Evangelização teocêntrica

Evangelização teocêntrica R. B. Kuiper



Resenhas - Evangelização teocêntrica


2 encontrados | exibindo 1 a 2


Lucio 30/01/2010

q livro!
este livro, simplesmente, me 'encorajou' a afirmar q sou calvinista!
comentários(0)comente



Niltom.Mota 21/04/2020

Resenha capítulo por capítulo.
EVANGELIZAÇÃO TEOCÊNTRICA R. B. KUIPER
O capítulo 1 tem como tema Deus, o autor da evangelização. E aqui o autor vai trazer a verdade de que o Deus Trino é o autor da salvação. Kuiper vai falar que Deus Pai concebeu a evangelização na eternidade, e foi também na eternidade que Deus comissionou seu Filho para que morresse por nós na cruz. O autor coloca Deus Pai como o causador da evangelização, causa essa feita na eternidade.
Ele continua falando que o Filho também é o autor da salvação. Ele, o filho é o proclamador desse evangelho, através dos antigos profetas. Depois Ele mesmo desceu e proclamou o evangelho, e após sua ascensão o Filho passou essa responsabilidade aos seus apóstolos e a toda a igreja.
O autor conclui a sua fala sobre o filho dizendo:
?...ressaltemos que o Filho de Deus não ocupa apenas o primeiro lugar daquela classe de homens conhecidos como missionários ou evangelistas. Como missionário e evangelista, Ele pertence a uma categoria exclusivamente dele. Ele é incomparável. Ele criou o Evangelho. Ele constitui o tema central do Evangelho. Em última análise, Ele é o único e exclusivo pregador do Evangelho. Ele faz eficiente aplicação do Evangelho, mediante o Espirito Santo. E Ele não precisa do Evangelho. Isso tudo só se pode dizer do Filho de Deus e de mais ninguém.?

