A Política Sexual da Carne

A Política Sexual da Carne Carol J. Adams




Resenhas - A Política Sexual da Carne


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Fernanda.Kaschuk 22/12/2021

Uma ressignificação da violência velada.
Nessa obra Adams nos vislumbra com um discurso sensível e estruturado acerca das relações e semelhanças entre a exploração animal e a exploração de gênero, traçando uma possível superação dessa dialética através da conscientização feminina da objetificação e dominação masculina implícita em nossa cultura.
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Gabriela 19/12/2022

O livro faz uma abordagem bem interessante ao relacionar a causa feminista à causa animal. Para isso, traz inúmeras evidências desta ligação, como fatos históricos, relatos técnicos, anúncios publicitários e trechos literários.
No entanto, apesar de a autora trazer esses movimentos sociais sobre diferentes perspectivas, ainda senti falta de um foco maior na forma como o capitalismo impacta a vida das mulheres e dos animais , e como esses impactos se relacionam. Acredito que, assim, a análise poderia ser bem mais completa.
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Michele 04/07/2022

Sobre ingerir cadáveres e animalizar mulheres
Esta obra abre os olhos sobre a ligação do patriarcalismo com o consumo de carne. Um capítulo interessantíssimo sobre a linguagem, por exemplo, mostra como pequenas mudanças nas palavras fazem-nos esquecer do que nosso alimento é feito. Por exemplo, quando falamos "Comi um bife" ou "O hambúrguer estava delicioso" ignoramos que a palavra bife ou hambúrguer possa de fato ser substituída por "animal assassinado e mutilado", o que mudaria completamente nossa relação com o alimento. Mas esse é só um ponto dentro de uma descrição muito aprofundada e rica sobre o paralelo que existe entre o consumo de carne e a opressão sofrida pelas mulheres, colocadas muitas vezes no mesmo nível dos animais, no sentido de serem desumanizadas. Recomendo até mesmo para quem nunca pensou em se tornar vegano ou vegetariano, pois irá mexer com seus paradigmas.
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Maiara 11/07/2021

“?Os animais são o referente ausente no ato de comer carne; tornam-se também o referente ausente nas imagens das mulheres subjugadas, fragmentadas ou consumíveis.
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O consumo da carne é para os animais o que o racismo dos brancos é para os negros; o que o antissemitismo é para o povo judeu; o que a homofobia é para os gays e as lésbicas, e a misoginia é para as mulheres. Todos estes são oprimidos por uma cultura que não quer assimilá-los plenamente em seus termos e com seus direitos.
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Comer animais é uma prática que funciona como um espelho e uma representação dos valores patriarcais. O consumo da carne é a reiteração do poder masculino em cada refeição. O olhar patriarcal não vê a carne fragmentada dos animais mortos, e sim uma comida apetitosa. Se o nosso apetite reitera o patriarcado, nossas atitudes em relação à prática de se comer animais reificarão ou constetarão essa cultura recebida. Se a carne é um símbolo do domínio masculino, então a presença da carne proclama a retirada do poder de decisão das mulheres.
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Do sofrimento diário infligido às fêmeas animais vem o desprezo por aquelas que sofrem por nós e sequer são notadas; nomes associados ao sistema reprodutivo feminino tornam-se insultos; vaca, porca, galinha, jararaca, cadela, todos têm conotações negativas? termos voltados para as mulheres e que são derivados de fêmeas que não têm nenhum controle sobre suas escolhas reprodutivas.
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Onde existe uma virilidade (ansiosa) se encontrará o consumo de carne.”?
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Belisa 25/02/2022

Pontos importantes, mas um pouco cansativo
O livro tem algumas informações relevantes, traz alguns questionamentos interessantes principalmente pra quem chegou até ele, já no intuito de se tornar vegetariana. Mas a leitura é em alguns momentos entediante, fica rodando em círculos, reforçando alguns pontos meio sem relevância e, em contrapartida, outros pontos que renderiam uma discussão melhor, parece ser raso.
Mas sim, vale a pena a leitura.
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Babi 10/05/2021

