A baronesa descalça

A baronesa descalça Chiara Ciodarot




Resenhas - A baronesa descalça


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Samyle 13/01/2019

A estória tinha muito potencial, mas...
A experiência de leitura desse livro pra mim foi essencialmente ruim. Eu gosto muito de romances de época e a premissa desse, que se passa no Brasil entre pessoas ligadas ao movimento abolicionista, logo me chamou a atenção, mas desde as primeiras páginas a decepção foi gritante.

A autora tem uma prosa claramente de iniciante, com personagens bem mal construídos e irritantes (como o mocinho, que ela tenta dar uma estória de vida pra ele "mais difícil" mas tempos depois esquece e essa introdução não serve pra absolutamente nada, foi uma tentativa frustrada de dar alguma profundidade a um personagem raso e sem carisma).

Essa estória tinha muito potencial, mas foi mal desenvolvida. O que se tem sobre o movimento abolicionista são meras crenças dos personagens principais, a autora não se aprofunda no tal clube super seletivo e secreto e no que eles fazem. Embora tenha uma sequência em que o mocinho está investigando um provável tráfico ilegal de escravos, essa trama é toda esquecida, sem ser devidamente terminada, para focar na atração entre os personagens.

Outra coisa que me irritou foi essa atração, que tem origem tão somente num desejo físico (já que os diálogos entre os dois tiveram a profundadide de um pires e normalmente eram apenas farpas trocadas - mas não de maneira cativante dos romances tipo cão e gato que a gente está acostumado).

A personagem principal me irritou do início ao fim com sua personalidade coquette (como diriam os franceses, cuja tradução seria algo como paqueradora) pedante.

Os únicos personagens de que gostei (sem ser de fato cativada) foram a irmã da protagonista e o namorado dela.

A trama principal foi bem pensada, sobre o acidente suspeito dos pais da protagonista, o homem que exerce a tutela da protagonista e seus interesses escusos foram realmente boas apostas da autora. A sensação ao final da leitura é que a autora deveria amadurecer sua prosa e seus personagens (talvez um curso de escrita) e reescrever essa estória.

Mas se você não é nada exigente quanto a romances de época, esse é uma boa opção.
Deacon 16/01/2019minha estante
Estou pasmo. Escolhi o livro dessa autora para ler porque me interessou a biografia dela. É formada em Letras, com mestrado e doutorado em literatura, poetisa, premiada e tem 20 anos de bagagem. Mas você diz que ela escreve como iniciante. Você deve ser uma crítica altamente especializada, gata. Qual a sua formação?


Samyle 29/06/2019minha estante
Olha, eu não sabia sobre a formação literária dela, o que foi bem chocante pra mim. Mas minha opinião não mudou. Não é preciso ter formação na área pra ver quando uma coisa é mal desenvolvida, só é preciso ter uma boa bagagem como leitor. Li vários romances de época, porque é um gênero que eu gosto pra relaxar, mas também li vários livros mais conceituados e, por ter uma bagagem grande dos dois, tenho plena certeza do que escrevi, que não usei critérios na minha crítica que não condizem com um livro desse gênero, que é direcionado mais para entretenimento.
A minha impressão ao final da leitura foi essa: é ruim até para um gênero que não é muito exigente. Tanto é que, embora tenha um currículo incrível, cadê a indicação dela ao Jabuti, hein? Ou a qualquer prêmio menor? (inclusive, torço para que ela melhore e seja indicada um dia, mas no momento estou argumentando isso para provar meu ponto).
Na teoria ela pode ser boa, mas na prática, tem muita autora e autor sem formação formal que faz arte com as palavras, domina a contação de estórias. Saber a teoria não te garante sucesso na escrita e, especialmente, não te dá criatividade, que é o ponto de partida de uma estória. Particularmente, não sei quais autores que ganharam um Nobel de literatura tinham mestrado e doutorado em letras, mas suponho que foram poucos ou quase nenhum, porque nunca ouvi falar (me corrija se estou errada).
E, só pra deixar claro, quando falei escrita de iniciante, não me referia apenas à narrativa (que, num romance de época, não pode ser rebuscada como um Saramago da vida, ou, mais complexo ainda, Guimarães Rosa, que é o que a autora estuda), mas à construção do livro como um todo, mas confesso que pequei na hora de escrever minha resenha ao não deixar isso claro.
Gostaria de ter o livro (apaguei do kindle e dos meus arquivos no site da Amazon, porque tinha detestado) pra ver como a narrativa é, tirando a prova se exagerei ou não, por isso vou confiar no que escrevi após a leitura, na impressão que tive.

