Tolos, Fraudes e Militantes

Tolos, Fraudes e Militantes Roger Scruton




Resenhas - Tolos, Fraudes e Militantes


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Jamile.Almeida 29/08/2020

Um atualização dos ?Pensadores da Nova Esquerda?
Scruton primeiro escreveu ?Os pensadoras da Nova Esquerda? em 1985 e explicou como essa ?elite intelectual? se formou no pós guerra, dissecando todo o ressentimento e falta de sensatez que construiu suas teorias e discurso... com este livro ele foi execrado do meio acadêmico, censurado e seus livros colocados a desprezo em galpões. Pós queda do comunismo russo, era o momento de atualizar seu livro, daí surge ?Tolos, Fraudes e Militantes?. Alguns pensadores foram retirados e outros incluídos.
Porém, a base do livro segue em como a esquerda manipula a linguagem para modificar a realidade através da palavra - a famosa novilingua que George Orwell nos explicou tão bem, na sua utopia emblemática ?1984?.
Scruton mostra, sem perdão, como esses pensadores trouxe a falácia da justiça social, que de nada tem a ver com a igualdade de cidadania ou perante a lei, mas sim em como a esquerda só reconhece a diferença entre os intelectuais e o povo, afinal todos os outros são iguais e assim deve ser, menos eles, eles sao especiais! São grandes pensadores. E quem pensa diferente: destruição, com ou sem violência.
E nessa ele nos traz figurinhas conhecidas... desde o casal tenebroso e criminoso - Sartre e Simone Beauvoir - a Lacan que reduziu, a mente humana a números e símbolos com uma generosa pitada de esquerdismo, ao brilhantismo desnorteado de Foucault até sua redenção em leito de morte. Também outros não tão conhecidos pela maioria, me incluo, mas que deixaram e continuam deixando seu legado ?nonsense? e que muitos inocentemente louvam: Lukáks, Derrida, Habermas, Hobsbawn, Gramsci... e por aí vai.
Foi extremamente interessante ter essa visão sobre alguns desses pensadores, me instigou a querer aprender mais sobre eles e ver se compactuo com as ideias do Scruton. Em alguns momentos, Scruton transcreve textos dessas filosofias que até parecem piada de tanta loucura e devaneios que alguns escreveram! Porém o livro não conseguiu sair de três estrelas e meia, não sei se foi a tradução ou se realmente Scruton estava contaminado pela loucura e parasitismo dos pensadores que transformou seu texto em palavras cheias de confetes desnecessários e nem parece o mesmo autor do seu outro livro que li recente, ?Como ser um conservador?. Neste, ele possui uma linguagem clara, linear e concisa.
O livro ficou maçante em alguns momentos e repetitivo, porém qualquer nota maior que três para mim significa que a leitura é válida e essa é extremamente importante, só requer paciência, muita!
Guilherme.Augusto 30/08/2020minha estante
creio q ele não se contaminou, mas sim, se entregou à ideia dos que ele citava, pra explicar a essência de cada um deles!
loucura total


Jamile.Almeida 30/08/2020minha estante
Acho q sim ?. Mas vale a leitura! To cheia de curiosidade de ler coisas desses caras!


Claudia.livros 30/08/2020minha estante
Estou lendo também. Mas estou lendo muito devagar, porque tenho que conciliar leitura, trabalho, faculdade e casa. Mas estou gostando bastante.


Jamile.Almeida 30/08/2020minha estante
E é um livro que requer atenção. Pra ser lindo devagar mesmo




Fabio Junio 22/04/2018

Indispensável
Da série "INDEX LIBRORUM PROHIBITORUM” dos cursos de ciências humanas no Brasil.

