Resenhas - Flores para Algernon

Melise.Pagotto 22/01/2021

Reflexivo e necessário!
Sensível, visceral, profundo e questionador. E por mais que eu tente descrever em palavras, ainda assim ficaria aquém a sua grandiosidade.

Aconselho que ao ler você esteja aberto e se permita sentir!

Já no início do livro é possível presumir o final, mas ainda assim é impactanye e desolador. Seu esplendor se dá na forma com que é narrado, os relatórios de progresso torna tudo muito mais pessoal, de forma que o leitor facilmente se vê parte da estória.

É uma imersão que propícia o leitor a refletir e avaliar a sua conduta e preconceitos perante o diferente, e obriga olhar por outra perspectiva.

LAY 22/01/2021

Efeito Argenon-Gordon
Confesso que ficção científica não é lá meu gênero favorito, mas, flores para Argenon com certeza é exceção!

No começo do livro a empatia por Charlie é inevitável, muitas vezes quis colocá-lo num potinho para proteger de gente mal intencionada...

A medida que ele progride e consegue entender sua história e a crueldade das pessoas ao seu redor dói muito, fiquei indignada com a negligência e ignorância da família dele...

A regressão do novo Charlie é triste,a medida que ele vai se esquecendo e o antigo Charlie vai assumindo o controle e agoniante, a relação com a Alice é tão dolorosa, cheia de culpa e sofrimento, novamente da vontade de usar o potinho!


Acredito que tenha válido a pena eu tmbm preferiria um tempo de lucidez ao uma vida inconsciente...
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Finalizando 20 01 21

Dayana.Trajano 12/07/2021

O livro me trouxe muita sensibilidade, porque em muitos momentos da minha vida eu também almejava ser inteligente. E com essa visão genuína de que seria mais aceita e não tão solitária. Além de me identificar, também foi o marco do aprendizado poder enxergar com mais empatia as pessoas com nível baixo de intelectualidade. Eu sempre achei que a maioria delas não entendia, e isso me doeu muito! Charlie, que prazer te conhecer! Sua história deixará saudades.

Iolanda 21/04/2021

Este livro, das leituras que fiz este ano, é sem dúvida o melhor. Entrou para a minha lista de livros favoritos da vida.
Acompanhamos a história do protagonista Charlie, um homem na casa dos 30 anos que tem um Q.I de 68. Ele participa de um experimento cientifico que promete aumentar seu Q.I e mudar sua vida. O livro é escrito na forma de relatório que Charlie precisa escrever para que os cientistas envolvidos nesta experiência, possa acompanhar sua evolução. O que acompanhamos então são os relatos de Charlie antes e pós procedimento cientifico.
Conhecemos um Charlie que tem dificuldades de escrita e vamos com ele, compreendendo as mudanças que ocorrem no seu Q.I e na sua vida.
A leitura me fez refletir sobre diversos pontos que, por vezes, não acho importante e me levou a reflexão em tantos outros pontos que me perdi em pensamentos, muitas vezes, durante a leitura.
É o tipo de livro que temos vontade de devorar, mas quando está próximo do final, traz o sofrimento por estar terminando.
Terminei a leitura em prantos e enquanto escrevo aqui, as memórias do livro, me emocionam a ponto de ter olhos lacrimejando.
Como escrevi antes, entrou para a lista do meus livros favoritos e indicados para todos os que conheço. É uma experiência única e que desejo que a maioria dos leitores possam passar por ela.

cris.leal 25/04/2020

É impossível sair ileso dessa leitura...
Cheguei ao final da leitura e não sei como vou me desapegar do Charlie. Um homem que tem um QI baixíssimo e sonha ser esperto, como as outras pessoas, para poder ter amigos que gostem dele. Em vista disso, acaba aceitando se submeter a um experimento científico, uma cirurgia inovadora capaz de ampliar sua inteligência.

Após a cirurgia experimental, Charlie, aos poucos, se torna um gênio: um homem cheio de inteligência e conhecimento. Mas percebe, decepcionado, que está inserido numa sociedade com valores deturpados e com carência de afeto, e que ser evoluído intelectualmente, não habilita ninguém a uma vida plena de felicidade.

Que história, meus amigos! Que final! É impossível sair ileso dessa leitura. Recomendo muito.

dialogonoslivros 25/09/2021

Superou todas as minhas expectativas
Quando comecei a ler "Flores para Algernon" minhas expectativas eram muito altas. Nunca ouvi alguém falar mal do livro, as resenhas que tive contato sempre estavam enaltecendo a história, falando o quão triste e poética ela era. Então minhas expectativas eram maiores que o empire state, e mesmo assim me surpreendi.

