O Alforje

O Alforje Bahiyyih Nakhjavani




Resenhas - O alforje


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Ana Sá 18/09/2022

Milimetricamente bom
Uma crítica que fizeram ao show da Dua Lipa no Rock in Rio serve pra descrever o que achei deste romance:

"Muito bom, com qualidade, mas muito burocrático! Faltou alguma emoção, tudo se manteve no lugar, sem grandes surpresas, sem improvisos!".

Em síntese, o romance (re)conta a mesma história nove vezes, pois cada capítulo dá a perspectiva de uma personagem diferente sobre o mesmo acontecimento. Interessante, né? Sim! O livro é bom (eu realmente gosto da Dua Lipa, gente!), mas seu mérito, a meu ver, fica restrito justamente a uma execução satisfatória de um projeto de texto interessante. Ponto.

Dentro desse projeto, destaco positivamente o papel do deserto na narrativa, já que as personagens estão todas peregrinando na estrada entre Meca a Medina. A ambientação é, nesse sentido, bonita e envolvente. E o fato de a autora ser iraniana faz dos elementos culturais e religiosos outro ponto forte.

Eu não sei ao certo o que os xovens querem dizer quando falam em "livro bom pra curar ressaca literária", mas suspeito que este aqui se encaixe neste grupo. Foi, para mim, uma bela opção de leitura de descanso.

Estou longe de pedir o valor do meu ingresso de volta, mas tampouco foi dos melhores shows da minha vida.
Débora 18/09/2022minha estante
Adorei a resenha!


Ana Sá 19/09/2022minha estante
Obrigada, Débora! ??


Kênia 20/09/2022minha estante
Huahuahuahua esse paralelo. Concordo no que diz respeito ao livro, do show da Dua espero mais.


Thárin 06/10/2022minha estante
Nossa, eu tava adorando, cheguei quase até o final, prosa super lírica. Mas uma hora parei de ler e não voltei mais e não sabia o motivo? acho que você explicou bem


Ana Sá 07/10/2022minha estante
Thárin, fico feliz com seu comentário, pois este livro foi inicialmente difícil de resenhar por ter sido uma leitura morna... Qdo a gte gosta muito ou detesta uma obra, é mais fácil de argumentar! Não foi este o caso aqui...


Thárin 07/10/2022minha estante
Entendo perfeitamente




Leituras do Sam 12/02/2018

Vale pela edição e ineditismo
Se valendo de muitas vozes diferentes para narrar a história e falardas complexas relações religiosas do Irã a a escritora consegue prender a atenção do leitor, mas a mim em particular não conseguiu cativar.
A história de váriosvidas que se cruzam através de um misterioso alforge é repetitiva e cansa nos seus últimos capítulos.
Queria muito ter gostado, mas não foi dessa vez.

@leiturasdosamm
Nana 12/02/2018minha estante
Estou lendo e tendo a mesma sensação, está difícil me envolver. A edição está nota 10!


Raya 23/03/2018minha estante
ao final já não existia mais envolvimento com a história, foi bem cansativo mesmo! ?


Leka 17/04/2018minha estante
Concordo com vc...


Adriana.Silva 25/09/2018minha estante
gostaria de comprar usado, alguém quer vender?


@eleeoslivros 05/10/2019minha estante
esse livro é maravilhoso, um dos mais incríveis enviados pela tag.




Denilsoncampos 27/09/2023

Obra intrigante!
Caminhei, como no deserto, nas páginas desse livro! Cada capítulo tem sua histórias e perspectivas, mas interligados! É incrível como há pessoas que escrevem bem, até mesmo nas opiniões de livros que vejo nas resenhas Internet afora, são impressionantes, imagine só pegar essa autora iraniana! De toda sua gama, vivência, experiência, cultura, idiomas, bater tudo no liquidificador de seu coração e sair O alforge! O capítulo que mais gostei foi da noiva! Uma garota de 14 anos, mimada pelo pai rico, faz coisas estranhas, tem visões e sonhos sensitivos e fica mais na água do que os patos! Ela tem como secretária, amiga e mais próximo de mãe, a escrava falacha que foi a segunda personagem de que mais gostei, mulher sofrida, se eu pudesse a levaria ao céu como Elias em carruagem de fogo! O conteúdo do alforge foi salvo várias vezes pelos braços do destino, e esparramado pelo mundo! O Dervixe, que não é dervixe, me deixou confuso várias vezes com suas trapalhadas, que depois ele mesmo se corrigia! Pretendo ler outras obras dessa autora maravilhosa, muito obrigado por nos presentear com esse livro de outros povos e culturas bem diferentes de nós ocidentais!
Rafaela.Varga 24/02/2024minha estante
Deu vontade de ler só pela sua resenha kkk me interessei


