Boas meninas não fazem perguntas

Boas meninas não fazem perguntas Lucas Mota




Resenhas - Boas meninas não fazem perguntas


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Lucas Furlan | @valeugutenberg 24/12/2020

As mulheres se tornam mercadoria na distopia “Boas meninas não fazem perguntas”
O machismo está tão enraizado na nossa sociedade que, infelizmente, chega a ser visto por algumas pessoas como algo natural e até aceitável. Mas você já imaginou se a opressão e a violência contra as mulheres fossem institucionalizadas? É com esse cenário tenebroso que o escritor Lucas Mota trabalha na distopia "Boas meninas não fazem perguntas".

A história se passa num futuro próximo, numa cidade identificada apenas como Metrópole. Não é explicado em detalhes como tudo aconteceu, mas estudos “científicos” e uma grande crise econômica levaram os homens a transformar as mulheres em mercadorias. Por isso, elas são vendidas em lojas, usam coleiras eletrônicas pra que não possam fugir e são vigiadas por uma polícia especial.

Essa é a situação de Marina, a protagonista do livro. Depois de ser negociada pelo pai, ela se torna esposa de um homem ambicioso e vai viver com as outras quatro mulheres que ele já possui. Marina sabe que tentar fugir pode ser fatal, mas é a única maneira de modificar seu destino.

Num primeiro momento, "Boas meninas não fazem perguntas" pode parecer exagerado, mas Lucas Mota apenas amplia, com a lente da ficção, situações que já existem hoje. É impossível não lembrar, por exemplo, do caso Mariana Ferrer ao ler a passagem em que uma mulher, que é vítima, se torna culpada depois de ser julgada por homens.

Lucas Mota acerta ao não fetichizar e nem erotizar em nenhum momento a condição de suas personagens. Além disso, ele teve a boa ideia de nomear todos os capítulos com frases que as mulheres costumam ouvir, como “Isso não é comportamento de uma moça” e “Que roupa ela estava usando?”.

Na minha opinião, o texto tem alguns pequenos problemas de ritmo (quando, por exemplo, uma personagem começa a descrever seu passado bem no clímax do livro), mas isso não chega a ser comprometedor. Lucas Mota escreveu um livro relevante, atual e que vale a leitura. Seu trabalho como escritor merece ser acompanhado.

site: https://valeugutenberg.wordpress.com/2020/12/15/resenha-boas-meninas-nao-fazem-perguntas/
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ThayAvalon 25/02/2022

Todas nós já ouvimos alguma frase dessas na vida ! ( Alerta GATILHO, gordofobia, violência ,feminicidio,etc..)
Marina vive em um mundo distópico, onde a sua realidade é: nascer e crescer , se tornar uma mulher recatada, submissa e sem valor para seu "dono". Meninas crescem e nascem de mães sedadas que nunca vêem seus rostos ao nascer e nem ao morrer, vivem em quartéis para moças para aprender a se portarem e serem tudo aquilo que um homem gosta , afim de serem expostas em uma vitrine de loja com coleiras elétricas. Assim conhecemos Marina e sua vida e de outras amigas , e quando você pensa em tudo que o autor expõe e para pra pensar o quanto nossa realidade faz isso com as mulheres que "não se encaixam nos padrões, as frases como: "você está acima do seu peso, você deveria tentar emagrecer", já vieram de muitos lados , familiar, amigos , sociedade doente. você fica horrorizada. " É uma leitura que eu tentaria entregar a todas as meninas que eu conheço, por mais doloroso que seja e não seja fácil, é plot atrás de plot, você sente todos os mix de sentimentos que as personagens toda a revolta, a angústia e só posso dizer que o final eu queria uma continuação. O autor está de parabens eu amei essa leitura. Indico porém cuidem os gatilhos, não e pra todo mundo.
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Polyana.Christina 15/03/2022

‘’Boas meninas não fazem perguntas’'
Queria muito ler uma distopia nacional, procurei e encontrei ‘’Boas meninas não fazem perguntas’’ que conta a história de Marina e da sociedade em que ela vive. Um mundo onde as mulheres são tratadas como mercadoria, um simples produto para ser vendido e servir aos homens.

A história tem um potencial muito bom, mas quando começa a ficar interessante ela já está quase no final. A história funcionaria melhor se fosse um livro, há tanta coisa pra contar, daria pra expandir muito mais o universo da distopia. Achei que o enredo ficou arrasado demais e depois entregou tudo de uma vez só, senti falta de várias explicações, algumas coisas só foram jogadas lá. E também tem um erros na formatação, talvez seja por ser um ebook. Apesar desses apontamentos, recomendo a leitura, sempre é bom ler histórias nacionais.
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@ysalemos 13/05/2022

@livrospormay
"Mulheres não podem compor um júri há mais de trinta anos [...] Homens decidem o destino de homens.

