O Alforje

O Alforje Bahiyyih Nakhjavani




Resenhas - O alforje


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Filyppe.Saraiva 30/04/2020

Um livro com cheiro de fábula
Um alforje cruza a vida de nove pessoas que, de alguma forma, acabam se envolvendo com uma caravana que faz uma travessia de Medina a Meca.

O livro é repleto de camadas, podendo ser lido como uma simples fábula que narra a jornada destes personagens durante a viagem pelo deserto, mas é também abarrotado de significados, com capítulos que abordam como cada um dos personagem encarou a situação da travessia e acabou tendo contato com o alforje.

Nakhjavani nos brinda com um apanhado de amostras dos mais diferentes seres humanos, como se permitisse que espiássemos toda a humanidade por uma fresta, e ali pudessemos entender um pouco melhor o que motiva cada um desses personagens, o que motiva a cada um de nós.

Comparar o livro com as fábulas persas é clichê, mas é algo impossível de evitar. A história inteira cheira a um 1001 noites repleto de contexto e carisma, transformando um personagem que você odeia por uma ótica, no personagem que você ama, quando tem sua história contada.

De maneira bem pouco maniqueísta, o livro brilha em mostrar como todos somos luz e sombra e alguns de nós são também puro aroma e poesia.

Recomendadíssimo!
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Frank 05/05/2021

A autora narra e avança a história por meio de diversos personagens. Cada capítulo é escrito sob o ponto de vista de cada personagem, contando o passado deste, o presente, quando se unem por meio do alforje do título e o fim deste personagem. Apesar de às vezes me parecer repetitiva a história, foi bom enxergar pontos de vista diversos sobre cada um. Um personagem odiável sob um ponto de vista, é tolerável sob outro ponto. Bom livro.
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Vitória 12/09/2022

Eu vi muita gente falando bem desse livro na época em que ele foi lançado pela tag e, depois, quando saiu pela dublinense. Nunca li sequer a sinopse, mas comprei em uma das feiras da USP apenas pelo fato de ser da dublinense. Apesar de ter tido algumas decepções com livros publicados pela editora, vide o caso de as sete mortes de Evelyn Hardcastle, ela geralmente traz boas surpresas pra mim, ainda mais quando estamos falando de autores fora do eixo Estados Unidos e Reino Unido. Aqui o negócio ficou no mais ou menos.
Nesse livro temos uma mesma história narrada por 9 pontos de vista diferentes, então a cada capítulo estaremos ao lado de um dos personagens que participam da narrativa. Apesar de ser uma história única, a estrutura faz parecer mais um livro de contos, e eu acho que o fato de ter gostado muito mais dos dois primeiros capítulos fez com que o resto do livro não me prendesse tanto. O ladrão e a noiva tem de longe as narrativas mais interessantes, e me arrisco a dizer que a do ladrão é a mais bem escrita. Apesar disso, a autora consegue fazer com que o livro não se torne cansativo pro leitor. A cada capítulo ela traz acontecimentos novos, e o fato de, nos capítulos mais a frente, a gente já ter acompanhado outras pessoas falando suas opiniões acerca daquele personagem, desperta a nossa curiosidade.
O teor religioso no livro como um todo é explícito, eu só confesso que não consegui entender muito bem o que a autora quis passar com essas alegorias. Podemos dizer que o alforje é o grande protagonista daqui, uma vez que ele é o único que continua presente do início ao final da história. A gente descobre logo no início que não há nada de "valioso" ali, apenas escrituras que a gente são sabe o que falam mas, pela mudança que ele provoca na vida de todos os personagens, dá pra ver que ele é uma alegoria ou pra escrituras sagradas ou apenas pra um desenvolvimento espiritual. Tenho a impressão de que essa foi a mensagem principal da autora, mas não consegui pegar mais nada nas entrelinhas devido ao fato de não conhecer sua cultura nem sua religião, ainda que aqui ela não levante bandeira em relação a nenhum culto em específico.
Como já disse, foi um livro bom, mas nada demais. Penso que se tivesse acesso a algum texto de apoio a minha experiência poderia ter sido melhor, mas não há nenhum nessa edição. Ainda tenho outra obra da autora na estante, e vou lê-la em algum momento, mas não será agora, vou esperar estar com a cabeça um pouco mais descansada e sem grandes problemas acontecendo na vida pra poder mergulhar profundamente na história.
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Júlia 10/01/2022

