Flores para Algernon

Flores para Algernon Daniel Keyes




Resenhas - Flores para Algernon


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Marlonbsan 19/04/2022

Flores Para Algernon
Uma cirurgia revolucionária promete aumentar a inteligência, os experimentos parecem ser positivos e as respostas favoráveis, mas quais são as consequências de enxergar o mundo por outra perspectiva?

O livro é narrado em primeira pessoa e acompanhamos o que se passa com o personagem principal e sua visão e percepção sobre o que ocorre. A linguagem é simples, com exceção de poucos trechos, mas no geral, é uma leitura fluída.

Esse é um tipo de livro clássico dos motivos de eu não ler sinopse, quero descobrir quem é Algernon e o que vai acontecer. Logo de início, somos jogados no contexto e aos poucos vamos entendendo o que se passa, o autor fez algo arriscado, mas totalmente coerente com a história.

Creio que a maior contribuição desse livro é na criação de empatia, já que nos leva para dentro da mente do personagem e nos faz se sentir passando pelo que ele passou. Além, é claro, da forma sensível que o tema é abordado. Nos obriga a se colocar em seu lugar.

Há várias situações que nos deixam tristes, principalmente nas lembranças e no trato geral recebido, no qual as outras pessoas se aproveitavam da ingenuidade e como o constrangimento que era sentido. Mas que só foram perceptíveis depois, quando o entendimento se torna claro.

Mas minhas análises são feitas sobre o livro como um todo, não apenas sobre a importância em abordar um tema em si e alguns pontos me incomodaram, o fato de ter que reler alguns trechos no início pela falta de ênfase nos verbos. Outro ponto é que desde o início entendi o que iria acontecer em todo o livro e ligando isso ao personagem, que chega em um determinado momento que já pensa e age de uma forma que me faz afastar da história.

No geral, é uma história muito interessante, aborda temas que precisam sempre ser debatidos principalmente em relação ao trato humano, mas que não conseguiu me prender.
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Susu 19/01/2024

Intenso
Mostra a realidade da sociedade, com seus preconceitos e paradigmas.
Mostra também as incertezas da ciência e o que pode ser causado nestes experimentos.
Achei bem intenso.
Jéssica 19/01/2024minha estante
Esse livro é incrível! Terminei a leitura com a mente assim ??, nos faz rever várias coisas e altitudes


Bruno 19/01/2024minha estante
Amei esse livro também. Com certeza irei reler no futuro


Natalia1729 19/01/2024minha estante
Hmmm add a lista de leitura com sucesso


lubzwp 19/01/2024minha estante
esse livro é uma experiência inesquecível


maltchik/ 19/01/2024minha estante
O melhor


Bruno236 19/01/2024minha estante
Tá na minha lista pra esse ano ????




Paulo 03/07/2020

Recomendo a leitura
Mais uma vez agradeço ao Pedro Pacífico, do canal Book.ster, por ter recomendado essa leitura aos seus seguidores. Eu já sabia que ia gostar desse livro antes mesmo de começá-lo, pois além da resenha do Pedro o livro me pegou pela sinopse - posso não julgar um livro pela capa, mas julgo pela sinopse. Tanto foi assim, sabendo que eu ia gostar do livro, que eu chamei uma amiga para ler comigo, e tive pela primeira vez uma experiência de leitura conjunta. Ela viciou no livro e terminou antes de mim.

Como dito na sinopse, o livro trata da história de Charlie Gordon, um rapaz com deficiência intelectual que passa por uma cirurgia inovadora, antes testada apenas em animais, que buscava desenvolver inteligência acima do que têm seres humanos naquelas condições. Não seria spoiler dizer que a cirurgia deu certo, pois sem isso não aconteceria o livro, que é baseado em Relatos de Progresso do próprio Charlie desde antes da cirurgia. E com isso o livro mostra como se desenvolverá a inteligência do rapaz, que passa a se expressar melhor e ter ideias próprias, a questionar coisas que antes ele nem pensava sobre, e a observar melhor do que nunca - com isso, os Relatos de Progresso passam a ser maiores e mais detalhados, com julgamentos das observações e raciocínios lógicos por trás do pensamento, além de ter memória melhor - sobre isso, creio ser o que fez da obra uma grande história, memória e inteligência andam de mãos dadas.

