Sonhos Elétricos

Sonhos Elétricos Philip K. Dick




Resenhas - Sonhos Elétricos


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Jess 26/02/2020

Sonhos elétricos é uma coletânea com 10 contos do autor que inspiraram a série Electric Dreams. Os contos estão na mesma ordem da série e cada um tem um prefácio de quem produziu a adaptação .

Esse foi o meu primeiro contato com um obra do autor, lendo e assistindo simultaneamente. Fiquei anestesiada! É espantoso ver como uma história tão grandiosa foi escrito por alguém que morreu antes mesmo de eu nascer, e agora tantos anos depois, eu estou vivendo o "futuro" e mesmo assim é inovador .

Outro ponto positivo foi os comentários dos produtores, além de conhecer as histórias, li relatos de fãs do K. Dick, como cada conto foi importante e moldou quem eles são .

O contos são independentes, traz histórias sobre realidade virtual, autonomia robótica, invasão alienígena, mutantes, ameaça de guerra, viagens espaciais, cidades invisíveis, avanços tecnológicos e sobre nós lutando contra nós mesmos .

Todos os contos trazem uma carga de críticas e reflexões. Sobre o quanto o avanço tecnológico será maior do que a humanidade, o quanto iremos permitir tirar nossa individualidade, o quanto podemos avançar, até onde iremos. Mas o mais fundamental: o que nos torna humanos? Qual é nossa essência? .

Não teve um conto ou um episódio que eu não tenha gostado. Alguns me surpreenderam mais que outros, mas todos me deixaram questionamentos e acrescentaram na minha essência .

O conto que mais mexeu comigo foi O ENFORCADO DESCONHECIDO, em que Loyce percebe um homem enforcado na praça, mas parece que ninguém ao redor está notando. Aos poucos ele percebe que aquele é um sinal pra algo muito maior que está acontecendo .

O episódio que eu mais gostei foi THE FATHER THING, uma vibe terror anos 80, Charlie e o pai presenciam uma chuva de meteoros e ao voltar pra casa ele descobre algo que vai mudar sua vida .

Se você é uma pessoa mais crítica com adaptação, escolha ler ou ver essas histórias. A adaptação não é 100% fiel, mas traz toda a essência e na maioria dos casos até expande a proposta do autor. O livro é MUITO BOM, a série é tão bom quanto e em alguns pontos até melhor!

site: www.instagram.com/saymybook
Agnaldo Alexandre 02/07/2020minha estante
Olá, tudo bem? Você sabe que postou a resenha no livro errado né. Do PKD é infinitamente melhor e outra coisa.


Jess 03/07/2020minha estante
Oi. Uai, não. O livro é Sonhos elétricos.....


Agnaldo Alexandre 03/07/2020minha estante
Oi. Então, peço desculpas, esse bug permanece desde a antiga versão do app, ele troca as vezes o livro mas não o comentário. Lembro de quando li esse, aparecia no meus livros livros o do Moraes. Coisa estranha.


Agnaldo Alexandre 03/07/2020minha estante
Claro, apareceu para mim quando vi sua publicação.


Jess 03/07/2020minha estante
Ahhh sim




Alan Martins 03/04/2018

Os contos que inspiraram a série da Amazon Prime
Título: Sonhos elétricos
Autor: Philip K. Dick
Editora: Aleph
Ano: 2018
Páginas: 256
Tradução: Daniel Lühmann
Veja o livro no site da editora: https://www.amazon.com.br/dp/8576573970/

“Pode idolatrar o passado, se quiser. Mas lembre-se: ele está morto e enterrado. As épocas mudam. A sociedade progride.” (DICK, Philip K. Peça de exposição. In: Sonhos elétricos, Aleph, 2018, p. 11)

A série ‘Philip K. Dick’s Electric Dreams’, exclusiva do serviço de streaming Amazon Prime, consiste em dez episódios baseados em dez diferentes contos de PKD. Aproveitando o embalo, uma coletânea desses dez contos foi publicada nos EUA, livro este que é um dos lançamentos da editora Aleph.

FILÓSOFO DA FICÇÃO CIENTÍFICA
Consideramos, hoje, Philip K. Dick um dos grandes nomes da literatura de ficção científica. Nem todo esse reconhecimento ele obteve em vida. O filme ‘Blade Runner’ (1982), baseado em seu livro ‘Androides sonham com ovelhas elétricas?’ (1968), colocou o nome de PKD em grande evidência, mas, infelizmente, o autor faleceu poucos meses antes da estreia da película.

Alguns de seus romances foram adaptados para o cinema, porém existem muito mais adaptações que foram baseadas em seus contos. Para citar algumas: ‘O Vingador do Futuro’, ‘Minority Report’ e ‘O Pagamento’. Ao longo de sua carreira, PKD publicou mais de oitenta contos.

Sua ficção científica é marcada por grandes questionamentos sobre a humanidade e sobre o que nos torna humanos, uma dualidade, que se estende à discussão sobre real e irreal. Fica a impressão de que todo elemento futurista presente em suas obras são pontes para debates atuais, seja dos anos 1950, seja dos anos 2000, uma alavanca que abre as portas de uma grande filosofia.