Embora já soubesse do que se tratava, e tinha uma ideia de como seria o final, o que mais me surpreendeu nesse livro foi a genialidade de como ele foi escrito. Daniel Keyes foi incrível fazendo um livro contado a partir dos relatórios, a forma como a escrita (gramática e concordância) de Charlie vai evoluindo, assim como sua percepção de mundo e capacidade de reflexão é excelente!
Estar na mente de Charlie, percebendo suas mudanças, seus medos, sentindo seu vazio existencial e sua percepção de mundo é extremamente tocante. Além disso, a forma como o livro mostra as relações de Charlie com todos os outros personagens é maravilhosa. Um livro com relacionamentos profundos, personagens complexos e extremamente humanos.

Flores para Algernon é poético, reflexivo e brutal. Um livro que não pode passar despercebido pelos leitores.

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Lya 17/01/2022

ok
não é ruim assim eu gostei do livro porem esperava mais, não chorei e falam que é super emocionante, mas vale a leitura, tras otimas reflexões e questionamentos

brina !! 14/04/2021

Como o livro é contado por meio de relatórios de progresso, eu tinha a impressão que estava lendo um estudo, principalmente nos relatórios finais onde conforme as capacidades intelectuais de Charlie iam se deteriorando, seu caráter se fragilizava e infantilizava.
Um ótimo livro que realmente enfatiza como a sociedade trata e cuida (ou acha que cuida) de pessoas com deficiência mental.

Vanessa.Franca 29/10/2023

Uau
É daqueles livros que você termina e fica olhando para o nada.
Charlie Gordon tem atraso cognitivo e dificuldades de aprendizado. Ele tem muita vontade de aprender, faz aulas numa escola especial e trabalha numa padaria. Até que ele participa de um experimento para aumentar sua inteligência. Depois de uma cirurgia, ele aos poucos vira um gênio que toca piano, fala 20 línguas e sabe mais do que os pesquisadores que criaram o estudo.
Mas os resultados são muito incertos, não apenas na duração, mas principalmente nas outras consequências para Charlie.
O livro é contado a partir dos relatórios que ele escreve, então dá para ver a mudança na linguagem e no raciocínio, além dos sentimentos que ele não consegue processar, já que a cirurgia não lhe deu a maturidade emocional que só as experiências trazem.
Outro ponto forte é ver a inteligência sem romantização, que levanta e derruba pessoas, mas tanto na falta quanto no exagero faz as pessoas tratarem as outras como objetos.
É triste, é forte e é daqueles que faz a gente repensar sobre o que valorizamos nos outros, sobre gentileza e afeto e coisas que nem toda a inteligência do mundo pode trazer.

Daniel Miguel 09/09/2020

Flores para Algernon - Daniel Keyes
" - Mas aprendi que apenas a inteligência não quer dizer porcaria nenhuma. Aqui na sua universidade, inteligência, educação, conhecimento, todas essas coisas viraram ídolos. Mas agora sei que existe algo que todos vocês negligenciaram: inteligência e educação sem doses de afeto humano não valem droga nenhuma. "

Sem palavras, não sei nem como explicar o que senti ao ler esse livro, é aquele tipo de história que deveria ser lida por todo mundo. Leiam gente só isso que eu digo.

Pam 16/01/2021

Ascensão, queda e transformação.
Esse livro encontra-se no gênero ficção científica e drama, mas acredito que ele nos entrega muito além disso. Os questionamentos filosóficos e psicológicos são os pontos mais altos da leitura.

Acompanhar a ascensão intelectual de Charlie Gordon, de forma gradual, porém impressionante, foi algo feito com maestria pelo Daniel Keyes. Você se pega torcendo pelo personagem e notando as sutis mudanças no desenvolvimento dele, que nos levam a provavelmente o maior atrativo do livro: a análise da mente e dos comportamentos humanos.

O quanto o Charlie, uma pessoa com deficiência, realmente precisava, e deveria mudar? O quanto os cientistas envolvidos no projeto realmente se importavam? Tudo era feito pelo "bem da humanidade e da ciência", ou apenas para glorificar pesquisadores individualmente? Como tratamos as pessoas neuro divergentes na sociedade: como indivíduos, ou como marginais? Sem dar mais detalhes do enredo para não entrar no campo de spoilers, esses são apenas alguns dos questionamentos que o livros nos entrega, nos mostrando diversos pontos de vista, e principalmente, nos fazendo pensar em questões que muitas vezes somos levados a deixar de lado, como a questão das pessoas com deficiência, que constantemente são excluídas, de forma que os neuro típicos possam “viver normalmente”, sem se preocupar com isso. O livro nos leva a encarar tudo isso, e refletir sobre diversas problemáticas, desde ética na ciência, até a moral que aplicamos dia-a-dia em nossa vivência social.