Penso: de certa forma, o que aconteceu com Charlie não seria o que aconteceu com todos nós? Nós nascemos sem saber de nada e vamos aos poucos adquirindo conhecimentos e experiências que nos deixam aptos a julgar melhor (ou menos pior) as coisas a nossa volta. A única diferença é que com Charlie isso aconteceu já na fase adulta depois de uma cirurgia. Mas enfim, o livro não serve para ver no Charlie nós mesmos, muito pelo contrário, vemos nós mesmos nas pessoas que circundam o Charlie. Assim como os outros personagens, nós nos impressionamos com o desenvolvimento de sua inteligência, agora maior do que a dos próprios cientistas que lhe deram esse privilégio.

Contudo, toda a inteligência tem um custo. Quem passa a questionar demais uma hora questiona aquilo que incomoda a si mesmo, e Charlie passa por isso. Aqueles que ele via como sábios e inteligentes na verdade não passavam de inocentes de vista curta, comparada a inteligência que ele agora tinha: "Eles são pessoas comum, você é gênio". Além disso, ele percebeu que a razão não resolve tudo: "O que é correto? É irônico que toda a minha inteligência não me ajude a resolver um problema assim." Tampouco, nem toda a inteligência o ajuda com assuntos que competem ao coração: "De súbito, era importante saber se eu seria como os outros homens, se um dia eu conseguiria pedir a uma mulher que dividisse a vida comigo. Ter conhecimento e inteligência não era suficiente" e "problemas emocionais não podem ser resolvidos como problemas intelectuais".

Eu teria outras coisas para falar sobre a obra, mas paro por aqui senão vou transcrever todo o livro nesta resenha.
Isabella 03/07/2020minha estante
Estou lendo no momento e curtindo muito o livro!


esterivnz 03/07/2020minha estante
Ótima resenha,me despertou o interesse pelo livro,achei a proposta inteligentíssima


Gabriele 22/12/2020minha estante
A sinopse do livro também me atraiu muito, obrigada pela resenha


Mandy Nerújo 28/01/2021minha estante
"Penso: de certa forma, o que aconteceu com Charlie não seria o que aconteceu com todos nós?"
Adorei sua resenha. Pensei a mesma coisa enquanto lia.




saulo macedo 05/11/2023

Meu centezimu livru lidu
RELATÓRIO DE PROGRESSO 01:
"Flores para Algernon" foi uma grandi discuberta pra mim. U livru comessa contando a istoria du Charlie, um omem na caza dos 30 e poucus, qui nasseu com um Q.I baixo, fazendo ele assim uma pessoa com defisiencia.

RELATÓRIO DE PROGRESSO 02:
Charlie sempri sofreu bastanti, desdi a sua infancia era regeitado, menusprezado e até mesmu motivu di piada entri as pessoas du seu circulu sosial, mas ele entra eim um programa pra fica mais inteligenti e passar po rum prosedimentu.

RELATÓRIO DE PROGRESSO 03:
Antis de passar pela cirurgia, eu fiquei muito impactado com o modo que as pessoas o tratavam, em diversas partis do livro, que é narrado através de uma espécie de diário, onde Charlie escreve tudo que ele viveu no seu dia a dia, e muitas dessas partes é doloroso de ler.
Ele sofreu muito, muito mesmo, mas quando a cirurgia começa a funcionar nele, a sua capacidade intelectual e cognitiva é aumentada drasticamente, fazendo-o virar um gênio.
Nem os próprios professores e cientistas que o ajudaram nesse processo chegam em seus pés.

RELATÓRIO DE PROGRESSO 04:
Achei lindo e sensível a maneira como ele ia descobrindo as coisas, suas vontades, desejos, o poder dele fazer suas próprias escolhas, olhar as pessoas com outros olhos, as mulheres que despertavam algo nele, as suas primeiras vezes.

RELATÓRIO DE PROGRESSO 05:
O que eu achei mais legal é que quando a cirurgia ia fazendo o efeito esperado, a sua gramática ia mudando, os erros de escrita iam desaparecendo e o vocabulário dele sendo enriquecido, sendo muito perceptível a sua evolução.

