O Noivo da Princesa

O Noivo da Princesa William Goldman




Resenhas - O Noivo da Princesa


10 encontrados | exibindo 1 a 10


Coruja 05/02/2013

Vim redescobrir essa história acho que uns dois anos atrás. Eu lembrava vagamente de ter visto o filme em alguma sessão da tarde quando algum conhecido comentou, fui atrás do DVD, revi, descobri que era um livro e surtei atrás dele – até encontrá-lo lindo e maravilhoso em um sebo, só esperando por mim.

O Noivo da Princesa, no original, The Princess Bride e no título do filme, A Princesa Prometida nasceu já clássico. Há...

"Esgrima. Lutas. Tortura. Veneno. Amor verdadeiro. Ódio. Vingança. Gigantes. Caçadores. Homens maus. Homens bons. As mulheres mais bonitas. Cobras. Aranhas. Bichos de toda espécie e descrições. Dor. Morte. Homens corajosos. Homens covardes. Os mais fortes. Perseguições. Fugas. Mentiras. Verdades. Paixão. Milagres."

É, enfim, um daqueles títulos que eu queria ter descoberto na infância, que teria sido um favorito do meu eu criança e que eu poderia reler à medida que fosse crescendo, a cada nova leitura torcendo para que Inigo consiga sua vingança, Fezzik encontre novas rimas e seu lugar no mundo, Vizzini pare de usar a palavra ‘inconcebível’ de formas tão absurdas, Humperdinck receba o que merece e Buttercup e Westley possam finalmente ficar juntos.

Esse é também o livro mais divertidamente metalingüístico que já li na vida. Explico: o autor, Goldman (roteirista do famoso Butch Cassidy), afirma que não está escrevendo uma história original, mas fazendo uma ‘condensação’ de um livro que seu pai leu para ele em sua infância e que marcou sua memória de tal forma que ele desejava imensamente que seu próprio filho também lesse.

Só que, após dar o livro para o filho (que detesta a coisa toda), Goldman descobre que a história que ouviu de seu pai não é exatamente a história do livro – escrita por um autor florinense chamado Morgenstern -; mas uma versão que pulava todas as partes ‘chatas’ referentes a questões políticas de Florim, o reino em que a história se passa.

Confesso que quando me deparei primeiro com o livro, lendo apenas a sinopse, eu acreditei piamente que havia um livro escrito por um Morgenstern, mas a introdução (hilariantemente azeda) de Goldman dissipou tal idéia de minha mente.

Enfim, O Noivo da Princesa conta a história de Buttercup, considerada a mulher mais bela do mundo à época em que a história do livro se passa, e Westley, o jovem responsável pelo estábulo da fazenda que pertence à família dela. Buttercup não se preocupa muito com rapazes ou com sua aparência e seus dois hobbies favoritos são cavalgar e tratar o pobre ‘Peão’ como seu escravo pessoal – e para todas as ordens que Buttercup dá, a única resposta que Westley dá sempre é ‘como queira’ (na versão original, as you wish).

O ‘como queira’ de Westley é sempre um ‘eu te amo’ disfarçado. Buttercup, que é um tanto imatura demais, não percebe isso até que pareça ser tarde demais. Felizmente, eles afinal conseguem conversar numa língua que todos são capazes de compreender, trocam juras de amor eterno e Westley deixa a fazenda, decidido a ir para a América fazer fortuna.

Infelizmente, antes que ele possa chegar à costa, o navio em que ele viajava é atacado pelo Terrível Pirata Roberts, que jamais poupa ninguém em suas incursões. Westley morre e Buttercup jura que jamais vai amar de novo.

E isso é só o primeiro capítulo.

Só que a vida continua e a beleza de Buttercup chama a atenção do príncipe herdeiro de Florim, Humperdinck – cuja única real paixão no mundo é caçar. O príncipe a pede (ordena) em casamento, ela diz que não pode amá-lo, ele diz que está tudo bem, e eles se tornam noivos... e às vésperas do casamento, três anos depois da morte de Westley, Buttercup é seqüestrada por um trio de malfeitores: o espanhol, o turco e o veneziano.

O espanhol é, provavelmente, o personagem mais icônico do filme e do livro. Na verdade, todos os personagens de O Noivo da Princesa são apaixonantes, mas Inigo Montoya é um bufão tragicômico: seu pai, um magnífico artesão de espadas, foi assassinado na sua frente por um homem de seis dedos. Este homem deu a Inigo duas cicatrizes no rosto, para que sempre se lembrasse da empáfia que o garoto teve ao tentar enfrentá-lo na ocasião.

