Sala Literária 08/07/2018
Tilda é uma pintora, mãe e recém separada do marido. Quando era mais jovem conheceu um “pirata”, do qual, mesmo sem trocar uma única palavra, se tornou seu melhor amigo. Após viver anos na cidade de Rio Grande, novamente Tilda precisou se mudar. Ficou muito triste em ter que abandonar este amigo, que provavelmente jamais veria outra vez. Preste a se mudar ela foi até ele para se despedir e pela primeira vez seu amigo, que já tinha recebido o nome de Jorge por Tilda, se aproximou dela. Lhe entregou um presente, uma bússola com inscrições misteriosas e apenas lhe diz: “Encontre-o”.
Anos se passaram desde aquela despedida e sonhos cada vez mais estranhos atormentavam Tilda. Agora com os filhos mais crescidos ela decide buscar respostas sobre aquele estranho presente. Precisava encontrar Jorge novamente e principalmente encontrar o que seu amigo havia lhe pedido naquela despedida.
Para isso ela viaja para a Europa a fim de encontrar seu amigo Vincent e juntos começam uma busca pelo significado desse mistério. Vincent é um homem paciente e muito companheiro. Esteve sempre disposto a ajudar Tilda a solucionar aquele mistério e nunca duvidou sobre as coisas que falava. Desde o início é notável que Vincent e Tilda tem uma relação de companheirismo e carinho muito maior do que a amizade.
Quanto mais Tilda busca por respostas mais complexo parece ficar. Seus sonhos vão ficando cada vez mais ricos em detalhes e ela descobre que sua busca tem um significado muito maior do que ela imaginava.
Minhas Conclusões sobre Vinte e Duas Cartas
Não sei se vocês se lembram, mas já resenhamos outro livro da autora aqui, Mais Perto do Coração. De cunho mais infantil, porém com uma história envolvente até para adultos a autora acabou me cativando. Então, quando vi que tinha a oportunidade de resenhar Vinte e Duas Cartas não podia deixar essa oportunidade passar.
É possível notar que esse segundo livro carrega um amadurecimento muito grande da autora. A história está repleta de detalhes históricos, não só da Europa, onde se passa a maior parte da história, mas sobre o Brasil também. Esses contextos históricos dificultaram, no início, a minha leitura. Demorei um pouco para pegar o ritmo e me envolver com os personagens. Os parágrafos contendo informações históricas estendiam em meio aos acontecimentos cortando um pouco o fluxo de leitura. Porém, ter essas informações, ao mesmo tempo, enriqueceram muito a história.
Durante sua viajem Tilda conhece várias pessoas que tentam ajudá-la. São personagens simpáticos e cativantes com personalidades bem construídas, e isso pode ser percebido mesmo que apareçam em poucas páginas. Tilda é uma personagem que levantava tantos questionamentos em busca de suas respostas, que é impossível não acabar fazendo as mesmas perguntas a si mesmo.
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