Lena 02/06/2022
Queria ter dinheiro pra distribuir esse livro.
A vegetariana, Jogos vorazes, Fresh, Elize Matsunaga...a lista de coisas que eu lembrei lendo esse livro é grande, e sei que mais relações vão ser construídas com o tempo. Esse livro vai voltar na minha mente seja ao consumir notícias, propagandas, obras fictícias ou na visão de carne no prato de alguém. Essa visão, aliás, vai passar a ser bem perturbadora, apesar de eu ser vegetariana há 6 anos. Durante todos esses anos eu odiei a violência contra os animais, mas a perturbação se ameniza quando a linguagem se comporta como uma cortina e a preparação do alimento vai afastando a mente da origem. Esse livro destroça essa cortina e deixa sua mente permanentemente próxima da origem. Além disso ele também te conscientiza a respeito da relação do consumo de carne com a violência contra as mulheres, e com a violência, em geral. A objetificação dos animais é como a objetificação das mulheres, a morte justificada na guerra é como a morte justificada em um açougue: Essas e outras similaridades são exploradas no livro. Se você gosta de literatura, biologia, história, sociologia, filosofia, nutrição ou propaganda, você vai encontrar algo pra você. Se você se importa com a vida, você vai encontrar "algo mais emocionante, que nos satisfaz mais e é mais honesto do que comer um animal morto". Termino esse livro com mais conhecimento, ou seja, com mais dor e alegria.