Outra coisa: não tem nada no Skoob dizendo que só quem pode resenhar é quem tem pós-doutorado em letras. Aqui é um espaço pra dar nossa opinião como leitores, que foi o que eu fiz. Fiz uma critica construtiva, aliás, levantando vários pontos fracos da estória e tentei ser bastante respeitosa, porque espero mesmo que a autora leia e leve em consideração. Quero ver autores brasileiros ficando mais famosos, torço pela nossa literatura e, se me dirigisse a autora, indicaria Carina Rissi, que vende mundo para o público que Chiara Ciodarot quer alcançar e é muuuito boa no que faz.
Voltando à minha experiência com a leitura: foi a pior experiência com romance de época que já tive, mas vi que várias pessoas gostaram e tá ok. Tem vários livros que gostei e muita gente não gostou também. Mesmo quando vejo críticas com as quais não concordo sobre livros que amo, deixo quieto, afinal, aquele livro provavelmente não falou com a pessoa e com as experiências pessoais dela da mesma forma que falou comigo.

Dei uma olhada no seu perfil por curiosidade e vi que você não conhece muito o gênero, pelo menos não tem muitos livros lidos adicionados no Skoob que sejam de romance de época. Nesse caso, para quem não conhece, a leitura deve ser mesmo mais agradável, quando pra mim, que já li mais de 100 livros desse gênero, foi uma experiência bem ruim. Novamente: nossas experiências pessoais contam muito numa análise, o que só comprova o que disse acima.
Ah, indico muito que você assista o vídeo da Vevs Valadares (que é mestranda em letras na UNB) cujo título é: Quem tem cacife pra falar de literatura? Sério, é mindblowing. Indico pra todo mundo, aliás.




Domino 28/08/2020

Livro gostoso recomendo ora quem curte o genero pois é bem divertido
Deacon 04/02/2022minha estante
Como a pessoa gosta e recomenda e dá duas estrelas? Confuso isso.




Hellen (@literatucracia) 12/08/2020

A baronesa descalça
Então, é uma boa história mas um tanto lenta e repetitiva.
Peguei para ler, por estar curiosa depois de assistir um vídeo da Pah (livros e fuxicos) e ver uns storys da Mayara Tashiro (Silêncio Contagiante)... mas assim, pretendo continuar lendo a série por curiosidade e principalmente pq a proposta de um clube abolicionista é bem legal, mas a escrita da autora e a forma que ela levou e desenvolveu os protagonistas nesse primeiro livro, me deixa com receio do que encontrarei nos demais livros.
Amaia e Montenegro mais me irritaram do que agradaram e a longa demora para acontecer algo e a história se desenvolver com mais fluidez foi outra coisa maçante. Os mistérios foram interessantes, mas pouco explorados e nem mesmo foram explicados (espero ter mais respostas no segundo livro).
Enfim... a proposta é legal, mas não foi bem desenrolada na minha opinião.
Mila 26/10/2020minha estante
Estou lendo e sentindo exatamente isso. Por isso a entendo perfeitamente




Camila | Book Obsession 12/03/2018

A Baronesa descalça é o primeiro livro da série Clube dos Devassos.

A trama mostra Amaia Carvalho, uma jovem de 23 anos, que sempre aproveita as festas das fazendas da região para se divertir. Com seu jeito espoleta, na última festa, que por sinal era o noivado de sua amiga Caetana com Canto e Melo, seus pais cansados de tanto espera-la, decidem seguir para casa sozinhos em sua carruagem, mas o que deveria ser um dia festivo, acaba culminando na morte de seus pais em um trágico acidente.