RELATÓRIO DE PROGRESSO 06:
Achei simplezmente geniau.
Mas apoz a cirurgia eu confesso que em varius momentus o Charlie me desepicionou, eu sei que com o Q.I dele aumentando, a sua percepção de mundo ia espandindo e tudo que ele não tinha vivenssiado, ele começava a viver, mas mesmo assim, varius momentus achei ele duro e deboxado com as pessoas.

RELATÓRIO DE PROGRESSO 07:
"Flores para Algernon" e um livru com uma sensi bilidade grandi, é uma istoria que mostra o lado cruel e dezumano di pessoas no quau o Charlie confiava sua vida. Teve uma sena que me deixou bem triste e eu nao vou isqecer, foi quandu ele discubriu que seus amigus nao rriam com ele, mas dele.
Qui dor.

RELATÓRIO DE PROGRESSO 08:
Si vosses estal procurandu um livru bunitu, sensiveu i emosionanti, eu reco mendo esse.
É uma baita istoria.

RELATÓRIO DE PROGRESSO 09:
Nao vou mintir que em varius momentus me deu uma canseira esse livru, o que eu mais axei qui pegou foi que esse livru muita genti favorita, entao fui com muita espectativa.
Num é ruim, mas pra mim, num xega eim 5 istrelas.

RELATÓRIO DE PROGRESSO 10:
Confeso qui essi livru mi deu uma resaca literaria du caramba.

RELATÓRIO DE PROGRESSO 11:
Eu esperu que oces pegou a referenssia do formatu da minha escrita duranti a rezenha.
skye 05/11/2023minha estante
o formato da resenha >>>>


Marina.Evaristo 05/11/2023minha estante
Resenha espetacular!


Marina.Evaristo 05/11/2023minha estante
É cansativo, mas bem emocionalmente passar por todos os processos do Charles se desenvolvendo e se conhecendo


saulo macedo 05/11/2023minha estante
@Marina.Evaristo SIMMMM, eu acho que o que torna cansativo e ao mesmo tempo emocionante é que o livro, se formos ver, traz coisas diárias da vida dele. Fiquei super indeciso para dar a nota rsrsrs


saulo macedo 05/11/2023minha estante
@skye ??


A.Paula.Sz 05/11/2023minha estante
Q resenha top! ???
Parabéns pelo centezimu livru lido! ?


saulo macedo 05/11/2023minha estante
@Paula ahhhh obrigado ?




Patricia Lima 18/02/2020

Flores para Algernon
Eu gostei bastante do livro, mas o começo da leitura foi meio difícil de engatar, porque como o personagem não sabe escrever direito tem muitos erros de gramática e uma fala mais humilde no início do livro.

Daí conforme o experimento vai dando resultado isso vai mudando, não demorou muito, até porque ele tem um progresso bem rápido, então a leitura é devagar só no começo mesmo.

E daí eu acho que mais pra metade do livro que eu fui percebendo a grandeza que história ia me fornecer.

Você acompanhar os sentimentos dele em meio a transformação que ele acaba passando, é muito interessante, é um livro muito mais dramático do que científico.

A parte científica fica mais por conta da psicologia que a história trás, porque é um estudo psicológico sobre a mente humana.

O mais impressionante, é que o personagem de certa forma vai enxergar um mundo completamente diferente do que ele via.

Ele adquire um conhecimento muito maior sobre as coisas, então ele passa a analisar tudo de forma totalmente diferente.

Ele vai perceber as coisas com mais clareza que antes ele enxergava com ignorância, é como se ele perdesse uma inocência que ele tinha e passa a ver a realidade.

Maravilhoso esse livro, ele é bem sensível, bem reflexivo, e vai te ensinar muitas coisas também. E a construção do personagem é impecável!
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MillaJauregui 02/03/2021

Destruída.
Sabe aquele livro que te deixa destruída e te faz querer dar bem mais que 5 estrelas? Esse é Flores para Algernon.

Quando eu comecei a lê-lo não sabia ao certo o que esperar dele; achava que seria uma leitura difícil e rebuscada demais – confesso que teve partes que eu entendi bulhufas e conheci várias palavras novas.

Mas fui surpreendida pelo oposto, encontre aqui uma leitura super fluida – fazia tempos que eu não lia um livro em 1 dia –, adorei o fato que o autor conseguiu desenvolver o personagem de uma forma natural, aos poucos; como uma pessoa bem detalhista reparei em cada pequena evolução que ele tinha, e isso foi incrível.