“Afinal, à medida que a evolução, a inovação e a tecnologia colidem inevitavelmente, uma verdade fundamental permanece: ser humano significa amar.” Jessica Mecklenburg, introdução ao conto ‘Humano é’, p. 64

AUTOR EM EVIDÊNCIA
Parece que PKD é um autor em evidência; podemos chegar à essa conclusão observando as recorrentes adaptações de suas obras para outras mídias. Os dez episódios da série ‘Sonhos Elétricos’ foram ao ar ao longo de 2017 e início de 2018, baseados em dez contos distintos, sem qualquer tipo de ligação. Temos também a série original da Amazon Prime ‘O Homem do Castelo Alto’, baseada no livro homônimo (veja minha resenha AQUI).

Isso é muito bom para as editoras que publicam o autor, e ainda melhor para os leitores. Esse é um autor que vale a pena ser conhecido, um autor de histórias fantásticas, fantasiosas, que conseguia, ao mesmo tempo, ser extremamente real e humano, com uma escrita sagaz e inteligente.

Nem todo autor é capaz de criar um universo futurista apenas para criticar um problema de nosso tempo. Isso é comum nas obras de PKD, assim como sua ficção científica exagerada, criando mundos repletos de robôs domésticos, viagens intergalácticas e o plástico sendo um elemento base para quase tudo no futuro. Você encontrará tudo isso e mais um pouco nesse livro.

“— Ninguém deveria liderar a humanidade. Ela deveria liderar a si mesma.” In: O fabricante de gorros, p. 124

CONTOS INTELIGENTES
Todos os dez contos são bons, um ou outro sendo um pouco mais fraco, porém todos prendem a atenção do leitor, empolgam e passam muito longe do enfado. Para deixar a leitura mais agradável e dinâmica, os contos são distintos, nada parecidos, cada um abordando um tema diferente.

Dentre os contos, destaco: ‘Foster, você já morreu’, uma crítica ao consumismo desenfreado e ao sentimento de pertencer ou não à sociedade por seguir, ou não, seus padrões; ‘A coisa-pai’, ótima história de terror/suspense; ‘Humano é’, questionando o que é ser humano e quais sentimentos (como o amor) nos tornam um; e ‘O enforcado desconhecido’, thriller que pode ser interpretado pela ótica de um indivíduo racional num mundo de pessoas irracionais (ser o diferente).

Leitura agradável e fluida, você não vai querer largar o livro antes de terminá-lo. Contos carregados de críticas e debates sobre o mundo contemporâneo. Apesar de serem contos escritos na década de 1950, estando entre as primeiras obras de PKD, o sentimento de “nossa, como isso é atual, é algo que vivencio todo dia!”, ao terminar um conto, é surpreendente.

“Os personagens de PKD não são super-heróis à espera. Ao contrário, estão mais para um zé-ninguém a quem foi concedida uma espiada pela janela, e reagem de acordo com isso.” Jack Thorne, introdução ao conto ‘O passageiro habitual’, p. 197

SOBRE A EDIÇÃO
Edição padrão: brochura, capa com orelhas, arte seguindo o padrão adotado pela Aleph para os livros de PKD, páginas em papel Avena 80g/m² (que é uma ótima gramatura), boa diagramação. Sobre a capa há uma espécie de jacket, removível, igual a encontrada na edição de ‘Androides sonham com ovelhas elétricas?’, livro também publicado pela Aleph.

Cada conto é precedido por uma introdução escrita pelo roteirista responsável por adaptá-lo para a série televisiva. É interessante conhecer a visão dos roteiristas, descobrir os elementos que mais chamaram a atenção. Nota-se que, pelos comentários de alguns deles, a eleição presidencial dos Estados Unidos em 2016 não agradou muito os produtores de TV.

Tradução de Daniel Lühmann, jovem tradutor que já fez alguns trabalhos para a Aleph, como traduzir o livro ‘O reflexo na escuridão’, do próprio PKD. Tradução muito boa, texto coeso, mantendo o estilo e a fluidez do original. Vale ressaltar o bom trabalho da equipe de revisão.

“— Louco? Não. Só sou sortudo, mesmo. Se eu não estivesse lá embaixo, no porão, estaria igual a todos vocês.” In: O enforcado desconhecido, p. 229

CONCLUSÃO
Ainda não assisti a nenhum episódio da série, mas, se forem parecidos com os contos nos quais se basearam, deve ser uma série muito boa. Philip K. Dick mostra-se um escritor versátil em seus contos, viajando entre diversos gêneros literários, com foco principal na ficção científica, mas passando pelo terror, pelo suspense e pelo drama. Suas histórias recebem uma pitada de filosofia, sempre contendo um questionamento por trás daquilo que é narrado. Ele criava mundos e universos para poder discutir temas presentes na sociedade dos anos 1950, sendo temas ainda recorrentes. Por isso, ao final de cada conto, temos uma surpresa quando percebemos o quão atual é o aquilo que acabamos de ler. Leitura fluida, que entretém ao mesmo tempo em que desperta o leitor para a vida, para problemas que nos cercam. Uma das melhores antologias que já li.

