A semana dos bruxos

A semana dos bruxos Diana Wynne Jones




Resenhas - A semana dos bruxos


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Mateus 31/08/2010

Em que lugar poderia haver o maior número de intrigas, conflitos e brigas? Numa prisão? Não. Num cemitério? Não. Numa casa onde toda a família se odeia? Absolutamente não. Quem pensou em uma escola, está totalmente certo. É exatamente nesse local, tão maravilhoso ou tão assustador, que Diana Wynne Jones narra o quarto livro da série Os Mundos de Crestomanci.

Todo mundo já estudou, claro, e todo mundo sabe exatamente como é uma escola. Algumas escolas são piores do que as outras, mas todas tem pontos em comuns: a implicância entre os alunos, as brigas, os conflitos, os professores chatos e difíceis de aturar, as aulas tediosas, as panelinhas. A Semana dos Bruxos vem mostrar uma escola como todas as outras, com todos os seus problemas e qualidades. Porém, a única coisa que a difere das outras escolas é o simples fato de que ela é uma escola para órfãos de bruxos.

Se é uma escola de órfãos de bruxos, quer dizer que a magia é reinante como em todos os outros livros da série? Não, nem um pouco. É esse o surpreendente detalhe que o faz diferente de todos os outros livros da autora: no mundo deste livro, a magia é proibida. Todos os bruxos são queimados na fogueira, e é totalmente proibido o uso de magia, até mesmo a menção deste nome. E assim, nesse mundo aparentemente hostil é que a história se passa.

A Semana dos Bruxos conta a história do Internato de Larwood, um internato escola para órfãos de bruxos. Nenhuma das crianças da escola aparentemente possuem poderes mágicos, e a paz reina na medida do possível, até o dia em que um bilhete aparece no meio dos diários que o Sr. Crossley recolhia. Um pequeno bilhete que muda a vida da escola inteira: ALGUÉM NESTA TURMA É BRUXO. O grande problema é o que vem a partir do bilhete... Coisas estranhas começam a acontecer: pássaros aparecem misteriosamente, tênis desaparecem, pessoas falam o que não devem. Será apenas um bruxo na escola? Pelo visto, mais de um bruxo está perambulando e fazendo diabruras.

Posso dizer sem qualquer dúvida que esse é o melhor livro da série Os Mundos de Crestomanci. Não sei bem porque, mas livros relacionados a escolas são os que mais mexem comigo. Acho que isso acontece porque fico comparando os personagens do livro com as pessoas que conheço na escola. E com A Semana dos Bruxos foi ainda melhor, pois me identifiquei muito com um personagem: Charles Morgan. Esse personagem sempre dá olhares enfurecidos para os professores e está sempre no seu canto, quieto e sem dar muitos palpites. Não sou tão solitário quanto ele, mas sou eu sem tirar nem por.

Enfim, é mais um excelente livro da minha querida autora favorita Diana Wynne Jones. Por mais que tenha lido cinco livros dela, um número que com outros escritores já teria me levado ao cansaço, continuo amando seus livros e este me surpreendeu imensamente. Nunca imaginaria que um livro de magia poderia ser tão criativo assim. O final é sensacional, diferente de tudo o que que já vi e que imaginava. É mais uma prova do quando a autora é incrível.
Lu 07/02/2013minha estante
Aproveita e le os outros livros dela sem ser relacionados a série O Castelo Animado e O Castelo no Ar, o primeiro já tem desenho animado japonês, mas é claro q o livro é bem melhor...bj




Fimbrethil Call 23/09/2009

Bom livro
Esse livro é muito bom, divertido, como sempre, do ponto de vista das crianças, dessa vez de um mundo que queima bruxos na fogueira, quando quase todas as crianças descobrem que são bruxos e precisam da ajuda de Crestomanci para se salvarem.
Recomendo esse livro para uma boa diversão.
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Bela | @belafranceschini 10/03/2010

Interessante
e bem louquinho, mas diversao garantida.
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Helena Menezes 04/06/2014

A Semana dos Bruxos
A Semana dos Bruxos ("Witch Week", na versão original) foi escrito pela britânica Diana Wynne Jones e publicado pela primeira vez em 1982 e é parte da série chamada "Os Mundos de Crestomanci".

A história se passa em um mundo onde a magia é tida como crime capital e os acusados de praticá-la são condenados a morrer na fogueira, mais especificamente no Internato de Larwood, conhecido por possuir muitos alunos órfãos de bruxos.

Certo dia, durante uma aula na turma 2Y, o Sr. Crossley, professor de geografia, percebe um bilhete entre dois cadernos que corrigia, ele dizia: "Alguém nessa turma é bruxo." Isso acaba por desencadear uma série de acontecimentos mágicos que todos temem culminar na visita de um Inquisidor na escola.

