1943

1943 Luciana Klanovicz




Resenhas - 1943


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Planek 10/03/2018

Uma história comovente no meio de uma guerra
Quando comecei a ler "1943", pude perceber como a literatura pode descrever, narrar e fazer com que possamos sentir toda a dor, todo medo, todas as desventuras que uma guerra pode causar para quem está à margem dela: a população civil. Mas pude, principalmente, perceber como é a literatura, talvez, a única chance que temos para humanizar conflitos, dando a eles as múltiplas dimensões que vão desde o ódio até o mais sublime amor e a mais forte resistência à vontade de destruir.
"1943" apresenta toda a força de um livro que tem pesquisa histórica envolvida sobre a Segunda Guerra Mundial, sem deixar em segundo plano uma narrativa pulsante, quase de filme, sobre eventos que cobrem a vida de Maria na França ocupada pelos nazistas. Narrativa deliciosa, personagens interessantíssimos, um capítulo melhor e mais sofisticado que o outro, bem como um final emocionante levam leitores a experimentar o riso, as lágrimas, as mãos trêmulas, as angústias e as felicidades num mundo que parece ruir. Maria é a mostra de que, apesar da destruição, existe uma força muito maior no mundo: o amor.
Vale ler, vale ler!
Luciana Klanovicz 11/03/2018minha estante
Muito obrigada pela avaliação. Sua leitura me emocionou muito. Quando escrevemos um livro não temos ideia de como ele será absorvido pelos leitores, e vejo que acertei em alguns aspectos porque percebo que você se apropriou do que para mim é o mais importante no livro: a história das pessoas comuns, suas vidas, decepções, sonhos e amores em meio a uma guerra devastadora. Obrigada!




Aione 21/02/2018

1943 é o romance nacional autopublicado em formato de eBook por Luciana Klanovickz, que, sendo também professora de História, reuniu sua paixão pela área à arte para dar vida à trajetória de Maria e Phillip em meio aos acontecimentos da Segunda Guerra Mundial.

Filha de diplomatas brasileiros, Maria procura sobreviver durante o período de guerra ganhando a vida como cantora em um bar na França ocupada pelos alemães. É assim que ela conhece Phillip, professor e matemático inglês — ao menos, até onde ela sabe. Na realidade, seu amante é espião, o que coloca ambos diretamente sob as vistas dos nazistas. Durante uma invasão, Phillip foge enquanto Maria é levada como prisioneira. Em meio a reviravoltas e caminhos opostos, ambos tentarão não apenas salvar suas vidas, mas também encontrar meios de finalmente se reencontrarem.

A narrativa de 1943 se dá em terceira pessoa, alternando-se de acordo com a perspectiva das diferentes personagens que fazem parte da trama, não simplesmente se atendo a de Maria e Phillip. Dessa maneira, é possível acompanhar, simultaneamente, diferentes facetas da mesma guerra, de acordo com o que cada um vivencia.

O que mais me agradou na leitura foi a forma de como a autora explorou os conflitos pessoais das personagens. A guerra coloca absolutamente tudo em perspectiva e em 1943 somos capazes de compreender as difíceis decisões muitas vezes tomadas quando a sobrevivência é o que fala mais alto. Assim, há um caráter sobretudo humano na história.

Também, o fato de Luciana ser historiadora contribui para que 1943 seja muito bem contextualizado. Entretanto, os fatos históricos, embora presentes, não são o centro do enredo e nem assumem um papel de destaque. Eles estão lá, fazendo parte da história e, muitas vezes, influenciando nos acontecimentos, mas sem serem centrais. O foco está na história vivida pelas personagens, ainda que em meio a um momento histórico. Dessa forma, atrocidades cometidas durante o conflito, por exemplo, estão presentes no enredo, mas não a ponto de sobrecarregá-lo ou tornar o livro pesado pela dificuldade do período.

Apesar de ter gostado da leitura e de não ter encontrado dificuldades em me envolver com a história, que pode ser lida rapidamente, não consegui realmente me conectar com as personagens e os eventos em um nível mais emocional e sensitivo. Isso porque a narrativa se dá sobretudo por um sumário narrativo em vez de cenas, o que, em uma rápida explicação, significa que os acontecimentos são principalmente contados em sequência em vez de demonstrados. Pude acompanhar a trama, mas não necessariamente senti o impacto que ela poderia ter me causado, ainda mais considerando a própria temática abordada. Os diálogos, também, em alguns momentos destoaram do restante da escrita por assumirem um tom mais artificial, o que não senti durante a narrativa em si.

