Tudo pode ser roubado

Tudo pode ser roubado Giovana Madalosso




Resenhas - Tudo Pode Ser Roubado


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Pam 04/05/2020

Grata surpresa para um livro tão curto e com uma protagonista tão viva e real. A expressão dos seus sentimentos, medos e encenações deixa a narrativa fluída e anseia o final.
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Barbara.Luiza 24/06/2021

Uma garçonete sai do trabalho, se envolve com um dos clientes e, por impulso, leva um souvenir da casa dele. Importa menos o valor do item e mais a adrenalina do roubo.

Mas um item de alta qualidade pede um comprador de alta qualidade, ou compradora. É assim que se dá o início de uma relação profissional e de amizade entre a garçonete e a dona de um brechó chamada Tiana.

O início do livro, na verdade, está bem a frente, no momento em que essa garçonete é abordada por um malandro chamado Biel que quer contratá-la para um roubo no mínimo curioso: um exemplar raro do livro O guarani da casa de um professor universitário.

A trajetória da Rabudinha, apelido dado por Biel a garçonete, nos dá uma visão panorâmica da classe média na capital paulista por seus bares, restaurantes, sebos e salas de aula. Ao mesmo tempo conhecemos sua personalidade cínica e frágil, uma sedutora que pode ser seduzida pelo exercício de viver.

Há também um atravessamento da pauta LGBT na narrativa de forma pouco convencional, mas muito orgânica: a garçonete cleptomaníaca é uma bissexual despreocupada com as implicações da própria sexualidade e a dona do brechó é uma mulher transsexual vítima de violência que não perde a gerência de sua própria vida por ter se apaixonado por um babaca. O que me encanta nisso tudo é a capacidade de trazer para essas personagens um exercício de pluralidade real e não o sentenciamento de LGBTs a personagens-tipo.

Madalosso trabalha principalmente a densidade de personagens imorais sem o peso do julgamento no desencadeamento do enredo. A narração da própria Rabudinha da conta de inverter o jogo moral: errada está ela por roubar ou o professor por não querer vender?

Na contramão de um enredo de pouco moralista, acabamos aprendendo muito com Rabudinha e Biel: tudo pode ser roubado e há muitas formas de voar.
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Julia.Campos 18/05/2021

Amei!
O livro é rápido e sucinto, vc quer devora-lo!
E amo o fato que Giovana mostrou o quão irrelevante foi e é a vida da protagonista.
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Desireé (@UpLiterario) 20/04/2020

Tudo pode ser roubado. Até você mesmo. (@Upliterario)
Uma garçonete de um badalado restaurante de São Paulo passa as noites seduzindo clientes para depois roubá-los. Itens caros e raros, roupas, joias, artigos de luxo. Tudo o que afana, ela leva para o brechó de Tiana e procura fazer uma grana. Ela possui poucas ou nenhuma ambição, busca apenas juntar o dinheiro necessário para comprar seu próprio apartamento. E é aí que uma oportunidade imperdível surge em seu caminho: roubar uma primeira edição de O Guarani e garantir uma bolada. Acontece que a obra pertence a um professor universitário divorciado e recluso. Tudo mesmo poderia ser roubado?
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“É duro admitir, mas para todo filho da puta existe um trouxa.”
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Uma protagonista sem identidade, perdida na selva de pedra de uma grande cidade, sobrevivendo da ingenuidade e cobiça de seus clientes. Ela rouba deles o prazer, umas horas de luxúria e uns itens de luxo e a cada item ela perde mais e mais um pouco de si mesma. Vai deixando pedaços de si em cada esquina, casa ou apartamento alheio e passa os dias em uma rotina medíocre e vazia.
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“Amarga não, garçonete. Passo várias horas por dia ouvindo as conversas dos outros. Claro que não dá pra ouvir tudo, mas o suficiente pra saber que, com poucas exceções, o egoísmo venceu o amor.”
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Sem grandes vícios, com exceção do seu amado café, sem famigerados desejos, sem perspectivas, ela aprenderá que um ladrão também pode ser roubado e que o bem mais precioso do ser humano não pode ser precificado em quantias estáticas de uma moeda qualquer.
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“Não tem muito que a gente possa fazer contra a nossa natureza.”
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Uma grande história que te faz pensar, repensar, digerir e deglutir as palavras que saltam das páginas. Com cinismo e ironia, a narrativa é visceral e expõe uma São Paulo que poucos conhecem, com becos e ruas tortuosas pelo caminho.
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“Essa é a São Paulo de que eu gostava, a São Paulo depois do expediente, quando as pessoas afrouxavam a gravata e deixavam entrever, como flores sinistras rebentando pelo corpo, as marcas de viver numa cidade tão obcecada com a produtividade.”
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Recomendo!

site: www.instagram.com/upliterario
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Flavia1210 23/03/2021

A leitura e fácil, tranquila. Passamos pelas páginas sem perceber. A história chama e não passa pelo clichê de felizes para sempre.
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CInt_lo 18/06/2022

