Um Poema de Guerra

Um Poema de Guerra Dan Folter




Resenhas - Um Poema de Guerra


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Gabriel Dias - @Done.em 22/06/2020

Poema de Guerra - Dan Folter (@dan_folter)

Gustavo trabalha como freelancer em São Paulo, vendendo textos para “A Mensagem” um periódico, juntamente com seus amigos Carlos, Camille e Rafaela, que sente atração e ciúmes em relação a Gustavo.

De outro lado, Julia se muda para São Paulo em busca de sua família biológica e terá seu caminho cruzado com Gustavo, se mudando para o mesmo prédio. ⠀

A sociedade vive um momento delicado, com o movimento separatista da região sul-sudeste, querendo sua independência, nessa trama, a divisão de opinião gera vários movimentos, o que deixa a obra fluir entre o gênero distópico e o romance propriamente dito. ⠀

Gosto da trama criada pelo autor, eu realmente fiquei muito envolvido com as situações e as críticas pertinentes que são feita, mostrando um ótimo trabalho de pesquisa em trazer questões sociais a certa de um romance, romance que não toma todo protagonismo, mas sim compõem a obra.

Os personagens são bem definidos, trazendo aspectos bem críveis da personalidade deles, mas confesso que não consegui “desenhar” alguns personagens em minha cabeça com total nitidez.

Uma narrativa que vai sendo intercalada e se misturando entre os personagens, nos prende, e deixa curioso com diversos dilemas, sobre o passado, presente e futuro, em um livro que traz muitas temáticas, que vai do amor a morte, mas também de resistência e críticas.

Bem escrito e envolvente um livro para ser apreciado com uma descrição de paisagem e ambientação impecáveis.

site: https://www.instagram.com/p/CBs1P-IjlZ5/
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Luciana Klanovicz 24/04/2019

Distopia poética de uma cidade
Gosto de conhecer novos autores e ler suas obras. Melhor ainda sair da minha zona de conforto e encarar uma distopia em que o Brasil é tematizado, especialmente a cidade de São Paulo, poeticamente retratada, por meio do olhar do bom cronista que Daniel Folter se mostrou em "Um Poema de Guerra".
O autor mostrou domínio de sua história, dando voz aos personagens cujas vidas se veem envolvidas por intrigas separatistas. Gosto muito da forma como são descritos sempre em contato com a cidade mais vibrante do país.
Quero destacar também a poesia dos encontros já no início do livro: da história da cidade com a vida do protagonista. Da poesia vinda de lugares que não se olha com a vida que começamos a acompanhar ao longo do livro.
O único porém, a meu ver, que é uma visão bem pessoal, é a narrativa em torno da guerra civil que se instala. Da metade para o final ela fica realmente um pouco cansativa.
O que mais queremos saber é das escolhas e dos destinos das personagens. E essa narrativa nos chega e entendemos as escolhas do autor que conclui o livro com a poesia que dá o tom do livro. Leia o livro se desprendendo da visão da política que temos atualmente; a proximidade da tensão em que vivemos pode confundir um pouco o leitor ou leitora. Fuja, portanto, de comparações ou analogias para curtir o passeio por São Paulo pelos olhos de Dan Folter, que um dia gostaria de fazer. No final das contas, é a cidade de São Paulo a principal personagem: atrativa e repulsiva ao mesmo tempo.
Recomendo essa distopia brasileira bem escrita, com ótimas descrições e densidade de personagens carismáticos e reais.
Daniel.Martins 24/04/2019minha estante
Muito obrigado pela leitura e pelos comentários, Luciana. É tão bom ver como cada leitor enxerga um pedaço e uma perspectiva diferente da história. Abraço.




Eline.Sato 15/06/2019

Uma expectativa não alcançada
Bom... vamos lá!

O livro conta a história de um jornalista que mora em São Paulo e tenta sobreviver em meio ao caos político e econômico que o país vive.
O personagem, chamado Gustavo, passa por diversas situações complicadas relacionadas a sua posição política na sociedade. E diante da necessidade de sobreviver e trabalhar como jornalista se depara com uma decisão do que pode ou não ser correto.

A narrativa, no meu ponto de vista, descreve mais uma guerra política separatista do que uma história de amor. Assim, caracterizando a obra como um gênero de distopia e não propriamente um romance. Contudo, o título da obra condiz com todo o enredo, visto os poemas lindíssimos narrados pelo autor e um final surpreendente que me fez chorar muito!

O livro possui uma escrita impecável, vocabulário excelente, descrições de lugares muito bem definidos, o roteiro e o enredo são ótimos, nos quais, o conteúdo é atual e parece que estamos vivendo as situações do nosso país. Porém, eu não consegui me conectar com os personagens. Tive dificuldade em definir suas características físicas e não curti o Gustavo.