Achei a premissa da história genial e o personagem principal um fofo no começo, senti muito triste por ele e por toda a situação que ele passava inconscientemente. Mesmo quando tudo mudou e ele viu toda a verdade e surtou com isso, continuei simpatizando com ele, pois a inteligência as vezes pode ser um fardo; e sinceramente não acho que ele estivesse melhor inconsciente ao seu redor, as pessoas abusavam dele e não eram suas amigas de verdade, mas ao fim parecia que elas aprenderam algo com isso.

Acho que nunca chorei tanto com o fim de um livro – e ainda classifiquei ele como um bom livro. Enfim, eu amei tanto, foi um bela leitura para o fim de semana. Super recomendo.
Glau 02/03/2021minha estante
Veja o série japonesa que foi adaptada, é ainda mais linda, vai chorar ainda mais


Lidiane.Malheiros 02/03/2021minha estante
Eu chorei igual criança. Nunca imaginei me emocionar tanto com um livro. É perfeito e necessário.


MillaJauregui 03/03/2021minha estante
Vou ver ?


MillaJauregui 03/03/2021minha estante
Eu tbm chorei horrores, super concordo com vc ?


Mari.Sampaio 03/03/2021minha estante
Estou lendo, mas tô meio empacada (tô em 15%). Quando a leitura começou a te prender mais?


Mari.Sampaio 03/03/2021minha estante
É que tô lendo outras coisas ao mesmo tempo também ??


MillaJauregui 03/03/2021minha estante
Então, foi quando ele começou a escrever mais corretamente, acho que aos 40%-50%, mas no geral, eu achei uma leitura super fluída.




arthbooks 21/02/2021

Sobre inteligência, exclusão e solidão
Você aprende muuuitas coisas com esse livro! Ele te faz questionar muitas coisas, principalmente sobre a exclusão que as pessoas com retardos mentais sofrem pela sociedade, vistas como inferiores e descartáveis, coisas que Charlie Gordon sofria sem perceber por conta de sua ingenuidade. Também refletimos muito se a inteligência, uma vez que ela também pode acabar criando barreiras ao invés de quebra-lás. E vemos Charlie na luta contra a solidão, resultado da sua inteligência e seu novo jeito de enxergar o mundo e as suas problemáticas. Uma leitura essencial!!!
(31/1 - 20/2)
Paula.Oliveira 22/02/2021minha estante
Também achei muito incrível! Me levou a muitas reflexões essenciais e debates com minha psicóloga haha.


Eliude 25/02/2021minha estante
Um dos personagens mais sensíveis que a literatura já me apresentou!


gracireis 13/03/2021minha estante
Esse livro é tudo!




Paola Fernandes 29/01/2023

Para refletir!
Um livro que trás diversos questionamentos para o individual e o coletivo. Sobre empatia, busca incessante pelo que ainda nos falta e superações. Vale a pena a leitura.
evelyyn 29/01/2023minha estante
eu amei tanto esse livro...me fez refletir bastante


Carol Genaro 29/01/2023minha estante
Chorei horrores


Paty Gocalita 29/01/2023minha estante
Eu estou com esse livro no Kindle pra ler




resenhasdajulia 11/08/2021

Charlie Gordon tem 32 anos e um QI considerado gravemente baixo. O que ele mais deseja é "ser inteligente", por isso, quando é escolhido para uma cirurgia que promete aumentar sua capacidade intelectual, ele aceita na hora.
Ele seria a primeira cobaia humana nessa cirurgia, já que a mesma só fora realizada em um ratinho chamado Algernon.

O livro é narrado em primeira pessoa, pelo Charlie, através dos "relatórios de progresso" que ele faz, como uma espécie de diário, para registrar seu dia a dia, antes e depois da cirurgia. E nesses primeiros relatórios, existem muitos erros gramaticais, nos mostrando que o Charlie é semianalfabeto.

Conforme a cirurgia mostra resultado, Charlie, além de conseguir escrever tudo certo, também muda sua perspectiva em relação ao mundo e às pessoas ao seu redor.

Porém, a cirurgia têm consequências, e uma delas é fazê-lo se lembrar de coisas do passado e interpretá-las de outro jeito, e não com a inocência que ele tinha antes. Com isso, ele percebe como as pessoas, inclusive quem ele considera seus amigos, sempre zombam dele.