E das mulheres também."

Em um futuro onde mulheres são objeto de comércio, Marina procura uma forma de fugir da vida que lhe foi atribuída. Um livro que usa a distopia para falar de verdades já vistas.

MOTIVOS PARA LER

😨 Um dos primeiros pontos que eu gostaria de mencionar é que, no futuro criado por Lucas, as mulheres têm obrigações muito parecidas ao ideal que conhecemos hoje. Como vocês já devem imaginar, elas passam por toda categoria de abuso físico, mental, emocional, e por aí vai. Por isso, o que eu mais gostei na história é que em nenhum momento isso é romantizado. O autor não deixa dúvidas de quem é a vítima. Não existe um meio-termo, uma possibilidade de passar pano para ninguém.
👉 O livro não é grande, mas traz uma história gigantesca. Estou falando da carga emocional, da responsabilidade passada ao leitor, do universo super rico e cheio de detalhes. O autor nos apresenta tudo isso de forma bem didática, fácil de acompanhar.
🥺 Achei de uma delicadeza muito grande do Lucas procurar mulheres para conhecerem e opinarem sobre a história. No fim do conto você descobre que ele teve essa preocupação e tenho certeza que isso fez toda a diferença.

Se você gosta de distopias reais, diretas, com uma carga emocional grande, que te deixam com um sentimento de responsabilidade no final, leia "Boas Meninas Não Fazem Perguntas", disponível gratuitamente no Kindle Unlimited.

site: https://www.instagram.com/livrospormay
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Mozer 02/04/2018

Uma grande distopia nacional
Lucas Mota mais uma vez mostra seu talento na escrita e sua criatividade como ficcionista. Se você gosta de um livro que te faz pensar e não entrega tudo de bandeja, Boas Meninas Não Fazem Perguntas é o que precisa.

site: http://leituraverso.com.br
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Katiucia.Almeida 26/07/2018

Boas Meninas Não Fazem Perguntas
Em uma cidade chamada Metrópole, nenhuma mulher tinha direitos. Usavam coleiras e se por acaso tentassem fugir, sofreriam consequências. Precisavam manter seu padrão de beleza. Fazendo tudo o que lhe fossem mandadas, sorriam mesmo não estando felizes e por fim, colocavam uma máscara para fingir todos os dias..
Algumas tinham famílias, outras nem lembravam ter tido um dia.
Mas sempre tinham o mesmo fim. Eram vendidas, limitavam-se a ser fantoches e ainda tinham um tempo específico para serem negociadas, e terem um esposo, ou melhor, um dono.

A protagonista Marina, passara anos sendo levada de academia em academia por seu próprio pai, até que o mesmo conseguiu deixá-la numa que pagara um preço razoável pela mesma.
Ao longo da leitura, ela passara por diversas situações onde acabara sendo vendida, isso mesmo... vendida como um produto.
E apesar de todo sofrimento vivido, passou a ser cada dia pior.
Transformando cada dia, em um obstáculo ultrapassado para ganhar a liberdade que tanto sonhara. Conquistou amizades e ainda continuou lutando para viver.
Homens tinham poder sobre todas. Em hipótese alguma, a mulher teria uma vida boa e tranquila.
Submetiam-se a servir por pressão. Caso não fizesse, seriam levadas para trabalhar em prol de sobrevivência sem conforto. 💭O autor tem por si uma forma de linguagem de fácil entendimento, mostra a vida dos personagens de maneira simples, porém alguns com dúvidas que consegue deixar o leitor a querer saber mais e mais, e de maneira rápida constrói e desenvolve uma trama de sofrimento e satisfação deixando algumas poucas lacunas diante de cada situação.
Mas no decorrer de sua obra, pude observar que a figura de linguagem de cada personagem, deixa amplo cada obstáculo que tem de ser ultrapassado e cada objetivo que muitas não ousam ter.
Dependendo assim, da forma de vida que querem para o restante dos dias.

site: https://www.instagram.com/p/BhSnhV5nChO/?taken-by=asasemlivros
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Stela Marçal 13/01/2019

Boas meninas não fazem perguntas
O livro me ganhou pelo título, quando o vi em uma postagem em uma rede social, fiquei interessada em saber qual era a história e fui atrás do livro, o encontrei na estante de um projeto de leitura da minha cidade. É o livro que enquanto não termina não consegue parar de ler! Muito boa a história! Tenho três amigas na fila para emprestar o livro e voltar a circular para inúmeras pessoas!
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Letícia Black 11/02/2020