Durante a leitura, vemos diversas transformações no Charlie, e como ele ajudou a mudar o mundo ao seu redor. Somos lembrados que para trazer impactos positivos, não precisamos somente de inteligência intelectual, mas emocional e social. Acredito que, junto do protagonista, o leitor é transformado durante o livro. Considerando que somos criaturas sociais, é um "must read" para todos.

malpx 17/01/2022

?Mas aprendi que apenas a inteligência não quer dizer porcaria nenhuma. Aqui na sua universidade, inteligência, educação, conhecimento, todas essas coisas viraram ídolos. Mas agora sei que existe algo que todos vocês negligenciaram: *inteligência e educação sem doses de afeto humano não valem droga nenhuma*?.

Essa citação resume bem um dos principais pontos do livro. Nele é retratado como a sociedade encara uma pessoa com deficiência mental, supondo que ela não possui sentimentos e que não merece vivenciar o afeto ou o amor. Como o personagem principal, Charlie, disse várias vezes ?eu já era um ser humano antes da operação?.

Achei a narrativa do livro, através dos relatórios de progresso do personagem, muito interessante, pois, além de acompanhar seus pensamentos e sentimentos, foi possível perceber seu desenvolvimento também através da escrita.

Outra reflexão trazida pela obra é no que tange a ignorância, e até que ponto seria bom ?se manter na caverna?. Visto que antes da cirurgia, quando todos zombavam de Charlie, ele era visto como uma pessoa gentil e amigável. Mas após a cirurgia, quando ele passou a de fato entender suas relações, ele foi visto como uma pessoa arrogante e egocêntrica.

É um livro para te fazer refletir. No entanto não achei tão emocionante e comovente como dizem, e também esperava um final mais emocionante. Apesar disso, senti muita empatia pelo personagem e suas vivências dolorosas. É um ótimo retrato de como a sociedade lida com essa minoria social.

Monica Sobrinho 19/01/2021

Flores para Algernon foi escrito em 1958 e permanece muito atual, nele acompanhamos Charlie Gordon, um homem com deficiência intelectual que é é selecionado para ser o primeiro humano a ser submetido a uma cirurgia revolucionária que promete aumentar o QI do paciente. A partir daí acompanhamos os resultados do experimento e o aumento da inteligência de Charlie ultrapassando, inclusive a dos médicos que idealizaram, planejaram e executaram a cirurgia. Charlie passa a ter novas percepções da realidade e a refletir sobre suas relações sociais. Foi chocante ver como podemos ser cruéis e como as nossas atitudes mesquinhas afetam o outro ainda que não percebamos. A experiência pela qual o personagem passa, as suas percepções descritas pelo autor, o seus sentimentos me marcaram profundamente. Quem ainda não leu, leia!

Gabi 03/02/2021

Impactante e doloroso, Flores Para Algernon nos apresenta à Charles, que aos 32 anos se submete à uma cirurgia para aumentar seu QI numa tentativa de ser aceito por outros ao se tornar mais inteligente, como ele julga que as pessoas ao seu redor são. À medida que Charles narra seu progresso vamos descobrindo como as pessoas eram cruéis e injustas com ele, tornando impossível não se comover e simpatizar com o personagem. Charles também muda no decorrer da história, o que aos poucos faz a gente se perguntar: até que ponto a inteligência é importante? Como a inteligência afeta a personalidade e/ou carácter de uma pessoa? Como eu encaro as pessoas que julgo mais inteligentes do que eu? E ainda mais importante, como ajo com pessoas que percebo ter mais dificuldade de aprender do que eu? Gostei muito dessa leitura, tive um pouco de dificuldade com a escrita no começo, mas eu já tinha sido avisada desse detalhe então não fui pega de surpresa. Depois de uns 75% acho que a história fica um pouco mais cansativa, mas isso não diminui a importância desse livro extremamente necessário.

Aelita Lear 18/06/2021

Nessessário
Flores para Argenon e um livro nessessário, que todo mundo deveria ler um dia. Fica dificiu nao escrever uma rezenha desa forma, justamente porque o preconseito liguistico e uma das coisas mais hororozas que esiste neste mundo!
Isso te choca? Uma editora e escritora escrevendo dessa forma? Pois se eu te disser que a maior parte das pessoas não tem acesso à educação e não consegue escrever corretamente?
No caso do livro, não é apenas a história de uma pessoa simples que não consegue se comunicar normalmente, mas certamente os erros de português são o que mais choca o leitor. E eu amo livros assim! Como a cor púrpura, passarinha e caminhos de sangue. Todos que participaram na edição desse livro merecem aplausos!
E são muitos aprendizados que temos lendo essa obra prima. Dentre eles, o respeito por pessoas com deficiência mental. Nem presiso diser: amei dimais e recomendo a leitura