O que resta de Auschwitz

O que resta de Auschwitz Autor
Giorgio Agamben
Giorgio Agamben




Resenhas - O que resta de Auschwitz


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Eduardo634 26/03/2023

Difícil, mas necessário
Apesar de gastar grande parte da obra numa discussão linguística maçante, faz reflexões muito pertinentes sobre memória e possibilidade de fala; sobre a capacidade de se expressar o inexpressável, de se descrever o indescritível.

Mostra a problemática do termo holocausto -e do apagamento ao que o termo leva - e lança luz sobre o "verdadeiro" sobrevivente do genocídio judeu: o muçulmano. A figura impassível e semi-morta; morta (em seu corpo social) e viva (num nível puramente biológico).

O muçulmano é o homem em si, aquele a quem os direitos humanos se referem, justamente por ter perdido todos os direitos. Ele, que não é capaz de comunicar nada, é o verdadeiro possuidor do discurso sobre o horror de Auschwitz.
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Ras 01/01/2021

Mais ou menos
Livro mais filosófico do que outra coisa.
Eu particularmente não gostei mas terminei.
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Coolerman 29/12/2010

O ponto de vista mais interessante e excêntrico sobre as barbáries ocorridas durante a Segunda Guerra Mundial. Apesar da densidade da obra, Agamben consegue passar uma realidade ainda mais fiel daqueles acontecimentos, justamente por afirmar não existir testemunho exatamente fiel, senão daqueles que não tiverem a chance de dar o seu testemunho.
Ronaldo.Refundini 04/08/2017minha estante
Olá, gostaria de divulgar meu segundo livro " Auschwitz como parâmetro de Amor", trata-se de uma análise ontológica que expõe as mazelas humanas que impedem as pessoas de viverem na sua plenitude. Numa reflexão profunda a respeito do sentido do ser além das aparências, o livro indaga a possibilidade do amor incondicional, trazendo também a ideia de que todas as pessoas são semelhantes sob a perspectiva de uma análise ontológica, a assimetria do verdadeiro e falso, a eternidade pela razão, perdão, etc. É uma obra fascinante! Será lançado na Bienal do RJ, mas já disponibilizo a pronta entrega, encomendas pelo whatsapp 44 99721 0404




Antonio Luiz 15/03/2010

Na beirada da condição humana
Na obra filosófica do italiano Giorgio Agamben, "O que Resta de Auschwitz", trabalho de 1998, é onde com mais clareza se define e exemplifica o conceito crucial de “vida nua”, reduzida à pura existência biológica, como objeto do poder político.

O campo de extermínio tornou comum a figura que guardas e prisioneiros menos degradados chamavam de Muselmann, “muçulmano” no sentido de conformado ou fatalista, como eram imaginados os adeptos do Islã na literatura orientalista. Perdida a esperança, a capacidade de comunicação e a pretensão a dignidade, arrastavam-se como mortos-vivos, encolhendo o corpo para conservar o calor e procurando no lixo algo comestível para viver mais um dia.

Agamben pergunta se nesse estado, sobre o qual testemunharam tantos sobreviventes dos campos, ainda se era humano. Responder que não seria dar razão aos nazistas, diz ele. Prefere concluir que faz parte da condição humana o risco de ser reduzido à completa falta de liberdade, contingência e discurso, ao completo esmagamento entre a necessidade e a impossibilidade.

Essa tese desautoriza teorias éticas e políticas fundadas na linguagem e no discurso, inclusive a “ação comunicativa” de Jürgen Habermas e os relativismos pós-modernos, pois põe o humano exatamente na brecha entre o sujeito de linguagem e liberdade e o mero corpo vivo. Previne-nos contra o otimismo sobre o debate político racional, chama a atenção para o totalitarismo latente em toda soberania – que vem à tona em “estados de exceção” e “tribunais especiais” como o de Guantánamo – e nos recorda a razão pela qual a dimensão do crime do nazismo não é uma questão de contagem de corpos.
Ronaldo.Refundini 04/08/2017minha estante
Olá, gostaria de divulgar meu segundo livro " Auschwitz como parâmetro de Amor", trata-se de uma análise ontológica que expõe as mazelas humanas que impedem as pessoas de viverem na sua plenitude. Numa reflexão profunda a respeito do sentido do ser além das aparências, o livro indaga a possibilidade do amor incondicional, trazendo também a ideia de que todas as pessoas são semelhantes sob a perspectiva de uma análise ontológica, a assimetria do verdadeiro e falso, a eternidade pela razão, perdão, etc. É uma obra fascinante! Será lançado na Bienal do RJ, mas já disponibilizo a pronta entrega, encomendas pelo whatsapp 44 99721 0404




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