Resenhas - Flores para Algernon

ellateconta 14/04/2024

Flores no túmulo de Algernon no quintal
Flores para Algernon estava na minha lista há algum tempo e que alegria ter começado ele.

A ideia de apresentar a história de Charlie através dos relatórios de progresso é de uma criatividade imensa. O uso do barbarismo para expressar a falta de conhecimento de Charlie foi simplesmente criativo. Qualquer pessoa que não soubesse ler e escrever, faria daquela forma.
O meio do livro é denso, torna-se muito técnico, mas, mais uma vez, tudo está totalmente ligado à Charlie e a quem ele é no momento.

É um drama, não tanto para entreter, muito mais para sentir. E como é dolorosa a jornada de Charlie, sua autodescoberta e compreensão.
Recomendo muito a leitura. Fiquei arrasada.

Quote: ?P.S. porfavor si você tive uma opoturnidadi colo qui umas flores no tumulo du Algernon nu quintau.?

Giovanna 14/04/2024

Um livro inteligente!
Acredito que poucos livros possam ser debatidos quanto esse. A história de Charlie é triste e, junto dela, diversas questões podem ser exploradas. Autoconhecimento, ética na ciência e na vida, maus tratos, relações sociais e humanização das pessoas com deficiências são algumas delas.
Acho fascinante a delicadeza de acompanharmos a evolução do personagem através da sua escrita, tanto com o detalhe das melhora ortográfica quanto dos assuntos mais "adultos" que ele passa a trazer em seus relatórios de progresso.
Além disso, acho notório como o autor consegue mostrar como o crescimento da inteligência intelectual não acompanha a da emocional, onde, por vezes, Charlie tinha crises de infantis com situações em que seus gostos não eram feitos, ou, até mesmo, um egocentrismo no auge de sua inteligência.
Gosto da exploração, mais pro final do livro, da relação dele com sua mãe, porém, gostaria que a relação com o pai tivesse sido mais explorado, dado que foi quem defendeu o menino desde criança. Acho interessante como os traumas que ele viveu na infância acabam por se refletir no Charlie adulto, principalmente em seus relacionamentos amorosos.
Apesar dos diversos pontos altos do livro, não consegui me conectar com Charlie, mesmo me comovendo com seu fim, acredito que não me apeguei a ele, por isso, acabo dando 4 estrelas para o livro.

Larissa3778 14/04/2024

Achei a leitura chata!
A história em si é bem interessante?
Não sei se é porque não é meu estilo de leitura haha mas demorei muito para ler, e em nenhum momento o livro me prendeu

Mariana.Crespo 14/04/2024

Aquele livro que te deixa de coração apertado o tempo todo, e te mostra como o amor ao próximo é a coisa mais importante do mundo. Charlie tocou meu coração.

Klist 13/04/2024

Esse livro coloca o drama em outro patamar.
Este li no final do ano passado, terminei exatamente no dia 31 de dezembro e - mesmo tendo lido pouco em 2023 - afirmo com facilidade que foi a melhor leitura do ano, beirando a melhor leitura que já fiz de algum livro na vida. Um dos poucos casos onde você sente dificuldade para ler no começo, consegue compreender depois, mas, torna-se complicado um pouco depois da metade novamente. Um livro que revigora sua humanidade e faz você pensar sobre as várias perspectivas de cada um e a importância do reconhecimento do capacitismo na sociedade. Uma obra epistolar que, evitando spoilers, trouxe uma última página impossível de segurar uma cachoeira de lágrimas. Magnífico.

Luiza.Oliveira 13/04/2024

Este livro é um sentimento...
Meu coração está se apertando com esse final. Querido Charlie, eu senti tanto dó dele... O livro se inicia com Charlie Gordon sendo um "retardado mental" que não sabia o suficiente para ler nem escrever. Ele participa de uma cirurgia científica como cobaia a fim de ficar inteligente, e dá certo, só não como pensavam. Leiam este livro! Vemos Charlie extremamente inteligente e sua nova decadência, vemos sua dificuldade em se relacionar com pessoas tanto como um retardado, quanto como um super dotado. O livro traz questões sobre o que é realmente importante em nossa vida, a vontade de conhecimento e a solidão...

Luana 13/04/2024

Meu livro favorito de 2023
Esse livro me tocou de diversas formas. Achei a trama super inteligente e a história muito leve e gostosa de ler. Me emocionei em diversos capítulos e indicaria pra qualquer um ler ele. Maravilhoso !!!

