A Teia

A Teia Jonathan Kellerman




Resenhas - A Teia


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a voz que lê 07/12/2023

Um caso um pouco diferente
Então, Jonathan Kellerman.

Eu li dois livros dele anteriores a esse, pertencentes à série da dupla Alex Delaware e Milo Sturgis, sendo o primeiro um psicoterapeuta que trabalha como consultor da polícia e o segundo um detetive homossexual (mais especificamente um urso grandalhão), e eles são melhores amigos e se ajudam nos casos. São muitos os livros da dupla e nem todos foram publicados no Brasil. O primeiro deles foi Amor Fatal; primeiro em ordem cronológica, pois de publicação Legítima Defesa veio antes, sendo que este vem só após Amor Fatal, cronologicamente falando. E Amor Fatal não é nem o primeiro livro da série, mas eu diria que dá para considerá-lo como o primeiro porque, em alguns sentidos, me parece uma história de introdução, até pela falta de referências anteriores que tenho do personagem e dos livros que vieram antes. É em Amor Fatal que surge Spike, o doguinho mais simpático entre os doguinhos que conheço dos livros de mistério (e eu não conheço muitos.)

Tanto Amor Fatal como Legítima Defesa possuem mistérios mais claros e tradicionais, com uma carga psicológica pesada e temas um tanto pesados, daí serem protagonizados e narrados por Alex. E a série segue esse padrão: Alex Delaware é protagonista e narrador em primeira pessoa. É notável que Kellerman sempre parece confortável ao narrar essas histórias do ponto de vista de Alex, sendo o próprio Kellerman um psicólogo. Ele largou a carreira para se focar em escrever sua ficção. E faz isso muito bem, pois tem uma escrita envolvente e cativante.

Em A Teia temos uma mudança de cenário, saindo um pouco do urbano de Los Angeles, e uma história um tanto diferente das duas anteriores, com acontecimentos aparentemente sem uma maior conexão até certo ponto e um maior cadenciamento até as coisas passarem a fazer sentido. Alex Delaware, sua companheira Robin e Spike são convidados pelo dr. Moreland a passarem meses na ilha de Aruk, uma ilha meio fora de radar, onde Alex e Moreland trabalharão juntos na organização de casos médicos do doutor e possivelmente escreverem um livro. O que parecia uma viagem tranquila a um pequeno paraíso perdido, apesar das muitas histórias sobre o lugar, torna-se um pesadelo: eles conhecem hóspedes com atitudes suspeitas, testemunham o que parece ter sido um terrível acidente de avião, notam atitudes estranhas do próprio doutor Moreland e uma certa hostilidade dos nativos para o próprio doutor e seus convidados. Tudo isso parece se relacionar com um crime ocorrido na ilha meses atrás, quando o corpo de uma mulher foi encontrado com sinais de canibalismo. Com uma ajuda distante de Milo (e aqui eu lamento que o personagem apareça tão pouco neste livro), Alex investiga e tenta compreender qual é a grande verdade sobre todos aqueles eventos. E eu te digo: essa história vai longe.

Como em A Teia não temos exatamente um mistério central, nós vemos muito do desenvolvimento de uma história focada em desenvolver os personagens e aos poucos criar um possível cenário do que está errado naquela ilha e naquelas pessoas. Então temos cenas mais cotidianas dos personagens principais conhecendo o lugar, as pessoas que ali moram, os aspectos sociais e até políticos de como aquela ilha um tanto abandonada pela influência do mundo exterior sobrevive.

A vítima supostamente canibalizada dá ao leitor e ao próprio Alex um possível norte para a história e é o elemento mais tradicional de mistério, mas acaba não sendo o foco aqui; diria até que é a parte menos interessante de todo esse mistério, não que não seja intrigante.

A parte mais interessante mesmo está nos muitos segredos do doutor Moreland, um homem que transpira bondade e ao mesmo tempo parece esconder alguma coisa que ele quer muito que Alex saiba em algum momento. Ele tem hábitos pouco saudáveis como trabalhar demais e dormir muito pouco, tem um zoológico de insetos com quem ele parece ter uma maior conexão enquanto se distancia da população daquela ilha que ele tanto diz amar, mas que também ele se esforça para manter na estagnação e longe do progresso, enquanto ele vive muito bem em seu castelo.