Scruton, mais uma vez, como era de esperar, com uma prosa elegante, objetiva e incisiva, desnuda as charlatanices, “nonsenses”, e como o título deixa bem claro, as tolices, fraudes e as canalhices militante dos principais expoentes da esquerda, como E. P. Thompson, Ronaldo Dworkin, Eric Hobsbawm, , Jean-Paul Sartre, Jacques Derrida, György Lukács e outros.E não faz isso baseado em achismos, mas a partir da obra e termos usados pelos próprios autores.
Embora esse autores, associados à Nova Esquerda, tenham chegado à proeminência nos anos 1960 e 1970, Scruton analisa como suas suposições evoluíram desde 1989 e aos poucos foram se tornando dominantes nos principais centros de poder político, sobretudo nas universidades.Mas não se enganem: o sucesso e predominância da esquerda na maioria dos países da Europa e américa Latina, não se deve à riqueza de seu conteúdo, mas do desvirtuamento da linguagem. Assim, palavras tão belas como “Libertação” e “Justiça social”, são usadas para esconder a real intenção da militância, qual seja, no caso da “libertação”, a emancipação das “estruturas” - “instituições, costumes e convenções” - bem como a desconstrução de instituições indispensáveis, como “família, escola, lei e Estado-nação, por meio das quais a herança da civilização ocidental chegou até nós”. Já o objetivo da “justiça social” é menos igualdade do que um rearranjo total da sociedade, na verdade, “uma demanda mal disfarçada pela “limpeza total” da história que os revolucionários sempre tentaram".
"Novilíngua", termo retirado do clássico 1984, de George Orwell, sintetiza o desvirtuamento da linguagem sem a qual a Nova Esquerda simplesmente não existiria. A Novilíngua é uma linguagem que se utiliza de sua própria sintaxe nem lida com a realidade dos fatos, pelo contrário. Seu real objetivo é "proteger a ideologia dos ataques maliciosos realizado pelas coisas reais", o que explica a "completa inversão na ordem normal entre língua, percepção e realidade - o triunfo das palavras sobre as coisas"

Sobre tudo isso, Scruton analisa a aprofunda através da obra e termos usados pelos próprios pensadores da Nova Esquerda.

Recomendadíssimo!
Dan 25/01/2019minha estante
''INDEX LIBRORUM PROHIBITORUM dos cursos de ciências humanas no Brasil'' kkkk amei! FATO Scruton e outros autores conservadores de porte são proibidos nas academias, nunca vi um único exemplar dele nas universidades de minha cidade. O poder dos '''mensageiros acadêmicos do mundo melhor'' reside na ignorância de seus alunos.


caio.lobo. 14/08/2020minha estante
Scruton é um autor e filósofo fenomenal, já está fazendo muita falta.