No início da leitura o autor narra a luta contra uma vida difícil e depressiva. Depois disso, aparece a Júlia, a única personagem que eu consegui ter uma pequena conexão, entre outros personagens importantes na história. Aguardei com
ansiedade o desenrolar de um romance. Entretanto, não foi bem como eu esperava. E isso acabou deixando a história, na minha opinião, um pouco arrastada pela demora de uma posição do narrador com relação ao amor em meio ao caos.

O personagem principal me trouxe uma sensação de ?sofrência? e solidão durante muitos capítulos. E assim, apesar da história narrada ser excelente retratando sobre as lutas diárias da vida, o jornalismo podre da mídia, as tratativas política e econômicas do país, entre outras coisas, eu não consegui me identificar com a história.

O motivo: fiquei aguardando dentro da luta diária deles um romance mais intenso. Minha expectativa era uma mudança do personagem diante do amor. Haja vista, que sou uma apaixonada por personagens intensos e fortes e achei o Gustavo fraco.

Outro ponto que fiquei confusa foi o tempo da história. Num momento parecia que eu estava vivenciando tempos atuais e em
outros um tempo passado.

Sendo assim, minha conclusão para o livro é: Por eu ser uma romancista que se entrega a grandes paixões, reviravoltas e dramas amorosos, não me identifiquei com a história. Contudo, super indico para os amantes de drama, distopia e poetas.
Daniel.Martins 15/06/2019minha estante
Muito obrigado pela resenha, Eline. Ajuda muito saber as diferentes perspectivas em relação ao que escrevemos. Grande abraço!


Eline.Sato 01/07/2019minha estante
Verdade Dani!




Lord Vahn Wolf 15/06/2019

Atrativo
Sempre que vejo a capa eu fico intrigado,as cores são objetivas, uma combinação perfeita entre o dourado e o escarlate, quando dizem " não se julga um livro pela capa".
Um Poema de Guerra é ao contrário, logo pela capa, teremos um livro com O livro possui uma escrita própria, um vocabulário rico , descrições bem detalhadas, um roteiro e oum enredo bem definido.
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Gabslazuli 27/12/2020

Intenso
Gustavo é um estudante de jornalismo, desgastado pela pobreza e sem muito sentido na vida. É recrutado para ser soldado, defender a integridade do Brasil combatendo um movimento que exige a separação de São Paulo e região sul do restante do país. Enquanto isso se apaixona por Júlia, uma moça que deixou sua família adotiva em Santa Catarina para procurar seus pais biológicos em São Paulo, e está se juntando aos rebeldes separatistas. Ambos irão sofrer as consequências de amar a pessoa que está do lado oposto da guerra.
Tudo é bem descrito. Adorei a construção dos personagens. Gustavo é um palerma, azarado, e sensível que eu amei acompanhar. Ao contrario do que eu esperava, o amor e a guerra não o fizeram menos palerma. Confesso que gostei disso, esperava desenvolvimentos mais óbvios. Júlia sempre me faz pensar numa mocinha delicada e frágil com óculos de armação vermelha, mesmo quando está pegando em armas e vigiando reféns. Sua história, traumas, motivações, são bem explicados, mesmo assim senti falta de algo a mais sobre ela. O romance dos dois não era o meu interesse principal nesse livro e mesmo assim me envolvi bastante. Poderia ter sido algo um pouco mais longo? Poderia, mas acho que a rapidez com que as coisas aconteceram trouxe intensidade ao livro.
Daniel.Martins 29/12/2020minha estante
Adorei a resenha!




Garotas Devorando Livros 26/07/2018

Primeiras impressões
[...]

Achei a escolha do tema desse livro muito interessante, não apenas por ser atualíssima, mas por mostrar o quanto somos afetados por decisões que não são tomadas pensando no bem estar do povo, decisões que só beneficiam o governo corrupto e tira o alimento da mesa do trabalhador.

[...]

CONFIRA NO BLOG


site: http://www.garotasdevorandolivros.com/2018/07/primeiras-impressoes-um-poema-de-guerra.html
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Nu e As 1001 Nuccias 27/11/2018

Resenha Blog As 1001 Nuccias
Na grande São Paulo, a recessão esta forte. É difícil conseguir um emprego fixo, especialmente para Carlos e Gustavo, dois estudantes de jornalismo. Com a ajuda das amigas Camille e Rafaela, conseguem vender seus textos jornalísticos para a Revista Mensagem.

Júlia é uma moça que decide se mudar de Santa Catarina para SP a fim de conseguir encontrar seus pais biológicos. Ela se muda para um apartamento vago no primeiro andar do prédio onde Gustavo mora, para deleite do rapaz e desconfiança de Rafaela, a amiga que tem uma queda descarada pelo jovem.

"Mas existe uma qualidade inerente ao ser humano: a vontade de descobrir. Ela move pessoas por todos os cantos numa procura incessante por explicações, conclusões,"

Todos eles vivem em uma época estranha no país. Os estados do eixo sudeste-sul querem a separação do restante do Brasil. Querem dividir o país em dois, literalmente. Um plebiscito é convocado. Há fanáticos e extremistas de ambos os lados. Há o governo federal. Há a intervenção militar. E todos os amigos caem bem no meio dessa zona de guerra política.

Nós vamos ver o jovem Gustavo perder o trabalho de free-lancer para ser soldado na disputa Norte/Sul no Brasil. Veremos Júlia, a moça simpática do sul, participar da guerrilha como aliada dos rebeldes. Vamos ver intolerância, preconceito, guerra, amor e mortes.

Eu resumi pra caramba! Agora vamos ao que interessa: o que eu gostei na história? Primeiramente, a narrativa. Ela me fez imergir, afundar nas ruas de São Paulo. Apesar de pouco conhecidas minhas, o mínimo que eu já pude visitar, visualizei perfeitamente, a tal ponto que consegui andar ao lado do personagem. E o que eu não conhecia, deu pra visualizar na mente também, de tão boas e fluidas que são as descrições.

"Amores platônicos são naturalmente hipócritas. Como pode alguém viver com um sentimento tão grande sem ser capaz de contar ao outro?"

Outro ponto: a pesquisa. Ele se aprofundou na política brasileira, nos trâmites. Meus deuses, o livro tinha tanta similaridade com o tempo real em que estávamos (estamos e estaremos) que eu me perguntei se o autor contratou uma vidente para ficar ao seu lado durante a escrita do projeto. Cheguei a me perguntar o que era ficção e o que era fato, de tão precisas que eram suas palavras sobre lugares, eventos e pessoas.

Sério, Dan, me diz: tem mesmo um poema lá no obelisco? E as tumbas memoriais no subsolo? Gente, preciso voltar pra SP e verificar isso com meus próprios olhos!

"(...) o rapaz apenas ponderava nas implicações, em como Gustavo reagiria ao saber que a mulher que amava podia ser o soldado que o mataria na guerra".

Os personagens são outro item da listinha de gostei pra caramba. São pessoas comuns, amigos cheios de zelo uns pelos outros. Eles têm dúvidas, medos, enfrentam barras pesadas, tomam decisões erradas e certas, lutam por seus amores e os perdem, ora para o sistema, ora para o destino.

E os poemas? Todo o livro possui poesias que combinam com a narrativa do capítulo onde se inseriram. São poesias dos mais variados tipos, apelos, estilos. São essenciais para o conjunto da obra.

"Quanto mais os seres humanos se multiplicam / mais perdem a capacidade de dividir. / Cada vez mais batalhas se intensificam / porque não sabemos parar para ouvir."

E o final, pelas vestes de Brigith, Dan do céu, como você faz isso comigo???!! Que final foi aquele! Tão, tão... digno! Tão condizente com o livro.

Li os contos do autor e já gostava da sua escrita, mas essa me encantou. Assim, não tenho como concluir de outra forma. Esse livro é um espetáculo. Uma mistura de romance histórico e distopia nacional tão bem feita que nos perguntamos o tempo todo quando aconteceu que não percebemos ou, ainda, quando irá acontecer. Um poema de guerra é lindo e triste. É ficção e fiel. É real e distópico.

Eis que finalizo dando meus sinceros parabéns ao autor. Soube (por fontes fidedignas) que esta era sua principal obra até então, portanto, aplausos merecidos.

site: https://1001nuccias.blogspot.com/2018/11/resenha-livro-poema-guerra-dan-folter.html
Daniel.Martins 27/11/2018minha estante
Muito Obrigado pela resenha e pela nota!!! abraço!




Pedro 27/11/2018

Como lutar pelo amor quando se há uma batalha com interesses opostos em jogo e que pode mudar o rumo do Brasil? Quem vence? Quem perde? Que sai machucado nessa? Gustavo e Júlia vivem esses dilemas em "Um Poema de Guerra", obra escrita pelo autor brasileiro Dan Folter.

Na história, que é ambientada em São Paulo, conhecemos o Gustavo, um jovem estudante jornalismo. Morando só na cidade que nunca dorme, Gustavo sente na pele o desafio que é se custear sozinho com aluguel, alimentação e custos da faculdade. Para conseguir algum dinheiro, ele trabalhava como freelancer, juntamente com Carlos e outros amigos mais próximos, que também estudavam para viver dos frutos que o jornalismo dava. Mas a situação não estava fácil pra ninguém.

Confira a RESENHA COMPLETA + FOTOS no link abaixo! (Blog do Pedro Gabriel)

site: http://www.blogpedrogabriel.com/2018/11/resenha-um-poema-de-guerra-de-dan-folter.html
Daniel.Martins 27/11/2018minha estante
Muito Obrigado pela resenha e pela nota!!! abraço!


Pedro 27/11/2018minha estante
Por nada, Dan. Parabéns pela obra! \o/




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