Gabrielebn 02/10/2023
Uma bomba em forma de livro
Esse ano, nenhum livro tinha me desafiado tanto a desistir dele. Olha que já tive minha cota de decepções, mas nenhum, NENHUM, foi como esse aqui. Peguei Doce Lar aleatoriamente no K.U, tinha achado a sinopse interessante e pensei “ah, vou receber um romance com uns draminhas, parece bom”.
Eu estava errada.
Romeo, o nosso protagonista, é uma red flag ambulante e não de um jeito que faz ser interessante. Já li muito livro com casal protagonista que devia estar na terapia ao invés de namorando e curti a história. De vez em quando é bom ler sobre gente problemática, mas aqui, tudo é tão… brega, sei lá, tão… ruim. Inclusive, o “você é diferente das outras garotas” é beeeem forte aqui viu, em um nível que chegou a ser cômico.
Os vilões da história são colocados de uma maneira tão caricata, que eu, honestamente, não consegui nem levar a sério.
E assim, achei que o livro tinha chegado no seu limite de ruindade em determinado momento, aí descubro que não, ele pode ficar MUITO pior. Ele chega no fundo do poço, aí cava um poço dentro do poço e chega no fundo desse também.
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Vou botar aqui alguns pontos da trama com SPOILERS.
1 - Gente, o plot de gravidez. Olha, eu nem sou hater desse plot como é o caso de muitos. Contudo, aqui foi de uma atrocidade. E ele convencendo ela a ter o bebê, minha nossa senhora, o que foi aquilo? Eu entendi que quando ela cita a opção de tirar, não queria realmente fazer isso, era mais o medo, ainda assim né amigão, falar daquele jeito foi o fim da picada.
2 - Eu achei que não dava para piorar, mas aí, alguns capítulos depois, ela cai em uma armadilha que só uma criança teria caído. Depois de uma discussão com a mãe dele, acaba perdendo o bebê. Ai a gata tá no hospital deprimida, e assim, pelo que entendi, não se passou muito tempo desde o acontecido. O protagonista chega lá e briga com ela por estar deprimida. Eu fiquei de boca aberta. As coisas que esse homem diz para a namorada que foi atacada e perdeu um bebê. Não tenho palavras.
3 - Qualquer cena que aparece os pais do Romeo era simplesmente para rir. Brega demais.
4 - Foi só eu que senti que a autora tentou disfarçar a misoginia na história fazendo a Molly ter amigas que gostam de festa e de curtir? Também, aquela Shelly lá, que vilãzinha mais chata e deprimente. Você quer me botar rivalidade feminina por causa de macho, por favor faça direito.
5 - Várias vezes a Molly me deu nos nervos. Ela não era um red flag no nível do Romeo, mas nossa senhora. A parte em que ela decide que vai no primeiro jantar com os pais do rapaz mesmo depois de ser avisada por todo mundo que é uma péssima ideia, o cara diz que não quer ir, a prima do cara conta para ela os abusos que ele sofreu, e ela insisti e ainda diz “ai, fazendo isso pelo Rome”. Pelo amor do senhor né gata, seja menas.
Dei uma estrela e sinto que fui generosa demais.