pedrocipoli 06/09/2018

f(S...S’)S=~S(-)s
O título resume bem o “pensamento” de um dos autores explorados no livro. Trata-se de Jacques Lacan, e pode parecer alguma espécie de conhecimento superior, mas não. É apenas uma linguagem que é propositadamente confusa para esconder uma “ideia” que pretende ser complexa, mas é simples, e geralmente fraudulenta. Como diz Roger Scruton: (peço desculpas por possíveis erros de digitação) “Em função de sua imensa desfaçatez intelectual, sua truncada regurgitação de teorias que claramente não explorou nem entendeu não possui paralelos na literatura recente”.
Então que tal o “Mas, pela própria reciprocidade de coerções e autonomias, a lei termina escapando a todos e, nos agitados momentos de totalização, surge como Razão dialética, ou seja, externa a todos porque é interna a cada um, e como totalização em desenvolvimento, embora sem totalizador, de todas as totalizações totalizadas e de todas as totalidades totalizantes” de Jean-Paul Sartre? Trechos como esse são comuns em todos os autores de “Tolos, Fraudes e Militantes”, uma obra-prima sobre o pensamento da Nova Esquerda.
Os autores estudados incluem os já mencionados Lacan e Sartre junto com Hobsbawn, Thompson, Galbraith, Dworkin, Foucalt, Habermas, Althusser, Lacan, Deleuze, Gramsci, Said, Badiou e Zizek, além de Adorno, Lukacs, Marcuse, Anderson, Horkheimer e Rorty. Uma pletora de “intelectuais” presente em qualquer faculdade de humanas, reverenciados como os profetas de um mundo melhor.
O que têm em comum? Um compromisso visceral com o comunismo, em especial uma tentativa de salvar Karl Marx dos resultados genocidas de suas teorias. Mais ainda: salvar Karl Marx da Realidade, tentando protegê-lo da fraude que ele realmente é. Não aceitam qualquer ideia que contrarie suas visões de mundo e consideram Karl Marx uma espécie de Jesus laico. Rejeitam obstinadamente a realidade e, quando esta invariavelmente se prova correta, bom, pior para a realidade.
Outro ponto, uma burocracia linguística inacreditável é proposital. Escrevem “difícil” não por explorarem uma teoria complexa, mas exatamente para não serem compreendidos. O que é esperado, já que quando alguém entende o que eles realmente querem dizer, como é o caso de Roger Scruton, acha-se apenas compromisso ideológico e teorias infantis que se auto contradizem e, em alguns casos, são francamente criminosas.
Hobsbawn, por exemplo, apoiava abertamente os gulags. Não a ideia romântica dos comunistas de iPhones atuais de que os gulags eram o paraíso. Não como um desvio. Os gulags que torturavam todos e qualquer um. Os gulags como solução para os “traidores do movimento”. Esse mesmo Hobsbawn que ainda hoje é visto como um historiador sério por qualquer estudante de humanas que manda você ler história enquanto dizem que a nossa ditadura militar foi o pior acontecimento de todos os tempos (os milhões e milhões mortos em nome do comunismo são apenas um detalhe técnico).
Dworkin, outro que merece destaque, é o criador desse retrocesso civilizatório que é o ativismo judicial. Segundo ele, pouco importam as leis, mas sim o que um juiz diz, mesmo que ele decrete exatamente o contrário do que está previsto na lei...baseado na lei. É o “avô” do nosso STF, os não eleitos que jamais seriam eleitos, que querlegislar sobre tudo, da legalização do aborto até sobre o planejamento de fronteiras (protegendo seus camaradas corruptos, claro).
Que tal Adorno, Habermas, entre outros da Escola da Frankfurt? Os nascidos em berço de ouro que se consideravam os donos do proletariado. Não o proletariado real, é claro, mas sim o proletariado teorizado por eles mesmos. Nas palavras de Scruton: “Parece que o pensamento proletário não é encontrado na obra de escritores proletários, mas somente nos clássicos marxistas”. Essa idealização dos pobres que existe até hoje, com intelectuais que acreditam saber o que eles pensam, o que geralmente é o contrário do que a “classe” proletária realmente quer. Intelectuais e esquerdistas em geral acreditam ser os donos dos pobres, sabendo o que querem, o que sentem, mesmo que não tenha a menor evidência na realidade. A realidade é, afinal, uma “invenção burguesa”.
Habermas, que escreve com uma “burocracia linguística”, não explica nada e não tem nada a dizer, e exatamente por isso é adorado. Depois de um estudante de humanas dedicar tanto tempo à leitura de seus livros (se é que leu algum, considerando a mecânica de uma faculdade de humanas), a solução é defendê-lo sem saber o motivo, recitar passagens que não entendeu (e que não significam nada) até a morte. Mas nunca, jamais, admitir o vazio de ideias das suas teorias.
E que tal Gramsci, esse que até ontem era visto como uma teoria da conspiração? Universidades, mídia e intelectuais completamente intoxicados por ele, transformando nosso país em regime totalitário de cultura. Discordar virou crime, discutir somente quando ambos concordam com uma opinião de esquerda. Olavo de Carvalho (A Nova Era e a Revolução Cultural, 1994) disse que isso aconteceria há mais de duas décadas, mas ele é um “fascista, direitista, ocultista, agente da CIA e amante da ditadura”, então ninguém deu bola.
Por fim, sinto a obrigação de destacar o monumento cultural que é Roger Scruton. Além de ser uma verdadeira enciclopédia humana, faz algo que não vemos mais hoje: um tratamento respeitoso de seus “oponentes”. Mesmo mostrando o vazio filosófico dos autores acima, o faz com respeito e educação. Seus livros seguem a linha “essa teoria está errada por causa disso, disso e disso, e aqui está a prova”.
Tolos, Fraudes e Militantes deveria ser leitura obrigatória em qualquer universidade de humanas do país e do mundo, além de ser insubstituível para quem quiser conhecer os autores responsáveis pelo “totalitarismo cultural” atual. Não consigo ser claro o suficiente sobre a importância dessa obra, mas vou tentar: comprem “Tolos, Fraudes e Militantes”, leiam, anotem, releiam, passem para seus amigos, converse sobre ele. Se você tiver que escolher um livro para ler este ano, leia esse.
Jeiel.Gabrir 03/07/2019minha estante
Obrigado Pedro, gostaria d ter escrito algo q vc tão brilhantemente não houvesse escrito. 1 abraço.




Guilherme.Augusto 20/08/2020

A busca pelo nada
Os pensadores da nova esquerda, creio que todos eles, sem exceção, são uma versão do "deus" Marx. Sim, uma versão desta figura onipresente e por que não, onipotente?! Seguem à risca seus "ensinamentos", ideologia (leia-se: ciência) e a tão famigerada "práxis proletária". Colocam em prática cada vírgula escrita do endeusado filósofo, pensador, cientista, artista e tutti quanti que vocês possam imaginar. São suas crias, leais ao abstrato da teoria marxista, cuja dicotomia é o que move o raciocínio, acusando um inimigo imaginário de toda a culpa pelos males do mundo e do outro lado, o paraíso futurístico igualitário.

