juraissa 22/02/2024
a beleza extraordinária no comum não-pertencimento
? Ned não é tão profundo assim, Shannon.
Ela olha para Nanette por um instante.
? E você é?
Nanette abre a boca para responder, mas não sai nada.
esse livro é um rito de passagem.
já percebi que gosto mais de histórias onde alguém morre. li todas as coisas belas essa semana e fiquei confusa, como se as coisas da minha cabeça tivessem sumido. tenho mania de acreditar que sou personagem dos livros que elenco como meus favoritos, porque é fácil acreditar ser protagonista de alguma história incrível. me peguei fazendo isso com a Nanette, sendo uma garota de 18 anos estranha que foge dos padrões convencionais e paga de dramática e escrota aos olhos dos outros por não se encaixar. só que é exatamente isso que o livro crítica, essa necessidade de ser alguém que não é. muito irônico pensar nisso. acho que um dos meus maiores medos é ser igual a todo mundo, querer ser diferente e bancar isso até chegar em um ponto onde vou aceitar a vida adulta e viver infeliz pra sempre. e, de verdade, essa é a maior bobagem que se passa dentro de mim. sei que vou viver uma vida extraordinária de acordo com meus próprios parâmetros e que já estou vivendo ela. sinto pelo Alex, porque me apaixonei por ele também.