...
Não sei se tenho muito a comentar. Eu achei o livro ok, acho que não entendi muito o que tava acontecendo. Os personagens não me cativaram muito, o que é um problema pra mim porque eu geralmente abandono livros com personagens não envolventes. No fim, quis terminar pra entender se haveria algum grande mistério pra ser revelado, como diz na contracapa, e acabei me encontrando com um capítulo final que parece muito com Brás Cubas, o que achei engraçado mas não acho que seja plágio nem nada do tipo, só achei curioso. É talvez o melhor capítulo, pois trouxe algumas reflexões legais enquanto o resto do livro pra mim foi bem monótono, mesmo nos acontecimentos mais marcantes. Acho que eu teria me envolvido muito mais se conhecesse mais do contexto da história, do qual infelizmente desconheço. Talvez tivesse sido um livro maravilhoso pra ler em outra etapa da vida, bem mais velha.
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Janarybd 17/08/2020

Minuto Leitura: O Alforje
De forma mais racional a se pensar, um presságio pode ser encarado como uma análise de sinais ou pela leitura de indícios que se apresentaram em tempo oportuno. Mas se considerarmos as forças invisíveis que regem e sustentam o misticismo e a fé, um presságio pode ser compreendido como uma premonição, profecia ou mesmo por uma forte intuição. E uma vez que esse augúrio toca o coração de uma pessoa, ali se instala uma inquietude que chega até as profundezas da alma. Um sentimento que cresce no peito e clama por mudança, para a evolução. E é disso que se trata o livro “O Alforje”, da escritora iraniana Bahiyyih Nakhjavani e publicado ano 2000.

A autora trabalhou como professora, mas atualmente dedica sua carreira profissional na escrita de ensaios e romances. Por todo o livro, podemos perceber a inspiração calcada na cultura do Oriente Médio, com sua história e personagens célebres, o que revela o engajamento com as questões de sua terra natal. Em especial, o Alforje é carregado de uma filosofia religiosa que vai se abrindo aos poucos, com prenúncios auspiciosos à respeito da vida e os sinais que ela nos dá sobre como seguir os caminhos futuros. A escrita é leve, direta e vai gradualmente crescendo em ritmo e discurso até um ápice.

O que a literatura de Nakhjavani nos demonstra, também, é a força em não aceitar sem questionar, para que se possa ascender em conhecimento, evoluir em defesa da igualdade racial e a harmonia espiritual entre toda humanidade. Em “O Alforje”, a história se abre ao mesmo tempo em que desnuda a vida e os pensamentos de cada um dos personagens, mostrando suas qualidades e defeitos. Com a filosofia servindo como guia para cada desfecho durante a narração, há muito o que se aprender com as palavras contidas ali. Uma leitura rápida, reflexiva e arrebatadora!


site: https://soundcloud.com/user-567764695/minuto-leitura-o-alforje
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Valéria 24/10/2020

Sensacional!
Uma das experiências literárias mais incríveis da minha vida! Sem mais.
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Elane48 20/06/2021

Que livro triste!
Poderia se chamar "A tempestade de vento" ou "O Poço", mas se chama "O Alforje" - um tipo de bolsa cujo conteúdo fiquei sem entender (rolinhos de papel com pequenas e variadas mensagens). Talvez tenha-me faltado sensibilidade, ou então paciência diante de enredo tão maçante. Texto bem escrito - prosa poética - mas me dava sono. Isso explica o porquê de eu ter depreendido tanto tempo para terminar de lê-lo. Tenho outro livro da mesma autora no qual deposito esperança de gostar mais. Destaque para os capítulos dedicados ao Cambista e ao Sacerdote que me encantaram mais. É uma história triste. Não recomendo a quem tem depressão.
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L.a.u.r.e.n 23/08/2020

História com 9 pontos de vista
Eu tinha me esquecido da sensação incrível que é ler um livro que foge totalmente da sua zona de conforto. Estou mais acostumada com histórias best-sellers, ficção científica e fantasia. Encarar um livro que é um conto trazendo 9 pontos de vista de 9 personagens diferentes e falando sobre uma cultura que eu conhecia bem pouco foi definitivamente desafiador.

A história se passa em um deserto. Aprendemos sobre a cultura, religiões do Irã. Vamos ler um mesmo acontecimento através do ponto de vista de 9 personagens, além de saber um pouco mais sobre o passado e futuro da vida de cada um. A forma como vamos desvendando vários mistérios e como tudo se encaixa é magnífico.

