Resenhas - Canção de Ninar

Marlonbsan 10/02/2020

Canção de Ninar
Myriam é mãe de duas crianças pequenas e aparece uma oportunidade para voltar ao trabalho num escritório de advocacia. Após certa relutância por parte de Paul, seu marido, eles começam a procurar por babás e encontram Louise, que é muito educada, metódica e dedicada, ela se dá bem com as crianças, limpa a casa, faz hora extra sem reclamar, ou seja, a babá perfeita. Com o passar do tempo, a relação de dependência entre eles faz com que ocorra algumas frustrações até que uma tragédia acontece.

O livro é narrado em terceira pessoa e acompanhamos os personagens de forma alternada, não há demarcação de capítulos por número, mas sabemos quando eles acabam. O livro é bem escrito, mas achei descritivo demais nas ações, o que trava a progressão narrativa como um todo, apesar de ter só 192 páginas, daria facilmente para reduzir pela metade e ainda passar a mesma história.

Logo no início é contado o desfecho do livro, o foco passa para entender os motivos para chegar até lá, podemos julgar os atos? Com certeza. Os motivos eram suficientes para as ações? Aí não podemos dizer, claro que há prerrogativas, mas o que faz chegar nesse ponto? Quando se trata do caráter psicológico dos personagens, a sua construção define se são ou não capazes de tais ações, havia um ar de obsessão, com tendências mórbidas, mas mesmo assim ainda parece que foi sem motivações suficientes.

A história em si é confusa, há troca entre presente e passado e traz informações não tão relevantes e até mesmo desinteressantes, que faz o livro se tornar enfadonho. Os pontos positivos ficam na questão familiar, tão importante nos dias atuais, nas dificuldades de se criar filhos, de conciliar emprego, rotina e conseguir dar atenção às crianças. Ter filhos é uma responsabilidade imensa e nada fácil.
Como no início já é contado o final, não há muita coisa pra se esperar do livro.

Foto e resenha no meu IG @marlonbsan

Elfa 04/03/2024

Embarquei nessa leitura sem saber muito do que se tratava e foi melhor assim, porque fiquei aflita a cada página virada querendo saber onde tudo iria chegar. Não preciso nem dizer que me prendeu do início ao fim.

Bookster Pedro Pacifico 01/03/2020

Canção de ninar, Leïla Slimani - Nota 8/10
Quando um livro começa a ficar muito falado e subir na lista de mais vendidos, como vem acontecendo com a obra de Slimani, sempre vem aquela dúvida: será que é puro hype (aquela obra que é alvo de um bom marketing) ou o livro vale mesmo a pena?

Comecei a ler Canção de ninar já com esse receio, mas com a expectativa de ser um daqueles suspenses que prendem muito a atenção. Logo na primeira página, o leitor já recebe aquele soco no estômago. Duas crianças são brutalmente assasinadas por sua babá e os pais não conseguem compreender o motivo para esse crime cruel.

No entanto, a partir das próximas páginas, confesso que o ritmo desandou. Não dá para negar que o livro prende a atenção do leitor, só que, na minha opinião, a história não passa de um bom suspense, com uma história intrigante. Mas não é aí que o livro se sobressai e, muito menos, que tenha levado à autora a vencer o Goncourt, principal prêmio literário da literatura francesa. Na verdade, o que tira Canção de ninar da mera categoria de um “bom suspense” é a crítica social, com um toque de ironia, que permeia a narrativa e que foi muito bem abordada pela jovem escritora franco-marroquina. É o conflito interno de uma mãe que não quer abrir mão de sua carreira profissional e que recorre a ajuda de uma babá, mas que sofre todos os dias com o estigma da mãe ausente. É a visão de um pai que enxerga na mulher a obrigação de cuidar da casa e dos filhos. É o preconceito da família de classe média com os imigrantes que vêm de países pobres para exercer aquelas funções vistas como “menos dignas”. É a falta de importância dos sentimentos e dos problemas de uma babá, que deve se preocupar apenas em fazer um bom trabalho.