Denilsoncampos 25/02/2024minha estante
Rafaela, eu peguei indicação dele vendo no YouTube , vários comentários das pessoas indicando outros livros, mas muitos citaram O Alforge! Como te disse, ano passado comprei um monte de livros na Amazon Day, e também esse. Quando terminei de lê-lo fiquei chocado que como pode uma pessoa escrever tão bem como essa iraniana! Até hj não sei pronunciar o nome dela. Carla Madeira também...não escreve...borda as palavras! Kkkkkkk




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Matheus 15/12/2020minha estante
o que é a Fé Baha'i?


Luds 15/12/2020minha estante
De uma forma bem superficial, é uma religião que tem como um de seus fundamentos a crença de que todas as outras religiões tem a mesma fonte espiritual. No livro a gnt vê bem isso pq cada um dos personagens tem uma crença diferente com coisas que os unem e também que os separam.




Michel 20/02/2018

Capacidade de Imersão
O livro tem uma capacidade de imersão muito grande. Cheguei a sentir os grânulos de areia no rosto durante a tempestade, o cheiro azedo do cadáver e da boca do peregrino e o calor e caos do porto de Jidá.

Um livro com um toque místico. Um visita ao íntimo de cada um dos personagens.

Livro muito bem escrito. Não é simples narra o ponto de vista de cada um dos 9 personagens de maneira crível.

Depois de 3 livros mornos (Três Marias, Praça do Diamante e Retorno a Brideshead) a TAG presenteou seus associados com um estupendo livro.

Superou o livro As Alegrias da Maternidade.
danigodoy 25/02/2018minha estante
jura que achou "A Praça" morno?


Michel 26/02/2018minha estante
Achei demais! Mas, são impressões pessoais.
Pelo tempo que tenho assinado a TAG, de cada 3 livros, 2 são mornos.
Morno não significa ruim. Rs




Ana Cacau 05/03/2018

Um dos melhores livros que já li... uma entrada maravilhosa no mundo de misterios e acontecimentos espirituais. Amei!!
Lizardo.Romero 22/03/2018minha estante
Oi, Ana, onde você comprou esse livro....


Ana Cacau 18/07/2023minha estante
o livro é apenas para assinantes tag... talvez vc consiga comprar na estante virtual usado




Adriana Scarpin 12/02/2018

Ao ler esse livro tive no pensamento uma constante ânsia de que se todos fossem leitores inveterados o mundo seria tão extraordinariamente melhor que nem sei, não que este seja um daqueles insuportáveis livros edificantes mal escritos que abarrotam as livrarias por aí, é a multiplicidade da narrativa de Bahiyyih Nakhjavani que sucitam tais questões, ela é tão feliz em alinhavar culturas, religiões e personalidades diferentes com suas falhas e seus desejos que é impossível você não enxergar o ser humano de uma forma mais humanizada que é o que a boa literatura traz de melhor. Somando a isso o estilo de sua prosa que parece ter sido extraída diretamente do século XIX, nós temos aqui uma obra deveras interessante.
Plus: Adorei o o "odorama" que veio como mimo da TAG, mais livros deveriam proporcionar tal experiência, só senti falta de alguma coisa que cheirasse a cadáver para incrementar a experiência. Rá!
Naiara.Martins 04/03/2018minha estante
Belas palavras. Confesso que, ao ler as páginas, o odor do cadáver me parece muito mais presente do que os aromas da noiva.