“— Meu pai diz que é desperdício de dinheiro. Diz que estão tentando assustar as pessoas para que comprem coisas de que não precisam.” In: Foster, você já morreu, p. 141

Minha nota (de 0 a 5): 4,5

Alan Martins

Sumário:
•Peça de exposição
•Autofab
•Humano é
•Argumento de venda
•O fabricante de gorros
•Foster, você já morreu
•A coisa-pai
•O planeta impossível
•O passageiro habitual
•O enforcado desconhecido

Visite o blog para ler outras resenhas, poesias e artigos sobre psicologia!

site: https://anatomiadapalavra.wordpress.com/2018/04/03/minhas-leituras-60-sonhos-eletricos-philip-k-dick/
leooc 03/04/2018minha estante
bacana a forma com a qual você faz suas resenhas!


Alan Martins 03/04/2018minha estante
Obrigado. Acho que essa fórmula funciona bem e é justa, mostrando o autor, sua história, sua escrita e minha opinião, além, claro, da questão física do livro, que, antes de tudo, é um produto. É bom saber que gostou. Visite meu blog, sempre escrevo uma resenha e posto lá!


leooc 03/04/2018minha estante
Pode deixar, adicionei o seu blog na minha lista de leituras!


Alan Martins 03/04/2018minha estante
Valeu!




Fernando Lafaiete 05/11/2020

Sonhos Elétricos - Philip K. Dick | Assustador, genial e necessário.
******************************NÃO contém spoiler******************************
Resenha postada originalmente em https://www.mundodasresenhas.com.br/

Como se fundir em uma maré, Sonhos Elétricos, a coletânea de contos de Philip K. Dick, possui a capacidade ímpar de se sustentar entre narrativas muito diferentes e ao mesmo tempo muito semelhantes entre si. Com realidades que se sobrepoem a simples narrativa ficcional do gênero o qual o autor se consagrou, a obra se desenvolve de forma bastante reflexiva, assertiva em suas críticas tanto políticas quanto sociais, e por que não dizer por vezes absurdas? Navegando em temas  como viagens espaciais e intergalácticas, invasões alienígenas, e a manipulação midiática que alimenta os consumos desenfreados da humanidade, Philip K. Dick entrega um conjunto de histórias fascinantes e assustadoras que projetam futuros não muito animadores.

Colocando em cheque nossa capacidade de assimilação, o autor altera com muita agilidade nossas percepções quanto leitores, nos jogando em um mar de questionamentos que enriquecem as narrativas, trazendo profundidade ao desenvolvimento, mesmo que muitas vezes os contos possam parecer incompletos. A inversão proposta pelo autor, que distorce as realidades e emoções dos personagens, funciona como artíficios imersivos muito bem inseridos, nos deixando embasbacados com sua acidez, ironias e ferocidade em que escolhe narrar as histórias encontradas em Sonhos Elétricos.

Composto por 10 contos, com introduções dos roteiristas que adaptaram as insanas explanações ficcionais de Dick para a elogiada série da Amazon Prime - Eletric Dreams - Sonhos Elétricos é uma boa pedida para quem deseja não apenas começar a ler o autor, como também para quem deseja iniciar a jornada pelo magnífico mundo das ficções-científicas. Os contos são fáceis de serem lidos e entendidos. Todos são de um alto nível de qualidade e todos abordam temas que esbarram sempre em assuntos que parecem ser recorrentes no portfólio do aclamado escritor. Que tipo de seres humanos desejamos ser? Até que ponto o avanço tecnológico pode ser de fato benéfico à sociedade? 

Muito diferente de Eu, Robô de Isaac Asimov, Sonhos Elétricos me conquistou pelo estranho, pelas indagações metafóricas e pelos desfechos em sua maioria espetaculares. Gosta de Black Mirror? Então com certeza irá se apaixonar pelas realidades de Sonhos Elétricos. 

Equizofrênico, paranóico, depressivo e um verdadeiro gênio. Philip K. Dick é o tipo de autor que precisa não apenas ser lido, como precisa ser apreciado. Nos desafia, nos enriquece intelectualmente e nos faz imergir em narrativas poderosas que nos confunde e nos fazem temer o futuro. Conforme mencionado no parágrafo anterior... Que tipo de humanidade desejamos ser? Um questionamento que permanece mesmo horas depois de eu ter terminado a leitura. Sonhos Elétricos não é nada menos que uma obra espetacular que você não pode deixar passar.
Andressa Menezes 05/11/2020minha estante
Ótima resenha, Fernando! Eu acho esse livro incrível! ?


Fernando Lafaiete 05/11/2020minha estante
Por algum motivo seu comentário desapareceu pra mim Dessa (Skoob e suas palhaçadas rsrs). Eu gostei bastante também, e já tenho outros dele no Kindle para ler. :)


Andressa Menezes 05/11/2020minha estante
Pelo site tá assim com esse bug. Tenta pelo app! Que bom que gostou! Se você não tiver ainda, indico uma outra coletânea dele chamada Realidades Adaptadas. Muito bom. ?


Fernando Lafaiete 06/11/2020minha estante
Esse eu já tenho no Kindle também Dessa. Acredito que assim como você vou gostar bastante também. :)




El Chengue Morales 04/02/2021

Foi um confronto entre o meu gosto por distopias e minha resistência a contos curtos, já que normalmente prefiro os livros mais longos, que me dão tempo pra entender os personagens e me afeiçoar a eles.

Os contos são bons, mas confesso que tinha expectativas maiores. Dei uma desanimada também quando vi um dos episódios da adaptação pra TV e achei ruim, isso enquanto lia o livro.

