A liberdade é uma luta constante

A liberdade é uma luta constante Angela Davis




Resenhas - A Liberdade É Uma Luta Constante


107 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Regiane 30/12/2020

O filme "A 13a Emenda" na Netflix complementa muito bem esse livro. Pra mim vale a máxima "só sei que nada sei". "O pessoal é político" é uma triste verdade. É preciso reumanizar o ser humano.
comentários(0)comente



Chaiane Q. 23/02/2022

A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo o lugar
O título da minha resenha é uma citação de Martin Luther King Jr. que resume muito bem o objetivo deste livro. Nele são abordadas diversas pautas sociais e Angela Davis aponta como tudo está interligado, como as lutas raciais nos EUA são paralelas a luta pela libertação na Palestina e o impacto na luta no mundo todo.

É meu primeiro livro da Angela, ainda que não seja "escrito" por ela, mas sim uma coleção de discursos e entrevistas, no entanto já conseguimos perceber sua didática impecável que consegue simplificar o entendimento e despertar o interesse em nos aprofundarmos nos assuntos abordados.
comentários(0)comente



Rodrigo | @muitacoisaescrita 24/04/2020

Para nós, pessoas negras, a luta por liberdade é constante. Nos EUA, a luta não acabou após o fim da escravidão, após a luta por direitos civis, após a derrubada das leis Jim Crow ou da Ku Klux Klan - a luta é constante, diária e tão atual quanto antes. No Brasil, o cenário é o mesmo. Estando num país de capitalismo dependente, ouso dizer que, aqui, as táticas imperialistas são um adicional à nossa listinha de males. Escravidão, miscigenação (leia-se estupro de mulheres negras), genocídio, epistemicídio, perseguição... O cenário não parece tão diferente; novamente, a luta é constante.
.
Neste livro de Davis, temos reunidas algumas entevistas e palestras que ela realizou durante 2013 e 2015. Não é um livro teórico, mas sintetiza muitos dos pensamentos de Davis enquanto comunista, feminista, negra, abolicionista prisional, e por aí vai. Dois dos diversos assuntos aqui tratados me chamaram a atenção: a G4S e Assata Shakur.
.
A G4S é uma empresa que lucra enormemente com o complexo industrial-prisional. No livro, aliás, Angela nos alerta sobre a imensidão deste complexo, como ele depende de outras indústrias, a relação com as guerras e o imperialismo, complementando seu pensamento em "Estarão as prisões obsoletas?". A articulação da G4S é visionária, num péssimo sentido: a empresa conseguiu enxergar o quanto o complexo é lucrativo e, fornecendo itens de guerra e "segurança", lucra horrores com isso. Sobre Assata Shakur, que atualmente está em Cuba e se tornou a primeira mulher na lista de procurados pelo FBI como terrorista, Davis nos conta como é preocupante o nível de organização do coletivo e o que significa Shakur ser nomeada como "terrorista". No fundo, o FBI e os EUA têm medo das mulheres negras e no seu potencial revolucionário. Davis só me deixou mais ansioso pra ler a autobiografia de Assata Shakur, ainda sem tradução para o português.
.
instagram.com/muitacoisaescrita
comentários(0)comente



@thereader2408 31/07/2021

Um pouco mais sobre a mulher que tocou o terror para o FBI em 1970
Você já ouviu falar de Angela Davis? Militante negra, intelectual, professora e já foi uma das mulheres mais procuradas pelo FBI. Esse foi meu primeiro contato com os escritos da ativista política Angela Davis e reúne uma seleção de artigos, discursos e entrevistas realizadas entre 2013 a 2015 e foi organizado por Frank Barat. Esse livro é uma boa introdução para a obra de Davis que é publicada no Brasil pela editora Boitempo.

O livro é curto e tem menos de 140 páginas, o que acredito ser ideal para iniciantes, como eu, nos pensamentos da Angela. O livro traz reflexões sobre lutas históricas do movimento negro, feminismo, luta contra o apartheid na África do Sul, abolicionismo prisional (eu preciso ler mais sobre isso aqui), luta na Palestina, violência contra mulher e violência do Estado. Achei muito interessante quando ela discorre sobre o papel masculino na luta feminista.

