caminho para chegar ao assassino.
É isso a maior parte do livro. E, quando eu já sabia, há muito tempo, quem era o assassino – já que era fácil saber o truque do escritor Kellerman para desviar a atenção para um suspeito "sem eira nem beira" –, depois da segunda metade do livro, bem para o final, a história começa a ganhar fôlego. O ritmo se altera. O número de vítimas do serial killer é tão grande que se ninguém descobri-lo é capaz dele mesmo dar o próprio endereço para a polícia encontrá-lo. Então, eles "descobrem" quem é o(a) psicopata.
E o final do livro ganha ares de história romântica de livro de banca – nada contra os livros de banca, são melhores do que o final deste! – e... a história acaba.
Para saber mais sobre os personagens, só lendo o próximo livro da série que tem os três policiais e o psiquiatra-doidão-cismado-a-detetive.

Como eu disse, a idéia da história é boa. Os três policiais são ótimos personagens – principalmente Eric Stahl: o mais enigmático e misterioso dos três. No decorrer da história fica mais legal descobrir quem é Stahl, na verdade, do que desvendar os crimes. Petra Connor é o tipo de policial que realmente gosta do que faz e o faz bem. Uma cena dela com um viciado/traficante de pílulas é realmente interessante: nela, Petra mostra como ser um policial firme não impede que sejamos também humanos. Boa lição para o resto da humanidade pensar...
Milo Sturgis é engraçado e comilão. No livro há uma ênfase ao fato de ele ser gay como se isso pudesse alterar o caráter dele – torná-lo um bom policial ou um policial "não-confiável". Eu realmente não entendi essa do Kellerman. Mas escritor não é um ser lá muito "entendível" mesmo, né? E, pra mim, Milo é o máximo. E é ele que adora marcar as reuniões dos policiais em todo o tipo de restaurante da cidade: só, é claro, para poder comer todo o tipo de comida que há em Los Angeles. Eu, que adoro uma boa comida, adorei o personagem.
Por fim, o psiquiatra, como citei acima, estava as voltas com duas mulheres e nessa ele ficaria até o próximo livro – que, se quiser ler, se chama "Terapia", do mesmo autor.
Assim, não desgostei da idéia do livro. Chama a atenção, mas não engrena por um monte de páginas inúteis sobre coisas que, no final, nada a tem a ver com o desfecho. Assim, se o livro tivesse 200 páginas conseguiria um efeito melhor sobre o leitor do que a "enrolação" de suas quatrocentas e tantas páginas. Em suma, não troco "um Agatha Christie" por algo como este livro.
Agora, o mais engraçado, é que a mulher do Jonathan Kellerman, Faye Kellerman, também é escritora. E, seu primeiro romance foi um arraso: A Lua do Deserto. Esse sim, eu recomendo a leitura.


E deixo um BIG P.S. para a Editora Record: peguei uma edição do ano de 2007 para ler – acredito que tenha sido esta a edição de lançamento. E quase "virei o vento" diante da quantidade de erros ortográficos. Num trecho ao invés de barba vinha escrito "loção de BARABA". E não foi apenas esta a palavra escrita errada. Foram tantas, que eu, já cansada da história, tinha ainda que entender que os erros da edição eram "NORMAIS".

Espero que alguém leia esta resenha e avise a Editora Record. Pois talvez isto possa ter acontecido com outras obras da Coleção Negra – a qual eu aprecio muito.
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Felipe.Oliveira 05/03/2019

Mortes Desconexas e um Assassino Fantasma.
O detetive Milo Sturgis, está investigando uma jovem artista morta com caráter sexual sádico com isso ele chama Alex Delaware, psicólogo que ajuda nas investigações com viés psicológico da polícia. Logo um caso investigado pela bem suceedida detetive Petra Connor com sua investigação de um músico, assassinado e sem nenhuma pista, cria uma conexão e juntos os diferentes detetives Petra e seu novo parceiro muito calado, Milo e Alex. Levam os personagens a becos sem saída e um possível que parece ter desaparecido. Isso tudo misturado as atitudes estranhas do novo parceiro, a conexão de sua ex-esposa a duas das vítimas e os novos relacionamentos de ambos e o discreto(nesse livro pelo menos) relacionamento de Milo com um enfermeiro. Tornam o livro bem variado de elementos, mas mesmo com todos esses elementos pra mim a primeira metade do livro é bem lenta e o final não compensa totalmente toda a construção e os caminhos que a investigação segue.

Esse livro pertence a uma série, que tem essa dupla Alex Delaware e Milo Sturgis. Esse sendo o 17° livro da série com aproximadamente 28 livros. Mas poucos foram traduzidos.
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Ana 10/02/2022

Coração Frio????:resenha
Considero uma história muito interessante e diferente, em que há um serial killer que comete crime com pessoas ligadas a arte. A história se passa nos EUA e possui os personagens principais, com suas vidas pessoais retratadas na história também: a investigadora Petra e o psicólogo Alex. O escritor detalha os personagens, os lugares, considero isso interessante e cansativo ao mesmo tempo. Em suma, achei muito produtivo as análises psicológicas e a dinâmica da história que precisa ser lida com muita atenção.
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