Thami @riodelivros 12/04/2024
Uma construção morna e contraditória.
Apenas Amigos da Christina Lauren vai contar a história da Holland Bakker, ela vive na cidade de Nova York e está em busca dos seus sonhos, embora no momento sua vida amorosa e profissional não seja exatamente o que ela sonhou.
Ela está sempre frequentando a mesma estação de metrô às segundas pois sabe que vai encontrar um músico carismático que toca ali e por quem ela tem uma paixão platônica.
Um dia ela ?é salva? de um ataque no metrô pelo musicista irlandês Calvin McLoughlin, como forma de manter contato e se aproximar dele ela decide que precisa aproveitar a oportunidade de uma vaga que surgiu em um musical que seu tio dirige, Holland então arma um encontro que acaba rendendo um convite para um teste.
Um musical da Broadway é o sonho de qualquer artista, o resultado do teste é que o mocinho é incrível e tem experiência acadêmica e profissional necessária para ser escalado para um espetáculo desse porte, mas os planos podem ir pelo ralo quando Calvin revela que seu visto de estudante expirou e ele está no país ilegalmente.
Como forma de ajudar o projeto, se aproximar do rapaz e agradecer aos tios, a mocinha se oferece para se casar com o irlandês...
Não existe uma conversa sincera acerca das intenções e dos sentimentos, ela tem uma paixão crescente por ele, mas o acordo seria pura conveniência.
Conforme a relação dos dois se desenrola de ?apenas amigos? a ?casal apaixonado?, Calvin se torna o novo nome de sucesso da Broadway.
Eu amo esse clichê de relacionamento de conveniência, portanto essa história tinha tudo para me conquistar, mas isso não aconteceu!
O enredo é cativante, mas eu não consegui me conectar com a narrativa da protagonista feminina, ela passa todo o livro se colocando como inferior.
Tem atitudes contraditórias, como se não tivesse coragem de tomar atitudes para enfrentar os medos e tomar posse das suas vontades e da própria vida, ao mesmo tempo que dá um passo enorme inventando de se casar com uma pessoa com a qual ela conversou 3x na vida.
O protagonista masculino não me incomodou, já que ele estava longe dessa posição de menosprezar a mocinha, mas me irritava que ela fizesse isso consigo mesmo. Inclusive abdicando de toda sua vida em prol de macho.
Apesar disso, eu gostei de nuances interessantes que a autora trouxe para a trama dentro das relações que cercam a mocinha com os personagens secundários.
Adorei o desenvolvimento das relações familiares e as amizades.
Holland tem uma relação de amizade tóxica, mas preferiu fechar os olhos para a atitude da amiga que tem atitudes absurdas ao longo de toda a narrativa. Para compensar o aspecto chernobill nas relações de amizade, a gente tem uma relação familiar delicinha, baseada em comunicação, gestos amorosos e personagens carismáticos. Amei como eles são unidos e se apoiam!
O casal não me convenceu muito, mas é possível ver o amadurecimento da Holland.
Achei o final um pouco corrido e sinceramente, foi uma leitura esquecível, sei que daqui uns meses não vou lembrar de nada dessa história, fiquei um pouco decepcionada, por isso o livro ficou com 2,5 estrelas... e não sei se vou seguir dando chance para outras obras da autora.