Tony 16/02/2018

A prova de que a diversidade faz parte do nosso mundo
Durante a leitura, tive a sensação de ler um romance diferente a cada capítulo. É impressionante como a autora trabalha as diferentes perspectivas e histórias. Cada personagem, objeto e ambiente se tornavam coisas completamente diferentes na medida que a os capítulos passavam e a estória se desenvolvia pelos pontos de vista de cada personagem. O principal efeito do livro, pelo menos para mim, é dar ao leitor a pespectiva de que uma verdade nunca é absoluta e, como uma "impressão digital psicológica", será diferente em cada indivíduo. Nada nunca é o que parece e, para entender bem, é necessário um grande exercício de compreensão e empatia para com o outro. Com essa ótima e nada cansativa narrativa, a autora nos faz analisar as pessoas de forma menos descartável e rotulada, como normalmente estamos acostumados, e nos faz ter um olhar mais humano. Esse é um livro que dificilmente alguém esquece.
Denilsoncampos 27/09/2023minha estante
Eu terminei o livro ontem! Gostei muito, bem diferente, outros povos e culturas! Gostei da sua resenha que li no começo do mês! Agora, com licença, vou tomar uma segunda xicara de café antes que esfrie!!kkkk Toshikazu Kawaguchi




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Leka 17/04/2018minha estante
Gostei do seu texto... mas, não gostei do livro!




Samantha 24/02/2018

O alforje
Livro muito bem escrito que te levar para o deserto da Pérsia, nove personagens se entrelaçam em torno de um alforje.
Lizardo.Romero 22/03/2018minha estante
Não estou encontrando um link ou uma loja para comprar.
quero comprar, o Alforge, se alguem souber onde que posso comprar me fale.
Obrigado




Ery 30/05/2020

Escrita impecável!
A escrita da autora e a sua escolha de como contar toda a trama, torna o livro extremamente rico em detalhes e até poético. O fato de ver vários ângulos do mesmo acontecimento faz com que possamos descobrir novos detalhes a cada capítulo. Os personagens são muito profundos, apesar de alguns trechos ter ficado inteligível pra mim, algumas expressões não ficaram clara, talvez pela barreira da cultura, religião e tradições.
Só gostaria de ter sido revelado a origem do alforje e quem era o peregrino de quem foi roubado, achei que isso seria revelado no último capítulo, do Cadáver, já que o penúltimo tinha revelado qual futuro que o alforje recebeu.
No entanto o último capítulo, para mim, foi irrelevante, e poderia nem existir, ja que não acrescentou nada na história. Talvez eu não tenha conseguido detectar alguma mensagem subliminar existente, apesar da beleza da escrita nada foi esclarecido.
MARIA 02/06/2020minha estante
Ery, lê de novo o último capito...o cadáver relata seu encontro com o jovem mercador que estava escrevendo o manuscrito...o mesmo encontrado pelo ladrão(beduíno), com o alforje no primeiro capitulo...




Hayke.Alles 07/04/2023

Um aborrecimento
Quando comecei o livro tive muitos dificuldade de me envolver com os personagens e no final parecia que estava no começo, eu já não me importava e só queria que a história acabasse.

Realmente essa leitura não deu certo pra mim, achei todos os personagens desprezíveis e enfadonhas, um único ponto positivo da história foi ter conhecido mais sobre a cultura e religião muçulmana.
Luiza.Thereza 07/04/2023minha estante
Já eu achei incrível a percepção de cada um em relação ao alforje




Germano Dutra Jr 04/01/2022

É minha primeira vez ler um livro da autora vindo do Oriente Médio. Linda história, bem poética e mística. O livro conta nove personagens com seus pontos de vista diferentes, mas há o décimo personagem do livro: belo e misterioso deserto.
Luly @projetocabeceira 04/01/2022minha estante
Curiosa estou. Tenho essa edição e ainda não li