Angela milita contra o encarceramento em massa desde quando foi integrante do grupo político Panteras Negras e em 1969 foi considerada terrorista pelo FBI, ela tinha 24 anos, foi presa e quase condenada à morte. Esse julgamento é famoso e mobilizou gente do mundo inteiro, inclusive John Lennon e os Rolling Stones se manifestaram pedindo a liberdade de Davis. Ela foi inocentada e assim que libertada passou a militar contra a pena de morte e prisões arbitrárias.

O livro apresenta um pouco mais sobre a saga de Davis contra diversas formas de opressão, algumas palavras tiveram um significado especial para mim em virtude do momento crítico que estamos passando, onde muitas das vezes tenho que lidar com um grande desânimo em relação a todo esse retrocesso na política, economia, na ciência...Alguém conseguiu acessar o Lattes hoje? É triste viu...

"Não acho que tenhamos outra alternativa senão permanecer otimistas. O otimismo é uma necessidade absoluta. O que tem me mantido atuante é o desenvolvimento das nossas formas de comunidade. Não sei se eu teria sobrevivido caso os movimentos não tivessem sobrevivido. Acho que essa é uma época que temos que encorajar a noção de comunidades. É na coletividade que encontramos provisões de esperança e otimismo."


@thereader2408



site: https://www.instagram.com/p/CR7hMP_LWvq/
comentários(0)comente



Manu 01/11/2020

Esse livro é muito bom e necessário. Um livro curto, me tornei fã da Ângela Davis, essa mulher é muito necessária!!!!
comentários(0)comente



Renata (@renatac.arruda) 07/01/2021

Durante o 2° mandato de Obama, que embora seja muito carismático não significou grandes avanços para a situação carcerária da população negra nos EUA, a redução do racismo no país e o fim do imperialismo estadunidense, Angela Davis comentou que o que faltou não era o presidente certo, pois não estariam melhores com outro, mas movimentos de massa bem organizados, capazes de fazer pressão para que o chefe de estado adotasse medidas mais progressistas, em vez de paralisar a esquerda.

É verdade que é difícil comparar a situação da época com a calamidade do governo Trump (e o de Bolsonaro) que temos visto, mas acho que a ideia central permanece válida: aprendemos com os movimentos sociais, tanto lá quanto aqui, que é sim possível conquistar avanços quando as pessoas se organizam e pressionam. O que não se pode fazer é apenas esperar que governos resolvam problemas que são estruturais.

Me vem à cabeça uma manchete recente da Folha que dizia que "Década colocou negros na faculdade" e muita gente apontou a artimanha do jornal de evitar dizer "O governo PT colocou negros na faculdade". No entanto, o que escapou a alguns é que pessoas negras tiveram acesso ao ensino superior no governo PT após décadas de luta do movimento negro. Foi a conquista de uma demanda por direitos finalmente atendida, não uma mera benevolência.

E este é um dos assuntos tratados por Angela Davis no excelente "A liberdade é uma luta constante". Em entrevistas, ensaios e palestras, ela nos lembra do caráter coletivo das lutas que aconteceram e acontecem ao redor do mundo, ressaltando como só será possível atingir mudanças estruturais através da solidariedade entre povos e da interseccionalidade das lutas antirracistas, feministas, indígenas, abolicionistas, LGBTQ+s, das pessoas com deficiência, dos imigrantes. Ela lembra ainda que a liberdade é mais ampla que direitos civis: a liberdade é uma questão econômica concreta, de acesso amplo à educação, saúde e moradia.

Citando Martin Luther King, ela compartilha o que acha que deveria ser o lema de todos os movimentos e serve pra gente refletir: "A injustiça em qualquer lugar do mundo é uma ameaça à justica em todo o mundo".

