O papiro de Wadjet

O papiro de Wadjet Nicole Sigaud




Resenhas - O papiro de Wadjet


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Luciana.Viveiros 19/04/2022

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Na alcateia, seu nome de criança era Wepwawet. Com os humanos, seu nome de monstro era An-Pu. Mas nós só lembramos de seu nome como um deus: Anúbis.
An-Pu, o deus mais carismático e popular do Egito, amadureceu pelo sofrimento e pela observação do mundo. Tornou-se o julgador dos mortos após a guerra de unificação do Baixo e Alto Egito sob o reinado de Narmer, o lendário Rei-Escorpião.
"O Papiro de Wadjet" é um livro de Nicole Sigaud, que mergulha o leitor no mundo fantástico da gênese do deus Anúbis. Do surgimento do meio-humano, adotado por uma alcateia na Índia, até a sua elevação ao mundo dos mortos por meio da tutela de um djinn.
Nicole Sigaud, estudiosa de grimórios antigos, magia medieval e da Antiguidade, incluindo as compilações do Livro dos Mortos egípcio e o Enuma Elish sumério, reuniu as peças do quebra-cabeça da história dessa criança incomum, trazendo à luz da modernidade um dos mistérios sobre a vida de An-Pu.
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mara sop 18/01/2022

Quase uma odisseia pelo mundo pré-dinástico!
Em tempos imemoriais, os deuses vieram ao nosso mundo e criaram uma nova espécie inteligente e ao mesmo tempo submissa para lhes servir de escravos, mas com o passar dos séculos, essa raça foi evoluindo e acabou por se rebelar e libertar do jugo de seus soberanos divinos. Pouco a pouco eles foram indo embora de volta ao seu lugar de origem, mas deixaram para trás muitas de suas criações que viriam a se tornar novos deuses e seres míticos com poderes sobrehumanos. Muitos séculos mais tarde, nasce um híbrido de humano com logo, que desde bebê era rejeitado tanto por sua alcatéia quanto pelos humanos, que o viam como um monstro. Até um djinn aparece em seu caminho e o guia para um país muito distante, onde o jovem lobinho Wepwawet teria uma missão a cumprir.


Essa é a premissa de O Papiro de Wadjet (Nicole Sigaud), que conta a história do deus egípcio Wepwawet, que com o tempo teria sua história e função divina unidas a de Anúbis, o famoso deus chacal. E nessa história temos um mix de muitas mitologias, folclore e histórias migratórias de civilizações mais antigas que a própria história como a conhecemos. E durante todo o percurso do nosso lobinho, teremos o crucial encontro com Narmer, o primeiro faraó, prestes a unificar as Duas Terras.

A leitura se tornou ainda mais fascinante pra mim por ter usado nomes nativos e da época de lugares sem a tradução como conhecemos, então, ao invés de Buto, Wepwawet chega à Wadjet, a cidade da deusa cobra, a grande protetora dos faraós, onde conhece o sacerdote Mehi-Washebet, que irá acolher tanto ele quanto o djinn, enquanto ele descobre seu verdadeiro propósito de vida. E mesmo durante o desenrolar da trama, vamos tendo pitadas mitológicas da história da humanidade, assim como insinuações do que estava acontecendo no mundo naquele período. E preciso reforçar como pesquisadora histórica, que a grande maioria das informações sobre o final do mundo neolítico usadas pela autora, são baseadas em teorias que realmente existem no meio acadêmico, assim como teorias consideradas pseudo-históricas, e tudo isso escrito de forma mágica e muito bem amarrado.

Cinco estrelinhas e um coraçãozinho para O Papiro de Wadjet!
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