Agora, Amaia e sua irmã, a detestável Cora, vão precisar gerenciar a fazenda Santa Bárbara, que está repleta de dívidas e ainda seguir as regras do testamento de seus pais. Proibidas de alforriarem os escravos, vender não está entre as opções de Amaia, que é uma abolicionista convicta. Mas essa cláusula imposta a deixa perplexa e sua única opção seria arrumar um casamento com para salva-las dessa situação.
“O sorriso de Montenegro, os olhos ardentes sobre ela, se tornavam um perigo à sua virtude e, consequentemente, aos seus planos de casamento.”

Sua irmã Cora, só quer saber de vender sua parte, mas está amarrada as normas impostas por seu pai e sempre que tem oportunidade demonstra seu descontentamento em permanecer na casa ao lado de sua irmã, da qual não se dá bem.

Mas Amaia não pensa em desistir e sua determinação a colocará em grandes apuros.

Na festa de noivado de sua amiga, Amaia conheceu Eduardo Montenegro. Um homem bonito, misterioso e dono de uma fama terrível perante as mães da sociedade por ser o fundador do Clube dos Devassos. O que elas não sabem é que nesse clube, que só entra quem é convidado, tem grandes nomes importantes como participantes e esconde sua principal função, mascarar atividades abolicionistas durante o período da Escravidão.
Eduardo, fica encantado com a beleza e personalidade de Amaia, porém dentro do que ele busca, não poderá ajuda-la, já que casamento passa de longe na sua lista de objetivos. Seu propósito na região vai sendo mantido em segredo, mas à medida que a leitura avança, vamos conhecendo mais de Eduardo e o que levou a retornar para suas terras, após um período de estudos fora do país.
“Montenegro a conhecia o suficiente para captar que, detrás do sorriso, escondia-se uma imensa tristeza. E por mais que ela tentasse se manter altiva, forte, uma fênix renascida, ele ainda via a sua fragilidade. Era de se admirar ainda mais. Só gostaria que ela fosse sincera e largasse o orgulho uma vez.”

Ao ver que Amaia está em sua busca desenfreada por um partido e com a chegada de Singeon, um médico, amigo e muito próximo de Cora. Ela vê oportunidade de boicotar a própria irmã e casar o mais rápido possível. Será que Eduardo deixará de lado seus sentimentos e tornará essa tarefa fácil para Amaia? Haveria tempo ainda para o amor deles crescerem em meio a tanta teimosia?

Foi a primeira vez que li um romance de época que retrata um pouco do período da Escravidão aqui no Brasil, até porque a maioria das histórias se passam na Europa. E me chamou bastante atenção como a autora abordou o tema e sua criatividade em usar de um clube para reunir críticas e nos dar uma boa visão dessa época, além de nos apresentar alguns personagens que certamente darão continuidade aos demais livros da série.

Amaia chama atenção pela força de vontade, mesmo que suas atitudes em muitas situações não foram muito legais, deu para perceber que defendia seu ponto de vista e queria salvar não apenas seu lar, mas se preocupava com o próximo e com todos que trabalhavam pra ela. Já seu relacionamento com Eduardo é o típico casal teimoso, que solta farpas o tempo todo e tentam negar o sentimento que nutrem um pelo outro.

Eduardo já nos atrai nos primeiros capítulos onde conhecemos um pouco do seu passado e vemos que apesar de ter sofrido tanto, tornou-se um homem repleto de ideais e determinado para coisas objetivas, porém quando se trata de amor, teve que aprender a ceder para que enfim pudesse ter seu felizes para sempre.

Uma história repleta de detalhes de uma época difícil, com cenas bem descritas e muitas confusões, além de trazer um romance leve com uma leitura agradável, onde uma mocinha que passa a gerir os negócios da família e cheia de defeitos. Os mistérios estão por toda parte nessa leitura e o leitor ainda é agraciado com dois epílogos bem interessantes, que já deixa com gosto de quero mais e possivelmente nos prepara para o próximo livro da série.

A baronesa descalça está disponível na Amazon em ebook e é o livro de estreia da autora Chiara Ciodarot. Para amantes de romances de época nacional, a trama bem construída se destaca principalmente pela diferença dos personagens e seus elementos históricos.

site: http://www.bookobsessionblog.com/2018/03/resenha-baronesa-descalca-clube-dos.html
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Lay 13/03/2018

Já falei para vocês que adoro conhecer novos autores, não é mesmo? É sempre aquela expectativa, será que irei gostar da escrita, como será que desenvolve os personagens, a narrativa. E quando é nacional então, torço para que me surpreenda e que consiga um espaço no meio de tantos livros estrangeiros.