Ou seja, o livro não é puro hype! Recomendo a leitura, mas não como uma indicação de um ótimo suspense - já que, nesse ponto, ele não é fora da curva - e sim como uma obra que consegue ser instigante e, ao mesmo tempo, tecer uma boa crítica social, abordando temas extremamente atuais. A escrita é simples e muito rápida, um livro para ser lido em poucos dias.

site: https://www.instagram.com/book.ster

resenhasdajulia 13/03/2021

Gostei e não gostei ao mesmo tempo.
Myriam decide voltar a trabalhar e, por isso, ela e o marido, Paul, resolvem contratar uma babá para cuidar de seus dois filhos.

Quando entrevistam Louise para o cargo, eles ficam encantados e logo se vêem dependendo muito dela. E ela também depende muito deles, o que torna essa relação meio estranha.

Não é o tipo de thriller que vai revelar um grande mistério no final, aliás, nem sei se isso pode ser chamado de final de uma história, porque parecia que estava faltando páginas no livro, de tão aberto que foi.

Izamara Ferreira 17/06/2020

Quem cuida dos seus filhos quando você não está olhando?
O melhor desse livro é a crítica à sociedade que deposita na mulher o papel exclusivo da criação de seus filhos. Como as pressões imposta as mães são muito maiores que aos pais.

@vcdisselivros 09/03/2023

Desconfortável, mas necessário
O QUE VOCÊ PRECISA SABER

° Mãe de dois filhos, Myriam é uma jovem advogada que não vê a hora de voltar ao trabalho. Cansada da rotina, ela enfrenta a relutância do marido e decide contratar uma babá para enfim retomar a carreira.

° A seleção é rigorosa e de todas as candidatas Louise se destaca, seu jeito discreto, refinado e educado indicam que a mulher é a babá perfeita, com um combo de qualidades capaz de fazer inveja aos amigos e às outras babás do bairro.

° Louise é uma máquina, vai além das funções ao manter a casa limpa, organizada e nunca reclamar quando precisa ficar até mais tarde. Como nem tudo são flores, conforme o tempo vai passando, a imagem de babá perfeita vai desmoronando, na medida que a relação com a família vai azedando.

° Apesar dos problemas e dos constantes atritos que visam deixar claro quem está no poder, o casal sabe que não pode ficar sem Louise, enquanto a babá também não consegue imaginar como trabalhar para outra família. Essa dependência mútua desencadeia pequenas frustrações e o acúmulo resulta em uma tragédia.

POR FIM

Sinto dizer que se você espera um livro cheio de plot irá se decepcionar. A proposta em Canção de ninar é diferente, o livro é sem segredos e vai na contramão ao revelar na primeira página o que poderia ser o auge da obra.

Os capítulos posteriores exibem o dia a dia da babá com a família e o fim chega quando nos deparamos com a situação apresentada no comecinho. Isso desanima grande parte dos leitores, que ficam sem entender o hype sobre.

Porém é preciso entender que o objetivo da autora Leïla Slimani não é chocar, mas sim fazer críticas, entre elas o papel da mulher na sociedade, visto que até hoje elas possuem maior cobrança quanto a maternidade, já que é comum ver homens continuando a carreira enquanto esperam que as esposas pausem tudo para se dedicar a criação dos filhos.

Situado na França, o preconceito cultural e entre classes também é abordado, considerando que muitas dessas babás são imigrantes e apesar da proximidade com os pais, enfrentam uma constante afirmação de poder dessas famílias, que precisam deixar claro a hierarquia.

Em suma, um livro propositalmente desconfortável, feito para refletir!

Ted 22/04/2021

A proposta era boa
Primeiro que criei muitas expectativas (não por esperar um terror ou uma babá diabólica) mas esperei muito por um thriller, contudo, a história não conseguiu me prender em nenhum momento.
Os personagens e seus conflitos são bem construídos e a forma como é narrado na terceira pessoa, as vezes intercalando alguns flashbacks nos capítulos apenas funcionaram para contar os fatos porém sem trama alguma.
A autora conseguiu criar uma atmosfera promissora, mas não passou de uma proposta de história boa, não teve suspense, terror, nada.
Uma das maiores decepções literárias do ano.

