O pai da menina morta

O pai da menina morta Tiago Ferro




Resenhas -


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Sabrina Tamelini 16/04/2024

Resenha
Ele é um livro que mistura autobiografia e ficção. Um livro fragmentado, em que o narrador mistura fragmentos de memórias da morte da sua filha de 8 anos, com listas, com divagações sobre outras pessoa as que também perderam seus filhos, com intimidade de sua vida pessoal.
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Amanda Bia 01/04/2024

Cansativo
Esse livro mostra todas as angustias, tristezas e o desespero de um pai que perdeu sua filha de 8 anos por conta de uma miocardite. Inclusive, ele é baseado na história do próprio autor que perdeu a filha em 2016.
A narrativa do livro é um pouco diferente. Ele foi escrito a partir de fragmentos de pensamentos, acontecimentos, reflexões, e-mails, mensagens, listas, e etc do pai da menina. No começo esses fragmentos parecem um pouco confusos e incômodos e eu tive um pouco de dificuldade em acostumar com esse fluxo de informações, mas depois de um tempo a leitura começou a fluir um pouco melhor.
Porém, quando foi chegando mais perto do final, essa narrativa se tornou muito repetitiva e cansativa. Ficou difícil de acompanhar as informações e sentir qualquer coisa além de tédio.
Em alguns trechos a gente se emociona sim e ficamos de coração partido pelo luto desse pai, mas eu acho que esperava saber um pouco mais sobre a filha dele e a história da menina. Mesmo assim, consegui marcar algumas frases impactante na história.
Esse livro ganhou o prêmio Jabuti de melhor romance de 2019, o que me faz pensar que eu devo ter lido ele errado ?. Brincadeiras a parte, eu entendi o objetivo do autor com essa escrita, mas para mim realmente não funcionou. Foi uma verborragia sem fim em que poucas coisas foram aproveitadas.
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Sarmento1 13/01/2024

?Quando a dor virar tristeza, considere-se um felizardo.?
Definitivamente não é um livro que se lê de uma vez só, há passagens que é preciso respirar entre uma e outra. Há trechos fortes, nos levam a reflexão, alguns são como uma associação livre, a pausa também é necessária porque as vezes nos perdemos em meio a esse caos. É interessante ver como muitos temas, as vezes quando se iniciam não tem nada a ver com a morte da filha, mas ?no fim? dessa linha torta de raciocínio somos levados a perda dela, a dor, a angústia do luto, do vazio e de algumas outras questões da vida de Tiago que estão lá no fundo onde não se vê tão claramente. Sinto que ele, por vezes, tenta traduzir sua dor narrando um pouco de ?todas? as outras dores do mundo, que imagino que seja talvez o mais próximo a essa incomparável dor. É uma retratação do cotidiano após a perda de alguém tão querido: confuso, pesado, da falta de vida em vida?
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LF 06/01/2024

Um livro doloroso... de ler
Supostamente, o livro seria sobre o luto, mas no fundo não há qualquer profundidade psicológica no tratamento do luto pelo autor. O livro é escrito num estilo vanguardista barato, que muitos chamarão de "fragmentário". Apenas recortes de frases, listas despropositadas e impressões aleatórias sobre qualquer coisa. Em determinado momento (p. 44), o narrador diz: "(...) dos oito anos da Minha Filha eu me lembro de tanta coisa, que uma única narrativa não daria conta de organizar tudo". Não parece verdade porque dessa filha não ficamos sabendo de praticamente nada durante as 170 páginas de regurgitação do livro. Em compensação, ficamos sabendo do gol do Maradonna na copa de 1986 contra a Inglaterra e da textura da vagina na instrutora de yoga com quem o narrador se envolve durante a narrativa. É um daqueles livros que faz você imaginar que estamos novamente diante de um caso análogo ao do Caso Sokal, e o autor tentou pregar uma peça no establishment literário brasileiro. Ao fim, ganhou o prêmio Jabuti de melhor romance, o que mostra que os jurados adoraram as referenciazinhas literárias espalhadas pelo livro. A verdade é que o rei está nu e o bom senso está morto e enterrado no Brasil - e o meu luto por ele é muito mais genuíno do que esse luto de araque que o livro falha miseravelmente em representar.
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Leopoldo.Baratto 25/12/2023

Pra onde vai aquilo que evapora?
Pra onde vai aquilo que evapora?
Como lidar com a morte e a vida ao mesmo tempo? Em O Pai da Menina Morta, vencedor do Prêmio Jabuti de melhor romance de 2019, Tiago Ferro reorganiza os fragmentos de um pai que perde uma filha de 8 anos de idade de forma repentina. A estrutura deste romance autobiográfico reflete esteticamente o que nos tornamos após a perda de alguém que amamos muito, um monte de cacos de vidro, de papéis rasgados, sem ordenamento, sem começo, meio e fim. A narrativa não linear nos leva ao exercício de separar as notas, a listas, os pensamentos numa tentativa de reorganizar e se situar na linha do tempo, quando na verdade a desordem sempre existirá na ausência de alguém que era parte nossa. Um livro sobre um pai em luto e sobre a vida que segue quando o que resta são estilhaços da lembrança.
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Rafael.Rovath 16/11/2023

O pai da menina morta
Um livro forte, fragmentário, com passagens que podem parecer desconexas, mas que trazem em suas linhas a mais profunda dor do luto.