Gostei de ver essa perspectiva da narradora,em certos aspectos por conta de ela ser garçonete acabei me identificando com certas atitudes de clientes e coisas parecidas (também já trabalhei no ramo) o que me deixou encantada foi o quanto ela conheceu das pessoas, das intimidades que lhe apareceram na vida.
Não dei 5 estrelas pq senti certos termos preconceituosos na escrita mas não sei se foram intencionais como característica dessa personagem principal ou não.
A realidade é que nem ficamos sabendo muito sobre o que de fato ela foi na vida antes de morar em Sao Paulo, mas eu gostei dessa ruptura.
Gostei mais ainda de Tiana??
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Rafa.Dulce 10/06/2021

Vale a pena conferir!
Para quem gosta de literatura contemporânea, esse livro é muito interessante.  
Escrito em primeira pessoa, a história possui um enredo envolvente e de fácil leitura.
Me surpreendi positivamente!
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Marcelo Rissi 29/05/2022

Tudo pode ser roubado
A narrativa da Giovana Madalosso é, por múltiplas razões, bastante envolvente. Enredo hipnótico! Há, ainda, bastante atenção aos detalhes, o que torna a leitura fluida e deleitosa. É como diz a frase, um clichê (mas inegavelmente verdadeiro): o segredo está nos detalhes, nas nuances.

Genial. Escrita simples, história arrebatadora. Tão boa quanto Suíte Tóquio! Recomendo!

O desfecho da obra lembra o último capítulo de ?Uma confissão?, de Tolstói.

A cena derradeira de ?Tudo pode ser roubado? deixa aquela quase sombria sensação de mistério e de suspense, que sobrevive ao fim da leitura. Impregna e fagulha no espírito do leitor a reflexão sobre qual a mensagem lançada, recôndita, no ar, naquela passagem onírica, no cerrar das luzes e no fechar das cortinas.

Uma salva de palmas a ?Tudo pode ser roubado?. Uma salva de palmas, ainda, à literatura nacional contemporânea e às autoras.

Leiamos mais mulheres!
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Entre1 22/07/2022

Tudo pode ser roubado
A protagonista desse livro me fez navegar por muitas reflexões e sim, tudo pode ser roubado. Nesse livro fica claro que a vida não é justa e é cada um por si. Tiana não merecia o final que teve.
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Tatiana406 04/03/2024

Bom para retomar o hábito da leitura
Livro pequeno, com ritmo dinâmico, o submundo de SP na visão de uma garçonete batedora de carteira em dates que ela faz acontecer depois de analisar o quão ?roubavel? é a pessoa. A história se desenrola a medida que acompanhamos a protagonista na missão contratada de roubar uma edição rara de O Guarani de um professor universitário. Engraçado e melancólico, parece as series de TV da Fernanda Young, só e somente só pelo entretenimento rápido e a vontade de saber o final, no mais é bem esquecível
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Pri 30/03/2021

Tudo pode ser roubado
Sem perceber, ela roubou tudo dela mesma. Ela teve a possibilidade de ser amada mas preferiu a incerteza.
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Will.Leite 11/05/2023

A pele de uma raposa, um casaco de pele feito de raposa, a vida de uma mulher que um dia usou um casaco de pele feito de raposa. Do começo ao fim você descobre que, de fato, tudo pode mesmo ser roubado.
O livro termina com algumas histórias sem conclusão. De maneira sagaz e elegante a escritora nos roubou esses finais.
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Luly @projetocabeceira 27/07/2021

Tudo pode ser roubado. Até mesmo um coração. A gente mesmo pode roubar tudo da gente. E todo mundo tem rombos. Achei um livro bem escrito, fluido, um estilo de escrita e enredos bem contemporâneos, com personagens que são bichos urbanos da grande São Paulo. O final me deixou intrigada e queria muito discutir sobre com alguém que leu pra saber como interpretou. Serviu pra me fazer querer ler mais da Madalosso.
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Cho 11/04/2021

Razoável
A protagonista desta história não tem nome. Só sabemos que ela trabalha como garçonete e ocasionalmente sai com alguns clientes, dos quais se aproveita para furtar objetos e roupas de luxo e vendê-los em um brechó. A proprietária do brechó é uma mulher trans. Em determinado ponto, ela é vítima de transfobia, mas o assunto é abordado muito superficialmente.

Por intermédio de Biel, um vigarista, a protagonista recebe a proposta de roubar de um professor universitário a primeira edição de O guarani, de 1857. A partir daí, ela vai fazer de tudo para conquistá-lo e fazer com que ele a leve para sua casa.

O enredo tinha tudo para ser promissor, mas foi ficando repetitivo. Não gostei do livro ter sido narrado em primeira pessoa. Acho que eu gostaria que os outros personagens também narrassem seus pontos de vista ou que o livro fosse em terceira pessoa. Além disso, a personagem principal é muito egocentrada, sempre coloca suas vontades e sua gama por dinheiro na frente de tudo. De modo que eu não senti nenhuma simpatia por ela nem me identifiquei com nenhum personagem.

Minha decepção com esse livro foi maior porque eu achei Suíte Tóquio incrível, então eu não esperava menos que isso.
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