E Kuiper conclui o capítulo dizendo que o Espírito Santo é o autor da evangelização. Ele é aquele que capacita o homem a crer e a ir. O autor desenvolve o assunto dizendo que o Espírito Santo capacitou a igreja a tornar-se uma igreja que testifica, vocaciona e guia os evangelistas para a realização da evangelização, Ele abriu as portas para a pregação do evangelho e preservou o evangelho no decorrer da história.
No capítulo 2 Kuiper demonstra o infinito amor de Deus e a evangelização. O capítulo é dividido em 4 partes, a primeira parte fala sobre o ?amor soberano?.
Interpretando o texto de João 3.16, Kuiper conclui que a razão de Deus amar o mundo não se encontra no mundo em si, mas sim nEle mesmo. A outra parte fala do ?amor sacrificial?, onde Deus vai entregar Seu Filho, que Ele ama de todo o coração, para morrer no lugar de pessoas que não merecem esse sacrifício. A terceira parte desse capítulo intitulada ?amor que? o autor vai dizer que apesar do amor de Deus ser infinito ele não salvará todas as pessoas da Terra, mas a salvação abrange apenas aqueles que creem no Filho de Deus. Na última parte do capítulo lemos sobre o ?Amor Universal?, ou seja, apesar da salvação não ser para toda a humanidade o amor de Deus alcançou as pessoas universalmente.
No capítulo 3, após uma breve explanação do que é a doutrina da eleição, Kuiper faz uma conciliação sobre a eleição e a necessidade da evangelização. Basicamente o autor diz que uma não exclui a outra. Em suma ?A eleição exige a evangelização?.
Passando para o capítulo 4 o autor fala sobre a aliança da graça e a evangelização, Kuiper inicia fazendo uma relação entre a aliança e o decreto da eleição, onde a eleição foi estabelecida por Deus na eternidade e a aliança da graça foi estabelecida no tempo. Outro ponto importante é que a aliança não foi um acordo feito entre Deus e o homem, mas sim uma determinação de Deus a favor do homem. Através desse pensamento o autor segue o seu raciocínio afirmando que a aliança da graça e a evangelização são inseparáveis. Em outro ponto Kuiper diz que o a nação de Israel era separada das nações pagãs para que através de Israel Jesus viesse e proclamasse o evangelho a todas as nações, era a separação para o universalismo.
No capítulo 5 intitulado ?A Soberana Comissão de Deus e a Evangelização? Kuiper inicia defendo que os calvinistas defendem a doutrina da soberania de Deus, mas não descarta a doutrina da responsabilidade humana, fazendo um contraste ao ensinamento arminiano. Seguindo o mesmo assunto o autor fala sobre a soberania mediadora de Cristo, que por causa da sua obediência, Deus o tornou cabeça sobre todas as coisas e através dessa soberania Cristo comissionou a sua igreja à Grande Comissão.
No capítulo 6 kuiper fala sobre ?Deus e o Escopo da Evangelização?. Ele inicia o capítulo defendendo a tese de que na antiga dispensação o nacionalismo presente não era absoluto, pois Deus tencionava salvar também outras nações, por isso não se pode dizer que a antiga dispensação era somente nacionalista, mas também universalista. No entanto o universalismo absoluto é inaugurado como a morte de Cristo. Outro ponto importante para salientarmos nesse capítulo é onde Kuiper diz que o pentecostes não é o início da igreja, como muitos dizem, mas é um momento de importante transição passada pela igreja do nacionalismo para o universalismo. O autor continua o capítulo falando sobre o universalismo na igreja apostólica, iniciado por Pedro e continuado pelo apóstolo Paulo. E fala também sobre o universalismo na igreja atual.
Passando para o capítulo 7 o autor vai falar sobre a urgência da evangelização, e ele inicia dizendo que a urgência da evangelização habita em Deus, somente o Deus Trino pode salvar. Outro ponto urgente para a evangelização segundo Kuiper é a eminente volta de Cristo.
No capítulo 8 Kuiper vai discutir sobre os motivos da evangelização. Primeiro precisamos saber que evangelizar para alcançar motivos terrenos não é evangelismo. Tendo isso em mente o autor passa para os motivos da evangelização dizendo que o primeiro motivo é o amor a nós mesmos sem egoísmos, o segundo motivo é o amor ao próximo, o terceiro motivo é o amor a Deus, esse último motivo abrange todos os outros e é o mais significante de todos.
No capítulo 9 intitulado Deus e a meta da evangelização, Kuiper diz que ao contrário do que muitos pensam, a meta para a evangelização não tem como ponto principal a salvação das almas, mas o ponto principal de qualquer evangelização é a Glória de Deus. Depois disso vem os pontos secundário que incluem: A salvação das almas, O crescimento da igreja e a vinda do Reino de Cristo.
Passando para o capítulo 10 Kuiper fala sobre Deus e a agente da evangelização. Esse agente em que Kuiper fala é a igreja, ou seja, ela (a igreja) é responsável por levar o evangelho aos perdidos, e ela faz isso preparando e enviando missionários e também os seus próprios membros sendo responsáveis por essa missão. A igreja além de ser uma organização ela também é um organismo. A organização é operada por meio dos seus oficiais e como organismo ela atua por meio dos seus membros individualmente.
O capítulo 11 o autor fala sobe ?Deus e a abordagem da evangelização?. Muitos afirmam que os pagãos estão famintos pelo evangelho, Kuiper acertadamente diz que essa frase é equivocada por causa da depravação em que o homem se encontra. E sem a ação do Espirito Santo o homem nunca desejaria a reconciliação com Deus. O autor aborda também que existe no homem o censo do divino, e que isso torna todo o homem um ser religioso e esse pode ser o ponto de contato para aqueles que levam o evangelho aos perdidos. Kuiper enfatiza também que nem toda religião é completamente falsa, existem nelas algumas crenças que podem ser utilizadas pelo evangelista para alcançar seus adeptos.
Passando ao capítulo 12 Kuiper aborda sobre Deus e os meios da evangelização. O autor desenvolve sua tese encima de dois argumentos: o primeiro é que Deus utiliza a palavra dEle para levar pecadores a fé e que utiliza para edificação dos já convertidos a palavra e os sacramentos instituídos por Ele. Kuiper segue dizendo que a Palavra é o principal meio pelo qual o Espírito Santo produz fé no coração do homem. Outro ponto muito importante desse capítulo é sobre a palavra de Deus e a conduta exemplar, onde Kuiper leva em consideração a questão da pregação como estilo de vida e não somente como um momento no culto ou na evangelização, ou seja, devemos viver o que pregamos. Outro meio de graça tratado pelo autor é a oração. Kuiper enfatiza que apesar da importância da oração, ela não é a palavra de Deus, ou seja, não adianta orar por conversões e depois ficar de braços cruzados e não pregar o evangelho é abominação e o cumulo da loucura