Sir Scruton, mestre legítimo no entendimento do que têm a dizer estes seres insanos, desmascara cada faceta, um por um, com tal maestria e devoção, que a percepção torna-se fácil.

Na minha visão, o foco aqui é a artimanha da novilíngua usada e abusada por eles, no intuito de destruir a realidade vigente. Entenda-se: tudo é simplificado quando mudamos a maneira de dizer, dando outra nomenclatura, distorcendo significados, alterando o passado (escondendo as verdades e os acontecimentos empíricos). Exercem com tamanha cara de pau métodos surreais, com terminologias inteligíveis, que não dizem coisa com coisa, mas que em seu âmago, o significado é um só: a tão sonhada igualdade de classes, custe o que custar.
A capacidade de florearem, de maquiarem, de ofuscarem suas escritas, falas e pensamentos, é digna de respeito, não nego. São textos completamente confusos, tautológicos, que liga nada à lugar nenhum. Em termos.
Por de trás das cortinas foscas de suas linguagens, o ressentimento, o rancor, o ódio, a repulsa ao inimigo é vociferado. Inimigo este imaginário, abstrato, que não pode ser tocado, mas com certeza, DERRUBADO. Nada melhor que uma revolução ou golpe de estado, coisa simples e corriqueira nos devaneios sórdidos dessa trupe.
Através destes recursos, com os poderes que tinha sobre as pessoas, principalmente alunos e palestrados, de certa maneira os convenciam a juntarem-se à causa. Livros e mais livros, palestras atrás de palestras, ensaios após ensaios, formaram a nova esquerda, que almejava a tão sonhada igualdade.

Segundo eles, lutavam/lutam em favor da liberdade e justiça social; em prol dos oprimidos e lesados física e mentalmente pelo terrível inimigo em voga, o CAPITALISMO. Classificam o "terrível" capitalismo como ilusão, um antro de não-verdades (não reais ao que realmente é real), obviamente, em relação ao que eles acreditam ser verdadeiro (loucura, né?). E esta verdade irrefutável é abstração em si mesma, um futuro que nunca chega, o paraíso onde intelectuais e proletários são um só, e não o Outro (o inimigo imaginário personificado no "burguês"). Um lugar que a liberdade enfim é conquistada e gozada por qualquer um (desde que esteja abraçado com o ideal), sem leis, instituições e superestrutura, porém, sendo o Estado o gerenciador das coisas, elevado à fé, o centro do bem comum (ou como diria Gramsci: a "hegemonia").

Este fetiche perdura até os dias de hoje. Insistem que os "burgueses", a cultura burguesa, são exploradores do trabalho humano, objetando (ou como diria Lukacs: reificando) os seres, perdendo sua identidade de sujeito à objeto, entre outras coisas.
Poderia ficar horas escrevendo sobre tais insanidades profanadas.

Enfim, "Tolos, Fraudes e Militantes" é um estudo rico e revelador. Expõe pormenorizadamente os pensamentos destas figuras importantes à nossa compreensão de porque o mundo está do jeito que está. Recomendo a leitura, afinal, é sempre bom saber os dois lados da história.
Jamile.Almeida 20/08/2020minha estante
????????




Cesar Kucker Martins 24/04/2021

As pessoas em nossas sociedades possuem coisas, incluindo seu trabalho e podem trocar essas coisas livremente com outras pessoas. Podem comprar, vender, acumular, poupar, partilhar e dar. Podem gozar de tudo que seu trabalho livremente exercido lhes assegura e até mesmo, se assim escolherem, nada fazer e ainda assim sobreviver. Você pode retirar a liberdade de comprar e vender, pode compelir as pessoas a trabalharem em termos que não aceitariam livremente; pode confiscar propriedade ou proibir essa ou aquela forma dela. Mas se essas são as alternativas ao "capitalismo", não há, hoje, nenhuma alternativa real que não seja a escravidão.
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Vinícius 01/05/2021

Revolução Cultural
Os pensadores referidos no livro utilizam um novo formato de introdução do comunismo deixando de lado a luta de classes e inserindo um novo caminho mais lento e muito mais dominante, que é o domínio da cultura mundial em todos os meios: teatro, cinema, artes, novelas, universidades e escolas, fazendo de estudantes, mais um instrumento para implantação desejada. Personagens como: Sartre, Gramsci, Adorno, Badiou, Thompson, Hobsbawm, Lukács, dentre outros tem parte de suas teorias detalhadas nos levando a compreender como esse domínio cultural vem se propagando em todos os continentes.
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Victoria 11/04/2020

excelente, mas cansativo
Extremamente completo, Scruton justifica todas as teorias sobre as quais é contrário explicando-as ponto a ponto. Por esse motivo, torna-se bastante denso e cansativo.
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Marcella.Pimenta 15/11/2022

Um almanaque de ideias ilusórias, irreais e sem sentido
Scruton descreve e critica teorias de autores esquerdistas famosos, como Sartre, Gramsci e Foucault, e outros pouco conhecidos, a exemplo de Deleuze, Badiou e Galbraith.

