Mulheres e Deusas

Mulheres e Deusas Renato Noguera




Resenhas - Mulheres e Deusas


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Renata 02/02/2024

Muito bom
Renato sabe como colocar em palavras todo o conhecimento que tem e fico feliz de ter lido mais uma obra dele!
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Luiza 31/01/2024

Bacana
Demorei 3 anos e meio pra ler
Definitivamente não é o meu estilo preferido de livro, mas eu adorei!!
Acho que eu esperava mais conteúdo guarani.
Sei lá, é isso.
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Laura.Zaine 28/01/2024

Superficial
Eu desanimei já na introdução. Previ que o livro estava muito aquém das minhas expectativas, quando ele começou assim:

"Primeiro, uma ressalva: este livro tem as limitações evidentes de uma autoria masculina. Falar 'sobre' e 'com' as mulheres não se trata de dizer algo por elas. Mas investigar os mitos femininos também é uma boa maneira de falar sobre os homens. O segundo ponto a assinalar é: este não é um livro acadêmico."

Enfim... o próprio autor nos avisou, mas não sou de falhar com meus deveres (era um dos livros do mês da Sociedade dos Leitores Vivos - o melhor clube de leitura do mundo inteiro), e li até o fim (com algum tédio e de vez em quando alguma irritação).

Serve como pontapé inicial para quem não tem qualquer familiaridade com o assunto... mas o leitor que quiser aprofundar-se tem que buscar outras fontes, porque o livro, em si, é raso, superficial. Algumas conexões feitas pelo autor forçam tanto o mito quanto o real quase ao ponto de ruptura.

Para quem tem muito tempo livre, é bom para entretenimento. Para conhecimento, sugiro procurar outras obras, como As deusas e a mulher, de Jean Shinoda.
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Lucy 22/01/2024

Um espectro amplo e acolhedor
Eu gostei muito da leitura e como gosto da mitologia Iorubá apesar de conhecer bem pouco, cada vez que posso ter contato sempre me encanto.
A leitura do mito de Iara me pegou desprevenida e fique muito contente apesar de ressalvas sobre algumas questões, ademais achei de grande importância e precisamos de mais espaços como estes para falar do imaginário da cultura do povo originário.
Eu acho a escrita do autor muito acessível e recomendo.
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maria.e.sousa.7 18/01/2024

Palestrinha / Mansplainning
Tinha muita expectativa sobre este livro e me desapontei profundamente, de várias maneiras, por diversos motivos. Não consigo decidir se Renato Noguera é um equivocado bem-intencionado, mas ingênuo, ou se está simplesmente fazendo mansplaining, na cara dura e lavada, achando que está abafando. Um homem querendo falar de questões femininas, sem preparo, achando que tem propriedade para tal!

Ele se propõe a discutir a condição da mulher e a forma como os seus papéis e o seu lugar se estruturaram na sociedade ocidental a partir de recortes de quatro mitologias: a grega, a iorubá, a judaico-cristã e a tupi, dos povos originários do Brasil. Consegue? Falha feiamente!

A primeira parte dedicada à mitologia grega é a maior decepção. Ignora completamente autoras já consideradas autoridades na análise psicológica da mitologia grega, propondo interpretações completamente contrárias a outras amplamente aceitas, como dizer, por exemplo, que a morte de Órion por Artemis é uma metáfora de introjeção de valores sexistas ? Shinoda-Bolen é uma autora que afirma que o que mata Órion é a natureza excessivamente competitiva de Artemis. Também diz que Hera é a Deusa da Maternidade (oii???) - a deusa da maternidade, ou Deusa-Mãe na mitologia grega, nessa geração olímpica, é Deméter. Maternidade é a última coisa com que se vai associar a deusa Hera!

Em algumas passagens ele parece impor visões muito próprias de alguns mitos, sem embasamento consistente, no melhor estilo ?vozes da minha cabeça? ? como na passagem em que ele analisa o mito de Io: Zeus transforma Io em vaca para escondê-la de Hera e Noguera conecta essa passagem com os modernos xingamentos animalescos direcionados a mulheres (vaca, ? #$%!& ) ? achei esse argumento fraquíssimo, capenga mesmo! O resultado final fica extremamente superficial.

