Senhora Dona do Baile

Senhora Dona do Baile Zélia Gattai




Resenhas - Senhora Dona do Baile


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Giully 12/07/2023

Muito gostoso acompanhar as viagens de Zélia, João e Jorge num contexto tão complicado, mas que se tornou tão encantador nas palavras da autora. Zélia se mostra muito competente na arte de contar vivências e faz com que o leitor faça parte de suas histórias, um privilégio.
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Anienne 02/04/2023

Senhora Dona do Baile
Amei esse livro! Uma delícia de se ler as aventuras que Zélia e Jorge Amado passaram na Europa na época em que ele foi exilado. Nem parece vida real, parece ficção.
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Bella 12/02/2023

Difícil definir
A Obra de Zélia Gattai me pegou de surpresa. Ganhei o livro de presente de aniversário da minha avó, após ela tanto comentar sobre as histórias e acontecimentos de Zélia e Jorge. Como uma exímia fã, vovó se deliciava ao me contar os percalços vividos pelo casal em seu exílio na Europa; e eu, neta curiosa, ficava intrigada para saber mais, para ler as palavras escritas por Zélia.
Confesso que a leitura percorreu meses a fio. Iniciei em meados de setembro ou outubro e só consegui finalizar em fevereiro do ano seguinte. Não me prendi. E no começo imaginei ser pelo fato de que talvez a leitura não fosse tão legal quanto ouvir a minha avó me contando sobre a leitura que ela teve do mesmo livro. Mas a medida em que o final da história foi chegando e eu me via cada vez mais ansiosa pela próxima aventura de Zélia, Jorge, João Jorge, Missete, Neruda, Valencia, Picasso e tantos outros mais, me dei conta de que na verdade eu é que tentei apressar o ritmo de uma leitura que foi escrita para ser lida aos pouquinhos mesmo.
Agora que acabou, sinto saudade todos os dias, um tiquinho, de saber como foi o dia de Zélia e família em Paris, em Dobris, em Praga.
Daqui a pouco tá na hora de iniciar o próximo?
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Erica 16/10/2022

Mais um livro de memórias da minha autora brasileira favorita!

A forma que ela escreve parece uma conversa à mesa da cozinha, acompanhada de um cafezinho com bolo... Uma delícia!

Dessa vez, ela conta sobre a estada na França e todos os "bate e volta" nem tão rápidos aos países da URSS feitos por ela, Jorge e João.
Fernanda 14/06/2023minha estante
Também é uma das minhas favoritas.




Alê | @alexandrejjr 03/03/2022

A vida das memórias

A literatura de Zélia Gattai é de uma linhagem muito específica. É preciso entender que, mesmo sendo testemunha dos eventos que narra, Zélia usa a magia da memória para criar um mundo ainda mais atraente, como se já não bastasse a sua extraordinária vida. E isso é literatura na sua melhor forma.

Para entender “Senhora dona do baile” é preciso um breve contexto, que a própria autora vai nos dar. Aliás, como se fosse a avó de nossos sonhos, Zélia conduz sua história com tamanha maestria que me fez duvidar, em alguns momentos, se eu não era um parente distante - e pobre, claro - dos Amados. Tirando a brincadeira, o texto deslizante como manteiga diante de nossos olhos é uma das milhares de qualidades deste livro. Outra qualidade que vale destacar é o riquíssimo panorama social, cultural, político e ético que nos é apresentado.

O ano é 1948. No ano anterior, o Partido Comunista teve seu registro cancelado no Brasil e todos os seus parlamentares entraram na clandestinidade - incluindo, portanto, Jorge Amado. Afinal, estávamos vivenciando um período político fervilhante com o início da Guerra Fria no mundo. Por aqui, os brasileiros lidavam com o fim do governo ditatorial de Getúlio Vargas e uma “aparente” democracia com o general Eurico Gaspar Dutra, que não simpatizava muito com os comunistas. É nesse contexto que Zélia, no Brasil e com um bebê no colo, resolve se encontrar no exílio com Jorge Amado, que já estava amparado pela lista interminável de seus amigos camaradas de outras latitudes. E é desse ponto que os leitores partem para uma viagem que talvez poucas pessoas no mundo terão a chance de repetir - a não ser pela literatura, claro.

