Vida Líquida

Vida Líquida Zygmunt Bauman




Resenhas - Vida Líquida


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Parcilene 12/09/2013

Vida Líquida: consumo, velocidade e lixo na era da incerteza
Para Bauman, “a vida líquida é uma vida precária, vivida em condições de incertezas constante” (p.8). Mas, parece-me que a vida sempre foi assim, uma série finita de incertezas permeada por artifícios capazes de produzir um sentimento relativo e breve de estabilidade. Mas, por que essa fluidez parece agora tão mais evidente?

Talvez seja porque as inovações tecnológicas, os governos, a mídia e o mercado produziram um ambiente em que é cada vez mais fácil “apagar, desistir, substituir”. E a velocidade com que isso ocorre é que dá à vida esse caráter inconstante, é como se cada pessoa estivesse eternamente à procura de algo que possa ser seu novo objetivo ideal (uma espécie de Santo Graal), mesmo sem compreender porque havia buscado o já ultrapassado objetivo que ainda tem em mãos. Assim, a rapidez com que as variáveis mudam é condição necessária e, quem sabe, suficiente para a sobrevivência no mundo líquido-moderno.

A velocidade com que o indivíduo transita entre o amor e o desapego, entre a relevância e o descaso, entre o moderno e o ultrapassado, entre o essencial e o desnecessário provoca um aumento exponencial do lixo. Cada pessoa carrega consigo seu lixo particular, que precisa ser despejado em algum lugar, e isso acontece através da ajuda dos mais diversos meios, desde terapias e pílulas mágicas até religião e sistemas educacionais.

Resenha completa no link abaixo:

site: http://ulbra-to.br/encena/2013/09/12/Vida-Liquida-consumo-velocidade-e-lixo-na-era-da-incerteza
Ana Paula 12/03/2020minha estante
Tenho vontade de ler esse autor. Você sabe me dizer por qual livro devo começar?




Will 12/10/2020

Sobre a ansiedade
O livro aborda as mudanças ultra aceleradas que a sociedade se auto impôs, até que isso se tornasse natural. Para o autor, a vida contemporânea é impaciente e idolatra a inquietação. Admira-se o descarte do velho (que muitas vezes nem é tão velho assim) por algo novo. O autor é enfático ao afirmar: "A vida líquida é uma vida de consumo." E isso não vale apenas para objetos, mas também para o que se é. Construir uma identidade só é possível pela via do consumo. E aí há um grande paradoxo. Promete-se a total liberdade para a construção do look, de atitudes e do Eu que se quer.... desde que caiba no seu orçamento. Segundo Bauman, para ser alguém basta comprar o curso, qualquer um dos milhares, que ensine a ser quem se quer ser. Vivemos na terra prometida das respostas rápidas e fáceis.

Para o autor (e eu sendo um publicitário confirmo isso kkkk) o consumidor ideal seria um indivíduo cronicamente ansioso. Nunca satisfeito com o que tem e ávido pelo próximo lançamento. O que mais achei interessante é que sem nomear diretamente o autor explica os mecanismos da constituição da fear of missing out, síndrome ligada ao transtorno de ansiedade. Para o autor, existe um conflito interno velado. Todos são obrigados a querer mudar rápido, mas no seu íntimo, sentem falta de uma segurança de uma estabilidade impossíveis de se alcançar com essa aceleração toda.
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Patresio.Camilo 07/04/2024

ÉPICO
Finalmente, após mais de 40 dias terminei de ler Vida Líquida.
Talvez alguns possam achar, nossa que demora para ler somente 200 e poucas páginas, mas para mim foi impossível ler e não parar para refletir.
O que é a sociedade, para onde estamos indo, quais foram e quem serão nossos heróis, coisas como estas e outras que Bauman nos traz neste livro.
Dizer que ele inventou a roda, seria forçar demais, até porque ele não traz conceitos novos, mas nos revela aquilo que está claro e bem à frente de nosso nariz e simplesmente não enxergamos.
Preocupante, sim, essa é a palavra sobre os caminhos que a liquidez nos leva, e ao mesmo tempo, citando-o aqui livremente queremos sair do grupo para sermos individualizados e entramos novamente em um grupo, num círculo vicioso.
Como disse anteriormente, impossível não ler e parar para refletir, ou voltar para determinado trecho, mesmo já o tendo lido duas ou três vezes, pois do nada sua mente se abre para algo que já estava lá.
Sim vou necessitar de ler mais sobre a liquidez que Bauman me revelou, e SIM, POR FAVOR, leiam este e outros livros de Bauman (até os que ainda irei ler)
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Thiago 08/08/2023

Para o entendimento da sociedade moderna
O livro trata da sociedade moderna líquida de consumo e suas características. Explica de forma profunda e complexa o que muitos se resumem ao chamar de superficial e veloz.

Uma frase, ainda na introdução, bem ilustra a metáfora da sociedade moderna líquida: "Quando se patina sobre o gelo fino, a segurança está na velocidade."

Dentre vários aspectos da sociedade, os que considero de maior destaque na leitura foram a redução do âmbito cultural, com a diminuição essencial dos referenciais: de mártir a herói, de herói a celebridade; outro ponto, o tensionamento social com a criação do processo identitário; e um terceiro, a ampliação das possibilidades decorrente da velocidade de uma sociedade que permite uma variedade de experiências inconcebível numa única vida mortal, afastando o referencial divino que concederia o caminho dos céus, ou a ressurreição.

Leitura curta, mas deveras encorpada. Com períodos longos relacionando vários elementos. Deve ser lida sem a pressa que o objeto da análise nos impõe. Mas, ao final, compensa a percepção de mundo que Bauman nos apresenta.
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Guilherme.Parada 01/03/2024

Zygmunt Bauman volta ao tema da fluidez da existência.

Um compêndio dos efeitos que a atual estrutura social e econômica, com base no que é descartável e efêmero, gera na vida, seja no amor, nos relacionamentos profissionais e afetivos, na segurança pessoal e coletiva, no consumo material e espiritual, no conforto humano e no próprio sentido da existência.
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Leandro.Argentini 12/02/2024

Releitura 24
A releitura desse ano foi Bauman. Sempre difícil de entrar na minha cabeça, mas com uma quantidade enorme de verdades inteligentes. Daqui a alguns anos relerei.
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Carlinhos96 18/12/2023

CONTEMPORANEIDADE EFÊMERA
Zygmunt Bauman foi um grande sociólogo polonês. Recebeu, em 1989, o Prêmio Amalfi pelo livro Modernidade e Holocausto e, em 1998, o Prêmio Adorno pelo conjunto de sua obra – mais de 40 livros! Em Vida Líquida, Bauman apresenta o retrato do homem hodierno na sociedade contemporânea. Para isso, Bauman utiliza todo seu conhecimento de vida, pois vivera no Século XX, época das duas grandes guerras mundiais, holocausto e de regimes totalitários de esquerda e direita. Além disso, autores como Adorno, Arendt, Durkheim, Freud, Heidegger, Kant, Levinas, Marx, Platão e Sartre são usados como referência para discorrer sobre todos os aspectos da vida líquida. A vida líquida é a forma como vivemos na sociedade líquido-moderna.

O autor dividiu sua obra em sete capítulos. Além de, uma breve Introdução, Notas, Agradecimentos e um Índice. Na Introdução, Bauman ilustra o homem contemporâneo na sociedade pós-moderna. Subsequente à introdução, O indivíduo sitiado trata da árdua busca do indivíduo por sua singularidade na sociedade de consumo (‘Seja você mesmo – prefira Pepsi’). No segundo capítulo, De mártir a herói e de herói a celebridade, abordar-se-á a origem e diferença entre o mártir e o herói moderno, de que modo esse último foi usado na construção dos Estados-nações e como fora substituído pelo consumidor satisfeito. Além desses dois personagens, as celebridades também são contempladas como pessoas que são conhecidas por suas características de serem bem conhecidas. No capítulo seguinte, Cultura: rebelde e ingovernável, ver-se-á como os termos cultura e gerenciamento surgiram e de que forma esses termos estão ligados. Refletindo, inevitavelmente, na seguinte questão: Se a cultura é criada pela sociedade, não seria, a cultura, uma forma de gerenciar e preservar padrões? No quarto capítulo, Procurando refúgio na Caixa de Pandora, falar-se-á sobre o mundo, que está ficando cada vez mais traiçoeiro e assustador e, por conseguinte, necessitamos de inúmeras ações defensivas como cercas-elétrica, muros e câmeras. No capítulo sequente, Os consumidores na sociedade líquido-moderna, falar-se-á sobre nós. Exato, nós somos os consumidores, e nós estamos inseridos numa sociedade de consumo, sociedade essa que tem por objetivo satisfazer todos os nossos desejos de forma que nenhuma outra sociedade jamais imaginou. O penúltimo capitulo Aprendendo a andar sobre areia movediça dedicar-se-á a educação. Bauman apresenta um problema, a produção de ignorância em grande escala. Pois, antigamente, um diploma universitário oferecia permissão para exercer a profissão até a aposentadoria e hoje, o conhecimento precisa ser constantemente renovado. Enfim, no último capítulo – O pensamento em tempos sombrios -, Bauman não só retoma os principais pontos dos capítulos anteriores como também aborda a responsabilidade os Estado em influenciar as nossas escolhas. As pessoas ainda estão dentro da caverna que Platão falara há muitos séculos (as pessoas querem ser enganadas, sabem que estão sendo enganadas). Mas deixam ser levadas pelo Mercado (neste caso, as sombras projetadas no fundo da caverna). O papel do Estado, deveria ser, agir para o bem do cidadão, ajudando-o a fazer as escolhas certas, mas não é isso que acontece.

Desta maneira, por mais que a leitura seja complicada, é mister a leitura deste livro. Afinal, essa obra retrata a vida que levamos na sociedade em que estamos inseridos, uma sociedade instável onde a única certeza é a efemeridade dos objetos e das relações.
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Renan 08/11/2014

É um livro intensamente bom!Aborda vários tipos de questionamentos sobre a sociedade contemporânea,inclusive a maneira de como lidamos com o consumo.
Uma das frases que me intrigou bastante foi: o ser político é inimigo do ser consumista.Parece bem real para nossa maneira de ver o mundo.Basta observar,por exemplo,a falta de compromisso da sociedade com processos políticos atuais,aqui na minha cidade Fortaleza muitas pessoas queria nas eleições um candidato,logo,no entanto exaltam a construção de um famoso Shopping Center que já estreou na capital.Logo,Bauman acerta categoricamente.
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Leonardo Carlos 15/06/2016

Resenha Vida Líquida
O autor Zygmunt Bauman é um escritor filósofo contemporâneo, que tem vários livros publicados. Neste livro “Vida Líquida” ele aborda a relação humana em uma sociedade consumista, e essa sociedade acaba valorizando mais o que é temporário. E essa é a definição de sociedade líquido-moderna que ele aborda logo no início ele define de forma mais clara:

A “Líquido-moderna” é uma sociedade em que as condições sob as quais agem seus membros mudam num tempo mais curto do que aquele necessário para a consolidação, em hábitos e rotinas, da forma de agir. (BAUMAM,2005)

O autor nos leva a questionar e duvidar de tudo que tem sido nos apresentados. Ele resume muito bem essa vida líquida, onde ela [...]é uma vida precária, vivida em condições de incerteza constante. As preocupações mais intensas e obstinadas que assombram esse tipo de vida são os temores de ser pego tirando uma soneca, não conseguir acompanhar a rapidez dos eventos, ficar para trás[...]. A vida liquida é uma sucessão de reinícios. E neste mundo líquido-moderno, a lealdade é motivo de vergonha, não de orgulho.

veja completa no link:


site: http://www.leonardocarlos.com.br/resenha-livro-vida-liquida/
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RogerBoy 02/05/2018

Instigante e reflexivo
Uma crítica mordaz à sociedade de consumo e todos os seus reflexos na vida cotidiana moderna. O autor discute temas fundamentais e atemporais como a infância, a cultura, a individualidade, sob o prisma da modernidade líquida. Recomendo!


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Cleber 05/04/2019

Vida Liquida
Aborda tudo o que é efêmero em uma sociedade, o consumo, as relações empresariais, algo descartável em uma sociedade insatisfeita.
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allanzanetti 09/06/2022

Indivíduo-consumidor
Um diagnóstico preciso da realidade do indivíduo-consumidor contemporâneo. Vivemos sob pressão, afinal nada do que é indispensável para o nosso bem-estar está garantido. Nos acostumamos com o fluxo interminável de informações e acabamos desintegrados na torrente, sem uma possibilidade de retorno. Somos líquidos, mais do que nunca.
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ProfManoel 21/07/2022

Levanta questões importantes, mas de forma muito densa
Definitivamente esse texto não é introdutório. Bauman não está preocupado em explicar conceitos e aparentemente usa tantas citações quanto poderia. Desta forma, para pessoas com pouco repertório a leitura fica muito densa.
Cada capítulo especifica um tema que a luz do conceito de liquidez desenvolvido pelo autor, nos leva a refletir a sociedade pós-moderna. Temas como a formação continuada na educação dos indivíduos, consumismo, individualidade, cultura entre outros.
Um livro bem amarrado, atual, denso e que leva a importantes reflexões sobre como nós estamos vivendo nossas vidas permeados por influências do mercado globalizado.
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