Charlie queria ser algo que ele já era. Afinal, o que é ser inteligente? Seu QI aumentou consideravelmente, mas ele perdeu sua inocência, e todo o conhecimento acadêmico que adquiriu, não lhe ensinou a lidar com as emoções.

Essa leitura me causou um misto de sentimentos. Fiquei feliz por cada conquista do Charlie, fiquei triste por tudo o que ele teve que passar e fiquei revoltada pela forma como ele era tratado.

Um dos melhores livros que já li! E o final acabou comigo. Principalmente o significado do título do livro.

"Apenas pouco tempo atrás aprendi que as pessoas riam de mim. Agora consigo ver que insconscientemente me juntei a eles, rindo de mim mesmo. Isso dói mais que tudo."
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Ticiane.Melo 25/01/2023

Não faço a menor ideia de como escrever uma resenha chorando da forma que estou.
Está doendo tanto.
Posso dizer com tranquilidade que é um dos melhores livros que já li. Também é um dos mais tristes.
Esse livro é soco no estômago. É dolorido.
Charlie só queria duas coisas: ser mais inteligente e que as pessoas gostassem dele. Anseio de um homem inocente, simples e de bom coração.
Ele foi abandonado, maltratado e enganado por todos ao seu redor, inclusive pelos familiares.
Quando passou pela cirurgia acabou entendendo muitas coisas que aconteceram no seu passado e quando ficou mais inteligentes que os próprios médicos, foi rejeitado novamente.
Eu só queria protegê-lo, cuidar dele para que ninguém mais pudesse machucá-lo.
Já esperava pelo final, foi até um pouco previsível, mas não queria acreditar que aquilo realmente estava acontecendo.
De alguma forma pensei que as coisas pudessem seguir por outro caminho, ledo engano.
É um livro surreal de viciante.
Não foi eu que devorei o livro, ele que me devorou, depois me deixou aqui em pedaços, lutando para me recuperar.
Flávia @fala.werneck 25/01/2023minha estante
O livro é comovente demais e realmente nos devora?


Bela142 25/01/2023minha estante
esse livro causa dores físicas


Débora 25/01/2023minha estante
Primoroso




Victor Dantas 13/08/2020

Relatório de Progressão: 13 ago. 2020
Oi, sou o Charlie.

Não, quero dizer, ele é o Charlie. Eu sou apenas um mero leitor, que se apegou profundamente a esse personagem a ponto de chorar e sonhar com a história. Pois é.
O Charlie vive em Nova York, tem 32 anos, trabalha numa padaria, e vive uma vida normal. Bom, para ele sim, para os zotros a vida do Charlie é uma piada. Ele é motivo de piada.
Só qui ele ainda não percebeu isso.
Mas, nós leitores sim. E isso nos enoja!

Vamos começar du começo. O Charlie nasceu com uma deficiência intelectual. Desde a infância até a faze adulta, o Charlie teve dificuldades em lidar com vocabulário, ex crita, coordenação motora, informações.

O mundo ex terior sempre foi uma barreira para ele e, isso se tornou mais grave a medida que sua família não entendia as necessidades do filho, não tinha um acompanhamento psicológico ou algo do tipo que ajudasse a compreender a condissão do Charlie, e assim, acompanhá-lo e auxiliá-lo a desenvolver suas abilidades aos poucos.
Na verdade, os seus pais, ou pelo menos sua mãe, sempre o viu como anormal e, sempre pressionou o filho para se comportar como alguém “normal”.

A hostilidade e a negligência dos pais do Charlie para com ele foi ficando cada vez mais gravi, até que em um determinado momento da sua vida, o Charlie é mandado imbora de casa, pois, sua mãe o via como uma ameaça para sua irmã, a Norma.

Passam-se anos, e o Charlie começa a viver por conta própria em Nova York, trabalhando em uma padaria e, começa a frequentar uma escola para educação de jovens e adultos com dificuldades de aprendizagem. Sua professora, Kinnian, o tem como o melhor aluno da turma e, isso implicará em situassão que pode mudar a vida do Charlie. A professora, acaba recomendando-o para uma pesquisa científica comandada pelos pesquisadores, Strauss e Nemur, da Universidade de Beekman.