O interesse em uma literatura memorialista sustenta-se, principalmente, na qualidade do que se conta. E Zélia tinha muita coisa para contar. A cada página virada, pequenos segredos, muitas angústias e incontáveis alegrias são compartilhados conosco, leitores. Passamos por Bucareste, Budapeste, Moscou, Kiev, Paris, Praga, Pequim, Varsóvia… a lista não tem fim. No meio de tudo isso, peripécias com babás, a dificuldade do idioma e seus muitos intérpretes, convenções comunistas sobre cultura, festas regadas a bons vinhos e muita política, a sempre presente saudade do Brasil, a incessante busca pela paz e a invejável galeria de convidados ilustres. Esse último item, aliás, é o que desde o princípio chamou minha atenção para este livro. Pense: quem minimamente gosta e conhece um pouco de cultura não gostaria de saber o que pautou os encontros de Zélia e Jorge com os Pablos - Neruda e Picasso -, o intelectual marxista György Lukács, o casal existencialista Jean Paul-Sartre e Simone de Beauvoir, a bailarina russa Galina Ulanova (que supostamente teve um affair com o príncipe Philip e deve ter dado, à época, com perdão pelo trocadilho infame, dores de cabeça à rainha Elizabeth II) e artistas plásticos notáveis como o brasileiro Carlos Scliar e o russo Marc Chagall. É um mosaico muito preciso de um tempo que talvez jamais volte. E por isso é tão relevante.

É na intimidade e na humildade presentes nas páginas de “Senhora dona do baile” que Zélia Gattai ganha seus leitores. Sem pretensões artísticas ou estilísticas, Zélia faz aquilo que todos procuramos em algum momento da vida: boas histórias.
Carla Verçoza 03/03/2022minha estante
O talento dessa mulher é um deleite para nós leitores! Quero ler esse livro, ótima resenha.


JurúMontalvao 03/03/2022minha estante
deu vontade de ler!
"deslizante como manteiga" ?


Paloma 03/03/2022minha estante
Resenha maravilhosa! Entrando para lista agora mesmo! ?


Jacy.Antunes 03/03/2022minha estante
Ótima resenha Alexandre. Sem nenhuma preocupação de estilo, ela foi uma ótima contadora de estórias.


Alê | @alexandrejjr 04/03/2022minha estante
Carla, Juliana, Paloma e Jacy: muito obrigado pelo carinho e pelos comentários! E aproveito pra dizer o seguinte: Zélia merece muito mais leitores do que tem!


Paloma 05/03/2022minha estante
Quero muito ler tbm o Anarquistas graças a Deus. Sempre muito bem indicado


Mari 05/03/2022minha estante
que maravilha de resenha, ale! deu vontade de ler!


Alê | @alexandrejjr 05/03/2022minha estante
Eu também quero ler "Anarquistas, graças a Deus", Paloma! Apesar de não estar nas minhas preferências entre as obras dela...

Obrigado pelo elogio e por ter lido, Mari!


Patricia677 06/03/2022minha estante
Amei sua resenha! Já foi pra lista de leituras!


Alê | @alexandrejjr 07/03/2022minha estante
Obrigado, Pati! E agradeço também a inclusão da Zélia nas tuas leituras!


Grace @arteaoseuredor 08/01/2024minha estante
Que bom saber que você leu também. Ótima resenha.


Alê | @alexandrejjr 09/01/2024minha estante
Obrigado pelo elogio e por ter lido meu singelo texto, Grace!




Laura Regina - @IndicaLaura 09/04/2019

Um livro para Se Apaixonar por Pessoas Reais
Livro em formato de memórias trás várias aventuras de Zélia Gattai e Jorge Amado na Europa após a cassação do mandato de deputado federal de Amado no fim dos anos 1940.
Exilados, eles moram em diversos países da Europa, vivem muitas aventuras e furadas, e conhecem muitas pessoas interessantíssimas.