De qualquer maneira, a história de 1943 é belíssima e capaz de encantar os românticos de plantão especialmente por trazer um amor tão forte em meio a suas páginas. E, como mencionado, o livro vai além, abordando as diferentes facetas de cada um de nós quando em meio às dificuldades, que nos forçam, muitas vezes, a agir e a descobrir reações que jamais imaginaríamos em outras circunstâncias.

site: http://minhavidaliteraria.com.br/2018/02/21/resenha-1943-luciana-klanovicz/
Luciana Klanovicz 25/02/2018minha estante
Agradeço profundamente sua leitura crítica. É só a partir desse feedback que é possível saber como um livro é apreendido pelas leitoras. Muito obrigada!




Drica Bitarello 21/02/2018

A força de Maria!
Seguindo na minha proposta de conhecer novos autores nacionais, abracei a leitura de "1943" da historiadora catarinense Luciana Klanovicz. A trama começa no ano de 1943 e tem como protagonista Maria, uma jovem brasileira que ganha a vida como cantora num bar da França ocupada pelos nazistas. Sua vida muda totalmente quando conhece Phillip, um matemático inglês que espiona para os aliados. Muito apaixonados, os dois ignoram os sinais à volta e quando se dão conta, a guerra chega até eles. E é aí que o caldo entorna...
A história de Maria, sua trajetória através dos territórios ocupados, sua luta pela sobrevivência e para manter a própria identidade são, na minha opinião, o que sustenta todo o enredo. Muito mais do que seu romance com Phillip. Maria come o pão que o diabo amassou com as patas enlameadas, mas sempre consegue emergir das cinzas como uma Fênix, e cada vez mais forte.
Já o "mocinho"... Apesar de Philip ter passado por uma provação bem grande, eu não consegui ter empatia por ele. Para mim o grande protagonista, ao lado de Maria, foi Edgar.
Tirando o fato de eu não gostar do Phillip, o livro teve cenas muito bonitas e tocantes. O caldo histórico consegue amarrar tudo bem direitinho e é possível visualizar, enquanto lemos, a ação dos personagens, as cidades devastadas, a desesperança e a incredulidade das pessoas.
Senti falta de mais profundidade em alguns personagens secundários que aparecem na trama. Até porque eles foram importantes para a trajetória de Maria, Phillip e Edgar. Mas, para nós, eles parecem meio que jogados para escanteio.
Eu gosto muito de romances históricos, mas geralmente busco tramas ambientadas no período medieval ou, no máximo, até meados do século XIX. A leitura de "1943" foi uma gratificante saída da zona de conforto, principalmente por tratar de um fato que, embora tenha acontecido há mais de 70 anos atrás, permanece ainda muito vívido em nossas mentes.
[Resenha completa - COM OS SPOILLERS que tirei dessa aqui, no blog]

site: http://catalivrosromances2.blogspot.com.br/2018/02/nacionais-2018-6-1943-luciana-klanovicz.html
Luciana Klanovicz 25/02/2018minha estante
Obrigada pela leitura cuidadosa e enriquecedora!




Carolignac 20/02/2018

As desventuras de paixão da II Guerra Mundial
Luciana Klanovicz nos mostra uma das tantas histórias de separação e reencontro que a II Guerra poderia ocasionar (e em casos reais, de fato, ocasionou). Temos a história apaixonante de Maria e Phillip (ela, brasileira; ele, britânico), que acabam separados por eventos da II Guerra. E, para não contar muito da narrativa, acabam passando por muitas coisas, separados um do outro, inclusive, envolvendo-se com outras pessoas até se encontrarem alguns anos depois.
Recomendo a história para quem gosta de ambientações nas décadas de 40, com direito à músicas e aos trejeitos da sociedade neste período. Em certos momentos ficamos aflitos em saber o desenrolar e se no final o casal ficaria junto ou não.
Contudo, acredito que faltava um pouco de profundidade nos personagens, em determinados momentos os personagens parecem superficiais, e em alguns trechos da narrativa, a autora deveria explorar mais a própria narrativa, não ter receio de mostrar os infortúnios gerados na guerra.
Enfim, vale muito a pena conferir a narrativa! Klanovicz é uma autora independente com um ótimo trabalho disponível na Amazon. Super recomendo.
Luciana Klanovicz 25/02/2018minha estante
Carol, fico muito feliz com sua avaliação crítica cuidadosa e aprofundada. Concordo plenamente com os pontos apontados. Venho de uma área bastante acadêmica/científica (História) e preciso me soltar mais em alguns aspectos. Obrigada por seu feedback e agradeço sua recomendação de leitura!




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