Esse é um livro que chama a atenção de maneira muito engraçada e divertida para problemas que, mais de trinta anos após a primeira publicação dele, ainda são muito recentes.

O preconceito e o bullying são temáticas recorrentes aqui em uma linguagem que fará a criança compreender a seriedade da questão sem entrar em um mundo lugar sombrio. Afinal, embora tenha escrito de maneira a agradar um público realmente muito jovem, a autora deixa claro que esse é um mundo em que a violência gerada pela não compreensão do outro deixa crianças órfãs em um lugar em que elas precisam esconder o fato para ser aceitas pelos seus colegas de sala — algo com o qual qualquer criança, ansiosa por ser aceita e amada, pode se identificar.

Outra coisa muito interessante é que não é possível identificar a maldade e a bondade nessa história, havendo apenas crianças sendo crianças — fazendo bagunça e criando confusões apenas porque podem fazê-lo — e males que parecem muito distantes delas — a bruxaria ou a ameaça do Inquisidor, dependendo da personagem.

O livro é dividido em vários pontos de vistas, ficando principalmente nas crianças Nan e Charles, mas também transitando em curtas passagens para o Sr. Crossley e a Srta. Hodge. Também existem duas diferentes formas narrativas: a maior parte da história é contada em terceira pessoa utilizando pontos de vista, mas há pequenos trechos dos diários dos alunos, que são muito interessantes e dão ao leitor a oportunidade de entrar dentro da cabeça de várias personagens que, de outra maneira, não conheceríamos.

A única crítica que levanto é o final abrupto da história, que vai se desenvolvendo de maneira muito rica e detalhada até o momento de sua conclusão. Um final simbólico, já adianto, mas poderia ter sido mais esticado.

Esse é um livro que eu não hesito em indicar a todos os pais e professores que desejam ver o filho ou aluno aprendendo uma lição a respeito da importância de se aceitar e respeitar o diferente de maneira leve e divertida. Também recomendo enormemente a qualquer fã da série Harry Potter, pois aqui presenciamos o cotidiano de uma escola que facilmente pode ser descrita como uma Hogwarts ao avesso, e fazer estabelecer paralelos entre ambos certamente divertirá esse leitor.

Aqui, entre os temas do nosso cotidiano e a magia, o leitor encontrará um livro engraçado e divertido que ensinará uma das mais básicas lições de vida, a importância de assumir os erros que cometemos e arcar com as consequências deles, enquanto reflete sobre algo ainda mais sério, os males causados pelo preconceito.


site: http://dragonflyland.wordpress.com/2014/06/04/resenha-a-semana-dos-bruxos/
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Gabyh 31/03/2019

"Mas entre as asas que batiam havia a de das curiosas criaturas peludas, exibindo grandes papadas, que faziam sem cessar um som de gargalhadas; e a coisa vermelha e amarela que voava no meio de uma nuvem de pardais e gritava "cuco!" era, obviamente, uma arara."

Se tem uma coisa que é fácil perceber nos livros de Crestomanci, é que cada uma das histórias parece acontecer em um mundo diferente.

Nesse livro específico a história gira em torno de um mundo onde a magia é crime, sendo seus acusados condenados a morrer em um fogueira, mas no Internato de Larwood, ter algum bruxo talvez não seja algo completamente inesperado, afinal, muitos ali são órfãos de bruxos.

Mas vamos ser sinceros a escola é um lugar onde ocorrem muitos conflitos, intrigas e brigas, e no Internato não é diferente, toda sala de aula tem panelinhas e grupos de alunos que gostam de implicar uns com os outros, a turma 2Y era até bem tranquila - na medida do possível no clima escolar - mas isso muda quando o Sr. Crossley encontra um bilhete que diz "ALGUÉM NESTA TURMA É BRUXO", isso não só deixa o professor confuso como preocupado, afinal, em quem ele poderia confiar para comentar isso para que lhe ajudassem a descobrir quem é o bruxo citado? Talvez seja por isso que o professor pensou em ignorar o bilhete ao menos no primeiro momento, mas coisas estranhas começaram a acontecer e foi meio difícil não levar a sério aquelas palavras.

O mais divertido do livro acontece quando muitos alunos - que são bruxos e nem sabia - precisam ajudar Crestomanci a juntar seu mundo com um outro - já que a divisão desses mundos aparentemente foi um grande erro.

Assim como os outros livros da série a história é contada pelo ponto de vista das crianças, o que mostra como algumas tinha prazer em implicar com as outras e muitas vezes descobrir que era bruxo poderia ser uma forma de tentar se livrar de outras pessoas pegando no seu pé, mas ao mesmo tempo é fácil perceber que nem mesmo as crianças sabiam o que esperar caso alguém descobrisse que eles possuíam poderes.
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