Nunca houve um castelo

Nunca houve um castelo Martha Batalha




Resenhas - Nunca houve um castelo


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Pandora 15/09/2021

Ah, como eu amei este livro! Quantas lembranças me trouxe, mesmo eu não sendo carioca e tendo visitado o Rio pela primeira vez no início dos anos 80 e só no final dos 90 conhecido a Casa de Cultura Laura Alvim.

A recriação da família de classe média dos anos 60 aos 80 está sensacional. Tanta hipocrisia e verniz social, com quantos pequenos acontecimentos diários me identifiquei (o mesmo em A vida invisível de Eurídice Gusmão), mas também o quão divertido foi! E o quanto para algumas destas famílias aquele período da ditadura passou batido, enquanto que outras sentiram na pele as consequências e carregaram traumas por muito tempo - ou pela vida toda. Porque dentro do Brasil há vários Brasis.

TV Mulher! - posso ainda ouvir a voz do Clodovil, às vezes tão gentil, às vezes criticando o design de um convite que ele mesmo recebia (que horroooooor!!!), mas sempre sincero e direto… e os aconselhamentos de mulheres que se importavam com outras mulheres, que abriam seus olhos pros seus direitos.

A AIDS que fez nossos dias tão tristes vendo amigos definharem e perecerem. E vendo o preconceito e o medo que os acompanharam.

E a Dalvanise? A essencial Dalvanise a vida toda naquela família sem nunca ser da família e que até o fim ficaria com as sobras.

Enfim… tudo aqui me conquistou.

Martha Batalha me fez rir, me fez chorar, me divertiu com suas ironias e me deliciou com um texto bem escrito, inteligente e único. Com certeza lerei o que mais ela escrever. E pensar que A vida invisível de Eurídice Gusmão (primeiro livro da autora) foi recusado por todas as editoras brasileiras às quais foi enviado e só após uma editora alemã ter lido o livro, se apaixonado pela história e fechado contrato é que Martha deslanchou, tendo contratos pelo mundo e uma adaptação premiada do livro pro cinema.
Cyntia44 28/11/2023minha estante
Que resenha incrível que você fez! Terminei de ler ontem e me identifiquei com tudo o que você escreveu.


Pandora 28/11/2023minha estante
Muito obrigada, Cyntia! :) Que bom que você se identificou também.




thiago 11/06/2020

Gerações, famílias, Brasil, reencontros.
Massa.
Ok.
Ok.
Chato.
Ok.
WOW.
EITA!!
NOSSA!!
=(
='(
=/
=D
Leitura e . 11/06/2020minha estante
Oii... Boa noitee/madrugada... Tudo bem?... Desculpa por interromper sua leitura, mas gostaria de te convidar a me seguir no Instagram para acompanhar minhas leituras... te espero lá...?
Obrigado.
@leituraeponto




marina.siqueira 27/04/2023

Do castelo de Ipanema a Castelo Branco
Escrita ritmada em uma história que atravessa gerações. Martha faz algumas críticas mais sutis e outras bem mais explícitas, atingindo em cheio a alienação de parte da população aos terrores da ditadura.
Em alguns momentos, o livro não me envolveu tanto, mas é uma boa experiência. Vou ler mais livros da autora.

"Onde estão todos eles?
? Estão todos dormindo
Estão todos deitados
Dormindo
Profundamente"
(Manuel Bandeira)
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Ellen 03/11/2021

Martha tem um jeito único de escrita, leve e fluido, abordando temas mundanos do cotidiano da classe média do Rio de Janeiro, com muito humor e ironia. Mistura fatos históricos com ficção, e levanta questões sociais que se prolongam através de um século, como o papel da mulher na sociedade e sua eventual emancipação, homossexualidade, ditadura, AIDS, divórcio, entre outros.
Recomendo a leitura.
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Anna caldieri 28/03/2021

Maravilhoso!
Eu AMO os livros da Martha. Eles me trazem uma sensação que poucos livros me deram.. se tornou uma das minhas autoras favoritas. Livro com personagens reais, em situações reais da vida. Incrível e reflexivo.
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Brunan 04/08/2021

Brasil de forma primorosa
Batalha é um deleite pra quem conhece, e para os desavisados é capaz de capturar um prazer desconhecido em desvendar o Brasil em personagens atravessados por distintas paisagens e camadas culturais. Que história sensível, poética e dura na crítica, filosófica e pé no chão, escrita que traduz tantas batidas do nosso coração brasileiro. Apaixonada por essa leitura de grande peso.
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Pietro.Barrios 21/03/2021

Um livro incrivelmente normal, mas... normal?
Primeira vez que eu leio um livro brasileiro com bastante atenção. Não sabia direito o que esperar, só sabia que eu precisava de uma história mundana, com problemas mundanos. E a proposta do livro foi perfeita: história de pessoas normais, com vidas normais e problemas normais.
A história dos Jansson, da Estela, do Thavinho, da Maria Lúcia, e dos outros personagens são muito bem contatas. As partes mais memoráveis para mim foram as desilusões com as escolhas de vida. Todos os personagem passaram por isso. E isso é a vida. Fiquei pensando muito sobre isso, e o que acontece é que isso é algo tão normal, mas que eu temo muito: tomar escolhas ruins na vida e acabar amargurado.
Claramente não seria minha culpa, fazemos o que fazemos da melhor forma possível. E esse livro é sobre isso, escolhas erradas, que ao mesmo tempo fizeram a vida dessas pessoas menos melhor, mas as pessoas continuaram felizes, dentro dos limites.
Uma leitura importante, leve, divertida, e que retrata uma realidade distinta da nossa atual, nos fazendo pensar sobre diversos aspectos de nossas vidas.
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Murillo 05/01/2022