Além de discorrer sobre a vida dos teóricos, Scruton menciona a "teoria crítica", associada à Escola de Frankfurt.

Ideias mais difundidas (a hegemonia cultural de Gramsci ou a cultura de massa de Adorno) são facilmente compreendidas (você consegue acompanhar a tese do autor e a oposição a ela), mas existem aquelas que me pareceram pura groselha (o Outro de Lacan).

São teorias que misturam psicologia, sociologia, filosofia e um bocado de ilusão. A alternativa ao capitalismo tão demonizado é uma utopia, um mundo sem regras que seria impossivelmente harmônico.

Ao final, Scruton defende que a real negação a estes autores não está na política, e sim na cultura e na religião.
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Kaique.Nunes 07/03/2019

Em 1985, Roger Scruton publicou seu livro “Pensadores da Nova Esquerda”, onde fez uma análise e reflexão crítica em cima dos pensadores que de alguma forma fundamentaram o que hoje pode ser chamado de “Nova Esquerda”, ou seja, o movimento político surgido a partir de 1960.

Tolos, Fraudes e Militantes tem o mesmo propósito, porém é uma obra mais madura, escrita em 2015, e com novos ícones, já que algumas influências surgiram ou ganharam destaque posteriormente ao primeiro livro. Scruton primeiramente expõe uma síntese da contribuição dos pensadores, abordando suas principais obras e comentando alguns de seus conceitos, e faz suas críticas. Os autores estudados incluem: Lacan, Sartre, Hobsbawn, Thompson, Galbraith, Dworkin, Foucalt, Habermas, Althusser, Deleuze, Gramsci, Said, Badiou e Zizek. Esses são os que é dada mais ênfase, porém também comenta sobre Adorno, Lukács, Marcuse, Anderson, Horkheimer e Rorty.


site: https://www.instagram.com/leredespertar/
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Rogerio.Flores 11/12/2022

Tolos, fraudes e militantes
Roger Scruton, filósofo conservador inglês, utiliza este livro para realizar uma análise detalhada dos trabalhos dos principais pensadores da nova esquerda. Desde os filósofos influenciados, como Kant, passando pelos marxistas ortodoxos, pelos dissidentes e pelos formadores da escola de Frankfurt, Scruton parte para analisar os argumentos, críticas e propostas produzidas por cada um. Sem deixar de apontar os pontos coerentes, o talento e até a genialidade de alguns autores, Scruton disseca cada extrato, passando pela evolução do pensamento aos seguidores e influenciadores, referenciando as revistas e editores que propagaram o pensamento. Muitas vezes com acidez, mas sem faltar coerência e argumentação, Scruton aponta as falhas de pensamento, ausência de logica racional e como cada autor tenta defender argumentos falhos e infundados. Ainda assim, indica quais seriam as possíveis respostas dadas aos seus questionamentos e o que não respondem, montando praticamente um diálogo aberto e construtivo. Para finalizar, Scruton faz o que seus opositores não fizeram, define os caminhos do pensamento da direita e como devem propôr soluções e trabalhar as respostas para as críticas que a sociedade atual expõe.
Um livro para ser lido com calma e atenção, podendo ser revisitado mais de uma vez. Recomendo firmemente.
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Ruan Ricardo Bernardo Teodoro 12/02/2023

Militantes sim, tolos é exagero
Nessa obra, Roger Scruton apresenta ao longo de sete capítulos diversos pensadores da "Nova Esquerda". Desde Gramsci, Folcault, Habermas e Sizek, Scruton discute as teses e teorias desses pensadores a fim de demonstrar em que medida suas conclusões são equivocadas.

Como proeminentes pensadores da Esquerda, os intelectuais discutidos aqui possuem algo em comum: Eles veêm as instituições e os costumes tradicionais como instrumentos de dominação burguesa e tem por objetivo a luta pela justiça social.

Nessa perspectiva, em vista do progresso e do humanismo marxista, as estruturas "burguesas de dominação" devem ser substituídas e os ativos econômicos da sociedade constantemente redistribuídos para garantir a igualdade social.

O que escapa do raciocínio desses pensadores, contudo, é que as mesmas estruturas que pretendem "substituir" serviram até então para ordenar a sociedade e que na falta delas as novas estruturas "liberais-democráticas" propostas pelos progressistas não foram capazes de ordenar a sociedade como as antigas (a participação de jovens mais em manifestações políticas do que em grupos comunitários civis e religiosos, por exemplo, é evidência desse estado de anomia).

Além disso, a justiça social sem o equilíbrio da justiça clássica (dar a cada um conforme seus esforços), força a sociedade a se adequar ao modelo político da redistribuição, mesmo que, em um de seus aspectos, a justiça seja um sentimento pessoal que se desenvolve nas relações pessoais entre particulares que cooperam entre si "de acordo com uma mão invisível".

Em suma, Tolos, Fraudes e Militantes é um bom trabalho para se conhecer os autores da "Nova Esquerda" e suas teorias, sua leitura, entretanto, não descarta a leitura dos textos dos autores mencionados, alguns dos quais são pensadores de alta qualidade e que em relação à eles seria desonesto reduzir o alcance de suas teorias apenas à projetos políticos mal fadados.
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Luiz.Flavio 04/04/2019

A nova esquerda.
Uma crítica ao pensamento da nova esquerda em sua tentativa de blindar seu pensamento da realidade e da razão.
Scruton vai a fundo dividindo diferentes escolas sendo capaz de destrinchar pensamentos complexos como de Lacan e seu nonsense de maternas.
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mingra2 30/04/2021

Demolidor de falácias
Nem há necessidade de falar da competência do Scruton, ele demonstra “ethos” suficiente. O que deve ser apontado é a gratidão que os conservadores devem a ele e a este trabalho. A teia de falácias, sobretudo da falácia da autoridade, a arrogância, a malandragem do hermetismo são expostas de modo franco e corajoso, ele destrói o encantamento da serpente. Scruton nos concedeu o sabor da vingança contra estes encantadores de tolos. Os mortais honestos podem perceber a malandragem, mas não é fácil expô-las, este é o sentido e a relevância da obra.
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o.caioalmeida 05/10/2022

Bom
Scruton é um autor fenomenal, certamente brilhante na atualidade.
O revés do livro é tratar de muitos nomes que, particularmente, não conheço e (pode ser total ignorância de minha parte) não são muito falados atualmente.
Provavelmente, foi uma obra fundamental quando foi lançada no século passado. Mas, ao meu ver, perdeu um pouco da importância agora. Afinal, quase ninguém (na minha percepção) da esquerda comenta sobre esses autores.

Há nomes muito importantes como Hobsbawm, Foucault, Sartre, Habermas, Lacan.
Mas há pessoas menos conhecidas que tornam o livro um pouco chato, como Galbraith, Dworkin, Althusser, Badiou...
Se você conhece esses nomes, então não espere mais um segundo para comprar o livro!
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Nilcilene.AraAjo 10/11/2022

O livro Tolos, Fraudes e Militantes é uma atualização do clássico Pensadores da Nova Esquerda, escrito por Roger Scruton em 1985, foi publicado antes do fim da União Soviética.

É uma junção de artigos, onde o escritor desmistifica as teorias de pensadores da nova esquerda como: Hobsbawm, Thompson, Galbraith, Dworkin, Sartre, Foucault, Habermas, Althusser, Lacan, Deleuze, Gramsci, Badiou e Žižed. Fazendo uma análise crítica, mostrando quais são as ideias que esses pensadores utilizam vindo do marxismo.

O objetivo é nos mostrar, como a esquerda usa novas estratégias para tomar o poder, seja no uso da novilíngua, no monopólio das virtudes, seja sempre defendendo uma revolução ou até mesmo uma luta de classes. Mostrando principalmente, que os pensadores não conseguem explicar, aonde se chegaria se houvesse a "tal" revolução ou como nós estaríamos se vivêssemos sem propriedade privada.

"A classe é uma ideia atraente para os historiadores de esquerda porque denota uma coisa que nos divide. Nação, lei, fé, tradição, soberania - essas ideias, por contraste denotam coisas que nos unem. Assim, tem sido, um projeto vital da esquerda mostrar que essas coisas são de certo modo ilusórias e não representam nada de durável ou fundamental na ordem social."
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