Primeiro livro que tive contato da autora, ainda nos idos anos de 2009, numa roadtrip em família. Com escrita fluída e viciante, quase não largava o texto para passear. Hoje, assim também, encontrava qualquer tempo disponível para ler “só mais um pouquinho!” da escrita maravilhosa e encantadora de Gattai.

Aqui, vemos as tristezas de ser exilado e ter de morar noutro continente, as descobertas nos novos países comunistas, as amizades feitas e refeitas. É tocante, é emocionante. E relendo este livro mais de 9 anos depois, continuo encantada pela força destas pessoas, e pela delicadeza desta autora.

Mais indicações no Instagram @indicalaura

site: https://www.instagram.com/indicalaura
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Lili 28/07/2017

Senhora Dona do Baile
Aviso: os livros de memórias da Zélia Gattai são altamente viciantes.

Zélia conta neste livro suas memórias a partir de 1948, período em que ela e seu marido Jorge Amado estavam exilados na Europa com o filhinho João. A narrativa, como sempre, é agradável e despretensiosa, em tom de bate-papo. Mas neste livro pode-se apreender muitas informações sobre a situação política no mundo de então. Zélia e Jorge eram membros do Partido Comunista e estavam vivendo no auge da Guerra Fria, sentindo na pele as consequências de suas escolhas políticas. Em várias de suas observações, tive uma percepção (não sei se correta) de que, no momento em que o livro foi escrito (1984) ela julga toda a devoção que tinham ao partido e ao socialismo uma grande ingenuidade. E a própria narrativa nos dá muitas dicas dos motivos pelos quais o socialismo não deu certo (e provavelmente nunca dará, mas de novo é só a minha opinião).

Em "Senhora Dona do Baile", Zélia conta detalhes de sua vida de maneira muito corajosa. Ela expõe situações que levam o leitor a julgá-la como esposa, como comunista, como exilada, como brasileira e especialmente como mãe. Li em conjunto com algumas amigas e tivemos várias discussões sobre suas opções de vida. No fim, concluo que não há julgamentos a serem feitos (claro). Todos temos que fazer nossas escolhas e jamais saberemos se foram as melhores. Ela apenas teve a admirável coragem de contar tudo isso para o mundo. De maneira linda e emocionante, acrescente-se.

Recomendo a leitura. E já vou para o próximo dela! =)
Cy 29/07/2017minha estante
Aquele momento em que o vórtex Zélia Gattai te pega e você não sai nunca mais. rsssss


Lili 30/07/2017minha estante
Kkkkkkkkkk... Bem assim, Cy!


Sérgio 28/12/2019minha estante
Verdade, Lili. Comecei com "A casa do Rio Vermelho", depois "Anarquistas, Graça a Deus", em seguida "Um chapéu para viagem" e ontem terminei "Senhora dona do baile". Vou começar hoje o "Jardim de Inverno". Excetuando o primeiro, que me fez ficar apaixonado pela narrativa dela, os demais estou lendo em sequência pelo ano de publicação. Ela é realmente viciante! Concordo com você em gênero, número e grau.




Vivi 03/06/2013

A escritora narra sua própria estória com fatos reais e seu modo de escrever é muito envolvente, inclusive com vários momentos hilários que nos levam a chorar de tanto rir. É um livro gostoso de se ler.
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Bit 14/03/2011

Relato dos anos de exílio que Zélia Gattai e Jorge Amado passaram na Europa, 'Senhora dona do baile' revela, sob o disfarce da inocência, um retrato do pós-guerra. A guerra fria racha o mundo ao meio, transformando as diferenças intelectuais e políticas em graves inimizades. O livro tem início em 1948, quando Zélia e o filho, João Jorge, então com quatro meses, embarcam rumo à Europa para se juntar a Jorge Amado, obrigado a fugir às pressas do Brasil depois de ter seu mandato de deputado federal cassado.
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