Bom para refletir sobre nossos costumes, nossa história e nossa falta de memória
O texto é bem escrito, com linguagem acessível, e flui muito bem.
Com relação a estória em si, apesar de trechos poéticos ou num tom quase mágico, existe uma boa dose de realidade. Como na vida real, às vezes sonhos não se realizam, relacionamentos disfuncionais são mantidos, sonhos são deixados de lado pelos motivos errados. Às vezes, a conveniência, o conservadorismo ou a falta de coragem vencem. E, enquanto isso, a passagem do tempo segue, de modo devagar, mas constante, envelhecendo personagens e desfazendo a memória coletiva sobre o passado. Por tudo isso, o livre tem um ar um pouco melancólico, mas também é um lembrete sobre como a vida é (ou como ela pode ser).
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Filipe Candido, o otimista 16/01/2021

É lindo como a autora sabe explorar os meandros da classe média carioca, isso começa a ser desenvolvido em a vida invisível e aqui atinge seu ápice. Fiquei ainda mais apaixonado pela escrita irônica e sagaz da autora, mal posso esperar pelo próximo livro de Martha Batalha
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Rak 03/02/2022

Sempre uma leitura deliciosa, Marta Batalha
Acabei de ler o primeiro livro da Marta, A vida invisível de Eurídice Gusmão e fiquei doida para começar outro livro dela. Assim surgiu o livro Nunca houve um Castelo, uma leitura gostosa e leve mesmo abordando temas densos como a ditadura e a AIDS. Livro que me fez caminhar pelo Rio de Janeiro e lembrar de tantas coisas da minha infância, até do programa da TV Mulher. Pena que foi o último livro dela!
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#Anafox 15/11/2023

Mais uma nova autora brasileira preferida na minha vida S2
A capa, que me lembra flores e pétalas que se soltam e que voam e TB viram estrelas, transmite toda essa dinâmica de vidas que vem e que vão e, às vezes, voltam. Estela, esposa de Tavinho lá pelos anos 60, passou por tantas situações, como se a cada década fosse uma mulher diferente, e era.
A autora nos apresenta tanto a história dela quanto dos antepassados do esposo, que remetem a outro país. Com Estela acompanhamos a preocupação da mulher na sociedade da época em se casar, a situação política do país ao longo do tempo, situações de discriminação, a divisão social do trabalho que Estela passou a perceber com relação ao seu marido, mas não percebia em relação a sua funcionária, a quem relegava suas coisas às quais considerava sem valor (pq se tivesse valor, ela vendia). A homossexualidade, a infidelidade, a memória histórica (existiu? Não existiu?), a perseguição política e a tortura, as disputas e os traumas que as sustentam, os afetos, a verdade, as mentiras que passam a ser nossas verdades, os amores...

Uma história complexa, que começa com Brigitta, em outro país, com outras vozes, e que é contada pela Martha com a leveza de quem convida a visita pra sentar, tomar um café e ouvir a última fofoca de conhecidos.

Acho que virei fã da Martha Batalha.
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estevesandre 18/07/2021

Texto criativo e inspirado
Um dos meus queridinhos de 2021. A escrita da Martha Batalha me conquistou desde A vida invisível de Eurídice Gusmão. É daqueles autores que não têm medo de brincar com as palavras e o resultado é uma leitura cativante.

Além disso, ela consegue expor temas sociais usando a crítica de forma sutil, como quando a família rica minimiza os barulhos de tiros na favela vizinha ligando o ar-condicionado.
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Nat 27/11/2020

^^ Pilha de Leitura ^^
A ideia inicial do livro de Martha Batalha é contar a história de Ipanema, mas o que temos são várias histórias de personagens de diferentes gerações da mesma família que representam todas as mudanças da nossa sociedade. De lugar pacato às comunidades carentes; de casa pomposa à apartamento; de casamentos convencionais à homossexualismo; feminismo, AIDS, ditadura. O livro tem um pouco de tudo, além da forma incrível como é narrado pela autora, que parece estar conversando simplicidades com a gente. Muito bom!

site: https://www.youtube.com/c/PilhadeLeituradaNat
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Tiago 17/08/2018

Pecando pelo excesso
É inegavelmente um livro de qualidade e que por alguns momentos revive aquele humor e sagacidade do incrível "A Vida Invisível de Eurídice Gusmão". Acho que ao tentar criar uma história mais ambiciosa, Martha Batalha cometeu alguns pecados capitais. O principal deles ao meu ver é o excesso de personagens. Ao retratar uma saga familiar por quase um século, o livro basicamente não tem um personagem central, o que também torna difícil criar uma empatia maior por algum deles. Há momentos em que determinado personagem vai crescendo, você vai gostando dele e na página seguinte já se mudou o tempo e ele some da trama.

São várias tramas e assuntos distintos (feminismo, ditadura, crônica social, vida familiar), algumas passagens ótimas (a empregada Dalvanise revive a magia de alguns personagens de Eurídice) e outras um pouco enfadonhas (como a parte da ditadura militar) que até apresentam uma lógica e estrutura narrativa, mas não empolgam tanto quanto poderiam.

Apesar de valer a leitura, é um livro irregular.
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Marcianeysa 17/12/2020

Um passeio pela história
Já havia lido "a vida invisível de Eurídice Gusmão" da mesma autora e estava curiosa para ler esse livro. Embora aquele seja superior, esse é muito bom. Narra a história de uma família de imigrantes até os dias atuais. Com uma escrita fluida e bem peculiar, o livro tem um senso de humor único.
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