(Tenho utilizado as resenhas como um exercício de memória e um diário de leituras, então peço desculpa se essa resenha é pessoal demais pra quem lê)
Monique 04/02/2021minha estante
Assisti só a série, eu até que gostei. A linguagem que ele usa é difícil?


El Chengue Morales 04/02/2021minha estante
Não achei difícil. Não sei se o original em inglês é complicado de entender, mas na tradução achei que ficou claro.

Eu ainda quero ver o resto da série. Vi só o primeiro ep e ele é baseado em um dos contos que menos gostei, então pode ser que eu acabe gostando mais do resto.


Monique 04/02/2021minha estante
Não chega a ser um "Black Mirror" , mas mesmo assim achei bom.




Ro 13/02/2021

Não me surpreendeu
Ter visto a série antes me tirou 90% das reações que tenho aí ler PKD. O livro é bacana os contos são extremamente bem escritos. Contudo, se você ver primeiro a série, vai estragar a surpresa de descobrí-los, assim como aconteceu comigo.
Ave Fantasma 13/02/2021minha estante
Comecei a série quando foi lançada, mas nem terminei os dois últimos eps. Preciso retomar. Quero ler pq gosto do PKD, mas sem muitas expectativas até pq são os primeiros contos e ele desenvolve algumas temáticas e o gênero de forma mais aprofundada em outras histórias. Achei essa capa muito linda! Embora eu adore as edições anteriores com capas estilo ilusão de ótica.


Ro 13/02/2021minha estante
A capa é lindona mesmo. Queria ter gostado mais do livro. Pela segunda vez ver a adaptação estragou a minha experiência de leitura (com O conto da aia tbm foi assim).


Ave Fantasma 13/02/2021minha estante
Te entendo!!




Mandy 04/08/2022

Sonhos elétricos
até 80% do livro eu fiquei "???" chato pra caramba kkkkk só os 3 últimos contos me prenderam e achei beem interessantes.
Cecília 04/08/2022minha estante
Só a estética dos livros dele q presta...


Mandy 04/08/2022minha estante
menina, nunca tinha lido nada dele. cruz credo


Mandy 04/08/2022minha estante
chato pra caramba




Miguel 14/08/2021

Philip K. Dick era diferente
Minha primeira leitura pelo Kindle ?Lendo essa coletânea de contos, é inegável: Dick era diferente não apenas em sua escrita, mas também em imaginação! É impossível não se sentir imerso e imaginar como seria viver nessa realidade criada por ele.
Adorei alguns contos contidos aqui, principalmente o primeiro e o segundo, que são intrigantes e com personagens relevantes.
Esse livro é um prato cheio para quem curte ficção científica, muito recomendado!
deborasilvaa 14/08/2021minha estante
Fuja do Kindle! Desde que comprei parece que desaprendi a ler por físicos kkkkkk amo, amo o Kindle mas ele vai torná-lo seu escravo.


Miguel 15/08/2021minha estante
Tô exatamente assim Débora, já comecei outro kkkkkk


Miguel 15/08/2021minha estante
Pelo jeito, começar no Kindle é um caminho sem volta ?




Paulo Henrique 23/11/2023

"Sonhos Elétricos" é uma coletânea de contos escritos por Philip K. Dick que foram adaptados para a TV pelo Channel 4 em 2017 e disponibilizado pela Amazon Prime Video em 2018. São dez contos escritos por Dick no período de 1953 a 1955, todos escritos no início de sua prolífica carreira (ele morreu em 1982 e ainda escrevia). Alguns dos contos me lembraram muito os episódios de Além da Imaginação, mas todos já mostram um pouco do DNA de PKD. Até os contos mais fraquinhos são bons, mas deixam um pouco a desejar para quem curte os romances do autor.
As adaptações da série televisiva são bem diferentes dos contos originais, todos foram bem modificados (a ponto de eu achar que mudaram até a essência da história) e ambientados em mundos futuristas, e não me agradaram. Uma das características que mais gosto nas histórias do PKD é que (pelo menos na minha cabeça) todos se passam em um mundo com a cara e todo o charme dos anos 50 e 60, um "futuro retrô". Infelizmente, desde que Ridley Scott adaptou "Androides Sonham com Ovelhas Elétricas?" para criar Blade Runner, todo mundo também quer "atualizar" PKD.

Contos:
Peça de exposição [Exhibit piece] (1954)
Autofab [Autofac] (1955)
Humano é [Human is] (1955)
Argumento de Venda [Sales pitch] (1954)
O Fabricante de Gorros [The hood maker] (1955)
Foster, você já morreu [Foster, you're dead"](1955)
A coisa-pai [The father-thing] (1954)
O planeta impossível [The impossible planet] (1953)
O passageiro habitual [The commuter] (1953)
O enforcado desconhecido [The hanging stranger] (1953)
Carla.Floores 23/11/2023minha estante
Me interessei, vou ler esse também. E depois conferir as adaptações. Eu tô sentindo exatamente esse retrô n"O Tempo desconjuntado" principalmente quando alguém acende um cigarro num ambiente fechado, pelos modelos de carro e instituições públicas. É interessante isso de levar a gente pro tempo e espaço da trama.


Paulo Henrique 24/11/2023minha estante
Oi Carla, eu gostei muito de "O Tempo Desconjuntado", mas sou suspeito pois PKD é meu escritor de ficção científica preferido. Acho que vale a pena conferir "Sonhos Elétricos" sim, depois me conta o que achou. Boa leitura!