Como o título do livro sugere, vemos acontecimentos que fazem parte de uma grande teia.

A Teia é um livro diferente do tradicional dentro da própria série, mas é envolvente do início ao fim graças a Kellermen e sua habilidade na escrita.
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Bruno T. 25/09/2013

Bom, mas inferior aos demais
Descobri Jonathan Kellerman há pouco mais de um mês e me tornei fã de seus livros, que logo tratei de adquirir.
O autor é um exímio contador de histórias policiais, criando tramas complexas e muito bem costuradas, personagens interessantes e diálogos inteligentes.
Dos cinco livros que li até agora (quatro da série dedicada a Alex Delaware, além de "Billy Straight"), este "A teia" é certamente o mais fraco, quando comparado aos demais. Isso não quer dizer que deixe de prender a atenção do leitor e de proporcionar uma boa diversão, mas, pensando bem, não gostei tanto assim da ideia geral do livro, da tal ilha onde a história se desenvolve, de algumas personagens pouco reais, e, principalmente, do desfecho inverossímil. Acho que o autor exagerou na dose com o tal doutor Moreland, seus objetivos e seus enigmas.
Resumindo: prefiro o Dr. Delaware em Los Angeles, ao lado do detetive Milo Sturgis, solucionando crimes "mais reais".
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Lili Machado 25/04/2012

Três meses no paraíso com todas as despesas pagas. Este é um convite que Alex Delaware não pode recusar.
O psicólogo forense Dr. Alex Delaware encontra terror no coração do paraíso, neste thriller sinistro, do mestre do suspense psicológico e autor de inúmeros best-sellers, Jonathan Kellerman.
Três meses no paraíso com todas as despesas pagas. Este é um convite que Alex Delaware não pode recusar, já que sua casa em Los Angeles está sendo reformada.
O Dr. Woodrow Wilson Moreland, um renomado cientista e rico filantropo que desde o fim da 2ª Guerra Mundial tem vivido na pequena ilha de Aruk, no Pacífico, perto do atol de Bikini, convidou Alex para que o ajudasse a organizar seus arquivos de 40 anos de trabalho, para publicação, com foco nos aspectos psicológicos – um trabalho fácil que deixaria Alex com muito tempo livre para namorar sua companheira, Robin Castagna e pagear seu buldogue Spike.
Rapidamente, entretanto, estranhos hóspedes e assustadores visitantes noturnos, e o próprio Dr. Moreland, diminuem os prazeres das águas azuis e das areias brancas, trazendo à luz, o mal do presente e do passado.
Os casos que Moreland escolhe compartilhar com Alex – um paciente que enlouquece por causa de um ato cruel; um homem que sofreu quarenta anos atrás com envenenamento por radiação após uma explosão nuclear; uma jovem brutalmente assassinada, cujo corpo mutilado e com sinais de canibalismo ritualístico foi encontrado na praia seis meses antes – parecem não se conectar.
Mas, Alex começa a ficar preocupado com o que o cientista está realmente querendo dele, com esse convite.
Alex entra em contato, então, com seu amigo policial, o detetive Milo Sturgis (um policial homossexual cheio de contradições), e começa acreditar que a resposta está escondida em algum lugar da propriedade de Moreland.
Quando ele, finalmente, descobre a verdade, a revelação será mais chocante do que ele poderia imaginar. E chega muito tarde para deter a onda de violência que ameaça tanto culpados quanto inocentes, na paradisíaca ilha perdida de Aruk.
Mais uma vez, com suas brilhantes caracterizações e narrativa rápida, Jonathan Kellerman redefiniu a fronteira do suspense, numa releitura dos horrores do cotidiano e dos medos interiores, num thriller empolgante do início ao fim.
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PolyFlores 01/07/2010

Um bom livro
Kellerman era um autor que estava em minha lista de leituras.
A Teia foi o primeiro livro que leio dele e posso dizer que gostei da experiência.
Uma leitura interessante, num desenrolar desembaraçado e simples.
Um psicólogo chega à ilha de Aruk acompanhado de sua esposa, para trabalhar com pesquisas, contrato por um médico idoso e milionário.
Porém, eles não imaginavam que, ao invés de uma temporada tranquila em um lugar paradisíaco, a ilha reservava muitos mistérios, envolvendo interesses diversos e assassinatos macabros.

Vou continuar lendo seus livros...

Lido em 06/2010
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