Um dos livros mais importantes que tive a oportunidade de ler. Depois de muitos anos de estudos e observações, a autora consegue majestosamente construir uma teoria feminista-vegetariana que permeia nossa sociedade patriarcal. Ao analisar textos antigos, propagandas e ao observar a própria antropologia humana, a teoria se consolida e nos dá embasamento para o desmonte do patriarcado e da exploração animal.
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LuAsa10 24/04/2023

Livro Maravilhoso
Um dos melhores livros que já li, como vegana e feminista muitas das coisas que questiono dessa sociedade em que vivemos é detalhadamente analisada pela autora. Quantas vezes já pararam para observar que dentre as pessoas que seguem a filosofia de vida vegana, a maior parte é mulher? E quantas vezes já ouviram falar que carne é coisa de homem, ainda se referindo a um instinto animalesco? Pois é, tudo isso a autora irá abordar dentro dessa obra maravilhosa que irá questionar inúmeras atitudes que são inseridas na sociedade, sem que a maioria das pessoas as questionem, e o próprio patriarcado em si. A grande utilização de exemplos onde o referente ausente está inserido em diversas coisas do cotidiano, como até na forma de referir a "carne" como carne e não o que ela verdadeiramente é: um cadáver de um animal.
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Luisa 26/03/2021

esse livro muda vidas
Eu já era vegetariana antes de ler A política sexual da carne. Depois de ler, sinto que tenho mil motivos mais pra continuar sendo. Carol J Adams monta um histórico de luta feminina, relacionamento e tecendo toda uma teia de informações juntamente com o vegetarianismo, e como juntar essas duas causas (feminismo e vegetarianismo) e enxergar a extrema importância de entender a política sexual da carne, pode agregar e mudar muito nossa luta. ??
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Ju 21/11/2020

?Coma arroz e tenha fé nas mulheres ?
Livro muito necessário ( pra mim ) para reafirmar mais um ponto da escolha da minha dieta!
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souaval 28/07/2022

Considere o veganismo!
Eu esperava bem mais desse livro. Mas não nego, ele é muito importante para você repensar seu consumo de carne. Ainda mais, para quem busca um vegetarianismo ou veganismo interseccional. Pois é muito simples: sexismo, especismo, racismo, lgbtfobia tem o mesmo opressor, o patriarcado, ou ainda melhor, o capitalismo.
Porém, esse livro foca bem mais no feminismo-vegetariano. No domínio masculino e como ele pode ser visto através do consumo de carne. No silencioamento feminino e animal e como eles são parecidos e causados pelo mesmo sistema.

Está na hora de repensamos o que é a carne. Isso não é comida. São seres vivos sencientes que estão sendo mortos sem necessidade. Não é bom para os animais, nem para planeta e nem para saúde. Estamos sendo burros e cruéis ao fazermos a escolha de comermos cadáveres. Existem muitas alternativas e todos podermos decidir entre o que é melhor. Esse livro vai ser muito bom para te mostrar isso também. Sem contar que ele é cheio de referências de obras feministas e vegetarianas muito antigas.

Entretanto, eu esperava bem mais. Achei muito repetitivo e cansativo. A leitura nao fluia. As vezes parecia que o assunto era raso, e ela não ia muito além, quando deveria e poderia. Tinha muitas expectativas pra esse livro, pois desde que me tornei vegana ele tava na minha lista, ouvia todo mundo falar muito bem dele, porém acabou que não foi tudo que eu esperava.
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Marcela.Becegato 18/09/2020

Genial! Mudou muito a minha forma de enxergar o mundo! Repensei tudo. Já não como animais há mais de 5 anos e mesmo assim acrescentou muito.
Achei as muitas introduções um pouco cansativas e a forma que as notas e referências estão organizadas um pouco ruim.
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Lena 02/06/2022