Gabriel1994 23/04/2023

Eletric Dreams
Mais uma Coletânea de contos do mestre Philip K. Dick concluída com sucesso e gostei muito da leitura de Sonhos Elétricos!

É difícil avaliar coletânea. Eu sempre digo isso, pois é como garimpar. Você vai ter contos que vão de ruins a excelentes.

Em Sonhos Elétricos tiveram contos muito, muito bons mesmo.

Os contos A coisa-pai e Autofab são velhos conhecidos que li em uma outra coletânea de contos do autor. Muito bom reler esses contos. Fermentar ainda mais o favoritismo de A Coisa-Pai como um dos melhores contos lidos do autor e dar uma segunda chance para compreender melhor o que PKD quis dizer com Autofab.

Os contos que mais se destacaram foram:

Peça de Exposição, Argumento de Venda, O Fabricante de Gorros, O Planeta Impossível e A Coisa-Pai foram os melhores contos lidos por aqui.
Autofab, Humano É e O Enforcado Desconhecido foram contos bons.
Os contos Foster, Você Já Morreu e O Passageiro Habitual foram os patinhos feios dessa seleção de contos.


É incontestável a magia, habilidade e dom (ou seja lá como você queira chamar) que Philip K Dick tem para em pouquíssimas palavras e páginas acessar e conquistar o leitor. PKD tem uma escrita muito ilustrativa! Quando eu digo que ele te puxa pra dentro da história em poucas palavras é real! O conto O Planeta Impossível é a prova disso! É uma história bem curtinha com pé e cabeça que transmite um drama, filosofia, contexto, inicio e conclusão como um romance completo e você compreende aonde o autor quis chegar e o que ele quis dizer com isso.

A cada história, romance ou conto que eu leio desse escritor fico mais fã ainda!

É um autor que você precisa se permitir viajar nas ideias que ele joga na sua mente. Ideias que vão te fazer viajar mesmo! Vaguear pela ficção com histórias para além da caixola, mas na realidade mesmo, você nunca vai ter deixado de estar com os pés cravados no chão. Ele faz isso! Joga sua mente longe e faz você perceber que dentro daquela história que parece distante e muito fictícia tem elementos, aspectos e situações que são um reflexo do que está a sua volta. Na realidade para além do livro. Em muitas histórias o objetivo de Phil é criticar e levantar preocupações e reflexões sobre a sociedade de sua época ou o ser humano em si. Explorando os diversos aspectos do que é humano e o que é ser humano em sociedade.

Acho que nem o próprio PKD imaginava que falando sobre o que é humano conversaria com a eternidade e levantando reflexões sociais selaria seu casamento com a atemporalidade. Contos que o autor usou para criticar a sociedade da década de 50 tem uma linguagem, através da ficção cientifica que, loucamente, consegue trazer esse lance do atemporal.

PKD é bizarro! (No bom sentido) incontestavelmente um dos mais o usados de sua época e um dos escritores mais mirabolantes da literatura!

Sonhos Elétricos é um excelente livro digníssimo de 5 estrelas favoritado!
Brujo 23/04/2023minha estante
Excelente análise!!! Esse está na minha fila de leitura!


Gabriel1994 23/04/2023minha estante
Os contos são muito bons! Recomendo.




mdudalivros 30/04/2020

Amei
Contos favoritos
- Autofab
- Humano é
- Foster, você já morreu
- O enforcado desconhecido
@bardoriano 30/04/2020minha estante
Já viu a série?


mdudalivros 01/05/2020minha estante
agora que terminei de ler, vou assistir!




Daiana59 11/04/2023

Contos elétricos
Meu primeiro contato com a escrita de K. Dick e realmente é um clássicão da ficção científica! A escrita é super fluída, rápida e simples! A melhor parte é que o autor realmente escreve de forma simples, mas que te entrega muitos questionamentos. E como toda Ficção científica que se preze, muitas especulações que se teve ao longo do livro se assemelharam com que vivemos hoje.
Mas bora lá, os contos que mais curti!!

Peça de exposição: Um professor de História do Século XX acaba indo parar no passado do qual estuda, será que ele realmente é do futuro? Ou o passado acabou se encontrando com o futuro?

Argumento de Venda: Um homem que não aguenta mais toda a propaganda escraxada, lançada a cada minuto em sua cara. Ele só quer sumir daquele planeta, até que um robô de autovenda aparece em sua porta. O conto fala muito sobre consumismo e é bem interessante ver até onde o ser humano pode chegar por paz.

Foster você já morreu: nesse futuro abrigos anti bombas são vendidos como TVs e comida, todos possuem esses abrigos, que são atualizados a todo instante, tornando tudo obsoleto muito rápido. Foster é um garoto que possui um pai que acredita que a guerra nunca acontecerá. É um conto triste que traz novamente o consumismo desenfreado a tona, além do medo da Guerra Fria. (Época em que o conto foi escrito)

O enforcado desconhecido: Um homem acaba se deparando com uma pessoa enforcada, desesperado tenta buscar ajuda, o problema? Somente ele enxerga a pessoa naquela situação. Até onde aquilo é real?
Eduardo Rockwell 14/04/2023minha estante
Esse livro é tão... BOM!




