Apenas.pessoa 29/07/2021
Leitura gostosa e válida.
Comprei apenas por conta do preço baixo e me surpreendi. Pensei que fosse do gênero infanto juvenil mas não é! Um livro muito bonito que fala sobre temas como o famigerado amor. Me fez parar para pensar várias vezes em crianças órfãs, em sua esperança de serem adotadas e na difícil escolha dos pais ao escolherem alguma delas para a adoção. Na carência que sentem de carinho e afeto e no quanto almejam ter uma família. Uma história que nos faz realmente pensar em nossas vidas, e em nossas ações. Já se perguntou o motivo daquela pessoa agir como age?
Esse livro fala sobre como de fato é uma família e que não existe essa história de família perfeita, pais perfeitos ou filhos perfeitos. Todos somos seres humanos, e é natural termos qualidades e defeitos. E fala principalmente sobre preconceito e tristeza. Em como impedimos que coisas boas nos alcancem, fechando as cortinas e não deixando o sol entrar e nos iluminar. Fala sobre como magoamos as outras pessoas por conta da nossa falta de interesse e ignorância, por elas simplesmente serem elas mesmas. Discriminando e julgando-as sem nem ao menos querer as conhecer e as entender.
Mostra como nos forçamos a mudar por conta do sistema. Tentamos seguir padrões estúpidos de beleza e estar sempre na moda. Fazemos cirurgias plásticas e mudamos quem somos, e o que pensamos, para nos encaixar em algum lugar, porque sentimos necessidade de fazer parte de algo. Sentimos uma necessidade de sermos perfeitos em ao menos uma coisa, seja na empresa em que trabalhamos ou nos quadros que pintamos, nos livros que escrevemos, nas coreografias que criamos. Somos todos corrompidos pelo sistema.
" -Eu sei que a culpa não é dele. Afinal, foi criado para ser assim. Surgiu em um mundo em que o ensinaram que ele é perfeito e o que mais importa é a aparência. A culpa é de todos, é do sistema, é da sociedade."
Esse livro me ensinou que temos que seguir o nosso coração, deixar ele nos guiar. Pois, ele, mais do que nós, sabe o que sentimos e o que é melhor para a gente.
Apenas deixe os raios do sol lhe iluminar. Evite que as nuvens cinzentas entrem na frente dele e cubram sua luz divina, que tanto te faz bem.
Somos todos imperfeitos, e isso nos torna humanos.