Lids 05/08/2018Provavelmente o livro com protagonistas mais marcantes da autoraPenny Reid retorna para a família Winston em Dr. Strange Beard, finalmente, chegamos a história de Roscoe, o Winston caçula. Desde o primeiro livro, ele é o alívio cômico, o irmão adolescente ingênuo e sem noção. Nesse livro, conhecemos Roscoe homem, pois tem um salto temporal de ANOS de diferença com relação aos anteriores.
Esse salto temporal é explicado rapidamente logo no começo em poucos parágrafos e não faz tanta diferença na história em si, apenas como curiosidade nos dá mais um vislumbre sobre o futuro dos personagens dos livros anteriores, por exemplo, onde cada personagem está e se eles tiveram filhos, entre outros.
Como todo livro da Penny Reid, o mais importante são os personagens. Os protagonistas Roscoe Winston e Simone Payton são os mais diferentes da série. Roscoe tem uma memória muito boa, mas tipo boa DEMAIS, ele se lembra com detalhes vívidos de todas situações e até revive os mesmos sentimentos. Enquanto Simone é uma agente do FBI, que trabalha em um laboratório, mas acaba precisando ir para campo ajudar em uma missão em sua cidade natal. Roscoe e Simone eram amigos de infância e acabaram se afastando na adolescência, agora que Simone está de volta à cidade Roscoe só quer ficar o mais longe possível dela e das memórias que ela evoca nele. Mas como é uma cidade pequena, isso não é fácil.
Enfim, o que torna Simone Payton uma das personagens mais importantes e únicas da Penny Reid, é a vivência negra que ela traz à história. Nos outro livros da autora, a cor de pele é pouco mencionada e raramente é mostrada como uma coisa que interfere nas relações sociais dos personagens. (Se não me engano, essa é a primeira protagonista negra da Penny Reid). Nesse livro, Simone enfrenta situações de racismo, e como é de costume, Penny aproveita para educar e instruir como se comportar e agir ao presenciar uma situação de racismo. Sempre daquela maneira didática e quase passo a passo mesmo *-*-*
A condição de Roscoe de ter uma memória excepcional é explorada de maneira interessante e nada repetitiva, é difícil para quem não tem essa memória realmente entender e imaginar como seria viver com essa condição. O livro mostra como o que pareceria um dom, facilmente se torna uma maldição e como atrapalha o funcionamento social do personagem.
Os dois personagens são únicos e fortes à sua própria maneira, mas juntos formam uma dupla incrível. Um exemplo de como um amor que começou na adolescência pode se transformar e ficar ainda mais grave na vida adulta.
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