Fred Vasconcelos 29/05/2022

Contos escritos na década de 50, só exemplificam o quão genial Dick era.
Obs.: Reúne os contos da série da Amazon Prime, "Electric Dreams”.

Peça de exposição (Exhibit Pitch) (1954) :
Trata do tema do mundo paralelo, mas fazendo uso da nostalgia por uma época não vivenciada. No futuro, o funcionário de um museu cuida da exposição do século 20, tempo no qual sonha em viver. Então, ele encontra uma falha espaço-temporal

Autofab (Autofac) (1955) :
Achei esse difícil de compreender na primeira vez que o li, apesar de gostar do tema mundos pós-apocalípticos. Estamos em um mundo onde a guerra devastou a Terra e as máquinas-robô construíram suas próprias fábricas que só produzem as necessidades dos poucos humanos restantes.

Humano é... (Human is) (1955) :
Uma mulher vive com o marido completamente viciado em seu trabalho. Sua esposa, completamente desesperada pelas reações cruéis do marido que também é um cretino com seu filho, quer se divorciar dele depois de sua viagem a um planeta por seu trabalho. No entanto, ao retornar desta viagem, o marido mudou completamente de personalidade, tornou-se muito simpático e amigável com sua esposa e filho.

Argumento de venda (Sales Pitch) (1954) :
Novamente em um universo mais futurista a um homem constantemente perseguido por propagandas de robôs que falam diretamente aos cidadãos. O personagem faz você sentir o peso que ele carrega e ele não tem escolha a não ser sofrer. Dick diz muito em poucas linhas.

O fabricante de gorros (The Hood Maker) (1955) :
Gostei da atmosfera deste conto em um mundo onde o pensamento é constantemente monitorado. Dick explora um universo futurista, sem deixar de olhar para a nossa sociedade contemporânea, uma mistura muito boa entre thriller e ficção científica. Levanta uma questão essencial para o autor: somos realmente seres humanos se não nos é permitido pensar por nós mesmos?

Foster, você já morreu! (Foster, You're dead !) (1955) :
A Guerra Fria deixa a população totalmente paranoica. O Estado aproveita então o medo dos cidadãos para ganhar muito dinheiro nos bunkers, lançando regularmente novos modelos e ferramentas para melhorar sua “segurança”.

A coisa-pai (The Father-thing) (1954) :
Esta notícia confirma a importância da imagem do pai na obra de Dick. Um pai gentil com sua esposa e filho que de repente muda sua personalidade.

O Planeta Impossível (The Impossible Planet) (1953) :
Adoro esse conto. Dick vai para um mundo ainda mais futurista onde a terra se tornou uma entidade mitológica (uma idosa quer voltar lá uma última vez antes de morrer, mas é informado de que a Terra nunca existiu. A velhinha com seu robô é bastante tocante porque sentimos toda a sua ansiedade.

O passageiro habitual (The Commuter) (1953) :
A possibilidade de um universo paralelo. O diretor de uma estação está tentando elucidar a existência de uma cidade que não está presente em nenhum mapa, mas para a qual um homem quer uma passagem de trem.

O enforcado desconhecido (The Hanging Stranger) (1953) :
Esta história demonstra de uma nova maneira um mundo tomado por uma entidade alienígena.


Eduardo Rockwell 07/08/2022minha estante
Compartilho da mesma opinião em Autofab! Reli umas 5 vezes o começo e parecia que era a primeira hahahaha




Davenir - Diário de Anarres 23/10/2018

Coleção de contos obrigatória para apreciadores de PKD
"Sonhos Elétricos" é uma bela surpresa para quem aprecia a obra de Philip K. Dick, pois é fruto de uma série de adaptações inéditas de contos para a série de mesmo nome da Amazon. Nesta resenha vamos comentar cada um dos 10 contos em separado, seguido de um breve comentário do respectivo episódio da série sem fornecer spoilers de nenhuma das produções.

Peça de Exposição (Exhibit Piece): George Miller vive três séculos no futuro onde é um historiador fascinado pelo século XX, pelo sonho americano e pelos valores de liberdade e riqueza. Miller é curador do museu de História e acaba se transportando para os anos 50 onde passa a viver feliz, mesmo consciente das duas realidades. O conto encerra com o melhor do humor irônico do autor. No episódio da série (Vida Real), no entanto, opta por um caminho mais dramático para mostrar uma policial lésbica atormentada por uma perda que busca um simulador de outra vida tão real, a de um homem, empresário que passa a questionar sua realidade, achando que é a policial do futuro. A série muda todos os personagens e história pegando apenas o fio condutor do personagem viver em duas realidades.


Autofab (Autofac): O conto mostra um grupo de sobreviventes num futuro pós-guerra tentando parar a produção de uma fábrica automatizada que tem devastado os últimos recursos naturais mesmo tendo se passado anos do fim da guerra. O diferencial aqui é como a Inteligência Artificial se mostra desastrosa, não por se rebelar contra o ser humano mas justamente por fazer o que lhe foi designado. A autofab produz bens de consumo, seguindo o objetivo máximo de produção programado pelos próprios humanos. Uma alegoria simples mas contundente para o capitalismo desumano e desenfreado. Casa bem com as reflexões de Chamayou em seu Teoria do Drone, resenhado neste blog.