Loios 13/04/2024

Fora de série! ???
O livro é incrível de uma maneira genial que abrange um conteúdo inteligente e difícil de ser discutido e profundo. "Será que ter todo o conhecimento do mundo te faria feliz ? Ou você sofreria por enxergar os erros da humanidade? As pessoas iriam te admirar ou se afastar de você? Por que os ignorantes são felizes? O livro trabalha estas questões usando como personagem o Charlie ??e o nosso querido roedor Algernon ? onde o Charlie passara por um experimento teste para adquirir conhecimento e o livro mostra a evolução dele por meio da melhora da gramática e pelo aprofundamento dos seus pensamentos. Simplesmente fantástico. Chorei mesmo !! Aconselho demais.

Gustavo Casemiro 12/04/2024

Em flores para Algernon acompanhamos a história de Charlie, um homem com dificuldades cognitivas que passa por uma grande transformação, um livro tocante e em cada página presenciamos sua mudança, e vivemos suas alegrias e desilusões,, recomendo.

Magno Amaral 12/04/2024

"Você é uma esponja gigante absorvendo conhecimento. Logo vai começar a conectar as coisas, como degraus em uma escada gigante. E você vai subir cada vez mais alto para ver cada vez mais do mundo ao seu redor".
Segunda vez que leio. Flores para Algernon é incrível e emocionante.

thainacreditavel 12/04/2024

Apesar de ser uma ficção científica, toda narrativa traçada é muito realista e verosímil. A escrita em formato de "diário" faz com que Charlie se torne praticamente real. E é muito desolador acompanhar seus relatos sobre situações terríveis que ele presenciou, principalmente com sua família.

O livro dá uma aula sobre capacitismo, e não fica apenas por aí, outras várias questões pertinentes são levantadas. Refleti sobre tanta coisa após ler esse livro e passei até a questionar algumas expressões populares como "estudar pra ser alguém na vida", que de certa forma infere que o valor de alguém está relacionado com inteligência.

Bialourenco 12/04/2024

Através de uma janela
Essa é uma resenha difícil de formular, não pela complexidade da obra mas por minhas percepções, há tantos parágrafos grifados, tantas impressões, não imagino uma resenha completa, mas aqui vai.
De início um tanto estranho, repleto de erros ortográficos narrada por um retardado que recebe uma proposta para se tornar ?intelijente?, essa obra me prendeu desde as primeiras páginas, tanto que li metade do livro sem parar, o ritmo é perfeito e a obra envolvente do início ao fim.
Acompanhamos Charlie em sua jornada, de retardado a gênio mais inteligente que os professores que o criaram, ou ao menos acreditam terem criado. O livro tem uma proposta diferente e fiquei curiosa quando minha prima me recomendou ele, me chamou muita atenção mas não imaginei que seria tão primoroso.
Após a cirurgia Charlie passa a aprender de maneira anormalmente rápida, e a escrita segue seu intelecto, quanto mais inteligente mais rebuscada a escrita, e conforme seu QI diminui, mais simples se torna.
A escrita acompanha não somente o intelecto de Charlie, mas também seu estado de humor, transmitindo confusão quando está prestes a colapsar, nunca antes me senti tão conectada em um período tão curto.
Esse livro é sobretudo emocionante, o retrato de uma vida, Charlie se dá conta de como o mundo o enxergava, percebe a maldade das pessoas e sai de sua bolha, no inicio ele reluta, deseja voltar o estado inicial pois se vê como um estranho no mundo, ele logo encontra interesses e sente prazer na área intelectual, e o desejo que tinha de voltar a ser retardado é tomado pela arrogância, em seu estado mais alto ele enxerga todos os outros de cima, e sequer se dá conta, só sabemos dessa mudança de comportamento pois ele relata em diversos momentos as pessoas ao seu redor o acusando de ter essas atitudes e posicionamento, ele próprio não percebe.
A maneira como por mais alto que seu QI tenha se elevado, ele ainda se perde em questões emocionais, é bem descrita, também sua evolução emocional, Charlie nunca chegou a se emocionalmente inteligente ou estável, ele não teve tempo o suficiente para isso, mas sua inteligência e as lembranças e experiências o fizeram amadurecer emocionalmente.
Essa obra me surpreendeu muito positivamente, diferente de qualquer coisa que já tenha lido, tão genial quanto Charlie Gordon, aliás escrevendo isso, noto que essa obra É Charlie Gordon, sinistro.
Eu gostaria de escrever uma resenha séria, com parágrafos que grifei e comentários, mas tenho preguiça, desculpa eu do futuro que vai ler isso desejando mais detalhes, espero que você tenha mais disposição que eu.

