Aione 31/05/2022Amor em Manhattan é o primeiro livro da série “Para Nova York, com amor” de Sarah Morgan, e a indicação perfeita para quem procura uma leitura rápida, leve e gostosa. Com tradução de William Zeytoulian, foi publicado em 2018 pela editora Harlequin.
Paige é apaixonada desde a adolescência por Jack, melhor amigo do irmão. Porém, após um episódio humilhante quando se declarou para ele, reprimiu as emoções, especialmente porque Jack nunca demonstrou retribuir o interesse. Adultos, fazem parte do mesmo círculo de amizade, e quando Paige e as amigas perdem o emprego, é Jack quem a incentiva abrir o próprio negócio.
Como os títulos dos livros, e da série em si, indicam, os romances prestam uma homenagem a Nova York, sendo ambientados nela. As descrições carinhosas da autora sobre os diferentes cenários funcionam como um bom fator de envolvimento que, combinado à escrita, entregam uma leitura prazerosa. Em terceira pessoa, a narrativa de Sarah Morgan se alterna entre as perspectivas de Paige e Jack, fornecendo ao leitor os dois lados da história. Através de uma escrita rápida com boas pitadas de humor, a autora proporciona uma leitura fluida e divertida, que envolve rapidamente não apenas por sua agilidade, mas também por ser fácil de se conectar com os personagens.
Os conflitos internos de Paige e Jack são bem delineados, então suas limitações emocionais se tornam compreensíveis. Apesar disso, Amor em Manhattan não se aprofunda nessas questões, de forma que o livro não perde a leveza. Ainda, Sarah Morgan constrói muito bem a química e a tensão entre o casal, entregando um romance apaixonante e com passagens sensuais.
Mais do que o casal principal, as personagens secundárias ganham destaque — até porque protagonizam outros livros da série. Amei a amizade do trio principal, Paige, Eva e Frankie, não apenas pela forte conexão entre elas, mas por terem personalidades tão diferentes, o que contribui para muitas passagens de humor. O negócio que criam em conjunto também se sobressai, sendo uma trama interessante do enredo. Já Matt, irmão de Paige, foi quem mais me irritou com seu comportamento protetor evidentemente machista, mas que é muito bem pontuado pela protagonista em determinado momento da trama, não sendo uma atitude normalizada pela autora. Apesar de tudo, gostei da evolução do personagem e fiquei curiosa para vê-lo como par romântico de Frankie em Pôr do sol no Central Park.
Em linhas gerais, Amor em Manhattan foi uma leitura agradável e despretensiosa, uma ótima opção de relaxamento. Foi uma boa introdução para a série, que pode ser lida de maneira independente, uma vez que cada volume é protagonizado por um diferente casal, e certamente fiquei curiosa pelos demais títulos.
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