Chiara nos leva ao Brasil de 1872, mais precisamente em Vassouras, onde a jovem Amaia de Carvalho mora com os pais e a irmã na Fazenda Santa Barbara. Aos vinte e três anos e com uma beleza inigualável, sua única preocupação é participar de saraus, usar belos vestidos e flertar até encontrar um homem descente para se casar, de preferência um que não seja escravocrata, o que devemos presumir, é bem difícil para essa época. Abolicionista assumida, Amaia faz o que pode para salvar alguns escravos da fazenda da família, mas todos veem seus ideais como fantasias de uma mente feminina fútil. Entretanto, a vida de Amaia mudará drasticamente após a recepção de noivado na casa de sua amiga Caetana.



Deixando as filhas na festa de noivado de Caetana Feitosa de Vasconcellos e Roberto Canto e Melo na Fazenda Guaíba, Gracílio e Otávia de Carvalho sofrem um acidente e morrem, deixando as filhas, Amaia e Cora, em uma situação bastante complicada: as duas se odeiam e estarão presas à uma fazenda em falência.

Amaia e Cora não tinham a menor noção da situação em que se encontravam, afinal, esse não era o tipo de assunto para jovens casadoiras. Ao descobrir que herdaram a fazenda e com ela uma imensidão de dívidas e que, além disso, não pode alforriar os negros que vivem na Santa Barbara, Amaia percebe que a única solução para a atual situação é casar-se. Porém, os muitos pretendentes que tem parecem desaparecer gradativamente e a situação se agrava à medida que precisa começar a vender vários itens para saldar algumas dívidas, manter a fazenda e os escravos e se alimentar. Cora em nada ajuda e, para falar a verdade, não compreende a gravidade da situação em que se encontram, deixando tudo nas costas de Amaia.



Eduardo Montenegro, conhecido como barão negro, não é um bom pretendente quando as mães pensam em casar suas filhas, mesmo tendo o Barão de Mauá como padrinho, que o enviou para uma educação privilegiada em Oxford, o que todos veem é o fato dele ser cofundador do Clube dos Devassos e sua fama de libertino. Amigo de Canto e Melo há alguns anos e tendo se instalado na cidade de Vassouras quando montou a Fazenda Caridade com um perfil diferenciado para a época, uma colônia de parceria, sem escravos, ele agora precisa se infiltrar entre os escravocratas da região para cumprir sua missão.



É com esse objetivo que chega aos festejos de noivado do amigo e assim conhece Amaia, que o encanta imediatamente - como ela faz com todos, aliás - e o interesse só aumenta à medida que conhece e percebe o quanto ela é diferente das jovens da sua posição e da sua idade, mas essa atração poderá atrapalhar seu objetivo.



Montenegro quer ajudar Amaia, mas sua posição exige que ela tenha um marido e isso ele não pode lhe oferecer, pois jurou nunca se casar, por medo de seu passado lhe assombrar e se repetir. Amaia, por outro lado, em sua busca desenfreada por um marido e uma teimosia fora de série, se mete em muitas confusões e algumas tão grandes que temi por ela nessas ocasiões. Aliás, não dá para dizer que apenas Amaia é teimosa, porque Montenegro também não fica atrás nesse quesito.

Embora tenhamos o romance, Chiara também nos mostra, com alguns fatos e personagens reais que ajudam a ambientar a história, como era a época, a questão da escravidão, a dificuldade de ser uma mulher jovem, sozinha, solteira tentando levar à frente a fazenda da família, contra a escravidão e presa ao sistema, tendo que muitas vezes pensar nos outros antes de si mesma. Sem uma família a lhe apoiar. Também retrata, ainda que rapidamente, o abuso familiar e como isso pode influenciar a vida de uma pessoa, mesmo que acredite que o passado tenha ficado para trás.