A pesquisa pretende, grosso modo, diminuir o retardamento mental do Charlie a zero e, torná-lo inteligenti, aumentando seu QI. Para tal procedimento, o Charlie será submetido a uma cirurgia.

Charlie, como você deve imaginar, fica eufórico, e com a esperança que vai se tornar um novo homem, um homem inteligente, que será admirado por todos a sua volta, principalmente seus pais.

Outro procedimentu da pesquisa, são os relatórios de progresso que o Charlie vai ter di escrever antes e após a cirurgia, como forma de documentar e verificar as mudanças que vão ocorrendo gradativamente no seu intelecto.
São esses relatórios que vamos ler, onde acompanharemos de pertu a evolução do Charlie.

Será que a cirurgia vai ter o sucesso esperado pelo Charlie, suprindo todas expectativas?
E quais as consequências desse processo na vida dele?

A escrita do autor é magnífica. A forma como ele moldou a obra, reflete na sua originalidade no nicho da ficção científica. Nas primeiras 50 páginas do livro, vemos o Charlie com sua dificuldade de escrita e vocabulário fielmente retratada, onde o autor escreve inúmeras palavras com erros ortográficos.
E isso talvez dificulte sua experiência de leitura, mas, eu motivo a você não desistir do livro por conta disso, pois logo a escrita muda, onde retrata o Charlie aprendendo a escrever corretamente e estender seu vocabulário com palavras até então consideradas complexas para ele.

A originalidade de “Flores para Algernon” não está apenas na escrita, mas, no enredo, a mensagem por trás da obra. Apesar de ser uma ficção científica, a história não se reduz ao experimento e as teorias em si.
O autor direciona essa experiência para o campo humano, ou seja, a subjetividade do personagem é o foco, onde surge o drama que envolve todos os que participam desse processo, principalmente o Charlie.

Nesse sentido, o leitor é bombardeado de reflexões e questionamentos, quais, o Charlie também possuí. Para mim, os principais foram:

1. Traumas de infância: vemos o Charlie revisitando suas memórias aos poucos, e temos passagens onde o Charlie é vítima de bullyng, intolerância e preconceito na escola, na vizinhança e até mesmo dentro de casa.
Chega a ser revoltante em muitos momentos.
Percebemos que as consequências de traumas da infância não tratados podem influenciar nossa vida adulta de uma forma cruel. E muito da sua infância traumática tem poder sobre o Charlie.

2. Busca incessante por aprovação: o Charlie não aceita passar pela cirurgia por motivos próprios, mas, para atender as expectativas dos outros em busca de aprovação, seus pais, seus “amigos”. Se existe coisa mais atual que esse sentimento na gente perante a sociedade, desconheço.

3. Comparação: pelo fato de buscar a aprovação do outro, o Charlie a todo momento fica se comparando as pessoas a sua volta.
A visão de si mesmo, é reflexo de um complexo de inferioridade que desde a infância foi introduzido nele. Em situações extremas, o Charlie se vê inferior até mesmo de um rato.
É difícil fazer um paralelo com a sociedade atual? Acredito que não né...

4. Normal x Anormal: o que nos define como normais? O que nos torna anormais?
Essa dicotomia, que não passa de uma construção social e histórica, é algo presente na vida do Charlie. A deficiência que o Charlie possui, e assim como outras pessoas do mundo possuem diversas deficiências, ou melhor, necessidades, é tratada com intolerância, desprezo, indiferença, por uma sociedade que sempre invisibilizou, negou, ignorou, ideias, crenças, sexualidade, pessoas, que não se enquadram no “padrão”, no “aceitável”, no “correto”.
E a forma como o Charlie vê os outros (normais) e ele próprio (anormal), é fruto desse processo.

5. Sentimentos: é nesse aspecto que o drama da história se desenrola. Vemos o Charlie buscando explicações científicas e racionais, para os sentimentos que se manifestam dentro dele. Até que em certo momento ele entende, que nem tudo é passivo de cirurgia. Sentimentos não são objetos, nem seres, e não podem ser reduzidos como tal.

6. Amizade: por buscar aprovação das pessoas em sua volta, o Charlie acredita que quanto mais inteligente ele ficar, mais amigos terá.
Mas, o que ele acaba percebendo, é que amizade é respeito ao próximo, permitir que o outro se expresse como ele é, de enxergar no outro diferenças, e não distâncias. E se o outro anula tudo isso, ele está longe de ser nosso amigo.
E é aqui compreendemos o porquê do título do livro, quando o Charlie encontra seu verdadeiro amigo.