De modo geral, essa parte sobre a mitologia grega, dá a sensação de que ele queria falar das questões femininas dentro de um determinado contexto mitológico, talvez explorando principalmente a mitologia iorubá, com a qual talvez se sinta mais afinado, mas parece que se sentiu obrigado a recorrer também aos mitos gregos, afinal, a sociedade ocidental é largamente estruturada sobre a civilização greco-romana. Porém, o resultado fica raso e sofrível. Dá uma sensação de algo feito de forma apressada, quase que para cumprir tabela.

Embora eu tenha menos familiaridade com a mitologia iorubá do que tenho com a grega, na segunda parte, em que Noguera trata desta mitologia, a iorubá, tive novamente a sensação de muita ?forçação? de barra, como se ele distorcesse algumas estórias, moldando esses mitos para caber em, e sustentar a argumentação que ele quer defender. Sensação de desonestidade intelectual.

A parte mais palatável para mim é a que trata da mitologia judaico-cristã, onde ele analisa os mitos de Eva e Lilith ? embora seja curta e os mitos contados de forma muito rápida ? talvez porque é a mitologia mais próxima da consciência e do inconsciente coletivo ocidental e, sendo a mitologia mais amplamente conhecida, analisada e ?compreendida? na nossa cultura, a sensação que temos é que a análise flui de maneira um pouco mais confortável e coesa. Também é possível que isso se dê porque, mesmo que o indivíduo não seja nominalmente cristão e não professe essa fé, ao nascer numa cultura e numa sociedade majoritariamente cristãs, ele está necessariamente exposto e imerso nesse inconsciente cultural, e essa mitologia reverbera sobre esse indivíduo, consciente e/ou inconscientemente. É muito possível que isso ocorra com o autor também, daí a maior fluidez neste capítulo. Eu gostei de relembrar o Gênesis e algumas passagens dessa mitologia. E é onde ele comete menos deslizes, a meu ver.

O autor termina trazendo alguns mitos de raiz tupi, de povos originários do Brasil. Mas mesmo aqui percebemos muitos buracos. No mito de Iara, por exemplo, ele faz uma inferência de que os irmãos matam Iara porque ?não suportam a vergonha de perder território para uma mulher? ? na versão que ele mesmo contou, só há menção aos ciúmes em relação ao afeto e atenção dos pais, não há menção a ?território?.

O autor ainda menciona a psicologia analítica várias vezes, estando Jung presente na bibliografia, porém comete erros conceituais muito elementares, como dizer que as deusas são arquétipos ? as deusas NÃO são arquétipos, são imagens arquetípicas; o arquétipo é impessoal e não tem uma imagem definida; cada cultura tem suas imagens arquetípicas dos arquétipos universais. Outro erro básico é falar da mulher que ?encarna? o arquétipo de deusa X ou Y: nenhuma mulher e nenhum ser humano encarna ou ativa arquétipo nenhum, arquétipo de nada! Arquétipos são impessoais e o máximo que pode acontecer é uma pessoa, extremamente inconsciente e com pouca estrutura egóica, ser possuída por um arquétipo, o que configura um grave problema psíquico!

O autor faz uso excessivo do termo ?patriarcado? ? parece que ele descobriu a pólvora e o patriarcado sozinho! Ele explica o patriarcado dele!

Em resumo, achei o autor presunçoso, equivocado, paternalista e um baita de um palestrinha. Claro, pode ser que seja apenas um equivocado bem-intencionado... parece muito querer agradar ao público feminino para o qual escreve (e tem muitas mulheres caindo de amores) ? estaria em busca de alguma redenção?

Equívoco ?? ?a intenção do livro foi revalorizar, ressignificar e assumir como positivos os atributos femininos? ? e nós precisamos de um HOMI para nos dizer que os atributos femininos são positivos em nos autorizar a exercita-los? ? É muita presunção!

Equívoco ?? o sujeito ainda tem a pretensão de achar que sabe o que é o que não é ser mulher: ?Ser mulher não é se enquadrar em um modelo de vestido, um corte de cabelo, se dedicar à maternidade ou inconscientemente assumir uma culpa que viria lá do pecado original? ? é mesmo? Jura? Como não pensei nisso antes??? Contraditoriamente, ele diz que as deusas trazem ?à cena um desejo por desnudar o feminino constituído pelo olhar masculino? ? e ele, também um HOMI, não está trazendo um ?olhar masculino? mais uma vez, e se arrogando em ensinar para mulheres o que é ser mulher???

Palestrinha presunçoso! ?

