Isabela354 30/04/2018Uma fantasia distópicaClara é uma jovem curiosa que nasceu em uma pequena vila. Mas, diferente dos demais habitantes, ela pode enxergar e não se sente muito inclinada a servir a bruxa que governa o vilarejo. Quando ela começa a questionar as pessoas sobre o aparecimento da bruxa, escuta tantas respostas diferentes que logo percebe haver algo errado, então decide confrontá-la. É quando ela descobre que foi a bruxa quem roubou os olhos dos cidadãos da pequena cidade e decide que irá detê-la, custe o que custar.
"— Eu não sou uma bruxa boa minha querida – disse ela com a voz abafada e tranquila, como se estivesse tentando domar Clara com as palavras, seduzi-la. – Nunca gostei desse lado das coisas, prefiro muito mais o lado ruim, é mais simples, não é preciso ficar se preocupando com outras pessoas. Posso simplesmente usá-las para o que eu quiser."
A Última Cinderela é um conto bem diferente dos demais e também poderia se encaixar facilmente em uma antologia de fantasia. Um conto que nos leva a refletir sobre o egoísmo e sobre como há pessoas que realmente acreditam no mal, como se fosse algo bom, ou, ao menos, algo que as beneficia e isso é tudo o que importa. Não há consciência pesada ou mesmo arrependimentos, mas a convicção de que estão fazendo o que é melhor para si, sem se importar com os outros. Infelizmente existem pessoas assim na vida real, pessoas capazes das mais terríveis atrocidades. Mas, em contra partida, também há pessoas boas, que se sensibilizam com a situação do outro e fazem de tudo para ajudar o seu próximo. Apenas não entendi muito bem o nome do conto, já que a historia não tem muita relação com o conto de fadas.
Esse conto pode ser adquirido tanto separadamente como junto com outros 9 contos na antologia 10%.
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