Além disso, ainda é preciso falar sobre os personagens. Amaia e Eduardo são teimosos sim, mas isso também é positivo quando vemos que isso faz com que sejam determinados em alcançar seus objetivos, em não desistir quando os obstáculos surgem em seus caminhos. Também adorei Bá, uma senhora que cuida de Amaia como se fosse uma filha e entre elas não há diferença de cor de pele. Sem falar em Canto e Melo e Caetana, duas pessoas incríveis e que tenho certeza de ver nos próximos livros da série e não posso deixar de lado as irmãs caçulas dela, Lavínia e Felipa, que acredito que ainda darão o que falar. Por outro lado, há personagens que poderiam desaparecer de tão nojentos que são e não quererem o bem de ninguém, como Cora, Severo (o capataz da fazenda de Amaia) e as gêmeas Rosária e Belizária, irmãs de Caetana.

Falei para Chiara que adorei a história e os personagens que ela criou, só queria que a teimosia de Amaia e Montenegro tivesse ido tão longe na história. Sou uma romântica quando o assunto é livro e queria mais deles como casal na história, não vou mentir.



Chiara ainda nos deixa curiosa quanto ao que é o Clube dos Devassos, personagens a serem explorados nos demais livros da série e a incógnita que é a quantidade de livros da série, pelo fato de ser uma série aberta. Além disso, fiquei realmente impressionada com a profundidade de algumas questões que trouxe na história, resumindo, fiquei na curiosidade de conhecer os demais livros e saber quais serão os novos protagonistas e suas histórias.

site: http://www.detudoumpouquinho.com/2018/03/resenha-baronesa-descalca-chiara.html
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Pequena Resenha 04/06/2018

Muito bom!!!!
Amo romances de época e históricos e esse aqui me encantou logo nas primeiras páginas. Tudo porque a trama acontece no Brasil em 1872. Nessa época quem mandava por aqui eram os Donos de grandes fazendas, pois comandavam com rigor os muitos escravos que tinham.

Nesse período muitos abolicionistas surgiram e lutavam ainda às escondidas pela libertação dos escravos e queriam por fim na compra e venda desse tipo de mão de obra que era usada em todas as grandes fazendas pelos seus poderosos donos.

Mesmo sendo mulher, Amaia se vê numa situação que tem que tomar as rédeas e assumir a administração de sua fazenda, mas não será fácil conseguir o respeito entre os fazendeiros da região e até mesmo de seus empregados. Amaia irá sofrer bastante, mas mesmo sem o apoio de sua irmã que não aprova suas atitudes, ela não desistirá e terá sua melhor amiga Caetana ao seu lado.

E no período mais conturbado da sua vida eis que Amaia conhece Montenegro vulgo ?canalha?. Um homem com seus segredos, mas com atitudes fortes.

Vamos junto com Amaia conhecendo Montenegro aos poucos e isso é delicioso, pois ficamos na duvida se ele é o vilão ou o mocinho da história em boa parte do livro. Mas acabam se tornando um belo casal, pena que os dois demoram tanto pra entender isso, aff!!!!

Amei e recomendo e digo que a literatura nacional está só ficando a cada dia mais rica em talentos como Chiara, parabéns!
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Anna Gabby 08/06/2018

Como não amar revolucionários?
Esse livro inicia a série de romances de época da Chiara Ciodarot, intitulada como Clube dos Devassos. Pelo que descobri, essa é a primeira publicação sob esse nome (corrijam-me se estiver errada). A história se passa no Brasil de 1872, a filha abolicionista de um produtor de café escravagista tem seu mundo revirado por uma tragédia e em um mundo dominado por homens deverá salvar aquilo que lhe é importante.

A protagonista é muito forte apesar que em diversos momentos imatura, algo compreensível até certo ponto devido a criação que teve. Gostei do desenvolvimento da mesma e achei cativante. Sua amizade com uma outra personagem é muito divertida e um bom gancho para um próximo livro.

Entretanto, a relação da protagonista com a irmã dela me foi muito incômoda, afinal, não vi um motivo muito justo pra isso, então como tenho uma boa convivência com meus irmãos, e apesar dos problemas, os conflitos entre elas me soou muito como birra só porque o outro é diferente. Sei que talvez aconteça casos assim por aí, mas acho que se essa relação mesmo tendo elas como "rivais" poderiam ter sido explorada de uma forma mais aprofundada.