@renatac.arruda
comentários(0)comente



Luiza Riveiro 28/02/2020

Livro para ser consultado ao longo da vida
A liberdade é uma luta constante é uma coletânea de entrevistas e discursos que nos permite ter contato com a visão de mundo e a história de Angela Davis. Nessa obra, a professora discute não apenas o racismo, mas também a homofobia, o machismo, a xenofobia, a islamofobia e o sistema carcerário, tecendo um laço que une essas formas de violência e opressão.
É fácil para qualquer um pensar na relação entre o sistema prisional e o racismo. A violência da polícia afeta e mata as vidas de negros todos os dias. Mas qual a relação disso com o feminismo? E com a situação da Palestina? Segundo Angela Davis, essa violência prisional influência na ?violência individual? e ?íntima da família?. Da mesma forma, a G4S, corporação que vende segurança está presente nas prisões (e nas escolas) americanas e palestinas.
Ao mostrar essa realidade, a filósofa busca nos conscientizar de que a luta da Palestina também é nossa, a luta das mulheres, dos negros, dos homossexuais também é nossa. Uma luta influencia a outra.
Esse é um livro reflexivo e muito importante. Uma leitura essencial para todas e todos por nos fazer refletir sobre a nossa realidade e a do outro e nos mostrar que devemos lutar sempre e por todos. Eu amei a leitura e sei que vou consultar as palavras dessa filósofa ao longo da vida.

Se você gostou dessa resenha, não deixe de olhar o Instagram literário @nocaminhoumlivro Lá, eu e minha amiga Isa postamos resenhas, discussões, indicações e também fazemos leituras conjuntas!
comentários(0)comente



David Ribeiro 15/03/2024

A Liberdade é uma Luta Constante
?A Liberdade é uma Luta Constante?, quando associamos essa frase, à uma mulher como Angela Davis, tem um peso e uma força ainda maior. E esse é o convite que ela nos faz, o convite para a LUTA, para uma LUTA CONSTANTE...
Um livro com temas humanos tão atuais, quanto há décadas atrás. O livro é dividido se em duas partes, nos primeiros três capítulos, são transcrições de entrevistas das a Frank Barat em 2014 (confesso ter ficado meio frustrado pelo teor fraco e raso do entrevistador, com perguntas óbvias e sem profundidade), já os sete últimos capítulos são transcrições de palestras/discursos arrebatadores, e bem eloquentes, entre 2013 e 2015 em várias partes do mundo.
Dona de uma vida inspiradora e um enorme compromisso de luta, para que minorias (negros, mulheres, pobres, nativo americano, latinos, LGBTQIA+) vivam e convivam com dignidade, segurança, respeito, amor.
Ela oferece ainda uma compreensão abrangente do racismo sistêmico, em uma sociedade recheada AINDA de sistemas injustos.
comentários(0)comente



Carlos 29/05/2020

De fato, a Liberdade é uma Luta Constante
Não dá para descrever a paixão que o pensamento de Angela Davis desperta. O discurso dela é mais que inspirador, é fôlego para nossa resistência.

A pensadora salienta que vivemos continuamente entre o passado escravagista e o racismo estrutural profundamente arraigado na sociedade. Sabemos que a maioria da população negra está sujeita ao racismo social, econômico, educacional e carcerário, estando nesse último muito bem representado pelo denominado "sistema industrial-prisional".

Davis assevera que "o aprisionamento é cada vez mais usado como uma estratégia para desviar dos problemas sociais subjacentes, como racismo, pobreza, desemprego, ausência de educação e assim por diante." (p. 23)

Mas ativista nos relembra que o povo pode se unir e superar o fascismo, em todos os cantos do planeta, da segregação racial no Brasil ao apartheid sofrido pelo povo palestino.

Não devemos pensar de forma individual, mas coletivamente. As lutas progressistas precisam ser coletivas.
comentários(0)comente



Leio, logo existo 30/03/2019

Impressões de leitura
O livro é uma compilação de 9 discursos e 1entrevista de Angela Davis. Os textos refletem o posicionamento da filósofa e ativista sobre questões diversas, tais como: a violência policial, o encarceramento em massa de jovens negros, feminismo negro, exploração capitalista dos sistemas prisionais, a questão Palestina, entre outros. Acho que o livro dá apenas um gostinho do pensamento de Ângela Davis, quero ler outros textos dela para entender melhor seu ponto de vista sobre os temas apontados neste livro.