Eita
Fevereiro:
(3) Boas meninas não fazem perguntas - Lucas Mota
O livro me consquistou na primeira frase. No começo, algumas estruturas de frase me incomodaram, mas acabei parando de prestar atenção nisso por causa da história, que é muito boa. 100% eletrizante.
5 estrelas
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Queen 21/07/2020

Importante
Li esse livro porque a distopia chamou minha atenção. Ao mesmo tempo que toda a história parecia muito irreal, em partes, longe da nossa realidade, ela também descreveu sentimentos e situações que se assemelham demais com a sociedade que vivemos hoje. Pode parecer bastante diferente da situação das mulheres atualmente, mas vai por mim, não se diferencia tanto. Gostei que o autor conseguiu criar uma boa história com poucos personagens, mas como uma bagagem emocional incrível. Se identificar em algumas partes foi inevitável é acredito que seja isso o que mais espanta. Afinal, a história foi feita pra ser um absurdo sim e ver coisas do nosso cotidiano nela nos faz repensar se está mesmo "tudo bem". Enfim, não foi uma leitura chata e me prendeu do início ao fim. Recomendo demais.
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Gysel 15/01/2021

Boa Meninas Não Fazem Perguntas
Tive a oportunidade de ver a resenha desse livro no canal da YouTuber Lar da Agatha, que foi muito bem resenhado e me deixou louca pra ler o livro.
Disse que pelo título em uma livraria eu jamais compraria esse livro, esperava menos de uma leitura que me fez sentir de tudo am cada capítulo. Eu fiquei horrorizada, com raiva, emotiva, tive empatia, medo ,angústia e no final do livro eu sentia toda a angústia,medo e a raiva da personagem. Eu me surpreendi muito. Recomendo demais, principalmente por ser umas das histórias utópicas tão próxima de nossa realidade em alguns aspectos.
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Geovanna.Cookie 11/09/2022

Uma distopia aterrorizante
A aqueles que possam argumentar que faltaram detalhes desse universo mas eu acho que cumpriu exatamente o que prometeu. O livro com a história da Marina, uma menina que aos 18 anos foi colocada em uma vitrine para ser vendida, o que é a coisa mais normal do mundo nesse universo.

Durante toda a narrativa, tudo o que conhecemos é o que Marina vivência, entao faz muito sentido que não saibamos de tudo. Mas sabemos o suficiente para sentir o perigo constante, e temer pela os mulheres que ousaram se arriscar a criar um vínculo.

Amei como a sororidade é retratada, a diferença que faz para uma mulher ter aliadas. Recomendo demais!
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Renan.Santos 04/08/2018

Uma obra necessária, para refletir sobre a nocividade do machismo
Este livro é uma leitura necessária. É uma crítica social pesada. É um soco no estômago da sociedade machista. Mas também é um livro que poderia ter a escrita mais polida.

Vamos lá. Temos aqui uma mensagem crua e direta, sem rodeios. Nada de simbolismos figurativos ou filosofias nas entrelinhas (não que eu não aprecie isso, pelo contrário, amo demais). Mas Lucas escolheu jogar na cara do leitor e gritar com todas as forças: a sociedade do livro é uma exageração da sociedade de merda em que vivemos. Existe um elemento de proximidade aqui. Nossa sociedade atual não está tão distante da distopia apresentada no livro (mesmo levando em conta que a justificativa para a existência dessa sociedade distópica seja um tanto fantasiosa). Isso é o que dá um peso tão grande à obra. Ao mostrar uma versão exagerada, mas plausível, do que somos como sociedade machista, percebemos o quão errada e doente é a nossa sociedade, e o quanto o feminismo se faz necessário.

As personagens femininas são maravilhosas. Lucas soube mostrar o quão humanas elas são, com suas camadas, medos, ambições. O curioso (acredito que tenha sido intencional) é que ele retratou todos os homens da mesma forma, e trabalhou as mulheres de forma mais complexa, com diferentes nuances de personalidade. Cada mulher é todo um universo, com facetas distintas, enquanto que os homens são todos basicamente machistas escrotos. Interessante notar que há até mesmo mulheres que concordam com o pensamento dos homens no livro.

A escrita do autor é o que não me agradou (quem me conhece já sabe que eu sou chato nesse quesito). Me pareceu seca demais, um tanto minimalista. O corte entre as cenas é brusco, a passagem de tempo não é suave, as cenas são narradas com trechos curtos. Isso imprime um ritmo bastante acelerado à narrativa. Para algumas pessoas isso pode ser bom, mas eu pessoalmente prefiro uma história um pouco mais lenta, para apreciar com mais calma todas as suas nuances.