Elfa.Leitora 16/03/2021

o livro acaba na primeira página.
Logo já somos apresentados ao que seria o que nos prenderia na história, primeira página e pronto: já sabemos o que aconteceu.

Agora nos resta tentar entender o motivo. Mas nem isso tem no livro, ou pelo menos eu não entendi. O que não me surpreenderia, visto que eu li arrastando, porque não estava interessante.

Louise era a baba dos sonhos. Era amada pelas crianças e as tratava como se fossem dela. Fazia tudo perfeitamente, queria agradar os patrões com seu trabalho excepcional. Fazia mais do que lhe era pedido, e fazia muito bem. Dessa forma a familia se tornou cada vez mais dependente da babá e, também, a babá se tornou cada vez mais dependente da familia. E, com tanta proximidade e com Louise já interferindo mais que devia, os pais começam a notar que tudo esta indo longe demais.

O livro vai mostrando o comportamento da Louise e da família enquanto ela trabalhava para eles, mostra a relação dela tanto com a criança, quando com os pais, ela no meio da família toda e também a Louise sozinha em seu próprio apartamento. Como eu disse inicialmente, logo de cara a gente já sabe o que ela fez e até o final do livro não temos uma explicação. Não explica o crime, não mostra os motivos. Só nos resta tentar deduzir.

Acho que seria um livro bom pra estudar comportamento em psicologia. Mas como eu não li pra isso e buscava uma história intrigante e emocionante, bom foi decepcionante. Achei bem ruim.

A leitura é em terceira pessoa, já não é muito do meu agrado. Porém se tratando dessa temática eu já estava pronta para isso, então não me incomodou tanto. Não é uma narração e escrita ruim, só a história não tem o que nos prender mesmo.

Bom, por fim, mas muito importante. Logo na sinopse sabemos que o livro contém gatilhos: assassinato de crianças e descrição do crime e bastante sangue.

skuser02844 27/03/2021

Canção de Ninar
Inicialmente, vou dar uma dica que eu gostaria que tivessem me dado, antes da leitura de Canção de Ninar: não leia pensando ser um thriller, pois, do contrário, você pode se decepcionar.

Achei a obra interessante, com fortes críticas com relação à expectativa de vida em diferentes classes sociais, à maternidade forçada e aos julgamentos que a mulher sofre a partir do momento em que passa a ser mãe.

Um livro que te traz várias reflexões e, entre elas, acredito que uma central: o quanto você acha que conhece pessoas de sua convivência? Já parou pra pensar que, além dos momentos que ela passa com você e da percepção de personalidade dela que você tem, ela, na verdade, possui um universo inteiro de sentimentos, problemas, defeitos e outras vivências, que você nunca imaginaria?

Como ?thriller?, sinceramente, achei decepcionante. Mas gostei da experiência em geral, da escrita da autora, e, como disse, das reflexões pertinentes.

Thiago.Silva 27/07/2020

Bom livro
O livro é um thriller policial,o livro já da o final no começo rsrsrs,a história já começa a mil. Mas o livro não terá apenas o suspense sobre o que aconteceu,ao longo de toda a história ela vai discutir temas como choque de culturas e preconceito. Recomendo

Nati Sampaio 05/10/2023

Fiquei tensa durante toda a leitura desse livro. Não porque ele tem algum tipo de suspense? na verdade, já sabemos tudo o que acontece logo no primeiro capítulo. O que me deixou tensa foi acompanhar a Louise, extremamente perturbada, uma mulher solitária que precisava urgentemente de ajuda. Fiquei me sentindo agoniada com a vida dela, das crianças, de todo mundo. E como mãe, eu confesso que fiquei com o estômago embrulhado. Não é uma leitura leve, embora a escrita seja fluida.
O que temos aqui é uma viagem ao interior da vida dos personagens, seu lado feio, o preconceito, e a minha invisível que divide fronteiras - de países, de famílias, de pobreza e riqueza.
Valeu a pena, mas eu jamais faria uma releitura.