Desde então, Inigo cruzou o mundo inteiro, aprendendo técnicas de espada até se tornar um mestre espadachim, considerando-se assim pronto para enfrentar o homem de seis dedos. Infelizmente, tal criatura, quando ele está afinal pronto para o embate, parece ter sumido da face da terra e para não se afogar no amargor do fracasso, Inigo decide se afogar no conhaque.

Há também Fezzik, o gigante turco de força assombrosa. Fezzik pode parecer um bruto, mas na realidade é uma criança que cresceu rápido demais (de forma literal também), que adora rimas e tem um único medo na vida: ficar sozinho.

Para completar o trio de bandoleiros, há Vizzini, o veneziano, cabeça (oca) do grupo, que se acha um grande intelecto e para tudo o que acontece tem sempre a mesma frase de efeito: ‘inconcebível’. Vizzini convenceu Inigo de que poderia ajudá-lo a encontrar o homem de seis dedos e permitiu a Fezzik que escapasse de uma vida de solidão.

Bem, eles seqüestram Buttercup às vésperas do casamento querendo assassiná-la na fronteira entre Florim e Guilder (o país vizinho), de forma a incriminar os guilderianos e com isso iniciar uma guerra. Os três foram contratados por alguma figura obscura que talvez tenha ou talvez não tenha algo a ver com o homem de negro usando máscara que passa a persegui-los incansavelmente.

Dizer muito além disso estraga as surpresas e reviravoltas que o enredo possam trazer (embora muitas possam ser adivinhadas de pronto, devido ao próprio caráter caricatural que a obra tem). É um livro rápido, de cenas ágeis, daquelas de tirar seu fôlego, de imprimir-se de forma definitiva em seu imaginário pessoal. Tanto que após ler (ou assistir o filme), você começará a praguejar ‘inconcebível’ com uma bem determinada entonação; assumirá um ‘como queira’ como uma declaração de amor verdadeiro e de espada em punho avançará diante de seu inimigo dizendo: "Meu nome é Inigo Montoya, você matou meu pai. Prepare-se para morrer".

(resenha originalmente publicada em www.owlsroof.blogspot.com)
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Fimbrethil Call 06/07/2009

Sensacional
Livro sensacional, onde o autor, William Goldman, faz uma brincadeira, ele inventa um outro autor, que escreveu um livro muito chato sobre príncipes e princesas, monstros, gigantes, espadachins, e "reescreve" esse livro, como se tirasse só as "partes boas", todas as páginas de descrição ele descarta, e só ficamos com a aventura. Um livro ótimo, sem dúvida, que foi lançado em filme com o título de "A princesa prometida".
Recomendo e dou 5 estrelas.
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Lilian 14/05/2010

Diferente de tudo que já li, espetacular!
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Nathalia.Ribeiro 26/01/2023

muito pika
acho presunçoso chamar esse de melhor livro que eu já li - mas é a verdade

nunca me empolguei tanto com uma leitura, escrita divina e personagens apaixonantes (FEZZIK EU TE AMO! INIGO EU TE AMO!!!)
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Leo 03/03/2012

Fraquinho
Tem umas piadinhas aqui e acolá, mas bem fraquinhas. No todo o livro tenta ser engraçado mas só consegue ser bem bobinho. Acho que esse livro deve ser unanimidade no sentido de não agradar público de qualquer faixa etária.
Daniel Lunas 06/06/2013minha estante
Imagino que as piadas em português não tenham a mesma graça que no original mesmo, parecendo algumas vezes forçadas. Mas como é capaz de dizer que o livro não agrada ninguém? Essa versão "resumida" do Goldman ganhou inúmeros prêmios, teve versões de luxo em comemoração de aniversário de 25 anos, e o Stephen King disse que queria ter feito a adaptação no lugar de Goldamn. Bem que dizem que gosto não se discute


Vanessa1482 07/09/2015minha estante
como assim?????? eu amei o livro e me arrependo de ter deixado ele na estante na fila por tanto tempo, as piadas são realmente meio bobas, mas o livro num todo é muito bom


Rodrigo 06/09/2020minha estante
Resenha mais rasa que um pires,devia ter dito só que não gostpu e ponto final




Vanessa1482 07/09/2015

excelente
me arrependo de ter deixado o livro parado na estante por pelo menos dois anos. Quando comecei a ler não consegui parar até saber o destino da princesa, Historia muito legal, super indico
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Gangrel 05/04/2011

Divertido
Achei esse livro em um Sebo, e comprei por indicação de uma amiga da época, que era fanática pela história!