O autor também abusa do infodumping, principalmente para contar o passado de algum personagem. Isso sempre quebrava o ritmo da trama, e achei que as inclusões desses relatos do passado não foram orgânicos. Em resumo, o autor poderia ter trabalhado mais a forma da narrativa.

A trama é simples, porém eficaz. Em resumo, Marina, nossa protagonista, deseja fugir desse sistema opressor e machista em que vive. Há uma ou outra facilitação narrativa, alguns pontos previsíveis, mas, em geral, a trama é bem trabalhada. Os pontos de virada são legais, embora não tão surpreendentes. Agora, o final me pegou totalmente de surpresa. Eu realmente não sei o que pensar dele. Às vezes acho que foi genial, às vezes acho que foi decepcionante, então vou pegar um meio termo e dizer que é um final surpreende (e que o leitor decida por si).
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Anna Maia @livrosdashesha 10/09/2018

Muito Bom
O livro tem uma estória empolgante e muitos acontecimentos em pouco espaço de tempo, a escrita é leve e fluída, o que prende o leitor e torna a leitura muito rápida, terminei de ler em poucas horas.
A realidade imposta no livro e os personagens são bem construídos, algumas das personagens nos surpreendem com suas estórias pessoais, sua força de seguir em frente e lutar por sua liberdade.

@livrosdashesha
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Carol Vidal 29/09/2019

Uma ótima história com uma crítica importantíssima. Com apenas alguns elementos de diferença, "Boas meninas não fazem perguntas" é o retrato da nossa sociedade machista e violenta.

A narrativa, especialmente no início, é bem expositiva, o que fica um pouco cansativo. Mas a leitura não demora a ganhar fôlego e os capítulos finais são eletrizantes. Recomendo muito!
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Kenia 19/02/2021

"Lia um pouco sempre que conseguia tempo. Me fez perceber umas coisas, sabe? Somos criadas pra facilitar a vida de vocês. Em troca, nossa vida vira uma merda."

Metrópole é uma sociedade muito machista. Lá, as mulheres foram transformadas em produto. Desde cedo, elas são educadas em casa de forma a atender às vontades dos homens, fazem cursos preparatórios para aprender a se comportar, se vestir e quando estiverem prontas, serem vendidas para uma loja onde vão ficar em uma vitrine esperando um comprador. Você é um bom produto caso siga os padrões exigidos pela sociedade como ter uma excelente forma física, ter habilidades domésticas e muitas vezes a cor da pele também entra nesse critério.

E Marina, nossa protagonista, falha em muito nesse quesito: não possui um corpo escultural e nem tão pouco possui habilidades domésticas. Mas ela é uma jovem determinada a mudar seu destino nessa sociedade. Quando seu pai a vende para uma loja por um preço bem a baixo do mercado, ela vê ali sua chance de fugir. Ela tenta conversar com as meninas que estão na mesma situação que ela na loja, porém, o que predomina ali é somente competição, ninguém é amiga de ninguém. Não há nenhum tipo de cumplicidade entre elas.

"Você acha mesmo que vai ter uma boa vida? — Disse Marina. Helen deitou-se outra vez. — É nossa melhor chance, não? Seguir as regras, mostrarmos bons sorrisos. Você odiaria ir pra algum puteiro. Ouvi dizer que nas indústrias é até pior."

As mulheres que ficam na loja têm até os 25 anos para serem vendidas, caso isso não aconteça, elas são mandadas para as Indústrias, considerado como o fim da vida para elas. Se não se comportarem na loja, ou não fizerem o que os clientes em potencial querem, elas são punidas e entram em promoção, o que acaba atraindo a compra dos cafetões da região.

Os homens de Metrópole compram as mulheres de acordo com suas necessidades: para ser sua esposa, sua cozinheira, amante, governanta, mas nunca para cargos mais altos. E Marina foi comprada por um homem muito poderoso e vai conviver com mais quatro mulheres que ele já possui.

Acompanhamos a partir daí se nossa protagonista vai seguir com seu plano de fuga e vai talvez até convencer as outras mulheres a se juntarem a ela.

Gostei da leitura, a escrita de Lucas é bem fluida, porém, por vezes rápida demais. Confesso que senti que algumas situações poderiam ter sido bem mais desenvolvidas e explicadas, mas entendo que o autor tomou uma decisão na trama que acabou funcionando na história como um todo. O final é bem corrido, mas bem surpreendente. Ainda não consigo decidir se gostei ou não.

Recomendo a leitura, pois vale muito conhecer a escrita do Lucas. Além disso, a forma como ele retrata essa sociedade machsita, não é somente ficcional, temos muito dos comportamentos descritos na trama em nossa sociedade atual.
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