O mocinho, no geral é muito bom, não foge do senso comum que agrada, mas não teve um grande diferencial como esperei. Na verdade, acredito que a Amaia, nossa protagonista, é o grande destaque e a marca deste livro.

A narrativa e a construção do enredo são bem interessantes e me deixaram envolvida e presa a leitura. Estou ansiosa para outros livros da autora, inclusive após o final do primeiro, quero ver como será desenvolvida a Caetana, que suponho ser a próxima mocinha e seu par.

Por falar em final, achei até certo ponto rápido e muito aberto, mas acho que nos próximos livros irão amarrar as pontas soltas e entendo que talvez fosse o melhor para esse primeiro livro terminar assim. Mas meu lado que gosta que vilões se ferrem muito grita...
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Notas.Literarias 19/07/2018

A Baronesa Descalça, livro de estreia da escritora, é o primeiro da série O Clube dos Devassos, a trama um romance de época, contém todas as características fundamentais desse tipo de romance, mas com um diferencial, este romance em especifico nos traz como pano de fundo a época da escravatura Brasileira que é retrata de forma minuciosa, nos levando a viver no passado enquanto prosseguimos com nossa leitura.

Nossa protagonista se chama Amaia Carvalho, jovem, vive a sua vida para as festas e bailes encantando rapazes, esperando que um dia algum finalmente a encante, e é na festa de casamento de uma amiga que a vida dela tem dois grandes acontecimentos, ela conhece Eduardo Montenegro, um homem misterioso de quem todas as mães desejam deixar suas filhas bem distantes quando o assunto é casamento; e nesta mesma noite ela perde seus pais em um acidente no percurso de volta para casa.

De repente Amaia se vê aos 23 anos tendo que junto com sua detestável irmã, Cora, administrar uma fazendo cheia de dívidas e manter a sobrevivência dos escravos e todos que a fazem funcionar.A solução seria vender a propriedade para quitar as dívidas, com um pensamento libertador, alforriar os escravos para que estes vivessem livres e sem a dependência dela, porém o testamento de seus pais e bem claro, os escravos continuaram sendo escravos e nada poderá ser vendido, a solução para que salvem a si e a todos é o casamento.

Mas Amaia não tem ninguém em sua vida que tenha apreço - ou teria? - com quem deseje se casar, principalmente por sua forte personalidade e ideologia referente as situações que a cercam, a não ser um homem misterioso, porém por mais que Montenegro tenha ficado encantado e deslumbrado com a beleza da moça, estar casado não está em seus planos, e com isso não vê como ajuda la com seu grande dilema. E como poderia Amaia crer que um homem como Eduardo fundador de um Clube dos Devassos poderia ser capaz de se estabelecer com uma mulher.

Diante da situação Cora observa sua irmã a procura de uma solução, de um casamento, e se vê em frente a uma oportunidade de conquistar um partido antes de sua irmã, mas a traiçoeira conseguirá enganar Amaia? Ou Eduardo e Amaia deixarão todas as diferenças e teimosias de lado, para enfim darem chance ao amor e como consequência ajudar a restabelecer a segurança na fazenda de Amaia?

- Uma relação, pra mim, não se trata de paixão, nem de sentimentos. Procuro interesses em comum, objetivos que se cruzam, e, claro muita diversão.- Hah, se o senhor espera que toda esposa possa ser divertida, o senhor vai passar a vida procurando uma mulher para se casar...- Tolinha, não quero trocar palavras com uma mulher...E saiba eu nunca me casarei."

Gostei muito da escrita de Chiara, o casal protagonista me encantou, mesmo com uma pitada de teimosia por parte de ambos, o que na realidade deixa a trama ainda mais deliciosa de se ler. Um romance de época que deve ser conhecido por todos os amantes do gênero, ainda mais por ser Brasileiro e tratar de uma realidade nossa, de nossos antepassados, e retratada de forma tão rica, ótimo trabalho realizado em A Baronesa Descalça, e preparem-se novos livros da série devem chegar logo mais.



Até mais e um grande beijo!

site: http://www.notasliterarias.com/2018/04/resenha-baronesa-descalca-amazonbr.html
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Carol - carollivros 22/08/2018

AMEI!!
O período, os ideais, o casal... tudo! ;)

Confira resenha no blog!

site: http://www.carollivros.com.br/2018/02/a-baronesa-descalca.html
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Anaté Merger 06/09/2018

Esplendoroso!
Amaia me lembrou muito a Scarlet de "E o vento levou...":impetuosa, linda, mimada e uma mulher forte que acreditava plenamente em suas convicções. Com uma intriga bem dosada onde abolicionistas ganham uma aura de heróis mascarados, o romance é arrebatador. Recomendo para quem gosta do gênero. Você vai se apaixonar por Montenegro!
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Tami 24/09/2018

Diante do seu próprio reflexo, Amaia não se reconhecia. ... Queria chorar, mas não havia tempo para isso. Chorar era um luxo que não fazia mais parte da sua realidade e ela precisava trabalhar.
Acho que todo mundo já deve saber a diferença entre um romance histórico e um romance de época, não é mesmo? Porém, não custa nada lembrar. A diferença é basicamente o compromisso com os fatos históricos da época em que a história é ambientada. Os de época não têm compromisso com a realidade e a base da história é somente a ambientação e os costumes; os históricos, por sua vez, possuem em seu enredo tramas onde acontecimentos reais têm grande relevância na narrativa. É comum, por exemplo, vermos a Batalha de Waterloo sendo abordada nos romances históricos ambientados na Europa. Já em romances históricos ambientados no Brasil, é o período da escravidão o fato histórico mais utilizado.

A Baronesa Descalça flerta com os dois gêneros, mas eu esperava encontrar um enredo onde a escravidão e suas mazelas tivesse mais destaque. Eu também esperava encontrar personagens revolucionários, que lutariam contra um dos períodos mais vergonhosos de nossa história, mas não foi bem assim. Amaia e Montenegro são bons personagens, eles de fato são abolicionistas e assim que a história começou eu adorei os dois, mas ao longo da narrativa houve um certo declínio em seus potenciais. Há de se levar em consideração que este é apenas o primeiro volume de uma série e que as tramas aqui iniciadas serão desenvolvidas ao longo das demais continuações, mas senti falta de um maior desenvolvimento das tramas paralelas, tramas que tinham grande relevância e que, para mim, com ênfase no para mim, eram muito mais interessantes e relevantes que a trama de Amaia.

Falando na personagem, foi ela meu outro calcanhar de Aquiles em relação à história. Se por um lado eu adorei seu empoderamento em uma época onde essa palavra nem sonhava em existir, por outro não gostei de muitas de suas atitudes. Amaia é bonita e tem noção do poder de sua beleza. Ela tem todo o direito de gostar do efeito que tem nos homens, quem não gosta de ser notada? Mas à medida que sua situação vai ficando mais periclitante, ela começa a utilizar seus atributos de uma maneira com a qual não simpatizei. Juro que levei em consideração o fato dela estar desesperada, afinal, a perda da fazenda era iminente, mas eu não acho que vale tudo em nome do bem maior.

A seu favor, Amaia tem sua força e sua coragem. É admirável ver uma jovem lutar por algo com tanto afinco. Atitudes questionáveis à parte, Amaia é uma jovem com ideais bem definidos e que ojeriza a escravidão. Ela também aprende a lidar com seu orgulho, já que sua nova posição exige que ela abaixe a cabeça em situações que antes encararia de queixo erguido. Montenegro, por sua vez, é um mistério. Sua personalidade foi bem condizente com seu propósito, o que achei muito coerente. Por conta de seu passado conturbado, ele tornou-se um homem duro, sisudo, porém, íntegro. Simpatizei muito mais com ele do que com Amaia.