"Dizem que a liberdade é uma luta constante.
Dizem que a liberdade é uma luta constante.
Dizem que a liberdade é uma luta constante.
Oh, senhor , lutamos a tanto tempo.
Devemos ser livres, devemos ser livres".

(Trecho de uma canção libertária cantada no sul dos EUA no período do movimento por liberdade do século XX.)

Capítulo 5 - página 65
?
comentários(0)comente



Anderson Alves 16/01/2022

Fundamentes
Esse foi o primeiro livro do ciclo de leitura do fundamentes, meu primeiro contato com a escritora e estou me perguntando em que lugar do mundo estava que não conhecia Angela Davis. Não tinha outro livro melhor para abrir esse ciclo, a Sabrina arrebentou!
Raissa T. 21/01/2022minha estante
Também li pelo ciclo de leitura, já conhecia a Ângela, mas ela sempre fascina! Sempre didática sem perder o rigor teórico. ?


Welma 24/01/2022minha estante
Tbm li por conta do Fundamentes. Que bacana encontrar os colegas aqui!


Amanda 28/01/2022minha estante
Também aqui pelo Fundamentes. :)


Anderson Alves 30/01/2022minha estante
Bacana demais companheiras.




Carolina 17/02/2023

Aulas!
Gostei muito da leitura porque os textos que compõem esse livro discutem diversas pautas do campo político da esquerda, como racismo, encarceramento, feminismo, educação, etc e portanto me "relembrou" com exímia argumentação tudo aquilo em que acredito!
comentários(0)comente



Márcia 03/07/2022

Ativismo, o ícone.
Há leituras que são essenciais; há autores/autoras que não podem passar à margem em nossas vidas. Ângela Davis faz parte dessa turma. Negra, mulher, ativista, marxista, feminista, filósofa, professora, etc. e, acima de tudo, lutadora por um mundo mais justo.

O livro ?A liberdade é uma luta constante?, publicado originalmente em 2016, é resultado de um conjunto de entrevistas e discursos realizados por Davis em diferentes países entre os anos de 2013 a 2015. Nele, damos conta de situações como essa, em relação ao racismo nos Estados Unidos:
?Se a escravidão tivesse sido abolida em 1863, por meio da Proclamação de Emancipação, ou em 1865, por meio da 13ª emenda, a população negra teria usufruído de cidadania plena e igualitária, e não teria sido necessário criar um novo movimento?.
E acrescenta:
?Era uma questão de liberdades concretas. Era uma questão de educação gratuita. Era uma questão de assistência à saúde gratuita. Moradia a preço acessível. Essas são questões que deveriam ter integrado a pauta abolicionista do século XIX, e cá estamos, no século XXI, ainda sem poder dizer que temos moradia e assistência à saúde a preços acessíveis ? e a educação se tornou uma mercadoria?.
Pois é. Nem lá, nem cá; nem em lugar nenhum do mundo essa abolição de fato ocorreu. A dívida para com a escravidão é impagável e, infelizmente, ela continua a atingir milhões de pessoas. Angelas Davis são fundamentais.
comentários(0)comente



Iara.Borges 30/09/2021

O tema é a ideia do livro são super interessantes, os assuntos abordados são importantíssimos. Mas, por serem um compilado de discursos da Angela, a leitura não é fluída e os assuntos são abordados de uma forma não linear. É uma leitura bem difícil.
comentários(0)comente



Pedrohenriqp 15/05/2021

Excelente.
Cada capítulo ressalta reflexões muito contundentes com a contemporaneidade. Já tinha lido "Estariam as prisões obsoletas?", também da Angela, e muitas ideias foram exploradas novamente. A leitura não cansa, os capítulos não são muito extensos.
Recomendo muito!
comentários(0)comente



107 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR