Satíricon

Satíricon Petrônio




Resenhas - Satíricon


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Adonai 01/04/2021

Desejos de ter o texto completo
Durante a leitura, muitas conexões com outros movimentos de ler povoaram a cabeça e uma delas foi pensar um clássico da literatura mundial que transborda sexo, sexualidades e escapa de muitas "vergonhas" ou "pecados".

Além de ser um incrível registro daquele contexto em Nápoles, dos costumes e diversas expressões sociais, as relações e as performances, a leitura fez refletir em mim o quanto as religiões estragaram nossa vida e questionar até quando seguiremos assim. Uma pena não termos acesso ao texto todo, mas o que já temos marca tantas coisas que vale a pena uma releitura. Resta também ver o filme inspirado na obra, talvez eu goste assim como gostei desse livro.
Dan 01/04/2021minha estante
Comprei esse livro ontem. Deve ser muito bom!


Adonai 04/04/2021minha estante
Eu adorei, Dan! Até penso em reler daqui um tempinho




Reccanello 22/11/2021

Eita, povo que gostava de uma safadeza!
Mesmo sendo apenas uma pequena parte do texto original (grande parte da obra se perdeu no tempo), o livro é muito bom! Em uma muito bem feita cópia satírica dos estilos gregos da epopeia e do romance, a obra é uma série muito divertida de relatos soltos (mas não sem uma linha que os ligue a todos) através dos quais, entre uma sacanagem e outra do triângulo amoroso Encólpio/Gitão/Ascilto (e, depois, Eumolpo), Petrônio ao mesmo tempo retrata e tece ácidas e virulentas críticas à decadência, à imoralidade (ou, mesmo, à amoralidade), à devassidão e ao hedonismo da sociedade romana da época do Imperador Nero (o livro foi escrito por volta do ano 60 d.C.). Conquanto já valha apenas por seu valor histórico (que foge àquela forma comportada e acadêmica dos livros de história), o livro se nos revela surpreendentemente moderno, ao nos fazer questionar aquelas velhas e batidas falas de nossos avós, que teimam em afirmar que "no tempo deles as coisas eram diferentes". Será mesmo que eram?

site: https://www.instagram.com/p/CWmHFS6ArUh/
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Cristiane 16/08/2022

Satíricon
O livro narra as aventuras de Encolpio, Ascilto e Gitão, (mais tarde Eumolpo) pela Itália no século I. É uma sátira a sociedade daquela época. Há de tudo neste livro: pedofilia, homossexualismo, traição, jantares, brigas, naufrágios, e tantas outras coisas... Petrônio utiliza da linguagem popular para escrever sua obra, crítica de forma ácida e bem humorada os costumes da época. Por favor não problematize esta obra, ela retrata a sociedade do século I.
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mateusss 01/02/2015

Bacanais em Roma
O único lado negativo desse livro é que você sofre por saber que ele é apenas 10% da obra original e o restante simplesmente não existe mais =(
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Michelle França 28/01/2022

Uns caras sem noção e juízo aprontando no Sul da Itália.
Antes de qualquer coisa se você quer ler peças de teatro romanas ou gregas do século I e bolinhas, não invente de meter problematização em cima desses textos ok!!!! O negócio foi escrito no SÉCULO 1 então por favor não são leituras para quem vê problematização em tudo!
Tem putaria a rodo, pedofilia, escatologia, situações absurdas que o povo daquela época achava engraçado, vai entender né?
Mas é sensacional você saber que uma peça escrita no século 1 (que foi encontrada em fragmentos) não está completa isso é importante ressaltar, aborda assuntos encena situações totalmente absurdas para nossa era moderna, sendo que naquela época no caso século 1 esses absurdos eram normais, fica a reflexão aí!
Eu tô adorando ler sobre teatro grego e romano cada peça que eu pego eu fico mais interessada essa ganhou meu coração, lembrando que que a gente faz vista grossa para algumas coisas escritas nela né. Se ficou curioso(a) compre leia o texto não tá tão difícil assim de ser compreendido nada que uma boa puxada no Google você não pegue significado de algumas expressões mais rebuscadas. Textos de apoio estão excelentes. Tem muita citação de outros autores que também te instiga procurar mais leituras, vale muito a pena!
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Sérgio Filho 02/05/2010