7. Inteligência: o que nos torna inteligente de fato? Um QI alto? Um currículo acadêmico extenso? Nossa profissão? A quantidade de livros que lemos?
Para o Charlie a inteligência humana, sempre esteve relacionada a esses aspectos, mas, ao longo das situações que ele vai vivendo com os outros a sua volta após a cirurgia, e, o tratamento que ele recebe destes, o leva a compreender que a inteligência... é HUMANA.

Sendo assim, uma cirurgia, seja ela qual for, não nos torna mais ou menos humano.
A humanidade não é um estado, posse.
A humanidade é ser, valores.

Um livro necessário.
Douglas 13/08/2020minha estante
Belíssima (e inteligente) resenha! Com certeza vou conferir este livro quando puder. :)


Victor Dantas 13/08/2020minha estante
Obrigado Douglas, espero que você tenha uma experiência de leitura maravilhosa :)


Ingrid.Oliveira 14/08/2020minha estante
Sua resenha me convenceu a ler este livro.


Victor Dantas 14/08/2020minha estante
Oi Ingrid, fico feliz que gostou :)
O livro é maravilhoso!
Espero que dê uma chance e que tenha uma experiência positiva também.


Laura.Bianchini 07/09/2020minha estante
Ficou muito incrível, criativa demais também!!


Marcelo.Alencar 10/02/2021minha estante
Comecei hoje!


Victor Dantas 10/02/2021minha estante
Oi Marcelo, que bom! O livro é incrível :)


Marcelo.Alencar 10/02/2021minha estante
??


Aline Michele 31/03/2021minha estante
Que resenha!
Vou ler o livro


Victor Dantas 31/03/2021minha estante
Oi Ale, obrigado. Desejo uma ótima leitura!


Larissa.Giorgetti 08/01/2023minha estante
Gente que isso? Clap, clap ( palmas)
Nunca vi uma resenha tão boa assim ?




oz. 10/06/2023

Não vai ter um texto bonitinho nessa resenha, só minha opinião mesmo.

Eu não quero dar nota baixa para esse livro porque ele aborda um assunto tão sensível que, apesar de ser ficção, carrega o peso da realidade em cada palavra.

Não estou dizendo que é ruim, na verdade, é um livro muito bem pensado. Dei 4 estralas mais pela genialidade da história do que pela minha experiência de leitura.

Foi uma leitura que me deixou envergonhado por odiar o rumo que a evolução intelectual do Charlie tomou em até certo ponto da história. Dos 40% até perto dos 80% eu estava lendo com um nó no peito, porque não conseguia abraçar a nova versão do Charlie. A narrativa se tornou motorizada, ele parecia mais um robô. Os flashbacks foram os únicos momentos em que eu lembrava que ele era humano. Nessas partes, o gênio ficava em secundo plano. Quando o final chegou, fiquei aliviado, apesar de ser muito triste.

Eu não me incomodei com fato de ele ter se tornando egoísta, acho que isso já é parte de uma pessoa "pensante". Tem até um momento em que o próprio fala que a cirurgia abriu os olhos dele para verdadeira natureza do homem. Isso é uma crítica bombástica.

Apenas o fato do Charlie achar que qualquer pessoa inteligente tem a obrigação de saber tudo na terra não me agradou. Eu até entendo que ele acabou se frustrando com seus heróis. Porém, é tudo maçante.

Isso foi a intenção do autor. Construir um personagem. Quebrá-lo. Depois trazer sua essência de volta por meio da ideia de que a inteligência intelectual, sem a inteligência emocional, não é nada. Por isso é genial: é uma história fechada.

Não foi uma das melhores experiências de leitura que tive. É a magia de um clássico, afinal de contas.
Regis 12/06/2023minha estante
Tive essa mesma impressão quando li. Sua resenha está perfeita. ????


oz. 12/06/2023minha estante
que bom que não fui o único
ah obrigado amg


brendinha28 13/06/2023minha estante
nossa, concordo demais com você!!


Vitor387 14/06/2023minha estante
a sua resenha tá perfeita demais!!!