Conheci esse livro através do clube de assinatura da TAG. Eles disseram que a escrita de Bahiyyih Nakhjavani contém ?uma linguagem sensorial e poética?, o que eu concordo totalmente.

Alguns capítulos são tão poéticos e com tantas metáforas que admito ter tido certa dificuldade na leitura. Mas NADA tira o seu entusiasmo a cada capítulo. Diria com tranquilidade que é um livro para ser lido mais de uma vez de tempos em tempos durante a vida.
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Séh 09/07/2023

Encantador
Fui sem ter muita noção do que me aguardava e com enorme curiosidade. No decorrer da leitura me deparei com uma escrita extremamente envolvente que me fez mergulhar na história de cada um desses nove personagens.

As histórias se encaixam de forma delicada e intrincada, são mostradas perspectivas culturais diferentes que fazem sentido sem serem expositivas demais e sem tratarem com condescendência o leitor.

Leitura incrível que vale a pena demais!
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Maira Giosa 06/10/2021

Eu adoro como a Tagl proporciona leituras fora da curva, e essa é uma delas. Eu nunca teria lido O Alforje, da escritora iraniana Bahiyyih Nakhjavani se não fosse pelo envio deles e estaria perdendo uma história mística como as próprias dunas do deserto arábico, na estrada sagrada de Medina a Meca.

O livro conta um dia fatídico na vida de nove personagens após um encontro com um misterioso alforje. O Ladrão, a Noiva, o Líder, o Cambista, a Escrava, o Peregrino, o Sacerdote, o Dervixe e o Cadáver contam sua versão desse dia que muda a vida de todos de maneiras muito diferentes.

A autora tece a história com fios mágicos que enredam um personagem no outro, e faz com que cada relato complete ao outro de maneira cativante. A religião é uma questão muito presente, assim como as areias e o sol perpendicular do deserto (usando uma analogia dela própria).

Além de conhecer mais sobre um universo que não é meu, mas é - pois Nakhjavani fala sobre tudo da psiquê humana - me senti como se estivesse lendo uma das estórias fabulosas de Sherazade nas Mil e Uma Noites. Magia pura!

site: https://www.instagram.com/livrosdamaira/
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Camila.Szabo 31/10/2020

Simplesmente chato
Uma caravana cruza o deserto em peregrinação em direção à Meca. São muitos personagens, cada um com seu motivo para essa peregrinação. A mesma história contada por cada um deles, vários pontos de vista, revelações a cada capítulo. A premissa me pareceu interessante e as resenhas aqui no Skoob também me animaram a ler esse livro.
No entanto, achei o livro super arrastado e a narrativa desinteressante. Nem a escrita, nem reflexões e nem história, nada conseguiu me empolgar. Pro meu gosto pessoal, não valeu a leitura.
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Vera 02/02/2022

Recomendo
A escrita me surpreendeu, achei interessante ver sob a perspectiva de diferentes personagens acerca do mesmo objeto. De certa forma, tão simples e para cada um, com significado e importâncias diferentes.
Recomendo a leitura
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Leka 17/04/2018minha estante
Gostei do seu texto... mas, não gostei do livro!




Mariana 16/11/2022

Professando a Fé bahá'í

Imagine-se dentro de uma história onde o hinduísmo, judaísmo, budismo, zoroastrismo, cristianismo, islamismo, fé bahá'í e provavelmente ateísmo se complementam. Essa "complementação" é feita pelos nove personagens dos capítulos que lemos durante "O Alforje".

Devido ao conteúdo excessivo de cultura persa e crenças religiosas eu me senti muito confusa pois meu conhecimento em religiões monoteístas são mínimas. Senti que a cada personagem que lia, eu o julgava. E meu pré-julgamento diminuía após ler a história de vida de cada um e como suas crenças construíram sua personalidade. Creio que esse foi o objetivo da autora. Escrever um ponto de vista diferente de cada personagem que crê em outras religiões para vermos que não existe uma verdade absoluta.

Bahiyyih Nakhjavani, pertence à Fé Bahá'í e seus pais eram missionários da religião. Após descobrir isso, compreendi no término do livro que a intenção é de repassar um dos princípios sociais da religião que é "eliminação de todas as formas de preconceito".

Em muitos momentos achei a escrita mística e poética. Mas no fim, ficou claro que eu recebi uma "mensagem" do último personagem segundo à Fé bahá'í. Antes de ler esse livro, aconselho muito a procurar leituras ou vídeos sobre essa religião. Dessa maneira, você não ficará tão perdide e compreenderá melhor o motivo dos "nove" personagens.
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