Ricardo O 12/04/2024

Achei a ideia boa, mas não gostei muito da execução. Entendo que a ideia da mudança da escrita foi uma alternativa do autor de demonstrar o aumento de Q.I dele, mas isso apresenta um preconceito linguístico que eu não consegui desconsiderar. Outro ponto que me incomodou bastante é a visão limitada de inteligência do livro, totalmente voltada para o Q.I, pois você percebe que o Charlie pode ser excelente com coisas analíticas, mas ele ainda é péssimo para fazer avaliações, principalmente avaliações sociais.
Apesar disso, acho que os momentos mais pesados do livro, como os que ele sofre bullying dos colegas da padaria, foram feitos no tom certo, sem passar a impressão de exagerar somente para impactar o leitor, dá a sensação de propósito.
É um livro que conta uma história bonita, com muitos momentos tocantes, mas há recursos e alguns juízos de valor que eu não consegui ignorar.

duda1635 12/04/2024

Flores para Algernon
A leitura de "Flores para Algernon" se dá pelos relatórios de progresso de Charlie Gordon - um homem de 32 anos com uma deficiência intelectual, que é a primeira cobaia humana de uma cirurgia para aumento de Qi. Então, começamos a acompanhar o seu desenvolvimento intelectual, saindo de relatórios escritos de maneira ingênua e com muitos erros ortográficos, para percepções do personagem mais complexas e elaboradas, levando-o a questionamentos sobre si mesmo, as pessoas ao seu redor e o experimento a qual foi submetido.

A narrativa desse livro é genial. Durante a leitura, é doloroso entender junto ao Charlie que suas lembranças, entendidas com clareza conforme ele vai adquirindo inteligência, na verdade estão repletas de violência e preconceito. Perceber que as pessoas "gostavam" mais dele quando podiam usar e abusar da sua ingenuidade é terrível. E associar essa ideia com a realidade é ainda pior, pois na verdade não é algo tão distante.

O livro, considerando que foi escrito e é ambientado no contexto dos anos 60, tem algumas visões que hoje em dia são vistas como capacitismo. Tanto que Charlie não tem exatamente um diagnóstico certo, apesar de explicarem qual é sua condição, e o experimento ser apenas para o aumento do seu Qi. Porém, fazendo um recortezinho dessas partes, essa história ainda traz questões relevantes.

Um ponto interessantíssimo sobre a premissa desse livro é a reflexão sobre a necessidade humana de desenvolvimento tanto intelectual quanto emocional. E o fato de que, antes da cirurgia, Charlie não era considerado como uma pessoa de verdade. A sociedade o tratara a vida inteira como uma piada, e os cientistas como um "rato de laboratório". Aí que entra a relação de Charlie com Algernon, o rato que foi a primeira cobaia do experimento, com quem ele cria uma relação de afeto e nomeia o livro.

É um livro realmente emocionante, e acredito que seja um bom exercício de empatia e reflexão. Não achei uma leitura arrastada, não tem muitas páginas e, apesar de ser uma ficção científica, não é nada complicado de se entender. Recomendo a leitura!

Dani Ferraz 12/04/2024

Uma obra-prima literária que emociona e provoca reflexões em leitores de todas as idades
Flores para Algernon é uma obra-prima literária escrita por Daniel Keyes e publicado em 1966, que emociona e provoca reflexões em leitores de todas as idades.

A história gira em torno de Charles Gordon, um homem de 32 anos com deficiência intelectual que se torna o primeiro ser humano a passar por uma cirurgia revolucionária destinada a aumentar sua inteligência. Através dos diários de Charlie, escritos para a equipe médica, testemunhamos sua jornada de autodescoberta e transformação. Desde o início, quando sua escrita é repleta de erros e sua memória limitada, até sua progressiva expansão intelectual, somos envolvidos em uma narrativa que nos desafia a questionar o significado da inteligência e da própria existência.

O desenvolvimento de Charlie é retratado de maneira habilidosa, com o autor nos permitindo acompanhar de perto sua evolução e as consequências de seu aumento de inteligência. Conforme Charlie se torna mais capaz, ele também se depara com uma realidade sombria sobre a natureza humana, incluindo hostilidade, inveja, desrespeito e corrupção. Essas reflexões mais profundas sobre a condição humana elevam a narrativa para além de uma simples história sobre aumento de inteligência, tornando-a uma exploração emocionante e existencialista.

Além disso, Flores para Algernon também aborda questões importantes sobre bullying, aceitação e a falta de estrutura para pessoas com deficiência intelectual. Esses momentos são tocantes e emocionantes é impossível fazer com que lágrimas não desçam pela face.

Por fim, o livro nos desafia a refletir sobre o propósito da busca pelo conhecimento e os perigos da inteligência desvinculada do afeto e da compaixão. A consciência de Charlie sobre sua própria transformação e as consequências de sua busca pelo conhecimento culminam em um final poderoso e comovente.

Flores para Algernon é, sem dúvida, uma das melhores leituras que fiz neste ano e ele foi indicado por duas pessoas muito queridas. Um verdadeiro tesouro literário que continuará a ressoar nos corações e mentes dos leitores por gerações.