Let 13/02/2022

Às vezes a ignorância é uma benção
O autor criou uma narrativa genial. O Charlie começa o livro escrevendo seus relatos com vários erros gramaticais. Depois da cirurgia, seus relatos ficam cada vez mais complexos. Vemos o reflexo da inteligência dele na forma como escreve. AMEI isso!

Apesar das várias reflexões sobre a maldade humana, os limites da nossa mente, e nossas visões de mundo, não me emocionei tanto quanto imaginei que iria.

É um livro incrível pra refletir sobre? até onde podemos interferir na nossa mente, na nossa personalidade, na nossa inteligência. E como isso nos afeta. A escrita é viciante, mas não consegui me conectar tanto com a obra ao todo
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Alice 04/08/2021

O conhecimento é uma dádiva ou uma maldição?
?A trama gira em torno de Charlie Gordon, um homem de 32 anos, que tem vontade de se tornar mais inteligente. Porém, como Charlie tem um Q.I. de 68, o seu processo de aprendizado é muito lento e marcado pelo esquecimento de tudo o que chega a aprender algum dia. Então se submete a um experimento, mas será que tudo que ele almejava realmente se concretizou?

? Flores para Algernon é um livro melancólico e cheio de nuances, que nos faz pensar sobre a falta de humanidade no campo científico, a importância do amadurecimento, a alienação, o preconceito e diversos outros assuntos.

?Achei a narrativa um pouco arrastada, mas a mensagem do livro vale para todos nós. Por isso, é um livro que recomendo muito, faz com que pensemos nas diferenças intelectuais e traumas psicológicos. Num mundo cada vez mais competitivo, cabe-nos cada vez mais refletir sobre empatia. Porque somos condicionados a aceitar tudo que a sociedade considera correto e aos poucos aprendemos a nos diminuir.

? Só não ganhou 5 estrelas porque não gosto de capítulos grandes, pois demorei muito para ler e a maioria é assim. Como também, o começo tiver um TOC terrível passei 1h lendo 30 páginas (mas sabendo que é a proposta do livro) - é a vida.


? FRASES IMPACTANTE DO LIVRO:

?Apenas pouco tempo atrás aprendi que as pessoas riam de mim. Agora consigo ver que inconscientemente me juntei a eles, rindo de mim mesmo. Isso dói mais que tudo.?
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?Estava tudo bem enquanto eles pudessem rir de mim e parecer inteligentes à minha custa, mas agora eles se sentiam inferiores ao imbecil [...] Eu os havia traído, e eles me odiavam por isso.?
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alynebz 28/02/2024

"A inteligência e a educação sem doses de afeto humano não valem droga nenhuma."
Esse livro é narrado através de um 'diário' em primeira pessoa, pela visão e persepção de Charlie Gordon, que é escolhido para uma cirurgia inovadora para aumentar a capacidade cognitiva. Essa decisão de realizar testes em humanos foi tomada após realizarem vários testes com ratos e um deles, Algernon, ter demonstrado que essas mudanças poderiam ser permanentes. A princípio lemos um diário cheio de erros ortográficos e dotados da inocência de Charlie e de como ele vê o mundo ao seu redor, mas que após a cirurgia, a escrita dele vai se transformando aos poucos, com clareza de detalhes e pensamentos próprios agora, o que nos dá a entender que o QI dele já estava tendo um aumento significativo.

Charlie começa então a se dar conta de situações que, antes eram indiferentes a ele, tinham uma importante influência em sua tragetória, como às perturbações dos colegas de trabalho, o fato de ser abandonado no mundo, mesmo sem perceber, e às suas noções das tragédias familiares que viveu. E com o seu desejo de ser melhor que Algernon, ele percebe que observar o rato é como observar o seu futuro. Eles são seres únicos ligados por uma experiência.

O final desse livro simplesmente acabou comigo, eu chorei como uma criança, e é realmente impressionante como a história nos atinge e nos traz muitas reflexões, nos mostrando o quanto nosso conhecimento pode nos levar a lugares extraordinários, mas o excesso deles também pode acabar com a nossa sensibilidade sobre o mundo. E em muitas de suas falas, Charlie diz: "Não sei o que é pior: não saber o que você é e ser feliz, ou se tornar o que sempre quis ser e se sentir sozinho".
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