2/5 - esse 2 é só porque gostei da parte judaica.

P.S.: ponto positivo: ele se refere à palavra ?personagem? sempre no feminino, como é correto!
Cris.Aguiar 18/01/2024minha estante
Falou tudo o que senti e não tive competência para aprofundar, ????


Laura.Zaine 18/01/2024minha estante
Eu desanimei já na introdução. Previ que o livro estava muito aquém das minhas expectativas, quando ele começou assim:

"Primeiro, uma ressalva: este livro tem as limitações evidentes de uma autoria masculina. Falar ?sobre? e ?com? as mulheres não se trata de dizer algo por elas. Mas investigar os mitos femininos também é uma boa maneira de falar sobre os homens. O segundo ponto a assinalar é: este não é um livro acadêmico."

Enfim... o próprio autor nos avisou, rs

De resto, concordo com tudo o que vc disse, Eunice. Parabéns pela excelente resenha!


Cris.Aguiar 18/01/2024minha estante
Ahahahah ?fumo? por conta e risco ??


Marcia Seabra 28/01/2024minha estante
Não li o livro e só vim aqui parabenizar sua resenha, consistente e embalada!!!!




Cris.Aguiar 14/01/2024

Procure outros
Esse livro tem coisas boas, mas nenhuma delas é referente ao que ele pretende.

Aqui fiquei feliz em conhecer um pouco mais sobre a mitologia Iorubá e bem raso sobre alguma da nossa indígena

Toca em pontos sensíveis de várias pautas contemporâneas... mas quando junta tudo, não dá certo.
Achei a narrativa forçada, em várias leituras simbólicas achei fora de contexto, em outras achei que moldou o mito para embasar o discurso.

Fala médio da mitologia greco-romana, fala muito da iorubá (mas muito mais dos mitos do que fazendo referências) e entrega praticamente nada da cristã-judaica e indígena.

A bibliografia ao final do livro é extensa, mas o conteúdo do livro me desagradou (e não fui a única). Um livro com um tema que tinha tudo para ser excelente, mas que me decepcionou.

O bom de livros assim é que podemos perceber o que dá e o que não dá certo na defesa de pautas importantes no mundo feminino.

Clube SLV: janeiro 2024

site: https://sociedadedosleitoresvivos.wordpress.com/
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Filipe.Bertoline 20/12/2023

História do mundo
Mulheres fazendo história desde sempre.
interessante ver a perspectiva de um homem historiador sobre diversos momentos da história humana, em diversas partes do globo
mais interessante ainda em colocar os moldes que o livro traz, nos dias de hoje, em nossa sociedade brasileira
com certeza em algum momento do livro você vai se identificar ou conhecer alguém com a mesma situação
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Bê. 02/09/2023

Conteúdo rico e leve
Gostei muito, o autor usa uma linguagem bem clara e desenvolve suas análises de forma bem fluida.
É interessante revisitar esses mitos e compreender como eles contribuíram, não apenas em suas respectivas culturas, para determinar o valor e espaço do feminino na sociedade. O autor desnuda aspectos de cada história para nos mostrar outra ótica, convidando o leitor a refletir sobre temas como patriarcado, instrumentalização de padrões de beleza para fins de controle social, demonização da mulher insubmissa, entre outros.
Leitura leve e interessante.
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Virgínia Melo 23/08/2023

Mitos
Muito bom, primeiro livro que li sobre personagens mitológicos, maravilhoso. Como é bom aprender sobre os mitos da história da humanidade.
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Talita342 30/07/2023

A ideia principal do livro foi revalorizar, ressignificar e assumir como pontos positivos os atributos considerados femininos através dos mitos gregos, iorubá, judaico-cristã e indígenas.
Os mitos são entendidos como elementos vivos que dão sentido à vida. Assim, em uma forma não explícita, os mitos tem o anseio de nos fazer pensar como nós mulheres, chegamos nessa forma atual e a palavra SORORIDADE, que não fica exposta em todos os mitos, mas a falta dela perpassa por todos. Como fica exposto no cap 2 de alguns mitos Iorubás, quando Exu e Orunmilá bolam uma estratégia para que Oxum não possua os 256 Odus de Orunmilá.
?Um homem é capaz de desistir de uma mulher em nome da fraternidade masculina.?
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Eliza.Rezende 17/06/2023

O livro aborda sobre mitos gregos, iorubás, judaico-cristãos e guaranis. A partir dos mitos traz uma visão sobre como o ser mulher foi sendo constituído ao longo do tempo e as influências da mitologia sobre essas percepção do feminino.