O hedonismo de Petrônio
Petrônio escreveu o Satíricon com o intuito de ridicularizar a corte do imperador Nero e a alta sociedade romana. Antes que o soberano do império o condenasse à morte, o autor latino suicida-se cortando os pulsos ao mesmo tempo em que desfruta seus últimos momentos conversando com os amigos sobre os prazeres que a vida proporciona. Desse modo Petrônio seguiu a ética hedonista até sua derradeira gota de sangue, literalmente.
Obra-Prima da Literatura Latina, Satíricon condiz perfeitamente com o estilo de vida adotado por seu autor. Diferentemente do Epicurismo, que prega a procura da felicidade pela prática moderada do prazer, a filosofia iniciada por Eudoxo de Cnido aconselha a busca incessante pelo prazer.
A maioria dos personagens da obra é desprovido de pudores, as práticas orgíacas, heterossexuais e homossexuais são narradas pelo protagonista Encólpio com total desprendimento moral, visto que a visão de mundo cristã que castraria o sexo como elemento essencial e fundamental do e para o ser humano ainda não ameaçava a mundividência pagã.
Encólpio nos conta suas aventuras vividas em viagens pela Itália, bem como suas peripécias amorosas com outros dois jovens mancebos, Ascilto e Gitão. Juntos, o trio de errantes passa por situações de perigo, episódios picantes e outros de muita comicidade, como é o caso do famoso banquete de Trimalquião, sujeito bonachão sempre a pronunciar trocadilhos de péssimo gosto. A cena é uma verdadeira sátira (daí o título do livro) às altas rodas da sociedade romana da época, além de ser um devotado culto dionisíaco.
O Satíricon é considerado o primeiro romance realista da Literatura universal, lá estão características que antecipam em muito, o que no século XIX comporia a estética realista.
Por isso o parecer do crítico Otto Maria Carpeaux ao explicar porque o romance de Petrônio é tão atual: “O ambiente (...) é o das nossas grandes capitais, da nossa alta sociedade (...). A obra de Petrônio é de estranha e alegre atualidade.”


Fred Fontes 04/01/2013

E surge a sátira moderna...
Satiricon é um daqueles livros que está na minha estante desde quando eu era criança. E em todas as minhas idades eu o olhava de soslaio, com um olhar de ignorância maior que curiosidade, e, eu diria, até medo de abrir algo escrito no século I da nossa era. Que diabos haveria ali dentro? Em que linguagem aquilo estaria escrito?
Com a velhice (não do livro, mas a minha), após descobrir que coisas com 2 mil anos ou mais de idade podem ser surpreendentemente modernas e atuais, rompi a barreira dos séculos que me mantinham afastado dessa obra e ousei descerrar aquele sarcófago literário.
Assim como me ocorreu quando li Homero ou Voltaire, constatei que o ser humano de 3.000 AC, do século I e do século XVII é o mesmo. E em todas essas diferentes eras da humanidade surgiram escritores geniais. Petrônio, bem vindo à minha lista!
O livro narra as aventuras de 3 amigos (amigos íntimos, inclusive no sentido sexual da palavra) numa vila romana no século I. A questão da sexualidade é interessante. Já vi comentários a respeito de obras romanas dizendo que elas abordam a homossexualidade. Discordo. Entendo que o conceito de hetero ou homossexualidade sequer existia nessa época, pelo menos da forma como os temos hoje. Sexo era sexo e pronto! Não estava mais associado à procriação que à diversão, e, portanto, pouco importava se era feito entre iguais ou não. Mas, para utilizar os conceitos modernos, digamos que todos os personagens, e, parece-me, toda a população de Roma, são bissexuais ou pansexuais ou que termo se queira dar para aqueles que encaram o que lhes convêm, sem ligar para detalhes de gênero.
Mas a sexualidade não é o tema do livro, mas apenas um dos elementos, o que me leva a desculpar-me por um parênteses tão longo a esse respeito, necessário, todavia, para se afastar qualquer interpretação equivocada que de que o livro teria como um de seus motes a sexualidade em si.
Voltando à história, nossos três protagonistas se metem em confusões sucessivas, a la "Cândido" (de Voltaire), de forma hilária. Fogem da morte o tempo todo. Participam de banquetes e orgias, têm amantes em comum (de ambos os sexos), sofrem de ciúmes, passam fome, levam porrada, e apresentam a malícia e o jogo de cintura que acompanham o ser humano desde priscas eras.
Destaque para o banquete de Trimalchão, um rico sem berço, ex-escravo liberto que herda uma fortuna de seu ex-dono falecido. Um verdadeiro churrasco na laje de uma mansão na favela. Em vez da cerveja e da pinga, claro, o vinho, mas de resto é uma sátira totalmente atual do "novo rico".
Leitura rápida e prazeirosa, com diversão garantida.
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Alessandro 17/06/2023

Surpresa
Está obra de quase 2000 anos foi uma surpresa. Como sátira é uma boa. Nossa mostra os costumes da época. E os problemas do homem são sempre iguais mesmo em diferentes épocas
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Deghety 31/07/2022

Satiricon
O nome Satiricon é sem sombra de dúvidas, muito apropriado para esse livro.
Petrônio satiriza os costumes, vícios e caprichos do século I romano, maximizando, prefiro acreditar nisso, as peculiaridades encontradas nessas citações.
A escrita é pomposa, com poetismo e lirismo mesmo se tratando de um monte de peripécias completamente sem escrúpulos dos personagens, principalmente quanto à luxúria e charlatanismo.
Pra fazer uma comparação à literatura mais atual, Bulowski seria um rascunho aspirante frente ao que Petrônio apresenta aqui.
4/5
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jaircozta 14/03/2020

A sátira que prova que existimos há muito tempo
#livro Satíricon
#autor Petrônio

Satíricon é uma obra de arte. Um clássico universal. Infelizmente o texto não nos chegou plenamente, mas, perdas à parte, conseguimos aproveitar toda a narrativa crítica e pungente do período neroniano que esta obra do romano Petrônio apresenta. Embora um clássico, o heterocentrismo tirou-o de órbita de estudos, mas sem impedir sua existência.