Dyonathan 20/02/2023

Um livro para se sentir desconfortável
Desde a primeira frase do livro, "Canção de Ninar" mostra que é um livro Impactante. A autora, Leïla Slimani, tem uma escrita única onde destila verdades muitas vezes inconvenientes sobre a sociedade que vivemos, o mundo dominado pelo dinheiro, sucesso e os desafios da maternidade e de criar filhos no meio da selvageria do cotidiano.

Na história, Myrian, apesar da relutância do seu marido, decide voltar a trabalhar em um escritório de advocacia. Logo, eles buscam uma babá para cuidar das suas duas crianças. O casal fica encantado com Louise, que se dá bem com as crianças e parece ser a babá perfeita. Com o passar do tempo, a relação entre a família e Louise vai mudando, frustrações acontecendo, até o dia em que ocorre uma tragédia.

Não esperem reviravoltas, plot Twist, porque não tem. Esperem um livro reflexivo, uma viagem pela mente dos personagens, uma viagem profunda pela mente de Louise até chegar ao seu delírio que vai ter dar medo. O declínio de Louise, a tensão constante na história, tudo está lá desde o início. Não será uma leitura que irá agradar a todos, e acredito que o objetivo da autora foi esse mesmo: Ser um livro que vai te fazer se sentir desconfortável com uma profunda crítica social sobre a sociedade em que vivemos e a maternidade.

"Canção de Ninar" vai virar uma série produzida e estrelada pela Nicole Kidman, para a HBO Max.

O livro esteve na lista dos 10 melhores livros de 2018 do jornal The New York Times.

Dani Favalli 27/03/2021

Péssimo!
Uma leitura muito arrastada, confusa!!!
Não sei nem o que escrever.
Acho que minhas expectativas estavam muito altas.

O livro fala da história de uma babá que no começo do livro já sabemos que matou as duas crianças.
Tem algumas partes sobre o passado da babá, escrito de uma forma muito confusa.
Sinceramente, não recomendo esse livro pra ninguém!

fev 13/01/2021

Não é possível. Deve estar faltando alguma parte desse livro. Não curti a escrita e não achei nada de thriller. Aliás, achei bem fraco nesse sentido. O livro só narra coisas cotidianas com um ou outro episódio que faz você duvidar do caráter da babá. Não valeu a pena insistir na leitura.

Maíra Marques | @literamai 30/04/2023

? A CANÇÃO DE NINAR PODE SER MORTAL. ?
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? Myriam é mãe de duas crianças e decide voltar para o mercado de trabalho. Não é que ela não goste de ser mãe, mas não suporta mais ser apenas isso, sente falta da profissional e mulher que fora. Seu marido propõe então que contrarem a babá.
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Louise é perfeita: discreta, educada, gosta das crianças, mantém a casa sempre limpa e não reclama quando precisa ficar até mais tarde. Não demora para que ela passe a fazer parte da família! Ninguém esperava que o pior poderia acontecer...
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O livro se inicia com a tragédia: Duas crianças assassinadas pela babá. O decorrer da trama é o que nos ganha: O que levou Louise a fazer isso?
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Leïla Slimani, escritora e jornalista franco-marroquina, não quis focar na morte das crianças, mas sim no que levou Louise a este ponto, portanto, não espere um desenrolar sobre isto. A história é sobre relações de poder. Louise desejava participar daquela vida burguesa, ser parte da elite. Ela possuía boas referências de famílias por onde passou. Mas sua vida pessoal era uma grande tragédia.
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Do outro lado, Myriam traz a reflexão sobre as cobranças da maternidade. Ao mesmo tempo que queria ser ativa na criação e desenvolvimento de seus filhos, Myriam também queria realizar seu sonho profissional. No fim, a sociedade joga a seguinte pergunta: Onde estava a mãe quando tudo isso (o assassinato) aconteceu? A mãe. Nunca o pai.
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Uma leitura muito rápida e envolvente. Não é uma história espetacular que vai mudar sua vida, mas vale o tempo investido pela reflexão que entrega.