Humano é (Human is): O conto se passa num futuro onde a vida é difícil e vive em guerra contra povos de outros planetas. Lester Herrick, um cientista frio e cruel com sua esposa Jill, que volta muito diferente após uma missão no planeta Rexor IV. O conto é curto e foi adaptado fielmente na série, exceto pelos nomes dos personagens que foram trocados e teve mais cenas (provavelmente para caber na média de tempo dos episódios da série), que não desviam da linha central do conto: "o que é ser humano?". Menção a Bryan Cranston interpretando Silas Rex no episódio.

Argumento de Venda (Sales Pitch): O conto acompanha Morris, um desiludido trabalhador atormentado pela vida pacata e esmagado pelo cotidiano repetitivo. Este cotidiano é representado pela pervasividade da propaganda na nossa vida. Temos o melhor da ironia do autor quando um AICAD, um empregado doméstico robô, entra no apartamento de Morris e não aceita não como resposta a proposta de se vender como produto. A ironia é levada até o limite no fim do conto. Ótima leitura! Já no episódio da serie (Crazy Diamond) fez pequenas alterações nos sonhos de Morris, interpretado por Steve Buscemi (ao invés de Alfa Centauri, velejar no mar sem destino) mas o AICAD foi substituído por uma androide femme fatale que o impele a buscar seus sonhos, o que deixou o episódio mais dramático e menos irônico, descaracterizando a forma de comunicação de Philip K. Dick.

O fabricante de gorros (The Hood Maker): Conto mostra um mundo vigiado ao extremo. As mentes podem ser lidas por mutantes telepatas, chamados de teeps, mas uma tecnologia simples e barata (os gorros) pode bloquear a habilidade dos teeps e colocando em risco o seu domínio e o regime como um todo. O conto tem uma virada excelente no fim das contas que mostra uma esperança pouco habitual nas suas histórias. No episódio da série, de mesmo nome, ao invés do ponto de vista do fabricante de gorros e de um membro pacato do governo, a adaptação mostra uma teep e Morris, um agente da lei (Richard Madden, o Rob Stark de GoT) investigando e perseguindo o fabricante. Infelizmente o aspecto politico mais interessante sobre a liberdade/privacidade X segurança é colocado em segundo plano, e o foco acaba sendo na teep que enfrenta preconceito ao servir a força da lei. Isso acaba por empobrecer a narrativa de forma geral.


Foster, você já morreu (Foster You're Dead): Mike Foster é um garoto que vive uma era de alta tecnologia mas com o temor de uma guerra nuclear e todos buscam adquirir um abrigo em suaves prestações. Contudo, o pai de Mike é o único da cidade que resiste a onda de consumo desenfreado pelo medo e não quer ter um abrigo. O conto aborda a falta de comunicação entre as gerações, e como o desejo de consumo devasta uma criança e uma sociedade, saciado ou não esse desejo. O ponto forte é o drama do protagonista. No episódio da série é o mais distante do conto de toda a temporada. Permanece, contudo o drama da falta de comunicação entre pai/filho, aqui com duas personagens mulheres. Neste futuro, os EUA estão divididos em duas regiões onde numa vive-se com privacidade, simplicidade e com pouca tecnologia, de onde uma representante viaja com sua filha até o outro lado, completamente vigiado e ultratecnológico. A menina se deslumbra com a tecnologia mesmo sob os protestos da mãe, gerando conflito e uma trama que infelizmente soou forçada pela ingenuidade da protagonista, e uma virada na história previsível.

A coisa-pai (The Father-thing): O argumento do conto é parecido com o do livro Os invasores de corpos de Jack Finney (resenhado neste blog), mas aqui protagonizado por uma criança que descobre que seu pai foi tomado por um organismo alienígena. O conto é simples e aborda a questão de forma emocional, e passa longe da questão política do "invasor alienígena/estrangeiro" e fica na questão emocional, de um menino que descobre que seu pai virou um monstro. O episódio preservou sabiamente o núcleo do conto, colocando no nosso tempo mas sem ousar mais. Acho que justamente aqui a ousadia seria mais bem vinda nesa adaptação. Destaco a atuação de Greg Kinnear que ficou sinistro sem soar forçado no papel de Coisa-pai.

O planeta impossível (The Planet impossible): Conto curto porém emocionante. Num futuro onde a existência da Terra virou uma lenda, uma senhora de 350 anos está disposta a tudo para visitar o planeta. Andrews e Norton, pilotos de uma nave de aluguel, aceitam o trabalho mesmo não acreditando que a Terra exista, mas Philip K. Dick quebra a expectativa de realidade dessa história de forma emocionante. O episódio adapta e estende esse conto de forma igualmente emocionante e ainda traz elementos novos. Destaque para a Geraldine Chaplin, como a senhora do conto.

O passageiro habitual (The Commuter): Neste conto Bob Paine, um pacato funcionário de uma estação de trem fica intrigado com Macon Heighs, uma estação de trem que não existe. Sua obsessão o leva a um lugar que o faz questionar a realidade. É uma abordagem clássica do autor que reflete sobre linhas temporais e decisões. O conto curto foi ampliado para caber no tempo de tela e as adições não comprometem o argumento geral, apesar da escolha do tamanho curto para essa da história por Dick tenha sido bem acertada.

