Thamiris.Treigher 22/03/2023
Mais uma vez trazendo a palavra de Hesse
Esse é um livro com um formato diferente de outras obras de Hesse, como Sidarta, Demian e O Lobo da Estepe. É menos denso e traz trechos com histórias, repletas de referências e experiências pessoais, autoanálise e confissões literárias. Porém, as reflexões profundas e necessárias, que são sua marca, continuam presentes.
"Com a maturidade fica-se mais jovem" é uma obra íntima de Hesse sobre sua experiência em aceitar a velhice e a proximidade da morte. O livro traz recordações íntimas, pequenos poemas em prosa e verso, aforismos e breves tratados filosóficos sobre a vida, a morte, a velhice, corpo, mente, espiritualidade, materialismo, e sobre o que realmente passa a ser descartável e essencial durante o período em que "se espera a chegada da morte".
Trata-se de uma coletânea sobre a velhice, que começa com observações feitas pelo autor aos 43 anos. São reflexões sobre os ciclos da vida e a energia contida em cada um deles; sobre a juventude e a despedida de uma parte dela a cada ano que passa. Hesse aborda, com uma sinceridade íntima e espontânea, que a morte e a velhice não devem ser encaradas com medo ou tristeza, e sim como uma oportunidade de transformação e regeneração interior, como uma nova estação em nossas vidas.
"Hermann Hesse pertence a um grupo de artistas que tiveram a sorte de envelhecer e, com isso, conhecer e retratar, em suas peculiaridades, todas as etapas da vida."
Maravilhoso como sempre!