Queria ter dinheiro pra distribuir esse livro.
A vegetariana, Jogos vorazes, Fresh, Elize Matsunaga...a lista de coisas que eu lembrei lendo esse livro é grande, e sei que mais relações vão ser construídas com o tempo. Esse livro vai voltar na minha mente seja ao consumir notícias, propagandas, obras fictícias ou na visão de carne no prato de alguém. Essa visão, aliás, vai passar a ser bem perturbadora, apesar de eu ser vegetariana há 6 anos. Durante todos esses anos eu odiei a violência contra os animais, mas a perturbação se ameniza quando a linguagem se comporta como uma cortina e a preparação do alimento vai afastando a mente da origem. Esse livro destroça essa cortina e deixa sua mente permanentemente próxima da origem. Além disso ele também te conscientiza a respeito da relação do consumo de carne com a violência contra as mulheres, e com a violência, em geral. A objetificação dos animais é como a objetificação das mulheres, a morte justificada na guerra é como a morte justificada em um açougue: Essas e outras similaridades são exploradas no livro. Se você gosta de literatura, biologia, história, sociologia, filosofia, nutrição ou propaganda, você vai encontrar algo pra você. Se você se importa com a vida, você vai encontrar "algo mais emocionante, que nos satisfaz mais e é mais honesto do que comer um animal morto". Termino esse livro com mais conhecimento, ou seja, com mais dor e alegria.
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Joana 07/04/2020

Já parou pra pensar como a palavra ?carne? é usada para dissociar o produto que encontramos nas prateleiras dos mercados da verdade sobre o abate de animais? O referente ausente faz isso, separa a ?carne? da ideia do animal que era antes. Quando se pensa no leite e ovo, a chamada proteína feminilizada - porque só produzida por femeas -, é a mesma coisa, só que agora as fêmeas são duplamente exploradas.
O modo como é estruturada as relações de gênero na nossa sociedade está relacionada a forma como vemos os animais e estes são consumidos, afinal, crê-se na supremacia dos animais humanos, justificando assim seu domínio sobre os demais: isso é a política sexual da carne. Não é difícil perceber que tal dominação perpassa a relação humano/ animal e entra na relação de gênero. A carne passa a ser símbolo da virilidade masculina - e de exploração da mulher. Não é incomum associações de termos animalescos para se tratar de uma relação pejorativa com a mulher. O consumo de carne recai em questões de gênero também.
A questão fica ainda mais ampla quando se pensa nas estruturas da indústria de carne: grandes empresas que exploram animais, trabalhadores e domínio dos meios de produção.
A questão não é só sobre o que botamos no nosso prato, mas sobre as engrenagens de um sistema que explora animais, pessoas e destrói a natureza e ecossistemas... Pense nisso!
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Ailauany 05/07/2021

“Por trás de toda refeição com carne há uma ausência: a morte do animal cujo lugar é ocupado pela carne. O referente ausente é o que separa o carnívoro do animal e o animal do produto final. A função do referente ausente é manter nossa carne separa de qualquer ideia de que ela ou ele já foi um animal […] evitar que algo seja visto como tendo sido um ser […] tornando-se, em vez disso, uma imagem que não está ligada a nada”
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Mel 24/11/2020

Leitura obrigatória para todos.
Esse livro fez minha mente explodir e eu passei a enxergar tudo de forma diferente depois de lê-lo. A princípio não fazia ideia do que a autora poderia querer dizer com "uma teoria crítica feminista-vegetariana", mas assim que comecei a ler tudo ficou tão óbvio que eu não sei como nunca pensei ou entrei em discussões e reflexões sobre o assunto antes. Acho que todas as pessoas deveriam ler esse livro, definitivamente. Com certeza todo vegetariano/vegano deveria ler, para refletir sobre a profundidade do problema do especicismo e da luta vegetariana. E todas as outras pessoas deveriam ler para refletir sobre seu consumo de carne. Mudou minha vida com toda a certeza e não falo da boca pra fora. Enxergo nitidamente a ligação entre as lutas contra o machismo, o especicismo e o racismo. Acho só bom avisar também que, quando terminei o último capítulo eu já estava fortemente enojada com a sociedade.
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