Continue lendo a resenha no blog! ;)

site: https://www.meuepilogo.com/2018/09/resenha-baronesa-descalca-chiara.html
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Aisha Andris @AishandoBooks 15/10/2018

Um mergulho nos costumes e no modo de vida do Brasil pós-colonial
Eu estou me descobrindo apaixonada pelos romances de época que se passam no Brasil. Estava acostumada às histórias que tinham como palco, principalmente, a Inglaterra vitoriana e regencial, mas conhecer autoras que criam livros tão incríveis e fiéis à nossa história tem feito eu me encantar pelos que se passam aqui também.
A Baronesa Descalça me faz lembrar os romances regionalistas de José de Alencar, com suas personagens faceiras e ao mesmo tempo românticas, tipicamente brasileiras. Assim é Amaia, uma jovem abolicionista que sabe que é bela e usa e abusa desta característica, fazendo os marmanjos de Vassouras perderem as estribeiras. No entanto, quando perde os pais em um acidente (?) trágico, ela descobre que, talvez, seus atributos físicos não sejam suficientes para lhe arranjar um marido rico o bastante para pagar as dívidas deixadas por seu pai a tempo de salvar as terras e, principalmente, os escravos que recebeu de herança e que, por causa do testamento do pai, não podem simplesmente ser alforriados por ela.
Já Eduardo Montenegro é um homem riquíssimo e também abolicionista, conhecido como o barão negro e que carrega uma aura de mistério em torno de si. Nosso mocinho imediatamente se encanta por Amaia, mas é incapaz de oferecer o que ela mais deseja: um matrimônio. Uma batalha de desejos tem início então, que determinará o que é mais forte: o sentimento que nutrem pelo outro ou a vontade de se manter fora - ou entrar - em um casamento.
Além do romance entre o casal, aqui também acompanhamos os embates entre aqueles que querem libertar todos os escravos e aqueles que só querem continuar lucrando com seu sofrimento.
Impossível não se render a esta linda e envolvente história.

site: https://aishando.home.blog/
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Fran ;) 02/03/2024

Difícil demais
Finalmente terminei essa bomba. Peguei esse livro pra me distrair com um romance de época gostosinho, mas que decepção. A protagonista é burra, egoista, insensível, tudo a ela critica nos outros ela faz igual, e não tem carisma. A história fica em uma enrolação sem fim, e com MUITOS acontecimentos que a autor coloca sem justificativa, que parecem ser apenas para ?chocar? o leitor ou para que a protagonista passe por ?traumas?, tem váriosss assuntos delicados aq q não são de forma alguma bem trabalhado. O que eu ainda gostei minimamente, foi a motivação do protagonista qdo estava longe da mocinha, mas até isso foi estragado. Simplesmente eles cagam p isso no final. Enfim. Que decepção
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Paulinha 05/11/2018

Surpreendente ou melhor...esplendoroso haha
Que livro esplendoroso haha
Eu gostei muito, para mim foi como avistar novos horizontes, nunca tinha lido nenhum romance de época ambientado no Brasil e a experiência foi extraordinária, e com imenso prazer que lerei o segundo livro da autora haha
Em um primeiro momento você se depara com uma Amaia superficial e "coquete" como dizia no livro haha, mas ao longo dessa trama ela percebe que a vida é muito mais que bailes, vestidos e homens ao seus pés. Ela sofre, ela luta, ela não baixa a cabeça pra ninguém mesmo quando suas atitudes não são consideradas corretas, em certo momento do livro..eu fiquei muito irritada com ela, pelas besteiras que ela fez por ser um tanto egoísta.
O que falar do Montenegro...gente que homem... haha, não consegui sentir raiva dele em nenhum momento, ele é super sedutor, encantador e o melhor..abolicionista (shh não espalhem kkk), sempre protegendo a Amaia e dando sinais de estar apaixonado por ela, mesmo quando ele não queria estar, resumindo.... "um canalha" kkkkk
Eles foram feitos um para o outro, é tipo de livro que fica imaginando e sonhando que em algum lugar no mundo existe sim...alguém que combine tão bem com você, a ponto de você abandonar suas próprias convicções sobre certos assuntos relacionados ao amor...enfim, leia!!!
#DesafioHistóricoEeu3, Meta 11: Um romance de época ambientado no Brasil
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Maria Clara 18/05/2019

Esplêndido
MARAVILHOSO. Uma delícia ler livro de época se passando no Brasil, indescritível. Logo no primeiro capítulo quando fala que estão em Niterói.... Juro que soltei um grito kkkkkkkk Apesar de ficar com muita raiva da mocinha em uma parte do livro, achei seus motivos muito válidos. Há tantos detalhes históricos na narrativa que só consigo pensar no trabalhão que deu para escrever. Meus sinceros parabéns a autora. Ansiosa para ler o próximo livro.
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