Aletheia (@almaletrada) 27/03/2018

Imaginem um livro que em cada capítulo a estória é recontada. O livro é dividido em 9 partes e temos o mesmo fato sendo contado, capítulo após capítulo, por cada uma dessas personagens. Acrescente a isso, que a obra é quase que inteiramente narrada (praticamente não existem diálogos) e com parágrafos longos. Juntando todos esses ingredientes e fazendo uma mistura, a leitura tem tudo para ser extremamente chata.
Não podia estar mais enganada! A escrita da autora é extremamente atraente e nos faz imergir em cada detalhe do que é narrado ou descrito. Sensações, percepções, aromas (bons e ruins) são descritos de tal maneira, que podemos vivenciar esse universo descrito no livro.
A narrativa se dá em terceira pessoa, sempre na perspectiva das 9 personagens. O protagonista aqui não é uma pessoa específica, mas um alforje que cria uma teia de conexão à medida que é passado entre as pessoas.
Em cada capítulo a autora explora a vida íntima de cada um, descrevendo medos, sensações, inseguranças, amores, esperanças e toda a leva de sentimento que uma travessia no deserto pode suscitar.
Em todos os momentos a religiosidade está presente em diferentes níveis, cada um a interpreta de acordo com sua própria verdade, sempre buscando seus objetivos individuais.
Sem dúvida me surpreendeu, imergir numa caravana rumo ao desconhecido da cultura iraniana, me trouxe excelentes reflexões e ponderações acerca das diferenças. Fiquei encantada pela autora, estória, personagens e escrita. Recomendo demais!!!!


site: www.instagram.com/almaletrada
Vivi 17/04/2018minha estante
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Kristine Albuquerque 14/03/2018

Sobre respeito, empatia e coletividade.
Século XIX. Nove personagens, com experiências de vida singulares, se encontram no deserto do Oriente médio. Uma história sob nove perspectivas, e um exercício de empatia e humanidade.

Um alforje une o caminho de nove pessoas. A partir desse encontro, no qual cada um atribui um sentido único para o objeto e o seu conteúdo, suas vidas são ressignificadas. Pode parecer um enredo bem simples, mas carrega consigo reflexões profundas e atuais sobre respeito às diferenças, empatia e convivência. Cada um dos personagens possui uma religiosidade diferente, o que influencia a interpretação dos acontecimentos pelos quais estão passando. Mas a essência dessas interpretações acaba por se convergir de alguma forma. A narrativa assume um aspecto de fábula, ou uma história contada, e coincide com uma questão que acompanha a humanidade - a ligação entre o humano e o divino, para além de religiões.

Com uma escrita sensível, poética, sensorial e imersiva, a autora nos conduz junto aos personagens durante a peregrinação no deserto e acompanhamos a percepção de cada um sobre o que está acontecendo. Indo além, vemos também o presente, passado e futuro dos personagens, seus sentimentos, suas memórias, dúvidas e angústias. A leitura não se torna cansativa em nenhum momento, pois as perspectivas de cada um levam a dimensões e significados diferentes. A narrativa é em terceira pessoa e onisciente, nos aproximando ainda mais da história.

Acredito que essa é uma obra aberta - não por ter um final aberto, o que não é o caso, mas por suscitar reflexões e interpretações subjetivas a cada leitor/a. Claro que toda experiência de leitura é única, pois caminha com uma história de vida única de quem lê. Mas aqui isso vai além, por dialogar com algo que é único, íntimo, mas também coletivo - fé, religiosidade, identidade, sentido da vida e da morte... Além das interpretações metafóricas, a autora também trabalha questões bem atuais, como imigração, intolerâncias, diversidade... Unindo sua própria história à escrita, o fio condutor da narrativa é a Fé Bahá'í, crença que a autora exerce desde a infância. Longe de impor uma verdade absoluta, a obra nos mostra exatamente o contrário disso: toda verdade que temos é relativa e parcial, pois a verdade absoluta é incompreensível. Essa noção é explorada com cada um dos personagens, pois, ao conhecer cada um de perto, suspendemos os julgamentos criados no capítulo anterior e passamos a compreendê-los. E que ponto maravilhoso é esse, onde através da literatura exercitamos a empatia, em um mundo cada vez mais egoísta. Nessa história olhamos para o outro, para nós mesmos, refletimos e questionamos a cada capítulo, e somos convidados a ser mais humanos uns com os outros.
*Si* 17/03/2018minha estante
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