The Dangerous Alphabet

The Dangerous Alphabet Neil Gaiman




Resenhas - The Dangerous Alphabet


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Sérgio 19/01/2013

O alfabeto divertido!
Ficha Técnica

Título original: The Dangerous Alphabet
Ano de lançamento: 2008
Ano desta edição: 2008 / 2011
Editora: Harper Collins / Editora Rocco
Páginas: 32 (não numeradas)
Idioma: Inglês / Português (tradução e adaptação de Leonardo Villa-Forte)

Citação: "A is for Always, that's where we embark;
B is for boat, pushing off in the dark;
C is the way that we find and we look;
D is for diamonds, the bait on the hook"

"A é para Até Logo, é onde embarcamos;
B é para bote, em direção ao escuro zarpamos;
C é o caminho que temos à vista;
D é para diamantes, no anzol está a isca"


As capas americana e brasileira

"The Dangerous Alphabet" é mais um poema de Gaiman, e muito gostoso de se ler. Desta vez, ilustrado por Gris Grimly, que tem uma arte bastante angulosa, e bem sinistra, por sinal.

O poema é sobre sair em aventuras! A arte de Grimly mostra um casal de irmãos, juntos com sua gazelinha de estimação, seguindo os versos do poema. O poema não é explicitamente sobre eles, mas a arte de Grimly interage com os versos muito bem, criando um complemente fantástico para o texto de Gaiman. Apesar de retratar muitos bichos rastejantes, um barquinho que navega por um córrego subterrâneo (que eu costumo chamar de esgoto), a arte de Grimly é muito bonita; só não sei se é recomendada para o seu filhinho antes de colocá-lo pra dormir. Destaque para a introdução que diz que "o alfabeto não é confiável e tem uma perigosa falha que um leitor com olhos de lince poderá perceber"; a tal falha é uma pegadinha, e que pode ser divertido para as crianças procurarem (e praticarem o alfabeto para encontrá-la).

Como eu possuo tanto as edições americana e brasileira deste livro, posso comparar: realmente, traduzir um poema rimado, e que ainda tem uma arte conceitual que dialoga com o mesmo, não é fácil, mas o tradutor Leonardo Villa-Forte se saiu bem nesse quesito (em especial na letra L, que com sua licença poética ficou até mais interessante que o original; e na letra W, por total escassez de vocábulos em nossa língua, uma gambiarra que deu pra salvar o que estava quase perdido). Mas tenho que criticar a tradução da biografia dos autores, adaptada e com algumas piadinhas retiradas, e um sonoro erro de tradução da palavra "soundly" (trocadalho intencional) na introdução.

Outra coisa que merece destaque é o acabamento das edições: a americana é em capa dura, com uma folha que contém a mesma ilustração da capa (os outros dois livros resenhados também têm este acabamento); este ainda tem o título do livro em relevo na folha de capa. Já a edição nacional é em capa mole, sem relevo. As páginas da edição americana são mais brilhantes, enquanto as da brasileira são foscas, e tem cores ligeiramente mais escuras. E as duas têm praticamente o mesmo preço. Será que a aquisição dos direitos de publicação e a tradução custam tão mais assim? Seria um efeito de uma tiragem muito menor do que é possível lá fora? Realmente, não sei. Mas se você for falante de inglês, eu recomendaria a edição americana, sem sombra de dúvida.

Eu já havia lido que a boa literatura infantil é aquela que não cai simplesmente sob este rótulo; ela é capaz de entreter qualquer pessoa, de qualquer idade, sem subestimar a criança, sem aborrecer o adulto. E os livros aqui resenhados, com sua linguagem simples e acessível aos pequenos, são também ótimo entretenimento aos mais crescidos, que mantém suas crianças interiores escondidas para estes momentos solitários de deleite literário.

Leia esta resenha, e a de outros dois livros de Gaiman em: http://catharsistogo.blogspot.com.br/2013/01/blueberry-girl-instructions-e-dangerous.html

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