A partir da mitologia é possível perceber como nós, mulheres, somos influenciadas desde o princípio a convivermos como inimigas. Nogueira relaciona, principalmente, os aspectos mitológicos com a atualidade.

Cada mito citado traz algum ensinamento e revelação sobre o ser mulher, um exemplo é o mito de Afrodite, Hera e Atena que fizeram um julgamento, onde o príncipe Páris, teria de decidir qual delas era a mais bela. Esse mito nos monstra principalmente aspectos sobre a rivalidade feminina, além de falar sobre o mito da beleza e a disputa masculina sobre a mais bela.

Ainda no mito da beleza, na sociedade comtemporânea patriarcal as mulheres não têm direito à feirua, a beleza é ditatorial, se a mulher não possui beleza, ela não é desejada e se torna repulsiva, aversiva. Afinal "em uma sociedade patriarcal, a mulher que não for bonita está automaticamente desituída de valor"(p.44).

A rivalidade feminina também está presente no mito iorubá, quando Oxum, Iansã e Obá são influenciadas a disputarem a atenção de seu esposo Xangô como uma forma de que estas não buscassem por conhecimento e não se unissem entre elas no intuito de lutar por um mesmo objetivo.

Nos mitos judaícos-cristãos somos apresentadas a Lilith e Eva, duas personagens com o intuito de serem esposas de Adão. Lilith, entretanto, é a que se recusa a cumprir seu papel de esposa e devido a isto é expulsa do paraíso, sendo posteriormente citada como um demônio por não ter cumprido com as ordens divinas. Já Eva aceita a submissão como um modo de vida, porém ela desobece a Deus e peca, sendo depois conhecida como manipuladora e dissimulada por ter levado Adão a pecar também. Entre as duas personagens, não há uma vitoriosa, afinal, são duas mulheres que, independente do que fizeram, recebem uma o penalidade mais severa do que o homem.

Na mitologia guarani, a história de Iara é de tristeza e sofrimento, mas que nos mostra como a possível ascensão de uma mulher em um poder político majoritariamente masculino se torna uma ameaça aos homens. Fazendo-a alvo de violência, devido ao medo irracional do homem de perder o controle e a dominação.

Para finalizar, o referencial teórico que o autor utiliza é ótimo, obviamente ele não aprofunda muito em cada mito pois a intenção é passar por todos eles. Entretanto, consegue passar a ideia principal do livro, o que torna uma boa leitura para quem tem interesse de conhecer um pouco mais sobre a mitologia feminina.
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Jess 10/04/2023

Uma viagem por mitos perpetuados através dos séculos em diferentes culturas que propõe uma reflexão sobre a construção do ser mulher passando por variados arquétipos que, geralmente, associam o feminino a uma posição de submissão, vingança ou pecado.

Muito interessante ver que mesmo em culturas tão diferentes, algumas características e temáticas são comuns ao retratar as mulheres, infelizmente, contribuindo para reforçar os padrões ditados pelo patriarcado.

Gostei muito da escrita do autor, é fácil de acompanhar e compreender, o que torna a leitura mais fluida. Me surpreendi bastante com esse livro!
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Geysa 08/04/2023

Amei!
É um texto de fácil compreensão. E traz um conhecimento rico sobre figuras femininas da mitologia e como características dessas figuras influenciam as definições do que é ser mulher.
Amei, principalmente, as histórias das deusas iorubás.
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Carol 12/03/2023

A influência da mitologia na vida da mulher
Uma leitura que nos fornece muito aprendizado e conhecimento. Trás diversas histórias divididas em quatro tipos de mitologia: grega, iorubá, judaico-cristã e guarani. Essas histórias nos mostram como as mitologias influenciaram na formação da personalidade feminina, além de nos mostrar de onde vem tamanha estrutura do patriarcalismo.
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Bia 17/02/2023

Um olhar feminino com mitos
Trazendo pra atualidade mitos gregos, bíblicos, guaranis e etc. mostrando como as mulher continuam sendo subjugadas e pré paradas para servirem há sociedade e ao homem. Livro mto bom e fluido. Não vai tão fundo nos mitos, mas consegue deixar claro as similaridades que existem séculos depois. Ótima leitura.
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