O enforcado desconhecido (The Hanging Stranger): Ed Loyce encontra na rua de sua pacata cidade um homem enforcado numa placa de publicidade. Por que ninguém se importa com aquele homem? Quem era ele? O que ele fez para estar ali? São as perguntas que atormentam Loyce pois todos a sua volta o consideram anormal por se importar. O conto aborda dois temas muito caros para o autor: Empatia e paranoia. Temos apenas a visão de Loyce e por ele ser o único a pensar daquela forma somos levados a duvidar também do que ele vê. Ed Loyce é perdeu a noção da realidade ou nós é que baseamos nossa realidade num consenso da maioria? Temos aqui o Philip K. Dick em seu estado mais provocador. O episódio da série (Matem todos eles), faz uma abordagem politica da falta de empatia, em referência a Trump e o neofascismo de cada dia. Então não temos nada que remeta ao fantástico (alienígenas vistos por Loyce) mas temos exposto o núcleo duro do conto que mostra o monstro que habita em todos nós.

site: http://wilburdcontos.blogspot.com/2018/10/resenha-77-sonhos-eletricos-philip-k.html
Eduardo Rockwell 03/03/2022minha estante
Eu AMO esses contos, tenho meus preferidos, mas todos são incríveis!




Yessa Kiara 22/02/2021

[conto] Peça de Exposição
Já vi muitos comentários negativos em comparação ao primeiro conto com o primeiro episódio da série Eletric Dreams... Eis aqui a minha opinião:: Como o próprio produtor Ronald D. Moore comentou, o curta não é exatamente fiel ao que *enxergamos* no conto, tampouco foge do sentido que Dick quis nos passar. Ao terminar o episódio, por incrível que pareça, tive a mesma sensação de quando finalizei o capítulo. E eu acho que é exatamente disso que se trata.
Alessandra 07/04/2021minha estante
Exatamenteee! Apesar de ser bem diferente eu fiquei com a mesma sensação de: 'O QUE É REAL???" no conto e no episódio. Foi muito bom




Michele Duchamp 24/12/2021

Não espere um Black Mirror
Philip K Dick é um dos mais atemporais escritores de ficção científica, pois suas histórias, como tantos já evidenciaram, focam na humanidade e não no cientificismo ou na tecnologia. Essa coleção reúne os contos transformados em episódios na série da Amazon Prime, "Electric Dreams”. Achei “Realidades Adaptadas" uma antologia melhor selecionada. Eis a resenha, conto por conto:

"1º conto - “PEÇA DE EXPOSIÇÃO”: George Miller vive no século XXII, um século orwelliano, como curador de uma exposição sobre o século XX. Porém, as fronteiras entre a realidade e a fantasia ficam nebulosas quando ele se vê dentro da exposição, com uma vida paralela, em um local de muito mais liberdade. Nota: 4 estrelas."

"2º conto - “AUTOFAB”: E se a luta entre homem vs. máquina fosse porque, de algum modo, nós mesmos os programamos? Três homens tentam destruir uma cadeia de indústrias que está acabando com o planeta. Nota: 3 estrelas."

"3º conto - “HUMANO É”: Um conto que poderia ser usado como crítica à violência doméstica. Marido irascível vai até outro planeta e volta completamente mudado. Agora seu destino está nas mãos da esposa . Nota: 3.5 estrelas."

"4º conto - “ARGUMENTO DE VENDA”: Toda empresa de telemarketing deveria ler esse. Empresa manda um robô vender seu produto. O problema é que ele não aceita um não como resposta - exatamente como acontece conosco, mas ao menos podemos desligar o telefone. Nota: 3 estrelas."

"5º conto - “O FABRICANTE DE GORROS”: Uma mutação genética permitiu a existência de mutantes que conseguem ler nossos pensamentos, sendo usados pelo governo autoritário e com a anuência de grande parte da população. Um homem aparece na rua com uma faixa que impede os mutantes de acessarem suas ondas cerebrais. Lembrou a cultura do cancelamento. Nota: 3.5 estrelas."

"6º conto - “FOSTER, VOCÊ JÁ MORREU”: Ácida crítica ao consumismo, que utiliza o terror como forma de obter lucro. Em uma sociedade onde predomina o pavor de ataques nucleares, quem não pode ou não quer pagar por um abrigo individual é considerado um pária. Nota: 3 estrelas."

"7º conto - “A COISA-PAI”: “Invasores de Corpos em forma de conto, talvez por isso tenha achado meio repetitivo. Nota: 2 estrelas."

"8º conto - “O PLANETA IMPOSSÍVEL”: Uma velhinha economizou por décadas para conhecer o planeta natal do seu avô, o planeta Terra. Porém sua existência é tida como um mito. Nota: 3.5 estrelas."

"9º conto - “O PASSAGEIRO HABITUAL”:Um homem aparece na bilheteria de Jacobson pedindo um ticket de metrô para uma estação que não existe. Nota: 2 estrelas."

"10º conto - “O ENFORCADO DESCONHECIDO”: Loyce avista um corpo enforcado num poste em frente ao local onde ele trabalha. Porém, todo mundo age como se esse acontecimento fosse a coisa mais normal do mundo e o histérico fosse Loyce por achar aquilo errado . Outro que me lembrou “Invasores de Corpos”, porém tem certa originalidade.. Nota: 3.5 estrelas."
Paulo Henrique 24/12/2021minha estante
Meu autor de ficção científica preferido!




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