Acabei gostando bastante do livro, e também do filme, que assisti logo depois de ler.

Recomendado.
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Vica Maltez 15/06/2014

Maravilhoso
Impossível não fazer a comparação entre o filme e o livro, para a felicidade de muitos (inclusive a minha) eles são bastante semelhantes, a não ser o título. No Brasil o filme é chamado de A princesa prometida, o que na minha visão não ajuda as pessoas a acharem o livro.
Pra quem está interessado em ler esse livro, desista de procura-los em lojas como a Saraiva e cultura, só tem em sebos (aconselho o site estante virtual), o que me fez entender que aparentemente este livro só teve uma tiragem no brasil, pois apesar de só se achar no sebo, é bastante caro e muitos estão em péssimas condições.
Esse é aquele livro que é tão bom, que fica difícil de achar palavras para descrevê-lo, mas tentarei e deixarei de enrolação.
A história te prende, ao mesmo tempo que você está com vontade de ler a história toda pois ela é muito boa, você tem pena de termina-la pois é muito boa.
Digo e se for preciso repetirei: esse livro não é pra qualquer um. O amor entre Westley e Flor-De-Ouro (o nome dela não é Buttercup, chorem comigo), algumas vezes pode te encher o saco porque você deve estar acostumado com alguma coisa menos melosa, mas de certo modo é este um dos elementos que vai te prender na história. No filme Inigo diz "Meu nome é Inigo Montoya, você matou meu pai, prepare-se para morrer" e no livro é "Meu nome é Inigo Montoya, matas-te meu pai, prepare-vos para morrer (mais ou menos isso)" então mais uma coisa para te preparar: o livro não esta atualizado e você não irá arranja-lo atualizado então apenas se divirta com a linguagem que usavam a anos e anos atrás, acredite, acaba sendo divertido.
No filme, infelizmente as histórias do gigante Fezzik e do espanhol Inigo Montoya não são relatadas, a de Inigo rapidamente, no livro é muito mais detalhado, principalmente a parte de Inigo, mais uma coisa que vai te prender na história.
Se fosse em outro livro as intervenções do autor seriam irritantes, mas William Goldman conseguiu deixar até essas partes legais.
A única coisa que me decepcionou no livro todo foram não ter colocado a cena do reencontro entre Westley e Butter... quer dizer, Flor-de-Ouro.
Último spoiler: se você for ler esse livro aceite o simples fato que o final do livro não é igual o do filme.
Apesar do livro estampar a frase "um conto de fadas para adultos" não é bem assim, não digo só a parte que, por exemplo, dizia que tinha sexo mas não tinha, pois muitos dizem que foi o próprio William Goldman que escreveu o livro e não o Sr. Morgenstern, que na verdade seria um pseudônimo do próprio.
Apesar da narrativa ser 85% idêntica ao filme, vale a pena ler para descobrir esse 15%, que são: como nasceu realmente o amor de Westley e Buttercup, a vida do príncipe, e as estórias de Inigo e Fezzik como já mencionei.
Esse livro com certeza é aquele que deve ser passado de geração em geração.
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katy 14/01/2015

Não só um conto de fadas, mas também uma conversa
Este livro foge um pouco do tradicional, além de contar um conto de fadas fascinente, cria uma ponte entre leitor e autor. Ele começa com uma longa apresentação do autor, na qual ele nos mostra, entre outras coisas, como se fascinou por um livro lido por seu pai e como ficou frustrado, muitos anos depois, ao ver que o livro na verdade era muito longo e entediante e,na verdade, seu pai só contou as partes boas; ele então resolveu apresentar ao mundo aquele incrível conto de fadas da sua infância. Porém, ao invés de nos contar apenas a história, ele corta por diversas vezes a narrativa do conto seja para comentar o motivo de ter cortado uma parte ou para "conversar" com o leitor sobre um trecho ou uma lembrança de seu pai lendo, assim , através desses trechos o leitor se sente ligado ao autor.Outro diferencial é foge do padrão visto até pouco tempo nos contos de fadas, ele não se vale de elemento mágico, e ainda brinca com os típicos vilões sendo mocinhos e mocinhos tradicionais sendo vilões. Enfim é um livro que vale a pena ser lido, pela história e pela "conversa" com o autor.
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Erika Alcantara @literandofotos 19/03/2018

Que livro lindo! Que história de amor maravilhosa. Sei que isso não é resenha, mas não tinha como eu deixar claro a sensação que esse livro me deixou. Agora vamos assistir ao filme.
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