"Quando me esqueço da dor, eu me afasto da minha filha".

É escrito a partir da experiência real vivida pelo autor.

O Romance venceu o Prêmio Jabuti em 2019.

"Não deu tempo de levar minha filha para as praias do Nordeste. Não deu tempo de tomar com ela um copo de cerveja ou uma taça de vinho. Não deu tempo de conversar com ela sobre sexo, menstruação, camisinha e AIDS. Não deu tempo de discutir o Dom Casmurro. Não deu tempo de ouvir com ela a música mais linda do século 20, "Layla". Não deu tempo de ela andar comigo no banco da frente do carro. Não deu tempo de chorar sozinho no banheiro depois de ter ido visitar o primeiro apartamento dela. Mas o que realmente me dá medo é o que não deu tempo de ela pensar em fazer junto comigo. Os sonhos dela. Ou ainda, os que ela nem chegou a sonhar. Esses se tornaram insondáveis. Um mundo que eu não posso acessar. Fechado no cérebro já desligado dela".
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Aline164 31/10/2023

Recortes de um calvário
Esse livro foi recomendado por uma amiga, mas acho que não entendi bem. São muitos recortes do passado e do presente, mesclados com listas e alguns devaneios. Talvez tenha sido escrito pelo autor como terapia durante o calvário de lidar com a dor de uma perda insuperável.
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Mello 10/10/2023

É como se vc estivesse dentro da cabeça do homem que perdeu a filha. São vários pensamentos desconexos, num fluxo rápido, sem muita coesão entre um pensamento e outro. Não tem uma história com início meio e fim, apenas a dor do pai que perdeu a filha, acabou se divorciando e tentando tapar o buraco do luto com terapias e sexo.
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Sabrina320 07/10/2023

?.
Doído, doido, dolorido, sofrido; sentido na pele como faca? não recomendado para sensíveis ou para pais de crianças ? nossa!
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Flavia1064 05/09/2023

É um bom livro. Curto, Franco, direto, mas muito dolorido.

Recomendo cautela para os mais sensíveis?
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Ana Carolina C. Crescencio 24/07/2023

Agonizante
Foi uma das leituras mais pesadas deste ano e me despertou muitos gatilhos. É um livro caótico, intenso, cheio de dor e surtos. Uma leitura bem complexa, não apenas pelo tema, mas pela construção da narrativa, fracionada em pensamentos, diálogos e memórias.
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Ellen Gouveia 30/04/2023

"Nada é mais triste que a certidão de óbito de uma criança"
Essa afirmação de Tiago Ferro vem contundente já no final do livro, mas é uma força motriz. O livro é uma espécie de autobiografia ficcionalizada, já que o autor perdeu sua filha de oito anos para uma miocardite aguda, derivada de uma gripe forte. Suas memórias falam da ausência de uma filha que se faz presente como nunca na vida de um homem para sempre conhecido como "O Pai da Menina Morta". Como é sua vida e seu morrer depois de enfrentar o inimaginável, o atravessamento que desafia a ordem natural da vida? Esses pensamentos chegam em livro de forma às vezes desconexa, misturando prosa e verbete de dicionário, um claro resultado do estado desconexo e caótico diante de um luto. Há passagens mais autobiográficas, mas também há referências a outros pais de filhos mortos, como Eric Clapton, Kakfa e Drummond. Tudo isso se mistura um livro que parece ser um exercício de desabafo, de escrita, de memória, de registro, de tentativa de andar em frente. Um livro muito triste, emocionante e corajoso, mas também fragmentado. Gostei muito de alguns trechos e tive dificuldade de acompanhar outros. Durante a leitura li um texto de Tiago para a Revista Piauí que gostei muito, e algumas coisas que aparecem ali estão contidas no livro. Foi uma boa experiência de leitura, às vezes arrastada demais, às vezes tocante, mas sempre com um tom que não desaba para o lirismo exagerado e nem para o sofrimento moralizante e piegas, o que considero sempre muito positivo.
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Debora 18/04/2023

Poderia ser tocante, mas só é confuso
Despejamento literário das dores de um pai que perdeu sua filha. A forma não me tocou...
Trechos entrecortados nos fazem tentar tocar o sentimento de perda, mas não me levou a nada
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Luiza.Kaiser 30/03/2023

O Pai da menina morta - Tiago Ferro
Eu fiquei um pouco perdida lendo esse livro. Eh notório o sofrimento do pai e como ele fica perdido após a morte trágica de sua filha. Acredito que o livro instiga esse lado agonizante de familiares que ficam para trás, ao mesmo passo que tudo que se pode fazer é aceitar o ocorrido.
Mas foi um livro difícil para ler, foi o que senti. Me perdi diversas vezes nas páginas? mas talvez isso também fosse um efeito proposital, assim como a cabeça do autor deveria de estar nesse período.
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