Deus e a mensagem da evangelização é o titulo do capítulo 13 desse livro, onde Kuiper se atém ao caráter teocêntrico dessa mensagem. O primeiro ponto a ser tratado fala sobre o evangelho do arrependimento, e esse deve ser o primeiro ponto a ser abordado na evangelização. O segundo ponto tratado fala sobre o evangelho da expiação. A mensagem do evangelho é o anuncio do que Deus fez pelos perdidos e não o anúncio do que o homem deve fazer, ou seja, o evangelista deve dar ênfase no anúncio das boas novas e não somente fazer um anúncio legalista. Kuiper após falar brevemente sobre o evangelho da graça, passa a desenvolver a questão trinitária da salvação, falando que a salvação passa pelo crivo da trindade.
No capítulo 14 Kuiper trata de Deus e o zelo pela evangelização. Ele inicia relatando que os reformados tem sido por muitas vezes acusados de não darem muita importância para a evangelização, essa ideia é desmascarada quando olhamos para a história da reforma. Em seguida Kuiper condena o evangelismo sem ensinamento doutrinário, o evangelista deve ensinar as doutrinas concernentes as Escrituras para um crescimento efetivo do povo. No final o autor, defendendo as doutrinas calvinistas e as aplicando a evangelização, diz que de todos os cristãos, os verdadeiros calvinistas são os mais zelosos pela evangelização.
No capítulo 15 Kuiper discorre sobre Deus e o método da evangelização, métodos esse com ênfase na relevância teológica. O primeiro tópico desse capítulo, kuiper deixa bem claro que o papel da igreja organizada é pregar o evangelho e isso nos leva a quatro implicações: A igreja organizada tem que se empenhar na evangelização, as associações voluntárias não podem destituir a igreja desse papel, concílios de igrejas não são igrejas portanto não podem usurpar o papel da igreja, e em último lugar Deus quer que os convertidos se unam às igrejas. Kuiper desenvolve o capítulo tratando ainda sobre a importância da evangelização pessoal, ele enfatiza que esse tipo de evangelização deve dar prioridade na vida da igreja.
No capitulo 16 que trata de Deus e a cooperação na evangelização, nos é ensinado que o estado e a igreja são meios pelos quais Deus utiliza fazer cumprir a Sua vontade, o estado como cooperador protegendo a liberdade de expressão e a igreja como propagadora do evangelho. Quanto a cooperação de outras religiões com o cristianismo na tarefa da evangelização o autor é enfático em dizer que é totalmente contra essa união pelo fato de o cristianismo ser a única religião verdadeira e Jesus ser o único Deus verdadeiro. E também tem o fato da cooperação entre cristãos ortodoxos que devido as suas particularidades doutrinárias não podem cooperar entre si, a não ser em algumas atividades isoladas como se unirem para tradução da bíblia.
Passando ao capítulo 17 o autor fala sobre Deus e a eficiência da evangelização, e trata, nesse primeiro momento, sobre a comunicação do evangelho nos falando da importância do pregador dominar a arte da comunicação com eloquência. Mas Kuiper enfatiza que a comunicação primeiramente é um dom, depois uma arte e remotamente uma ciência.
Na segunda parte desse capítulo Kuiper trata sobre a ?Dádiva da conversão?, ele declara que essa dádiva vem exclusivamente de Deus é Ele quem dá o crescimento na semente plantada pela igreja, o evangelista não pode converter o coração de quem ele evangeliza, somente Deus tem essa prerrogativa.
No capítulo 18 Kuiper passa a falar sobre Deus e a resistência à evangelização. A primeira resistência é o inimigo de nossas almas, a saber, Satanás. Apesar do nosso inimigo ser uma resistência contra a evangelização, Deus tem utilizado até as atitudes de nosso inimigo para fazer o evangelho prosperar, um exemplo disso era que quanto mais a igreja era perseguida mais o evangelho crescia e se espalhava. Outra barreira para a evangelização são os governantes anticristãos, nesse caso pode parecer que Deus entregou esse mundo ao governo de Satanás e seus líderes, mas grande parte dessas nações sucumbiram demonstrando que o Senhor governa sobre elas.
E por fim no capítulo 19 Kuiper encerra seu livro falando sobre Deus e a vitória da evangelização. Segundo o autor, apesar de a igreja passar por grande tribulação e luta, sairá vitoriosa, triunfante sob o domínio do Senhor. Segundo Kuiper a ?vitória de Cristo, será a vitória da evangelização. Sobre esse assunto Kuiper diz:
Que outra coisa isto pode significar, senão que até ao fim dos tempos, Aquele que tem todo o poder e toda a autoridade no Céu e na terra fará prosperar a Sua igreja na proclamação do Evangelho? Portanto, está escrito: "Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar (Isaías 11.9). Dos vitoriosos na peleja se diz que "venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram? (Apocalipse 12.11). E Aquele que, cavalgando um cavalo branco, conduz os exércitos do Céu ao triunfo consumado, chama-se "A Palavra de Deus" (Apocalipse 19.13).

Conclusão
Um pensamento que discordo do autor é quando no capítulo 9 na página 88 ele traz a interpretação de que o evangelho precisa ser pregado em todo o mundo para a volta de Cristo, então diante disso nós temos a condição de apressar a volta do Senhor pregando o evangelho a toda a criatura. Pois bem, o fato é que em atos 2, quando o Espírito Santo é derramado sobre os crentes e Pedro prega para uma multidão que vinha de todas as nações, naquele momento o evangelho estava começando a ser pregado a toda a criatura. Após o término da festa de pentecostes, essas pessoas agora convertidas, voltaram para suas regiões de origem e ali pregaram e fundaram suas igrejas. Foi nesse ponto que o evangelho começou a ser pregado a toda a criatura. Hoje não podemos apressar a volta do Senhor simplesmente pregando o evangelho, penso eu que esse modo de pensar é equivocado. Mas isso não tira o brilhantismo da obra, pois Kuiper deixa de lado o ?romantismo? muito comum em escritores que abordam o assunto, e fala sobre a evangelização de uma forma coerente e teológica. Seus argumentos são convincentes e sempre pautado nas escrituras.
comentários(0)comente



2 encontrados | exibindo 1 a 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR