toledo 07/04/2022
A parte que falta: monogamia e Freud
Estamos chafurdados na necessidade de encontrar alguém que ?nos complete?, influenciados pela ideia do amor romântico nos vendida pela cultura pop. Essa é a meta de vida, o objetivo final. Essa é a hierarquia da estrutura monogâmica.
Nos acostumados com a ideia de que quando encontramos esse alguém, nada mais importa. Nos privamos de todas as experiências incríveis que podemos ter para sermos ?completos? por esse outro. E a vida passa, passa rápido como o personagem que nada mais pode aproveitar. E com isso se isola.
Freud ? se não estou equivocada ? dizia que ao sermos arrancados do útero seguro de nossas mães, desenvolvemos um ?trauma?, uma falta causada pela vontade de voltarmos para aquele local. Essa angústia nos acompanha até a morte (que, para mim, nada mais é que o retorno para o útero de nossa mãe Terra).
Como conclusões, podemos tirar que sempre sentiremos que algo nos falta, mas isso não quer dizer que você é incompleto, que você precisa de alguém para ser feliz.
Que nunca abramos mão de experienciar a vida em sua completude.
E, ?A parte que falta?, releio você daqui uns anos.