Petrônio constrói uma sátira ou saturae, pros latinos, denunciando com humor, genialidade capciosa e honestidade o cotidiano dos personagens Encópio, seu ex-amante Ascilto e seu servo e amante de 16 anos, Gitão, bem como sua lida com a fúria do deus Príapo.

A obra, divertida, única, narra peripécias em forma de breve epopéia dos três personagens (com direito a intervenção dos deuses como na Odisseia de Homero), nos dando um clássico da literatura LGBTQIA+ num dos contextos mais controversos da história da humanidade.
É uma obra que nos mostra como a cultura queer e as relações homoafetivas são tão anteriores quanto a nossa capacidade de pensar sobre o mundo e estar nele.
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Mari 18/09/2020

Roma dos Césares
Relato da vida dos cidadãos pertencentes as classes desfavorecidas da Roma dos Césares... Cheio de situações cômicas e muito realismo
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03/06/2020

Decadência moral
Série de relatos soltos (talvez porque grande parte da obra foi perdida) que retratam a decadência, amoralidade e devassidão. Com mais de 2 mil anos, ainda assim traz reflexões sobre a contemporaneidade, como já dizia Eclesiastes "...e não há nada de novo sob o sol".
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Fernanda 21/05/2022

A magnífica sátira de Petrônio
Satiricon (obra publicada por volta do ano 60 d.C.), de Petrônio

Narrativa diferenciada e densa por centrar nela acontecimentos ligados à classe dos desfavorecidos na época romana dos Césares. A crítica social se dá através de muita sátira - vem daí o título da obra de Petrônio -, embora se perceba o alto nível de argumentos e exposições de fatos que demarcam a enorme necessidade de procurar uma saída - nada moral - para sobreviver, em meio a estalagens paupérrimas, vilarejos cheios de poderosos com seus escravos e, é claro, suas diversas funções (inclusive aquelas referentes ao atrativo sexual), miseráveis homens promovendo assaltos em beira de estradas, considerados malfeitores sociais enquanto grandes homens, com fortunas herdadas de seus senhores, promovem os mais atrozes males para o sistema como um todo e são endeusados por todos aqueles que estão abaixo do seu nível econômico, pois é através da bajulação e da hipocrisia que podem ser os miseráveis agraciados através de demandas e recompensas pomposas no porvir.

Uma elevada e pertinentíssima crítica pode ser constatada através de alguns versos que se encontram, vez ou outra, em meio à narrativa e que são profusos de muita condenação à hipocrisia, à corrupção e percebe-se o quanto "o lado mais fraco" fatalmente jamais poderia sair ganhando:

"Que podem as leis se o ouro é o senhor absoluto?
E se a pobreza jamais consegue triunfar?
E até mesmo aqueles que ostentam o magro alforje dos Cínicos
Muitas vezes por belas moedas negociam a verdade.
É, pois, um negócio o austero e civil tribunal,
E o juiz não faz senão assinar o contrato."

Estes versos são tão intensos quanto passíveis de projetar uma verdade que ecoava pelos arredores romanos. Os Cínicos foram todos aqueles que fizeram parte da corrente filosófica chamada de Cinismo, a qual foi fundada por Antístenes, um dos discípulos de Sócrates, contudo, foi outro nome que marcou esse movimento antagonista: Diógenes de Sínope. Ele defendia a ideia e a prática de desapego total aos bens de consumo e materiais. Por isso, nos versos, é salientado que "os Cínicos ostentam um magro alforje", pois o símbolo de existência deles era, de fato, o desapego.
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Dos Anjos 19/01/2009

"Não há muito o que falar..."
Não há muito o que falar acerca de um clássico? se ele é um clássico, com certeza se tem muita coisa para falar, a não ser que não saibamos o que dizer!O livro mostra a realidade da roma satirizada e vista com os olhos da crítica e pode ser considerado o pai dos romances pícaros!
Bonfatti 24/01/2009minha estante
Tanto a Sinopse quanto as resenhas não exclarecem muito a respeito do livro. Afinal, de que se trata o livro??????


Anita 03/12/2012minha estante
Está certo, mas não condeno o comentário de F. , pois é muito claro que foi ofuscado pelo mau gosto da Martin Claret ao ler o clássico... uma lástima!




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